[Faixa 01] A vista de tarde.

Sorriu sinceramente pro fantasminha, parecia ser simpático ele. E lutava bem também, isso não teria como negar de jeito algum. Além do mais, havia tudo dado certo, não tinha do que reclamar. Até escutou um clique saudoso vindo da pokébola atirada no Rhyhorn, que simbolizava a captura realizada. Vendo que ele tinha escolhido e pego suas frutas, catou o que sobrou e colocou na mochila. Começou a rir alto. Daria muito certo com aquele treinador!

[Zoey] - Finalmente, a primeira pessoa que encontro em Johto que conheça a banda!

Abraçou Giovanni sem ligar pra convenções sociais ou vergonha na cara. Estava feliz, ué. Quando uma terceira pessoa chegou, soltou-o de seu abraço e encarou-a. Parecia ser alguém que trabalhava com laboratório, dada a indumentária, mas poderia ser também alguém que apenas gosta de se vestir assim. Zoey ajeitou a própria saia e levantou os óculos de sol para o topo da cabeça, mostrando os olhos castanhos ferozes, que analisavam vorazmente cada detalhe que aquela mina deixava passar.

[Zoey] - Ele não era seu, né? A pokébola funcionou.

Falou num tom mais agressivo que o desejado.

Escutou a resposta da mulher com atenção, tendo certeza de absorver cada detalhe do que ela disse. Bem, se o pokémon não era dela, não havia problema nenhum. Tinha escutado alguma coisa de alguém que estavam ocorrendo umas chuvas muito loucas por Johto e sentiu uma pontada de curiosidade. O que estava acontecendo, afinal? Olhou para o rapaz que acabara de conhecer assim que o celular da moça tocou, checando as reações dele. E ficou bastante animada com o que ela lhe disse a seguir: Havia outro "fugitivo"? Ela queria saber quem era, e, talvez, derrotá-lo! Aquela sensação de luta lhe trouxe tamanha nostalgia que queria viver de novo. Esperou a mulher - Lorelei - se afastar, e sorriu pra Giovanni.

[Zoey] - Ei cara, num tá afim de ir checar esse outro doido não?

Olhou pro seu parceirinho e ele lhe retribuiu com coragem. Começou a pular e gargalhar, sabendo do novo desafio que se aproximava. Fang era entusiasmado, esse tanto Zoey já tinha percebido. Eles certamente iriam se dar bem. Caso o menino decidisse que sim, partiriam para a busca do monstro perdido. Se não, ficariam ali mesmo, ou toparia qualquer outra ideia que o guri tivesse.

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O céu enegrecido deixava a moça com um ar diferente. Não era alegre ou triste, era uma sensação singular, particular, única. Seu parceiro não ligava, entretanto. Chuva ou sol, aquele bicho tava ligado em 220v, era certeza. O Totodile seguia pulando e dando mortais, hora ou outra surgia repentinamente na frente do Gaspar em tentativas falhas de assustá-lo, porque gargalhava muito. Zoey caminhava de forma vagarosa, mas com pisadas firmes, ao lado do temporário companheiro de viagem. Olhava em seus olhos de tempos em tempos, e sorriu sinceramente quando ele tomou iniciativa pro diálogo.

[Zoey] - Eu sou de Virbank, em Unova. - Fez uma breve pausa, mas prosseguiu. - Saí de casa pra poder seguir os Arctic Mankeys pelo mundo, mas me perdi da caravana e desde então perambulei por Hoenn e vim parar aqui. Tava até sem ideias de como lidar com as rotas, mas o Fang virou o meu parceiro por acidente. - Sorriu pro jacaré azul. - Uma feliz coincidência.

Percebeu o quanto o jovem prestava atenção no trajeto e soube que poderia confiar nele. Queria batalhar mais uma vez, sentir aquela sensação gostosa viajando suas veias. Mas também queria saber um pouco mais sobre Giovanni.

[Zoey] - E você, veio de onde?