One Step Closer

icholas decidiu ver o vídeo mais uma vez, ao seu lado uma Margo temerosa o acompanhava.  Não podia culpá–la, ele mesmo não sabia o que pensar. Poderia ser apenas mais uma brincadeira idiota como a de antes ou talvez agora fosse muito sério.  Sendo o que fosse teria que descobrir quem estava fazendo isso e o porquê. A questão era que não sabia como descobrir, talvez fosse melhor sair da cidade, contudo nenhum dos dois possuía dinheiro para tal.

– Acha que isso é sério? Talvez seja mais uma brincadeira comigo. – Inquiriu sem sorrir dessa vez. – Eu não sei... Não pareceu uma brincadeira pra mim. O vídeo por si só já é bastante assustador. – Margo replicou, olhando para os lados como se procurasse alguém. – Vamos, você está agindo com uma garotinha assustada. Ele disse que é um jogo, o que acha que vai acontecer? Se não for outra brincadeira é algum tipo de programa idiota. – Exprimiu ao mesmo tempo em que guardava o aparelho no bolso da calça. – Não tenho muita certeza, estou preocupada com meus Pokémon. O que vai fazer? – Sua expressão era aflita, Nico também estava preocupado, mesmo que não demonstrasse para a jovem. – Seja o que for essa pessoa tem seus Pokémon. É um jogo não é? Então vamos jogar. Nosso primeiro passo vai ser sair daqui, vamos.







Off: Que os jogos comecem. -v-

ubitâneo tudo ficara escuro, Margo não demorou muito para perceber que algo fora colocado em sua cabeça. Os brados abafados de Nicholas lhe disseram que o mesmo havia acontecido com ele. A loira tentou retirar o saco de sua cabeça e logo percebeu que seus pulsos eram encarcerados por um aperto forte, suas tentativas de livrar-se foram em vão. Quem estava fazendo isso com eles? Há poucos segundos as outras duas saídas estavam cerradas e no local só havia o faxineiro e a mulher que resguardava a máquina de bebidas. Lembrou-se da forma estranha com o qual o faxineiro lhe olhava, talvez ele fosse um deles.

Esperava que ao menos Nico conseguisse livrar-se, ele era um homem alto e forte não seria fácil contê-lo. Também havia Monferno, até o momento em que tentavam sair ele estava ao lado de Nicholas, teria sido igualmente capturado? Suas expectativas foram destruídas quando de ímpeto a pessoa que a prendia forçou-lhe a se mover, não sabia em que direção e nem para onde seria levada. Novamente começou a se rebater e retorcer-se, contudo suas tentativas de escapar continuavam ineficazes.

Depois de andarem por um tempo uma algema fora colocada em seus pulsos, o que fazia suas tentativas de escapar dolorosas, mesmo assim não deixava de tentar. Posteriormente foi jogada para dentro de um carro, percebendo que o mesmo aconteceu com seu companheiro. Ainda não sabia o que realmente estava acontecendo, seria um sequestro? Recordou-se da mensagem que tanto lhe assustou, nesse momento não acha que era algum tipo de brincadeira. Pensou em dizer isso a Nico, todavia preferiu ficar calada, falar no momento não seria uma boa ideia, tinha ciência disso.

Pareceu uma eternidade dentro do automóvel, poderiam ter sido 10 minutos ou 10 horas, Margo não sabia dizer ao certo. Mesmo que tentasse se controlar estava imensamente nervosa, deveria estar preparada para esse tipo de situação, mas não estava. Então o carro parou. Os estranhos desceram do carro, o saco impedia que ouvisse com perfeição, no entanto o lugar lhe parecia silencioso. O que não era estranho, quem sairia com duas pessoas com as cabeças cobertas e presas por algemas em um local público? Uma mão lhe puxou pelo braço para fora do carro, no momento seguinte sentiu o saco ser retirado de sua cabeça. Antes que ao menos pudesse olhar em volta um pano branco foi posto sobre seu rosto e tudo apagou.




Por algum motivo sua cabeça rodava e doía, Nico demorou alguns segundos para recordar tudo que ocorrera durante aquele dia aterrorizante. Começou a procurar por Margo e Monferno na grande sala que estava, não avistou nenhum dos dois, porém encontrou um gravador. Sem perder tempo acionou o botão de play, algo lhe dizia que ele não estava ali por acaso. Enquanto ouvia a mensagem reconheceu a voz da figura do vídeo que recebera em seu celular. Desde o momento que foram sequestrados deixou de pensar que era uma brincadeira, o que viu no momento seguinte lhe fez ter absoluta certeza que agora estava realmente certo. Na televisão viu a imagem de Margo. Ela estava em uma cadeira, aparentemente amarrada e desmaiada. Ou estaria morta? Se fosse assim não teriam motivos para deixá-la amarrada.

Onde ela estava? Nico sabia que teria que salvá-la de qualquer forma, só esperava que ela não estivesse em outro local. Olhou à sua volta, a primeira coisa que viu foi um cronômetro. O aparelho marcava quase uma hora e o tempo ia diminuindo. Cogitou que no momento que acordou provavelmente marcava sessenta minutos. Por que ele estava ali? O que aconteceria quando o tempo zerasse? Isso tudo era muito estranho, pior do que seu teste Rocket. Por um segundo imaginou que poderia ser outro teste, talvez ainda não tivesse sido realmente aprovada. Não, algo lhe dizia que não era isso, mas se fosse tinha certeza que agora não era um holograma. Decidiu começar a agir, não sabia o que aconteceria quando o cronometro zerasse, não obstante não queria descobrir.

Antes de tudo verificou se estava com suas pokébolas, até o momento não viu Robb em nenhum lugar, precisava de seus Pokémon para encontrar Margo e sair dali. Então começou a esquadrilhar a sala, talvez encontrasse algo que lhe ajudasse a descobri onde estava.

icholas amassou o pergaminho furioso, já estava cansando das mensagens. Como se não bastasse chutou o que sobrou da antiga mesa de madeira.  Ao contrário do que a pessoa da mensagem disse, a escuridão não lhe incomodava.  Ainda não entendia o verdadeiro motivo de tudo aquilo, parecia que estava lidando com um genuíno psicopata. Com o bilhete descobriu que seu sequestrador sabia que ele era um Rocket, algo que poucas pessoas sabiam, mesmo dentro da organização.

Percebeu que perderia seu tempo examinando a sala, sua única opção era adentrar na porta escura. Estava sozinho e aparentemente a vida de Margo dependia somente dele, isso tudo parecia com o enredo de um filme de terror, mas pare ele era muito real. Sem perder seu precioso tempo caminhou apressado na direção da porta.

ada minuto que passava sua situação piorava e o tempo de Margo diminuía. Nico não sabia o que encontraria quando passasse pela dita porta, algo lhe dizia que não seria nada bom.  No primeiro momento apenas escuridão, não ficou com medo e procurou uma forma de continuar em frente. Perguntava-se que droga de lugar estava, era óbvio que era abandonado, constantemente pisava em poças d’água além de contemplar muita sujeira e pichações.

Além de Margo, sentia falta de seus Pokémon, aquele era para ser um dia de treinamento intensivo. Mais uma vez procurou por suas pokebolas nos bolsos do casaco, talvez ainda estivessem lá. Monferno seria demasiado útil no meio daquela escuridão e com a ajuda dos outros encontraria uma saída.

Cada vez andava mais depressa, quase chegando a correr. Começava a sentir fome e sede, significava que já deveria ter passado do horário de almoço, talvez até fosse noite. Mesmo assim ainda não se cansava, seu porte lhe ajudaria suportar o ritmo por mais algum tempo. No entanto não precisou continua por muito tempo, de repente quase caiu no que parecia uma piscina de água suja e nada convidativa. Por pouco na caíra. Olhou em volta, não encontrou nenhuma forma de continuar caminho. Teria ele perdido alguma passagem pelo caminho? Com toda aquela escuridão era bem provável. Ou sua única saída era entrar na piscina? Não gostou muita da ideia, mas parecia sua única saída. Novamente começou a procurar outra forma de continuar, visualizou alguns cabos de eletricidade soltos, com toda aquela água era muito fácil morrer eletrocutado. Achou melhorar procurar outra forma de continuar, voltar não era uma opção.





Off: Sckar. o/
Sempre quis ser narrador por você. u.u

onferno demonstrava possuir grande medo da água ao seu redor, Nico exprimiu um sorriso contrariado. – Por que tanto medo, eu estou aqui. Você caiu em uma piscina na Copa União duas vezes e não pareceu tão assustado. – Proferiu ainda sorrindo, agora seu Pokémon estava sobreposto ao seu ombro.  Pensou em retorná-lo para sua esfera, contudo ele lhe fornecia a única luminosidade no local. – Não se preocupe, assim que conseguirmos sair daqui eu te retorno para sua pokébola quentinha. Enquanto isso, chamarei os outros para ajuda caso aconteça algo, o.k?  –  Dito isso sacou três Pokébolas, soltando Scraggy, Gastly e Spheal. Não libertou Rhyhorn  porque toda essa água lhe afetaria mais do que a Robb.

Sua busca por outra saída não obteve sucesso, contudo enquanto refletia percebeu que não poderia ter vindo por este caminho, já que seus trajes não estavam molhados. É claro que Margo poderia estar mais à frente e o homem enigmático queria que fosse por ali. Mas se existisse outra forma de sair iria encontra–la, não iria ser a marionete de ninguém, já até sabia o que fazer. –  Vamos voltar para a sala.