[Capítulo Extra #3] Black Hole Edition

Atentas a qualquer coisa fora do silêncio que seria o habitual do pântano, as meninas caminhavam por entre as árvores tentando evitar os brejos e outros lugares úmidos que hora ou outra davam de frente.

As árvores pareciam iguais - feias - e não tinha como marcar se ela já tinha passado por ali. Como Robin se certificaria de não estar andando em círculos? Midori não tinha tal senso de direção e estava ficando tão tonta como. Uma das árvores até parecia ter um par de olhos brilhantes. Até piscaram para a guria... e piscaram de novo.

Num caminho extenso, entretanto "livre" por cerca de uns trinta metros, um monumento se elevava por uns oito metros, com poucas folhas, mas com seu charme magrelo. Bem no centro estavam o par de olhos como se a árvore fosse viva. Seria seguro verificar ou talvez pedir informação? Talvez Midori fosse capaz de conversar com árvores mágica, se fosse aquilo algo do tipo.

Ao que parecia a jovem não estava conseguindo nenhuma informação naquela distância. Midori haveria de tentar o contato. Enquanto isso as luzes continuavam intensas e piscando em segundos pausados, mas o que era de se admirar eram os tamanhos das luzes. Pareciam pequenas luzes de natal.

As meninas estavam andando lentas demais. Tão lentas que as luzes deram as costas e saíram flutuando.

Tentando ir atrás dos pontos luminosos, Robin quase caía umas duas vezes ao esbarrar em pedras e gravetos pelo chão. Midori estava ali ajudando, mas era visível que estavam perdendo o foco de luz de vista, até que ele se apagou totalmente e deixou as duas no breu.

Robin não estava olhando para onde estava indo, mas uma névoa já estava na altura da cintura, sendo impossível enxergar os pés. Ela ouviu barulhos vindo das árvores a esquerda, depois de trás e então da direita. Era como se algo estivesse a cercando pronto para dar o bote... Ao que parecia, sair correndo sem um plano não foi muito inteligente.

Mesmo sem noção de tempo e espaço, Robin se mantinha focada ao máximo. Midori ajudou a espantar a branquidão, mas o vento de prata não era suficiente. Mesmo assim, as meninas viram sua sombra sendo ampliada bem a sua frente, o que indicava uma luz se aproximando por trás. Ao virar para ver, elas tomaram um susto. Uma face medonha se formava de uma árvore. Então a árvore riu. De dentro dela a luz piscava e não demorou muito que se apresentasse.

Parecia o menos Pokémon que Robin já tinha visto.

Mesmo com a cena de suspense, Robin parecia ignorar o susto que levara só porque estava enfrentando um Pokémon e ela achava que não devia o temer. Eis que a pokédex o apresentava como um espírito preso neste mundo tendo a abóbora como hospedeiro. Quando "dexter" terminou de falar e ela levantou os olhos, o Pumpkaboo estava a centímetros dela e disse:

- Boo!

E então, dos olhos sem pupilas da encarnação, Robin viu mil almas perdidas num fogo como o inferno, todas ardendo no limbo e clamando por piedade. Quando repararam a garota foram todos para cima dela. Não havia tempo para gritos. Foram todos abafados pelo ataque em massa que fazia a menina se sentir... vazia. Quando, num piscar de olhos - literalmente - tudo cessou, Robin encarava Pumpkaboo, ainda pequena e flutuante. Midori estava perto, mas olhava de forma estranha para Robin. Ela se sentia estranha. Seu corpo estava mais leve e levitando. Não havia matéria, era só seu espirito. Robin tinha virado um fantasma. Tinha sido o movimento característico do Pokémon, Trick-or-Treat. Uma risadinha medonha ecoou em sua mente fantasma. O que ela faria agora?

Off: Você está cortando meu barato -3-
Acho que essa é a pior rota do evento, tudo culpa sua! u-u E não irie adicionar pq vc se apressou.