Pokémon Mythology RPG
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19@ A Alvorada em Aztlán

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Orgulhoso, o monotreinador foi até os seus companheiros e agachou no solo de concreto para parabenizá-los. Nidorino reagiu com animação à empolgação do rapaz, enquanto Ekans não viu motivos para aquilo, mantendo sua expressão fechada. Ainda havia uma técnica para o ofídia venenosa aprender, mas o loiro se deu conta que o tremor provocao pela mesma pode ter causado alguns transtornos no lugar.

Por sorte a quadra parecia intacta, talvez pela camada de gelo que Nidorino fizera antes do tremor, e isso o livraria de uma possível fúria de jogadores locais. Quando Charmander caminhou até a dupla de venenosos, Vincent se lembrou da pequena Skorupi, levantando-se e correndo até a grade em que a mesma estava, sendo acompanhado pelos seus três pokémons.

O inseto bebê brincava com o homem que dormia quando o grupo chegara minutos atrás. Envergonhado, Vincent puxou-a da grade e a tomou nos braços.

- Perdão, senhor. Nossa bagunça te acordou, não foi? - Ele falou, forçando um sorriso amarelo e saindo da quadra com os seus outros pokémon no encalço. - É que realmente precisava treinar esses pokémons. A propósito, sou Vincent Moonrose, de Kanto, talvez o senhor tenha percebido pelo sotaque. - O cumprimentou.

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Em meio as suas observações sobre o que acontecia ao seu redor, o loiro acabava por se lembrar da pequenina venenosa, que estava escalar a grade nesse momento enquanto fazia caretas para o senhor que há pouco acordara, não demorando ao perceber no momento em que a avistara que haviam causado um inconveniente ao de barbas brancas. Assim, logo Vincent se colocava a tentar esclarecer tal situação.

- Prazer. Victor Straussman, meu jovem, daqui mesmo, de Hoenn. – Começara o senhor de maneira calma e com um sorriso na face. – Ah, e não precisa se preocupar com o fato de ter me acordado. Até não me incomodaria se fosse um pouco antes, minha senhora deve estar bem preocupada por eu ter passado a noite fora de casa.

Ditas aquelas palavras, Victor se erguera do banco, não deixando de pegar seu blazer e vesti-lo de maneira um tanto lenta, parando em seguida para fitar bem os parceiros do Moonrose.

- Aliás, belas criaturinhas que você tem aí consigo. Posso dizer que são muito bem tratados. – Dissera o senhor, para então fitar melhor o rosto do loiro. – Um instante, eu não conheço de algum lugar? Tenho uma leve impressão que já o vi, só não me recordo de onde...

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Vincent arregalou os olhos e fitou o homem por alguns segundos. A princípio ficou receoso, dado a tudo que aconteceu com ele no mês passado, mas ao lembrar que participara da Copa Hoenn, que foi até mesmo televisionada, o rapaz relaxou.

- O senhor é fã de batalhas pokémon? Talvez tenha me visto na Copa Hoenn, eu estava no grupo C, mas não avancei muito. - Ele questionou, virando-se para frente e olhando a construção que encantava através da copa das árvores. - A propósito, que lugar é aquele? - perguntou, apontando com o dedo.



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Apesar de em um primeiro momento mostrar receio quanto ao fato daquele senhor reconhecer sua face de algum lugar, logo o jovem loiro acabara por supor que tal acontecimento talvez pudesse ter relação com a sua recente participação na Copa Hoenn, tratando de citar isso para o homem barbado.

- Isso... Isso... Talvez seja esse o motivo de seu rosto me parecer familiar, meu jovem. Eu gosto de apreciar algumas batalhas uma vez ou outra pela televisão. – Começara o senhor, não deixando de exibir um sorriso amarelo em sua face. - Pode não ter avançado muito, mas com essas criaturinhas que lhe acompanham tenho certeza que tenha feito uma bela performance.

Ditas aquelas palavras, a pequenina e curiosa venenosa exibiu uma larga careta para Victor acompanhado de um grunhido, como se tentasse assustá-lo ou, simplesmente, chamar atenção, fazendo o senhor soltar um leve riso. Então, Moonrose apontara em direção à construção esbranquiçada além do parque, perguntando que tipo de local seria aquele.

- Aquele? É um velho templo dedicado ao deus Tlaloc. – Dissera Straussman. – Não é tão grande quanto o que temos no centro da cidade... Mas não deixa de ser igualmente belo, não?

Então, após alguns instantes fitando o templo com certo brilho nos olhos, o senhor retornara sua atenção a Vincent.

- Eu poderia lhe apresentar o templo, isto é, se você quiser, meu jovem. Não haveria problema algum.

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Vincent encarou o homem novamente com desconfiança, afinal confiara em estranhos em Vermilion e acabou se dando mal. Enquanto tentava controlar o pequeno inseto em seus braços, o loiro começou a pensar no que faria. Por um momento, pensou em recusar a oferta, mas quando os seus olhos se encontraram com a expressão entusiasmada de Victor, acabou mudando de ideia:

- Ah, claro. - Ele falou, agachando-se e deixando a Skorupi ir para o chão. - Será um prazer.

Andar com uma equipe tão grande poderia chamar atenção, consciente disto, o loiro retornou Ekans e Nidorino para as suas pokébolas. Charmander estava ajudando a suportar o frio do inicio de manhã e Skorupi estava descobrindo o mundo, por tanto, deixou-as soltas.

- Tlaloc? - Ele perguntou, enquanto se dirigia para o templo na companhia de Victor. - Acho que já li ou vi alguma coisa sobre esse Deus, mas não sei muita coisa.

Durante a caminhada, Skorupi acabou achando outra diversão. Após se soltar dos braços do treinador e escalar as costas dele, a pequena inseto descobrira que viajar sobre a cabeça de Vincent era bem mais divertido. Assim, era carregada enquanto sentia o vento bater sobre o seu rosto e balançava seus dois bracinhos tentando pegar as aves que estavam no céu.

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E como em consequência as suas experiências passadas, o jovem continuava a aparentar certa desconfiança quanto ao senhor Straussman, que o acabara de convidar para conhecer o templo do deus Tlaloc. Entretanto, após poder observar tal pessoa demonstrar certa emoção ao falar sobre ou obsevar aquela construção, o loiro deixara se convencer, aceitando o convite enquanto deixava a pequenina venenosa livre pelo chão.

- Sério? É bom saber que mesmo lá fora, apesar dele não ser popular por aqui, que alguém já tenha ouvido falar do deus das tempestades.  – Comentara.

Ditas aquelas palavras, o grupo começara a se locomover em direção a construção esbranquiçada, atravessando algumas arvores, saindo do parque, enquanto apreciar o som das criaturinhas que viviam por ali, assim como o leve assobiar do senhor que refletia uma melodia leve e descontraída, não deixando de se notar as peripécias da pequenina ao escalar seu treinador. Dessa maneira, ao cruzarem pelas últimas árvores, puderam observar uma praça, que detinha estreitas calçadas de mármore branco sobre a grama que seguiam em direção ao templo no centro do espaço. Ainda sobre a grama, poderia se avistar pequenas estatuas de uma tartaruga, que lembrava muito a uma criatura pré-histórica, feitas em mármore negro e branco. Quanto ao templo, lembrava a uma casa curta e de teto triangular, dando a entender que seu espaço anterior era pequeno, tendo também sua frente uma pequena escada que levava a um arco e uma porta aberta.

- Então, vamos entrar? – Indagara Victor.

Dito isso, ele fora na frente, subindo as escadas de maneira lenta e entrando na local, mas não sem antes fazer uma reverencia quanto unia as palmas de suas palmas, provavelmente como em cumprimento a divindade que se encontrava no interior daquelas paredes brancas. Dessa maneira, se o jovem o acompanhasse, poderia  perceber que adentrava em um espaço escuro, onde apenas velas acesas e as poucas aberturas traiam luz. Já no centro, perante o senhor, uma estatua de um homem de roupas exóticas jazia, que detinha um mascara possuidora de grandes aberturas para os olhos e grandes presas em sua boca, notando-se também a postura de seus braços erguidos e suas mãos a segurar objetos. Sobre a esquerda, estava uma escultura de uma peculiar serpente detentora de uma cauda em forma de raios, enquanto na direita, segurava um jarro, por onde água corria em direção as nuvens nos pés da estatua e sumia através de ralos logo abaixo.

- Então, este é Tlaloc, deus das tempestades e da fertilidade das águas. – Comentara Straussman com um sorriso na face. E se não for ocupar muito o seu tempo, meu jovem, gostaria de contar uma pequena história. Estaria interessado?

Experiência:

Ekans recebeu 257 pontos de experiência pelo treinamento de Earthquake, avançando para o nível 20 e recebendo quatro pontos de felicidade. Pode aprender Acid, deseja substituir?
Nidorino recebeu 228 pontos de experiência pelo treinamento de Ice Beam, mas, infelizmente, não avança de nível, recebendo apenas um ponto de felicidade.



Última edição por Sajin em Qua Jan 06 2016, 02:01, editado 1 vez(es)

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O fogo da ponto da cauda da réptil somava com as velas que iluminavam o lugar sagrado. Vincent olhou para cada detalhe do templo impressionado com a beleza de sua arquitetura. Também percebera a devoção e fé que o homem que o trouxera até ali demonstrava ter pelo tal Deus. Dessa forma, contagiou-se e se viu animado para descobrir as histórias que ele queria contar.

- Ah, sim, por favor. Adoraria ouvir. - Ele respondeu, sorrindo.  

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Admirado com a devoção e fé daquele senhor para com aquele deus, o jovem deixara-se levar pelos sentimentos dele, contagiando-se e demonstrando estar animado para ouvir as histórias que Victor poderia lhes contar. Assim, tendo o senhor de costas para si e com as mãos para trás, o loiro respondera que gostaria de escutar o que quer que ele estivesse disposto a lhe contar.

- Pois então, que comecemos. – Começara Straussman com um sorriso na face morena enquanto deixava seu olhar fixo sobre a representação de Tlaloc. – A história que vou lhe contar não se trata somente sobre Tlaloc, apesar de haver uma passagem sua que me faz admira-lo, ou sobre como o nosso mundo foi criado, mas sim sobre como o homem chegou a essa geração, a quinta geração ou, melhor dizendo, o quinto sol.
“Conta a história dos cinco sóis que na primeira civilização o nosso mundo, o primeiro sol, era habitada por homens gigantes criados pelos deuses, que moravam em cavernas e cultivavam a terra, produzindo como alimento frutos silvestres, assim como raízes. Entretanto, não se podia dizer que eles eram os únicos no mundo ou livres de quaisquer perigos, já que contavam com a presença ao seu redor de várias criaturas, provavelmente os ancestrais dos Pokémon, que lhes perseguiam e os devoravam, deixando que somente os menores sobrevivessem. Assim, nesse ritmo, o primeiro sol se apagava, terminando a nossa primeira era...”


De repente, em meio às palavras do senhor, um estranho e grande anel dourado surgira sobre a cabeça do jovem, apresentando em seu interior algo que parecia mais inacreditável do que a sua própria aparição, um buraco negro. Dessa maneira, sem oferecer tempo para que o loiro pudesse reagir, uma incrível força de atração se fizera sobre ele e sua parceira venenosa, arrastando-os para o buraco negro e deixando-os a mercê da escuridão e do desamparo, enquanto que a pequena salamandra ficava no templo em companhia do senhor Straussman.

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Vincent já tinha ouvido muitas versões sobre a criação do mundo e dos seres que nele habitam, mas nunca aquela, assim, ouvia a história do nativo com atenção, mesmo não acreditando em tal mito. Apesar do ceticismo, o rapaz era educado e nunca foi de questionar a fé das pessoas.

Enquanto Victor falava, o monotreinador tentava formar imagens de tal mundo em sua cabeça. Em determinado momento, visualizou um homem gigante sendo devorado por uma versão mais assustadora dos Gyarados dos dias atuais. A fantasia, porém, foi interrompida por um evento desconhecido.

De repente, o rapaz sentiu uma sensação estranha e ouviu um barulho desconhecido sobre ele. Assustada, Skopuri se agarrou em seu pescoço e, quando o monotreinador olhou para cima, assustou-se com uma espécie de vórtice negro a poucos centimetros de sua cabeça. A única reação que teve tempo de tomar, foi agarrar o pokémon bebê e puxá-lo contra o seu peito.

Enquanto gritava, sentiu os pés saírem do chão e flutuarem rapidamente em direção do vórtice. Depois não se lembrou mais de nada, apenas de tudo ficando escuro.

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Então, sem mais nem menos, o jovem pode sentir que cairá de costas sobre o chão, produzindo nesse processo o peculiar som de mato seco ao ser quebrado, enquanto que sentia a pequenina venenosa, que se agarrava a ele com todas as forças, sob seu busto. Quanto às sensações que sequenciaram tal acontecimento, poderia sentir um leve pinicar da vegetação sobre todo o seu corpo, indicando que aquilo logo daria um bela coceira, além de pode sentir uma leve dor sobre sua panturrilha esquerda em conjunto da sensação de algo debaixo dela, provavelmente uma pequena pedra.

Ao se redor, ao menos deitado, tudo o que poderia ver seria o mato amarelado que chegava aproximadamente a um metro de altura, enquanto que olhando para cima poderia ver o galho de uma árvore provida de poucas folhas e um céu limpo, que continha apenas sol forte. Sem sombras de dúvidas, estava fazendo muito calor por ali, apesar do vento incessante que atravessava tal lugar. Se ficasse de pé, poderia perceber atrás de si uma pequena arvore detentora de pouca sombra, além de notar que estava em meio a uma larga planície, inundada por vegetação rasteira amarelada e pouquíssimas arvores, uma calorosa pradaria.

Em suma, poderia escutar som de pequenos galhos quebrando e da vegetação dançando ao seu redor em companhia do vento. Entretanto, de repente, algo se sobrepôs a tudo isso, um som alto de crepitar de chamas, seguido à visão de um pequeno rastro de fumaça que se elevava aos céus, pouco a pouco ganhando maiores proporções, a poucos metros a noroeste.

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