Pokémon Mythology RPG
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19@ A Alvorada em Aztlán

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Ao abrir a janela do quarto em que acabara de acordar, Vincent se surpreendeu ao se deparar com um céu escuro e ruas iluminadas através das luminárias públicas. Olhou para a beliche e viu que na parte superior da mesma havia algo embrulhado nos lençois que sugeria ser um treinador dormindo, e, só então, procurar pelo relógio, descobrindo que ainda não era nem cinco da manhã.

Isso que dá dormir muito cedo, censurou-se enquanto recolhia os seus pertences silenciosamente para poder sair do quarto sem incomodar. Dormir cedo nunca fora um problema para o monotreinador; em Pallet, os pais dele costumavam dormir quase sempre as oito da noite, acordando de madrugada para cuidar da horta e preparar as frutas que seriam vendidas em feiras e mercados da cidade... Lembrar dos pais era doloroso para Vincent, que sempre tentava driblar tais lembranças quando estas resolviam dar o ar de sua graça.

Quando terminou de fazer tudo que tinha que fazer no Centro Pokémon, já era quase seis da manhã e os primeiros raios de sol traziam a alvorada para a cidade. Aztlán era um lugar realmente majestoso; o monotreinador, que estava longe de ser alguma espécie de hippie sensitivo ou esotérico, sentia que as ruas da cidade emitiam uma energia discrepante da das grandes metropolis tecnológicas. Freddie iria gostar daqui, pensou, lembrando-se da paixão do colega de viagem por antiguidade. A arquitetura era diferente de tudo que o rapaz já viu, pra onde ele olhasse, via canais de água interomperem harmoniacamente o avanço das ruas.

Cansado de admirar sozinho a paisagem, Vincent resolveu soltar dois dos seus monstrinhos: a bebê Skorupi e a Charmander inexperiente. A primeira, encarou o monotreinador com curiosidade, fazendo uma careta que não foi capaz de intimidá-lo. A segunda permaneceu parada ao lado da outra, olhou para os cantos e então cruzou os braços, aparentemente entediada. Ainda assim, a chama na ponta de sua cauda fez o frio do inicio da manhã diminuir um pouco, deixando o monotreinador mais confortável.

Vincent se apresentou para a inseto, disse que viajariam juntos e que esperava que os dois se dessem bem, tais palavras parecem ter convencido a filhote, que aceitou ir para os seus braços sem relutar. Já Charmander parecia mais distante e talveza o rapaz precisasse de mais que palavras para convencê-la.

Mas aquele não era o seu objetivo no momento. Vários dos seus pokémons aprenderam técnicas que ainda não dominam e ele tinha medo que acontecesse o mesmo que ocorreu na Copa Hoenn, onde um domínio completo da técnica poderia tê-lo classificado para as finais. Por conta disso, procurou por um lugar que pudesse treinar sem causar transtornos ou alguém que podesse ajudá-lo com tal tarefa. Elegeu Ekans como a primeira que deveria ter os seus movimentos dominados.

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Após uma pequena interação com as pequeninas de seu grupo, um jovem proveniente de terras distantes passava a procurar por um bom local onde pudesse treinar os movimentos não dominados de seus parceiros. Assim, ele se lançava por entre as misteriosas ruas de Aztlán, podendo apreciar em seu percurso parte das antigas construções que simbolizavam a rica história daquela região, assim como os importantes canais que a cortavam a cidade.

Dessa maneira, após alguns minutos de caminhada acompanhados pela claridade da manhã, o grupo se deparava com um comum parque, que detinha como o seu centro um pequeno lago rodeado por uma rasteira grama que se estendia por toda a extensão daquele local, além de algumas poucas árvores de médio porte distribuídas aleatoriamente por ali em conjunto de bancos, onde especialmente sobre um deles que ficava além do lago, um senhor de pele morena e uma visível barba branca aparentava cochilar tranquilamente enquanto se mantinha trajado por sapatos negros, uma calça de coloração cinza, uma camisa social branca em conjunto de um colete esverdeado desabotoado e um chapéu coco amarronzado, tudo a combinar com o blazer marrom que se encontrava esticado sobre o banco. Também poderia observar que uma estreita pista de corrida contornava todo o local, notando-se que pouquíssimas pessoas a utilizavam naquele momento, alguns acompanhados por iguais ou seus parceiros enquanto outros corriam solitariamente.

Adiante do claro lago e próximo onde o senhor dormia, poderia enxerga a existência de uma singular quadra de basquete, sem adornos ou qualquer outra coisa que chamasse atenção de forma especial. Ali, talvez, poderia ser um bom local para que as criaturinhas pudessem desenvolver suas habilidades. Mais além, fora dos limites do parque, um belo monumento de arquitetura antiga e esbranquiçada, muito semelhante a um templo ou uma igreja, se erguia acima das copas das árvores.

Como Vincent daria um real inicio para aquela manhã?

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Vincent encontrou o que deveria ser o espaço de lazer do bairro em que estava. Com quadra, lago, banco e etc, o lugar poderia servir para as ambições que o mesmo tinha ao começar a sua caminhada matinal. Algumas poucas pessoas circulavam pelo espaço, muitos aproveitando o inicio da manhã para praticarem um pouco de exercício, acompanhados de pokémons, outras pessoas ou simplesmente sozinhos.

Após dar uma breve estudada no parque, Vincent caminhou até a quadra vazia. Não quis incomodar ninguém que estava aproveitando a sua manhã, por tanto a escolha do lugar vazio e cercado por uma grade lhe pareceu a melhor opção. Ao chegar lá, depositou a Skorupi sobre o piso de concreto e encarou a Charmander enquanto procurava por duas de suas pokébolas.

Ekans e Nidorino foram projetados no meio da quadra, os dois trocaram olhares confusos e depois passaram a encarar o treinador deles. Enquanto isso, a pokémon bebê resolveu que seria uma boa chamar a atenção da Charmander, dirigindo-se até a mesma por trás, entretanto, ao se aproximar da cauda da réptil, acabou recuando, descobrindo que não gostava de fogo.

- Ekans, Nidorino, como estão? - o rapaz os cumprimentou, agachando-se para poder fazer um carinho na face do quadrupede, que abaixou as orelhas, rendendo-se ao afago. - Lembram que eu e alguns amigos ensinamos golpes a vocês? Preciso que trabalhem juntos e aperfeiçoem essas técnicas, assim poderão ficar mais fortes.

Skorupi correu até o treinador, esbarrando em suas costas. Sem tirar a atenção dos parceiros, Vincent, que ainda estava agachado, lançou os braços para trás das costas e agarrou o inseto, trazendo-o para o seu colo.

- Nidorino, use o Ice Beam no solo para tentar criar um rastro de gelo. Ekans, espere que ele termine e então use o Earthquake para tentar destruir o chão gelado. - O loiro orientou, levantando-se do chão. - Não tem problema se alguém falhar, é assim mesmo que acontece. - Alertou, afastando-se da dupla para que eles pudesse realizar o comando.

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De modo a não querer incomodar nenhum dos presentes ali, o jovem loiro acabara por escolher a quadra de basquete para iniciar o treinamento de seus parceiros, trazendo ao local um arroxeado de grandes orelhas pontudas e uma serpente da mesma cor que o outro, ambas as criaturas de natureza venenosa. Assim, sem delongas, ele passava a lhes explicar o que fariam ali, deixando que eles começassem logo após.

Com um aceno de cabeça, o Nidorino se pôs a se concentrar, então, após alguns segundos, seu corpo esfriou e ele abriu a boca, passando a fazer estranhos movimentos, como se quisesse que algo saísse dela, mas sem sucesso algum, notando-se certa falha em conseguir canalizar a energia gélida que percorria o seu corpo. Quanto à serpente, ficara apenas a olhar, já que deveria esperar as ações do outro para poder agir.

O que faria Vincent?

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Vincent e os seus pokémons trocaram olhares quando perceberam que nada aconteceu. Ekans foi a que mais pareceu confusa, compreendendo, por fim, que, de acordo com as orientações do seu treinador, não deveria mais realizar o tremor. Nidorino soltou um suspiro frustrado, mas a voz do rapaz fez com que ele erguesse novamente a cabeça:

- Estamos no caminho certo, tentem mais uma vez. Nidorino começa com o Ice Beam no solo e, desse vez, Ekans deve tentar realizar o Earthquake independente do piso estar congelado ou não. Compreendido?


Os dois pokémons começaram a se preparar no centro da quadra enquanto ele e a Skorupi se aproximavam da Charmander.  

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E perante os primeiros momentos um tanto atrapalhados daquele treinamento, o jovem, apesar da falha do quadrúpede em canalizar a energia gélida, apenas aconselhara aos dois venenosos que tentassem mais uma vez, fazendo um adendo à serpente de que deveria tentar utilizar o tremor independente do resultado da tentativa do outro. Assim, o treinamento recomeçava.

E da mesma maneira como fizera anteriormente, o Nidorino colocara-se a se concentrar, fazendo com que logo se notasse um peculiar esfriamento em seu corpo. Assim, mais uma vez, ele escancarara a boca e passara a tentar mover toda a energia gélida que percorria o seu interior em direção a ela, deixando que pequenas fagulhas de um raio azulado se fizessem presente nela. Entretanto, apesar do grande avanço, ainda não conseguia manter a energia gélida por muito tempo, impedindo-o de concentrar melhor tal coisa e disparar os raios naquele momento.

Quanto à serpente, seu trabalho parecia ser bem mais simples, já que sua técnica consistia em apenas criar um tremor. Dessa maneira, ergueu a cauda o mais alto que pode e logo tornou a baixa-la com força, criando um leve tremor sobre o concreto. Em suma, lhe faltava apenas tentar atingir o piso com mais força para que pudesse usar a técnica com exatidão, já que se tratava de um movimento simples.

Quais seriam as próximas instruções?

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O tremor foi mínimo e quase não pôde ser percebido de onde o resto do grupo estava. Vincent só o notou por causa da Charmander que demonstrou inquietação quando a cauda da ofídia tocou o piso de concreto. A Skorupi, que estava nos braços do rapaz também não se incomodou, permanecendo onde estava, fitando os seus parceiros de equipe e provavelmente se perguntando o que raios eles estavam fazendo.

- Muito bem! - Vincent os parabenizou em um tom de voz alto, quase aos gritos. Não quis se aproximar muito da dupla para não atrapalhá-los. - Vou pedir que repitam novamente. Nidorino, eu sei que é difícil, mas mantenha a concentração que você irá conseguir. Ekans, você já conseguiu realizar o básico da técnica, agora só precisamos de mais intensidade. Repita o que acabou de fazer, tentando pôr mais força em sua cauda. - Ele orientou, lamentando o fato de não ter trazido o seu Tentacool junto. O aquático já domina tal técnica e poderia auxiliar no treinamento ao fazer umas demonstrações para o quadrúpede venenoso.

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Sem demonstrar rodeios, o jovem loiro logo tratava de parabenizar os seus parceiros venenosos pelo avanço que havia demonstrando até aquele momento do treino, pedindo-os em seguida que dessem continuidade a tal ato por meio de concentração intensidade. Dessa maneira, as criaturas logo tornaram a agir.

Novamente, o quadrúpede repetira os mesmo movimentos de outrora, escancarando sua boca e se concentrando para que toda a energia gélida de seu corpo se mantivesse naquele único ponto e formasse peculiares fagulhas azuladas, para que, enfim, após algumas tentativas a mais, pudesse executar essa façanha sem empecilhos. Assim, como parte da técnica, o Nidorino não demorara em tentar expulsar as fagulhas azuladas de sua boca em um único raio, disparando um fino e curto feixe de energia gélida, que, infelizmente, ainda não se mostrava completo devido à falta de potência e alcance do raio, algo que se resolveria apenas com mais algumas repetições.

Quanto à serpente, mais uma vez ela elevara sua cauda ao alto e descera de encontro ao chão com firmeza, produzindo, de inicio, apenas uma leve diferença em relação ao tremor anterior, mas que, ao decorrer de outras tentativas, passava a aumentar gradativamente.

Em suma, notava-se quase a mesma necessidade do Nidorino para a Ekans, diferenciando-os apenas pelo aumento de força que deveria ser exigido nos tremores para que esse movimento alcançasse o seu auge.

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Nidorino e Ekans acatavam as ordens do seu treinador e tentavam dominar suas técnicas. Embora parecesse difícil, a cada nova tentativa era como se os mesmos sentissem que estavam quase lá. Para Nidorino parecia mais difícil, já que o venenoso não tinha nenhuma familiaridade com o frio, ao passo que Ekans, embora não fosse do tipo terrestre, costumava viver na terra e entendia das vibrações do solo.

- Ótimo, vamos tentar mais uma vez. Falta pouco. Nidorino ponha mais intensidade ao lançar o raio gelado e Ekans, concentre-se, tente causar um minitrerremoto de verdade no próximo ataque. - Vincent os orientou, mais uma vez, optando pela repetição do que já vinham fazendo até o momento.

Cansada de ficar nos braços do treinador, a pokémon bebê saltou e foi até a grade da quadra para começar uma escalada, usando as garras e a cauda para conseguir apoio. Vincent a olhou brevemente e depois voltou a sua atenção para os pokémons que estavam treinando em sua frente.

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Estando próximo de completar o treinamento dos movimentos de seus parceiros, mais uma vez o loiro colocava-se a orientá-los, optando apenas pela repetição daquelas ações, já que, a aquela altura, não havia muito que fazer, restando apenas aperfeiçoar o que haviam desenvolvido até aquele momento.

Assim, logo o quadrúpede passara a repetir as mesmas ações de outrora, que iam se tornando bastantes familiares para ele, escancarando a boca e fazendo com que um feixe fino de um raio gélido fosse expurgado dali em direção ao chão, ainda se notando, infelizmente, a falta de potência de e alcance por parte do movimento. Entretanto, à medida que o treinamento progredia, logo era possível se visualizar o uso da técnica por completo, demonstrando a sua dominação.

Quanto a rastejante, continuara tentando aplicar cada vez mais força nos músculos de sua cauda para fazê-la se chocar contra o chão em seguida, tendo o intuito de produzir um tremor, por vezes aumentando a potência deles, assim como em outras a mantinha estagnada. Contudo, assim como havia ocorrido com o treinamento do Nidorino, após algumas tentativas a mais a técnica logo se aperfeiçoou por meio de um tremor e som capaz de surpreender a todos ao redor, balançando as grades e por pouco não derrubando a pequenina que tentava escala-las.

Da mesma forma, o senhor que estivera sentado em um banco próximo dali acordara assustado com os resquícios do tremor que chegara até ali, elevando os olhos para a pequenina Skorupi e dando um rico sorriso, passando a observar Vincent e seus parceiros em seguida.

Tendo concluído o treinamento daquelas técnicas, o que faria o loiro agora?

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