VI - Protetor

Eram 17:47 quando Chris colocou o primeiro pé para fora de Viridian. Embora, tivesse acontecido muita coisa na Cidade Verde, não passara tanto tempo assim na cidade, tendo em vista a hora que despertara. Ouvira recomendações da mãe, ao telefone, sobre não entrar na Floresta de Viridian à noite, mas o que de tão ruim poderia acontecer lá que não poderia ser evitado pela manhã?

A Rota 02 não era exatamente uma rota extensa, mas ainda assim, dava a Chris uma sensação triste de solidão. Talvez essa sensação tenha sido aflorada após o novo sumiço do irmão em Viridian, que saia de sua vista sem sequer deixar um contato com ele. Tentando afugentar pensamentos tristes, fez o que mais gostava de fazer durante as rotas: liberou todos os pokémons de suas respectiva pokébolas e os cumprimentou.

-Só faz algumas horas desde a última que nos vimos, mas eu estava com saudades, he he. Aquele Stantler acabou com a gente não foi mesmo? Mas não se sintam mal. Assim que chegarmos em Pewter treinaremos mais. Por enquanto vamos apenas aproveitar a companhia um do outro, tudo bem?

Os pokémons grunhiam em resposta. Silker sobrevoava a cabeça de Chris, enquanto o garoto colocava Kraken sobre ela, em seu lugar de costume, e Hel se aproximava dele o máximo possível. Argent, Sansão e Volcano apenas acompanhavam os passos do treinador. Juntos eles seguiam até a Floresta. Mas o que poderia interromper o caminho do jovem e de seus pokémons dessa vez?

Última edição por Chris Ayusa em Sáb Ago 29 2015, 15:10, editado 1 vez(es)

A curta e tranquila caminhada de Chris rumo à Floresta Viridian encontarva seu primeiro obstáculo a superar: um pedido de socorro. Ver o homem sendo perseguido pelo inseto preto e amarelo despertava no garoto seus instintos de treinador e pensando rápido olhava para Silker, estendendo o dedo na direção da abelha:

-Confusion. Duas vezes.

Chris comandava, Silker obedecia e uma batalha equilibrada se estabelecia: o poder psíquico do Butterfrre contra os ferrões do Beedrill. Chris, munido com a costumeira empolgação tornava a dar ordens para seu inseto:

-Silker, continue com os Confusion!

Com os últimos comandos Silker terminava a batalha derrotando a abelha e, momentaneamente, cessando o perigo trazido pela mesma. Após ponderar se capturaria ou não o inseto, e dexidindo-se pela resposta negativa, o jovem guardava a pokébola de volta na mochila e perguntava ao homem que parecia tecer anotações sobre o inseto caído:

-Tá tudo bem aí?

Chris e seus outros pokémons olhavam para o homem com a mesma curiosidade que ele examinava Silker, enquanto se recuperava de um susto e se apresentava:

-Ah! Meu nome é Chris, sou um treinador. Você disse Unova? Onde isso fica? Não existem Butterfrees por lá? Elas são tão comuns por aqui... Esse é o Silker. Ele é um macho. O que você tanto anota aí? -dizia, tentando enxergar por sobre o ombro do homem.