Porta abre, porta fecha: primeiro a casa, depois o quarto e enfim o banheiro sem tranca; camisa sobe, calcinha desce; banheira molha, toalha seca. Espelho reflete o âmbar dos olhos, o azul dos fios e a espuma da pasta de dente. Porta abre, porta fecha: a vida rebobina, uma perca de tempo que não pode ser recuperada e deve ser cumprida.
A garota pulava de alegria por ter enfim seu próprio cantinho, sem ter que se preocupar com muita coisa, além de seu mais novo objetivo: a sua vida profissional. O primeiro passo, sabia ela, era conhecer seu pokémon inicial. Enquanto saía do prédio, acenou para quantos conseguiu, com o sorriso mais bobo do mundo. Alcançando o portão, enfiou a mão em sua sacola e pegou a pequena esfera de duas cores que lutavam constantemente por espaço - nada como coisas tão simples para lhe ensinar coisas tão incríveis, como o equilíbrio da natureza, a dualidade das coisas e a temperança de Aristóteles. Esticou seu braço e fez os movimentos necessários para que a pequena alma se libertasse; e assim ocorreu, com um raio vermelho, rápida como um relâmpago.
- Olá - seu sorriso bobo tornou-se ainda mais bobo -, sou Sofia Ayanami, sua nova companheira. Até aqui estamos entendidas?
A bolota rosa, assustada, recuou, e hesitou, e retrocedeu, e desandou, e retrogrediu, e retrosseguiu e retrogradou e seu rosto roseou-se ainda mais antes de se acostumar com a situação o suficiente para conseguir ficar consideravelmente quieta: era muita informação de uma vez só - o lugar, a pessoa, a voz, o cheiro, as coisas que Ayanami disse e as coisas que ela entendeu.
- Ah - disse, tentando, com um tom de voz menos ditador, parecer mais amigável -, que doce. Vamos lá, você consegue fazer melhor que isso. Vou tentar de novo: sou Sofia e amaria ver um sorriso no seu rosto e uma expressão de aceitação.
O pokémon, entre hesitações, confirmou o que a garota disse com a cabeça e tentou ao máximo forçar um sorriso; ficou então claro para a garota que a criatura era naturalmente tímida. Prosseguiu:
- Haha, muito bem, você é um doce. Agora, que tipo de comida você gosta? Passei o dia fazendo coisas de gente crescida e acabei me esquecendo de comer. E então, onde acha que poderíamos ir?
O estômago da miltank contorceu-se e gemeu. Envergonhada, correu em direção à parte residencial da cidade, parou quando percebeu que sua companheira não a acompanhava e voltou a correr quando percebeu que ela havia entendido toda a situação - o lugar onde iriam comer ficava naquela direção.
A garota pulava de alegria por ter enfim seu próprio cantinho, sem ter que se preocupar com muita coisa, além de seu mais novo objetivo: a sua vida profissional. O primeiro passo, sabia ela, era conhecer seu pokémon inicial. Enquanto saía do prédio, acenou para quantos conseguiu, com o sorriso mais bobo do mundo. Alcançando o portão, enfiou a mão em sua sacola e pegou a pequena esfera de duas cores que lutavam constantemente por espaço - nada como coisas tão simples para lhe ensinar coisas tão incríveis, como o equilíbrio da natureza, a dualidade das coisas e a temperança de Aristóteles. Esticou seu braço e fez os movimentos necessários para que a pequena alma se libertasse; e assim ocorreu, com um raio vermelho, rápida como um relâmpago.
- Olá - seu sorriso bobo tornou-se ainda mais bobo -, sou Sofia Ayanami, sua nova companheira. Até aqui estamos entendidas?
A bolota rosa, assustada, recuou, e hesitou, e retrocedeu, e desandou, e retrogrediu, e retrosseguiu e retrogradou e seu rosto roseou-se ainda mais antes de se acostumar com a situação o suficiente para conseguir ficar consideravelmente quieta: era muita informação de uma vez só - o lugar, a pessoa, a voz, o cheiro, as coisas que Ayanami disse e as coisas que ela entendeu.
- Ah - disse, tentando, com um tom de voz menos ditador, parecer mais amigável -, que doce. Vamos lá, você consegue fazer melhor que isso. Vou tentar de novo: sou Sofia e amaria ver um sorriso no seu rosto e uma expressão de aceitação.
O pokémon, entre hesitações, confirmou o que a garota disse com a cabeça e tentou ao máximo forçar um sorriso; ficou então claro para a garota que a criatura era naturalmente tímida. Prosseguiu:
- Haha, muito bem, você é um doce. Agora, que tipo de comida você gosta? Passei o dia fazendo coisas de gente crescida e acabei me esquecendo de comer. E então, onde acha que poderíamos ir?
O estômago da miltank contorceu-se e gemeu. Envergonhada, correu em direção à parte residencial da cidade, parou quando percebeu que sua companheira não a acompanhava e voltou a correr quando percebeu que ela havia entendido toda a situação - o lugar onde iriam comer ficava naquela direção.