Off: Ao narrador, esta é uma rota de "terapia intensiva" para a char e galvantula. O foco é melhorar a relação entre eles, as informações sobre o porque estarem tão mal estão no box, me manda MP se quiser saber algo mais.
Choque emocional
Diante de uma das muitas áreas abertas cheias de vegetação de Viridian, a coordenadora tinha decidido iniciar seu treinamento (ou terapia intensiva) ali mesmo. Havia árvores um pouco mais afastadas, um pequeno lago e grama alta ao redor, nenhum construção próxima ou pessoas passando constantemente, logo, não teria maiores problemas caso perdesse o controle da situação. Ame já tinha mentalmente traçado um plano de como faria, começando por como manter seu rancoroso aracnídeo incapaz de fugir e de tentar ataca-la durante a conversa. Liberando Sableye e Mime das pokeballs, ela explicou o que aconteceria e como eles deveriam agir, Sableye se aborreceu por novamente ser solto para obedecer as ordens da garota, embora estivesse um pouco curioso já que iria conhecer outro pokemon dela que simplesmente a odiava.
_Para de rir! _ Ame falou irritada ao ver o pokemon sombrio sorrir quando ela explicou como capturou Galvantula e como este era totalmente arisco _ Eu tive que pega-lo ou ele ia morrer lá! Não foi algo bom de fazer, naquelas circunstancias, se fosse... _ Ela gemeu mordendo o lábio, se fosse diferente teria valido a pena? Não foi bom ter obtido facilmente um pokemon forte como aquele? "Não, não foi! Não assim..." ela disse para si mesma.
Mime parecia temeroso e preocupado vendo sua dona surtar na sua frente, mesmo que ela não estivesse gritando ou fazendo caretas de dor, ela tinha um jeito inquieto, um olhar distante. O psíquico suspirou pesadamente, ele lembrava bem daquele momento, da sua derrota para aquele robô sinistro.
_Prontos? _ Eles assentiram se preparando enquanto ela pegava a pokeball do galvantula, girando entre os dedos, hesitando até Sableye gemer para faze-la se apressar. _ Certo!
A coordenadora liberou Galvantula e como esperado, o aracnídeo tomou alguns segundos antes de decidir ataca-la, mas foi detido pela intromissão de Mime que assumiu a dianteira e usou seu poder psíquico para prender a aranha dentro de um cubo criado por suas barreiras, como garantia, Mime manteve as pernas da aranha imoveis com sua telecinesia, era um tanto dificil, pois o elétrico era muito forte. Sableye usou seu Mean Look para paralisar e impedir que Galvantula pudesse pensar em fugir. Nesse momento, Ame mostrou-se hesitante, seria o momento dela explicar tudo, mas ainda assim algo lhe dizia que não tinha como conversar com o pokemon, ela precisava mostrar que ele não estava em perigo, que ela não era a culpada do que houve, que ele não era um prisioneiro sequestrado.
Ajoelhada diante da aranha que se contorcia dentro do cubo, tentando se livrar para tentar lhe matar, Ame não conseguia encarar Galvantula, sabia que havia um olhar de ódio dirigido á ela. O pokemon elétrico ainda se remexia, tentando quebrar o poder de Mime, em algum momento enquanto ele tentava se libertar, a humana colocou uma bola entre ela e ele. Uma pokeball, a que ela usou para lhe capturar, a que agora era sua prisão, ele não era mais o parceiro de Rolland por causa disso, por causa dela! Se não fosse por essa garota, eles não estariam separados, ela lhe sequestrou enquanto ele ficou lá naquele lugar estranho sozinho, esta humana cabisbaixa na sua frente era culpada por tudo, ela devia morrer.
_Eu sei claramente o que você pensa..._ Hesitante, Ame segurou a esfera bicolor firmemente entre suas mãos _E você 'ta errado! _ Ela disse antes de partir a junção da pokeball, dividindo-a em duas peças, quebrando de vez a ligação dela com o pokemon. _ Pronto! Eu não sou mais a sua dona! Você não é um maldito prisioneiro, vitima, o que for! Você pode me ouvir agora!?
Silencio se estabeleceu, pesado e incomodo. Ela tomou isso como incentivo para começar. Ame optou por fazer como a retirada de um curativo, de forma direita, sem tempo para pensar em maiores consequências ou dores.
_Você sabe que o seu dono queria me testar, eu passei e depois nós ficamos presos naquele lugar subterrâneo, você foi colocado na sua pokeball e por isso não viu o que aconteceu com Rolland... Nós fomos atacados por um inimigo muito forte que realmente lutava para matar... Ele matou Rolland e, nos poucos segundos que tive pra pensar, eu peguei sua pokeball e fugi, depois disso é o que você lembra, eu quebrando sua pokeball e capturando com a minha...
Detalhes foram obtidos, Galvantula não precisava saber exatamente como o segurança morreu, perfurado por espinhos, isso não tornaria a situação melhor para nenhum lado. Ame estava perdida dentro de si mesma, novamente estava diante dessa situação e desta vez parecia que não haveria progresso. Se com Sableye ela conseguiu acalmar as coisas, com Galvantula, no minimo e com sorte, ela só conseguiria lhe explicar a situação, o seu sentimento contra ela iria melhor, assim pensava.
_Eu não quero que vá porque eu realmente gosto de ter um pokemon tão forte, tão bonito como você, mas pelas circunstancias, pelo seu ódio, por tudo... Ainda é tão... Confuso! Rolland foi enganado por alguém e isso levou a tudo aquilo, ele morreu, eu quase morri, assim como os meus pokemon e você também, eu não tenho respostas para te dar, só quero que... Me entenda agora, só isso.
Ame não percebeu que Mime tinha parado de conter os membros da aranha, só mantinha a barreira erguida e mais expandida que antes, dando mais liberdade para o aracnídeo se mover dentro dela. Galvantula não esboçava reação além de inquietude, seus membros tremiam e o olhar não desviar da humana que, em contra partida, só encarava o chão aonde estava a pokeball partida. Estava devastado, ela realmente estava lhe dizendo a verdade? Seu dono tinha mesmo morrido naquele lugar? Eles foram enganados? Mas por que?! O que esta humana patética na sua frente tinha que faria alguém enganar seu dono para fazer tudo aquilo? As duvidas se acumulavam e nenhum possível resposta surgia.