Gabriel ficou perplexo com explicação do médico, afinal não esperava por aquela situação. Muito pelo contrário, o pedido do médico ainda o pegou de surpresa e o fez começar a ponderar seriamente sobre o que havia sido dito.
"Para ser honesto, acreditei que a velha pudesse ter algum problema ou doença, mas não pensava que poderia ter sido algo causado pela morte de um parente... Acho que não faz mal eu atrasar um pouco meu voo para Kanto. Talvez eu possa mostrar uma coisa ou duas para esses garotos.... sem contar que pode ser bom para Anna ter algum contato com outras crianças de sua idade, mesmo que ela provavelmente não esteja recuperada ao ponto de sair brincando com elas." - O loiro pensou, mantendo um silêncio absoluto enquanto observava o teto do local. Anna então puxou-o levemente pela manga da camisa, o que o fez trocar olhares com a garota e sorrir, assegurando-a de que estava tudo bem. Feito isso, seu foco foi direcionado ao Pokémon que estava em seu ombro.
- O que acha, Ralts? - Ele questionou e em seguida fora respondido com um calmo gesto afirmativo feito pelo psíquico, o que o incentivou a virar-se para o médico e repetir tal gesto com a cabeça, confirmando que estava disposto a fazer aquilo. - Acho que não tem problemas, então.
Quando terminou de falar, Gabriel fitou Anna por alguns segundos e refletiu sobre pelo quê exatamente a garota estava passando naquele dia... embora talvez a falta dos pais a fizesse buscar pessoas para protegê-la e naturalmente isso incluía algum idoso com a qual ela simpatizasse. Na verdade, ele entendia esse sentimento de buscar conforto em pessoas de idade avançada, pois por culpa à separação de seus pais ele mesmo foi criado pelos avós maternos e sua mãe, embora Anna estivesse numa situação completamente diferente por, de acordo com o que ele havia aprendido desde que a encontrou, ter perdido toda a sua família da pior forma possível. Talvez ela simplesmente estivesse começando a se abrir mais? O loiro suspirou e negou tal possibilidade, até mesmo ele era capaz de saber que aquilo fora mais obra do acaso do que uma norma que a criança estaria seguindo, ela ainda precisaria de meses para curar seus ferimentos emocionais apropriadamente.
Off: É exatamente por ser o clichê que é a primeira coisa a vir na cabeça. q
E não gosto de novela, acho que denigre o cérebro e ajuda a apodrecer a sociedade. Sem contar que as "tramas" seguem um padrão genérico e lixoso. u.u