Open your mind!

Com a pokébola de Sandshrew em mãos, estendi meu braço apontando para a mesma e recolhi-a. Enquanto pegava a capsula do pokémon venenoso, Grimer.

- Belo trabalho, Sands! Estou orgulhoso de sua performance neste combate, meus parabéns. - Fitei o pokémon elétrico e atirei a esfera do pokémon lamacento em campo, liberando-o. - Grimer, saia! Vamos terminar este combate, está vendo aquele grandalhão no buraco? Atire seu Sludge nele, duas vezes!

Grimer estava cem por cento no combate, a chance de vitória aumentou com ele ali. Mas ainda não subestimaria o oponente, que por sinal estava se saindo muito bem, mesmo sendo um selvagem.

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Elogiei Grimer pela vitória, e com um sorriso contente no rosto, recolho o pokémon venenoso enquanto saco uma Grat Ball e atiro-a no monstro, visando captura-lo. A ansiedade neste momento se torna o centro do meu peito, o resultado da captura era o mais importante até então.

Caso não capturasse. Jogaria mais uma pokébola. Se sim, seguiria caminhando pela rota.

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Com a captura sendo um sucesso, decidi voltar a caminhar pela rota, sentindo a leve brisa que soprava e deixava meus cabelos ainda mais bagunçados. Coloquei minhas mãos no bolso e reduzi a velocidade dos passos, observando o céu estrelado que, juntamente com a lua, formavam uma linda paisagem.

Me sentia um pouco solitário, pois não tinha outros amigos treinadores além de Joey, e a amizade com meus pokémon talvez não fosse das melhores. Uma renovação era necessária, talvez um novo começo. Ou então alguns dias de treino intenso.

Me aprofundava nos pensamentos mais e mais a cada segundo, chegando até a refletir sobre meu pai. Nunca conheci-o pessoalmente, as únicas informações que tinha sobre era sobre ele ser uma pessoa generosa e tratar muito bem seus pokémon, um treinador exemplar.

"Puxa vida. Tanto Joey quanto meu pai são treinadores exemplares, por que logo eu tenho que ser a ovelha negra?" Pensei, enquanto abaixava a cabeça e balançava-a negativamente, soltando junto um profundo suspiro.

Parei de caminhar, mexi nas minhas coisas e retirei a capsula de Wartortle, liberando o mesmo de sua esfera. Ele saía e chacoalhava sua cabeça, abrindo seus grandes olhos e fitando-os em mim, ao mesmo tempo que estampava um sorriso contagiante em sua cara.

- Então Wartortle. Que tal observar um pouco este céu, enquanto lamentamos minha falha na Copa União? - Gargalhava levemente após falar. O pokémon me olhou e estranhou, não entendendo minha reação. Retruquei. - Que foi? Só estou falando a verdade. Que tal caminhar um pouco? Lembrar os velhos tempos, quando você ainda era um pequeno e medroso Squirtle. No nosso primeiro encontro na rota um, quando enfrentamos um grandalhão chamado Kangaskhan.

Wartortle sorriu, virou-se de costas e logo saiu caminhando, acelerei o passo e parei do lado dele. A tartaruga encarava o céu e seus olhos brilhavam, aquilo era realmente encantador, para qualquer pokémon. Era injusto apenas o aquático ter uma visão privilegiada assim.

- Vamos procurar algum campo aberto e observar isso com nossos outros parceiros, Wartortle! - Ao ouvir isso, o pokémon ficou animado. Vi a reação dele e saí correndo, ele me seguiu. E assim, partimos para procurar um campado aberto, sem muitas árvores.

- Espera! - Gritei, fazendo a criatura parar e tombar no chão, o que me fez dar boas gargalhadas. - Se acalma, amigão! Só ia dizer para nós voltarmos. Há um lago mais para trás muito lindo de se observar. E você é aquático, vai gostar muito! Venha, me siga!

Então, demos a meia volta e saímos para procurar o lago que encontrei mais cedo. Pretendia, ao chegar lá, liberar todos meus pokémon, para que todos pudessem usufruir da paisagem. Também aproveitar para curar Sandshrew mais uma vez, afinal, a tatu-bola estava bem machucada, e seria injusto para ela ficar ferida enquanto todos estavam saudavelmente bem.

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Com um sinal de minha mão, mandei Wartortle se aproximar de mim. O pokémon aquático não demorou para se agrupar e logo ficou na minha frente. Sendo assim, peguei o Silph Scope mais uma vez e também a pokédex.

A tartaruga ficara alerta o tempo inteiro, estava determinada a enfrentar qualquer desafio que fosse posto em diante de nós. - Wartortle, use o Protect em nossa volta. - Falei para meu parceiro, que rapidamente criou a barreira mágica nos cercando.

Protegido e com o binóculos e pokédex em mão, espiei cada canto daquele breu da rota e do lago, apontando a máquina rubra para o mesmo local que observava, caso fosse um pokémon, o aparelho aptaria e me informaria o que era.

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De repente, surgiu, do meio da escuridão, uma garota, jovem e atraente. Aparentava ser alguma espécie cigana, devido as roupas de tom dourado que vestia, além de jóias raras.

Fitei a moça sem dar muita atenção a sua traçante beleza. Um pouco desconfiado pelas palavras ditas por ela, alegando que havia uma energia negativa em minha volta, mesmo assim, aparentava ser calma e tranquila, e transmitia tal sensação. Falei.

- Olá, sou Gray Mathew, treinador e venho de Pallet, uma pequena cidade no interior do continente. - Suspirei profundamente enquanto fechava os olhos. - Vibração negativa? Grande impasse... - Desviei a face para um lado e tentei escondê-la. - Se eu não fosse um ser arrogante e um péssimo treinador, talvez não estivesse passando por isso.

Neste momento, Wartortle me encarou e demonstrou um olhar triste, ao mesmo tempo confuso, pois nunca me vira assim em todo nosso tempo juntos. A tartaruga, agora brava, encarou Samara, culpando-a por seu treinador estar agindo daquele modo.

- Acalme-se, Wartortle. Ela talvez só queira ajudar. - Falei para o aquático enquanto me sentava com os braços sobre os joelhos. - Me desculpe, Samara. Não queria lhe incomodar com essa "vibração" negativa..

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