#01 - Iniciando a jornada

Rota 101

Foi tudo muito rápido. Em um minuto Treecko e Wurmple estavam batalhando e no minuto seguinte, apenas Treecko estava de pé. A batalha havia terminado e eu tinha vencido.

Fiquei parado, como se estivesse paralisado. Mal pude acreditar que tinha vencido aquela batalha. A sensação era tão boa, uma mescla de alívio, felicidade e sensação de dever cumprido. Minhas mãos tremiam, mas era de felicidade.
-- Nós conseguimos Treecko. Vencemos nossa primeira batalha!!!

Corri para abraçar meu pequeno amigo verde e aproveitei para tirar os fios grudentos do seu corpo. Treecko bateu de leve no seu peito e fez uma pose formal, como se dissesse que já sabia o resultado da vitória. Caminhei em direção a Tyson e ouvi o que o mesmo disse.
-- Apesar da rota ser perigosa, Treecko e eu iremos por ela. O que seria uma aventura sem um pouco de perigo? - disse, sorrindo para meu parceiro.-- Tyson, você batalhou muito bem. Com certeza Wurmple é forte. Obrigado por compartilhar seu aprendizado conosco. - disse, em respeito ao jovem treinador.

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     Kailas e Treecko estavam contentes com a vitória sobre Wurmple, e Tyson estava disponível para ajudá-los naquela estrada, mas parecia que isso não era muito do interesse do novo aventureiro, que após suas palavras, fez Tyson encará-lo com dúvida. Não demorou muito para o caçador de insetos desejar boa sorte e partir em sua própria jornada, quem sabe o encontrando futuramente.

     — Até mais, então. — Entrou nos arbustos, e somente sua levantada ficou visível. — Boa sorte!

     Agora sozinho, Kailas avançou pela estrada de grama pisada e machucada. Encontrou uma outra subida que levaria ao topo do monte, onde poderia prosseguir para Oldale, mas antes que pudesse tomar a atitude de subir, foi parado por um urro, um grito de socorro vindo provavelmente de um Pokémon. Vinha de alguns metros para trás, dentre as árvores. Iria Kailas seguir a viagem ou checar o que estava havendo?

Rota 101

Enquanto caminhava e seguia com Treecko pelo caminho indicado por Tyson, lembrei de sua face de dúvida e sorri. Era mais comum de acontecer do que se possa imaginar, pois muitas pessoas acham a religião o qual minha família segue é, no mínimo, inusitada. Faz parte dos nossos preceitos agir com humildade, amor e respeito ao próximo. Talvez por influência da religião ou não, sempre tive tais preceitos em mim, e pode-se dizer que os resultados dificilmente foram insatisfatórios.

O caminho finalmente se mostrou na forma de uma subida, entretanto, antes que eu pudesse tomar qualquer atitude, um com alto e tenebroso ecoou pelo lugar. Era como alguém sendo ferido, muito provavelmente um pokémon. Olhei para Treecko e o pequeno retribuiu, com uma face de espanto. Sabendo o que deveríamos fazer, corremos em direção à fonte do grito. A paisagem mudou um pouco. A grama começava a ceder espaço para árvores semelhantes a pinheiros, com pontas finas e bases largas. Ali, Treecko e eu procuramos o que havia emitido tal som.

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     Se direcionaram pela direção do som. Treecko tinha mais facilidade em andar e rastrear, portando foi quem guiou a trajetória. Serpentearam e driblaram algumas árvores, até chegar num campo aberto. No meio dele estavam quatro Pokémon, sendo um de uma espécie diferente. Era uma espécie de furão com uma pelugem feita em camadas, era marrom e bege, e era cercado por três filhotes de lobos negros, estes que latiam para o furão.

     Um deles arriscou um golpe, mas por sorte, o marrom conseguiu esquivar-se. Kailas poderia ajudar o Pokémon, mas teria que enfrentar três monstrinhos de uma vez só! Como faria isto?

Rota 101

Me sentia um pouco mais elétrico cada segundo que me aproximava da origem do som. O coração batia acelerado. Olhei para Treecko e percebi que o mesmo já estava a uma boa distância de mim. Foi nesse momento que chegamos em uma espécie de clareira, muito bonita e cercada por imponentes árvores. Caminhei lentamente e logo pude perceber que se tratava de uma emboscada entre pokémons.

Sacando minha pokédex, abri a mesma e apontei, primeiro, para o grupo de pokémons de pelugem negra, seguido do pokémon que estava sendo atacado. Após reunir informações a respeito dos pokémons, olhei para Treecko a fim de tentar perceber seu estado atual. Muito embora tivesse enfrentado uma batalha dura, ele ainda parecia disposto a lutar um pouco mais.
-- Treecko, vamos ajudar aquele pokémon indefeso. Vai, use o Quick Attack no flanco do pokémon de pelo negro mais próximo. Coloque o máximo de força e tente empurrá-lo na direção de outro desse pokémon.

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     Diante de uma situação que trazia um leque de opções a se fazer, Kailas decidiu agir como um defensor dos direitos Pokémon, colocando seu Pokémon para ajudar aquele monstrinho bege que estava aparentemente indefeso. Antes que fosse atacar, preferiu ter mais informações dos Pokémon que ali estavam, e apontou a Pokédex para eles.

ZIGZAGOON

Zigzagoon, o Pokémon Guaxinim. É extremamente curioso e assim acaba andando em ziguezague entre as coisas que o interessam.

POOCHYENA

À primeira vista, Poochyena dá uma mordida em qualquer coisa que se move. Este Pokémon persegue presa até que a vítima torna-se esgotado. No entanto, pode virar as costas se a presa contra-ataca.

     Após ter as informações desejadas, Kailas deixou que Treecko atacasse um deles. O Quick Attack pegou um dos caninos de surpresa, e foi lançado para o lado com bastante velocidade. Zigzagoon dava alguns passos para trás, e assistia os três Pokémon se voltarem contra Treecko. Como Kailas comandaria a partir daí?

Rota 101

A situação tinha se tornado um pouco desafiadora. Três Poochyenas agora encaravam Treecko e eu. O pequeno Zigzagoon tinha sido deixado de lado, o que me aliviou por algum tempo, já que ele tinha uma boa chance de fugir.
-- Agora é com a gente parceiro. Vai, usa o Absorb no Poochyena do meio e em seguida use o Quick Attack no Poochyena da esquerda!! Tente manter distância deles no final de tudo!!

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Rota 101

A tensão que antes existia, já começava a diminuir. Os Poochyenas perseberam que Treecko e eu estávamos determinados a enfrentá-los e fugiram, o que foi uma excelente ideia, já que éramos uma equipe bem poderosa.

O pequeno Zigzagoon se aproximou de mim, mostrando em sua face uma mescla de agradecimento e alívio. Com um pequeno lenço que trazia no meu bolso, limpei o melhor que pude o pequeno guaxinim.
-- Você precisa tomar cuidado, Zigzagoon. Mexer com pokémons ferozes nunca é boa ideia. - então uma ideia paira em minha cabeça.-- Vou fazer uma proposta para você. Por que não se junta a nossa equipe? Treecko e eu ficaríamos muito felizes em tê-lo e você não vai mais ter que se preocupar com pokémons selvagens. Venceremos batalhas juntos, como uma família e uma forte equipe. O que me diz?

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