Thunder bolt

Off: Olá, serei sua narradora nesta rota. Espero que possamos fazer uma boa rota juntos ^-^

---

Saindo de Saffron em busca de algum dos pokémons que haviam fugido da usina elétrica de Vermilion se encontrava um jovem coordenador. Aquela era uma notícia que estava sendo muito comentada entre treinadores, que buscavam capturar algum dos pokémons raros que haviam sido citados na notícia e por isso a rota estava mais movimentada do que o normal.

Seguindo o conselho de seu pai, Valentain procura pelo lago da rota, mas tudo que encontra lá são vários casais de namorados, o que desanima um pouco o rapaz que ainda estava solteiro. Mais desanimador ainda era ter que ficar ouvindo os risos felizes e apaixonados dos outros... ou não. O riso que podia ser ouvido por Valentain não era de um dos casais apaixonados, mas sim de alguém que se escondia no topo de uma árvore ali perto e não era nem um pouco apaixonado.

Sentado em um galho de uma árvore estava um rapaz que devia ter seus 17 ou 18 anos. Ele tinha cabelo preto e liso, um pouco comprido de forma que podia cobrir seus olhos dependendo da posição e vestia uma jaqueta preta com alguns detalhes em branco e uma calça jeans também preta. Ele estava rindo tanto que até se desequilibrou da árvore, caindo sentado no chão.

- Ai! Você tinha que ver a sua cara. – disse entre risos enquanto passava a mão no local dolorido pela queda – Aposto que estava pensando em algo como “Queria tanto ter uma namorada também...”

Olhando de perto, o rapaz possuía bonitos olhos tão azuis quanto o bonito lago dali. Ele também usava um lenço branco amarrado no pescoço. O lenço parecia ter um desenho ou apenas um pequeno detalhe em vermelho, mas da forma com que estava amarrado não era possível saber o que era. No geral, era um rapaz bonito e a julgar pela reação dele, não tinha problemas com as garotas.

Off: Um pequeno conselho: eu não me importo muito, mas alguns narradores podem não gostar que você fique pressionando-os. Você já deixou claro no primeiro post que está atrás de um pokémon elétrico, não precisa ficar pedindo para eu te dar um.

---

Ao ouvir a resposta do coordenador o rapaz se levantou rapidamente, sentindo alguns lugares doloridos ainda, mas não se importava muito com a dor.

- Hum… Então você joga no outro time, é? Ah, espera!

Antes que o rapaz pudesse continuar com suas provocações, Valentain saiu correndo. Ele procurava por um daqueles pokémons elétricos, não tinha tempo para ficar lidando com aquele desconhecido. O coordenador prestava atenção a sinais de algum pokémon elétrico por perto, mas não havia sinal de nenhum. Segundo as notícias, os pokémons desaparecidos poderiam estar assustados com o lugar estranho e talvez estivesse se escondendo. Enquanto continuava em sua busca, Valentain ouviu um riso familiar, um que ele não queria ouvir tão cedo.

- Então você é outro desses treinadores idiotas que estão atrás dos pokémons elétricos. Sabe de uma coisa? Não é legal deixar os outros falando sozinhos. As pessoas podem ficar irritadas.

Por um segundo, o rosto do rapaz que estava sempre sorridente demonstrou um olhar sombrio, mas ele logo voltava a sorrir.

- Mas se você pedir perdão direitinho posso pensar em te desculpar. E talvez eu até te conte onde eu vi um desses pokémons elétricos...

O rapaz mostrava um olhar de superioridade e parecia se divertir com a situação. Ele havia gostado de implicar com Valentain e isso significava que não seria tão fácil se livrar daquele chato.

Off: Imaginei que pudesse ser brincadeira. Mas nesse caso evite usar o imperativo com pessoas que você mal conhece. Isso pode ser entendido de forma errada e causar confusões.

---

Ao contrário do que Valentain pensava, aquele comportamento não era o suficiente para afastar o rapaz irritante. Ao contrário, ele apenas via aquilo como uma brincadeira e também entrava no jogo, mas ao seu jeito.

- É senpai-sama para você. Mas como você reconheceu seu erro, acho que posso deixar essa passar e fazer esse favor para meu querido kouhai.

O rapaz acariciava a cabeça do coordenador enquanto falava. Ele o estrava tratando como uma criança perdida. Ou quem sabe um cachorrinho sem dono? O certo é que ele ainda estava se colocando em uma posição superior. Mas por mais desagradável que aquela situação pudesse ser pelo menos o rapaz havia concordado em levá-lo até o pokémon elétrico.

Assim, os dois voltaram para perto do lago, onde estavam antes. Não parecia ter nenhum pokémon por ali, mas o rapaz demonstrava confiança de que havia um ali. Ele ficou parado por um tempo até que decidiu falar algo.

- Minha memória anda um pouco ruim esses dias... Acho que era aqui que eu vi aquele pokémon elétrico... E eu tinha certeza que tinha um jeito de atraí-lo, mas não lembro como era... Quem sabe se você se ajoelhar e implorar que o pokémon apareça ele não venha?

Era óbvio que ele estava brincando mais uma vez, mas para muitos aquilo já estaria passando dos limites. O que Valentain faria?

Aquele rapaz já passava do limite e ter a ajuda dele não valia a pena para perder mais tempo com alguém tão irritante. Valentain havia se cansado dele e ia embora, mas o rapaz não queria perder o alvo de suas provocações tão cedo.

- Certo, certo. Acho que eu exagerei dessa vez. Como compensação eu te ajudo a atrair um pokémon elétrico.

O rapaz pegou uma pokeball e liberou o pokémon de dentro dela, revelando um pequeno pokémon amarelado com longas orelhas terminadas em uma coloração azul. A marca daquele pokémon eram as marcas em suas bochechas e eu rabo em forma do sinal de menos. Aquele era um dos pokémons que estavam listados entre os que fugiram da usina, Minun, e se o rapaz havia capturado aquele pokémon por ali havia uma grande probabilidade de que seu oposto, Plusle estar por perto, uma vez que os dois costumam ser vistos juntos.

- Aqui está. Eu capturei o Minun por aqui não tem muito tempo, mas o amiguinho dele escapou. Ele deve estar por perto e se você quiser pode tentar capturá-lo. Ah, ali.

O rapaz chamava a atenção para um arbusto próximo a Valentain onde era possível perceber uma movimentação. De vez em quando o Plusle mostrava sua cara para ver seu amigo, mas logo voltava a se esconder.

Ao receber o desafio de Valentain, o rapaz apenas deu de ombros e disse com um tom de indiferença.

- Eu disse que sabia como encontrar um pokémon elétrico e aí está. Se não é o que você queria azar o seu.

O Plusle olhava nervosamente para os treinadores e não percebeu quando o pokémon venenoso se aproximou por trás. Junpyn assustou e causou um pouco de dano no pequeno pokémon elétrico com o Astonish. Aquilo fez o Plusle sair correndo do arbusto buscar um apoio no seu amino, Minun, mas assim que o pokémon positivo tocou no negativo, este se afastou e revelou não ser quer parecia e sim um Zorua. Aquilo foi um choque para o pokémon elétrico, que começou a chorar, soltando um Growl junto com seu choro que incomodava a todos no local.

Assim que o som irritante diminuiu, o rapaz de preto se aproximou do pequeno que ainda deixava alguns soluços escaparem.

- Parece que não era o seu amigo. Que pena, não é? – Disse em um tom de ironia

O Zorua também ria, se divertindo a custo do Plusle. Aquela situação era diferente de uma batalha como estava acostumado, mas o Croagunk seguiu com as ordens de seu treinador e atacou com o movimento super-efetivo. Plusle ainda estava um pouco confuso e triste, mas o último ataque que havia tomado o fez se virar para Junpyn parecendo que iria contra-atacar mas apenas esfregou sua bochecha no pokémon venenoso em um ato que parecia até carinhoso, como se ele buscasse consolo. A princípio, aquilo não parecia ter feito muito além de um fraco choque momentâneo, mas logo algumas faíscas começaram a sair do corpo de Croagunk, significando que ele havia ficado paralisado.

---

---