Re: 21@ A Dança das Serpentes

por **Vincent Moonrose** Dom Set 04 2016, 21:35

Às vezes Serviper parecia focar o olhar no monotreinador, ignorando a oponente em sua frente. Outras, encarava a Arbok sem nenhum medo, como se não a considerasse uma oponente à altura. Vincent, por sua vez, se via caminhando entre o fogo cruzado, tenso com o fato das duas ofídias ignorarem o seu apelo para a paz.

Quando a Seviper rompeu a tensão assumindo uma postura de combate, o monotreinador se apavorou. Não teve tempo de tomar nenhuma atitude pois logo sentiu o chão sob os seus pés tremer de forma violenta. "Earthquake", concluiu, percebendo logo em seguida que uma força desconhecida sobre o seu corpo estava fazendo com que ele flutuasse.

Sobre o galho de uma árvore, Venonat brilhava num tom azul, o mesmo brilho que cobria o corpo do monotreinador. "Confusion", descobriu, ficando aliviado. Em sua frente, porém, as serpentes se enfrentavam.

OFF: Se for rolar uma batalha, a intenção é que as duas se ataquem por conta própria nesse primeiro turno, sendo que a única informação que dei foi que Arbok usou um "Earthquake", então fica a seu critério a continuidade xD

Aqui está tudo que sei sobre a Seviper

seviper:

por **Aura** Ter Set 06 2016, 21:42

De qualquer forma, Arbok e Venonat protegeriam Vincent, e uma possível batalha teria início naquele momento. Quando Seviper resolveu emponderar o seu desejo de ter Vincent para si, Arbok revidava, fazendo o chão tremer em grandes ondulações, ondulações estas que faziam Seviper recuar, mas que de certa forma traria a serpente resquícios de seu passado. Venonat por sua vez, retirava Vincent do fogo cruzado fazendo o flutuar graças ao seu poder psíquico. Seviper por sua vez se encontrava em completo transe, olhando fixamente para Arbok.

[...]

Era um dia frio e estávamos em disputa territória com os Zangooses, apesar de minha pouca idade, eu sempre me destaquei perante as outras Sevipers de meu clã, eu possuía uma coloração diferente, eu era maior, mais forte, e foi ai que tudo aconteceu. - VAMOS POR ALI! - Uma voz estranha ecoou entre meio as árvores e folhagens da floresta, nós, Sevipers e os Zangooses paramos em meio a nossa intensa luta e observamos freneticamente dentre as folhagens. Uma revoada de Taillow's e Swallow's encobriram a copa das árvores, e a única coisa que eles conseguiam gritar eram "HOMEM! HOMEM! HOMEM!", sim, eles estavam na floresta, nos caçando!

Os mais velhos de meu clã juntamente com os Zangooses começaram a se dispersar, separando-se tentando que apenas um fosse focado, mas eles não os queriam, eles queriam a mim! - Pegue aquela! - a última coisa que ouvi foi o barulho de um tiro "Bang!", ouço tal coisa ecoar até hoje em minha mente...dói... Quando acordei, eu estava enjaulada, juntamente com outros pokemons da floresta, Zangooses, Taillow's, todos...todos nós estávamos a sucumbir na mão do homem. Tentei escapar, lutar, tentei arrebentar as jaulas de metal, mas a cada barulho e sinal de resistência que eu fazia, era eletrocutada por uma espécie de vareta que um dos humanos carregava.

Após alguns dias, enjaulada, com fome, assustada, um grupo de humanos apareceu, começaram a falar de negócios em frente a minha jaula, que eu valeria muito, e que não decepcionaria nenhum apostador nas rinhas pokemon. Rinhas! Exatamente! Me colocariam para lutar contra outros pokemons. Quando se aproximaram de minha jaula, tentei desferir um golpe com minha cauda envenenada, eu queria paz! Liberdade! Mas antes que pudesse fazer algo, por estar enfraquecida e desnutrida bastou apenas uma descarga elétrica para que eu apagasse por completo.

Ao acordar, eu estava em uma espécie de barracão, o lugar era um forno! Não apenas eu, como também uma Zangoose com a coloração diferenciada, assim como eu, estávamos presas. Em meio ao nosso confinamento, alimentaram-nos, mas com apenas uma condição, deveríamos lutar para sobreviver. Eu assenti, pois sabia que um dia iria me vingar, pois sabia que um dia, eu seria tão forte quanto aqueles que me derrubaram, eu seria mais forte do que qualquer humano jamais foi. Afinal, eu sempre tive minhas habilidades, os humanos não passam do que carcaças imundas que precisam de nós para sobreviver!

Não sei quantos sucumbiram diante de meu veneno e diante das garras de Zangoose, mas matamos, matamos por prazer, matamos pela necessidade de sobreviver. Uma necessidade assustadora, pois estava cooperando com uma inimiga natural... Ah! As marcas, o que dizer sobre as marcas!? Minha pele marcada pela morte, marcada pela dor e pelo desespero, eu era temível, eu era forte...mas ai ele! Ele apareceu! Sim! Vincent com sua trupe do veneno! E me enjaulou mais uma vez, numa esfera branca, e discursou como se eu fosse amá-lo! Eu não acredito que sucumbi diante daquele humano...tão...tão puro!

[...]

O transe de Seviper era completamente interrompido por uma dor em seu "tronco", ao olhar para baixo, Arbok teria lhe desferido o primeiro golpe, avia afundado as presas em suas escamas, Arbok estava determinada a morrer por Vincent, e assim seria feito! A grande afídea simplesmente desferia um golpe com sua cauda arremessando Arbok a alguns metros de distância, e com isso, o grande monstro partia em direção a Vincent e sua bola felpuda, Venonat. Arbok se erguia e ia em direção a Seviper, ela não iria parar até que estivesse morta. Como o jovem reagiria a partir daqui?

OFF: Tomei a decisão de deixar apenas isso como um "ocorrido", e assim que a batalha realmente iniciar, descontarei 10 de HP de cada uma, para não tornar a coisa "injusta". Espero que me entenda e que goste do post. Me desculpe por qualquer erro x.x

por **Vincent Moonrose** Sáb Set 17 2016, 22:57

OFF: Adorei o post, casou direitinho com a Serviper xD

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Vincent sentiu-se estranho e impotente ao ser carregado até o galho de uma árvore enquanto as serpentes se atracavam sob ele. Escamas roxas e negras se cruzavam em uma estranha dança que poderia ser fatal, o que preocupava o monotreinador. Quando se deu por si, Venonat havia feito com que ele pousasse sobre um galho grosso de uma das árvores que cercavam o lugar.

E Arbok queria lutar, o loiro estava convencido disso. Sabia que a única forma de evitar a batalha seria retorná-la, mas sentia que seria desleal, que ele devia isso ao Pokémon que salvara a sua vida. Mas e a Seviper? O rapaz tinha medo que atacá-la pudesse piorar a situação... porém não teve outra saída.

- Arbok, se é o que quer, não deixarei que lutes sozinha. – o monotreinador falou, sem nenhuma alegria. – Use o Leer e depois o Earthquake.

Agarrou-se no tronco da árvore e então lançou um olhar para a Venonat que estava sobre o galho de uma outra árvore, conferindo que ela estava bem. Havia dado uma ordem simplória para a parceira, mas queria evitar o contato físico entre as duas ofídias pois tinha medo do que a Seviper, acostumada a intensos combates físicos, pudesse fazer contra ela.

por **Aura** Dom Set 18 2016, 01:06

Vincent já estava seguro, sobre os galhos de uma árvore quando o jovem começou a dar comandos para Arbok, assim que Seviper percebeu que ele estava "instigando a batalha" via-se o desespero em seus olhos, e assim, o grande monstro mais uma vez debandava do local. Desaparecendo dentre a floresta densa.

Não se sabia nem como e nem porque ela fez isso, mas se arriscássemos um chute, ela não queria mais lutas, talvez ela quisesse apenas ser compreendida. Mas como compreender algo que só traz dor e sofrimento? Vincent teria que resolver esse impasse se quisesse que ela ficasse em seu time.

por **Vincent Moonrose** Dom Set 18 2016, 01:54

Surpreendendo a todos, Seviper escapara outra vez, sumindo rapidamente por entre as árvores como se fosse um patético rattata fugindo de um predador. Houve um tempo, quando era menor, que Arbok sentiu medo ao encontrar aquele monstro, ela nunca esqueceu daquele dia nos esgotos de uma grande cidade pois havia sido a única vez que sentira medo em toda sua vida. Hoje, porém, sentiu-se grandiosa. Agora ela era a rainha das serpentes e nenhuma fera assassina podia intimidá-la.

Diante da fuga, o rapaz saltou da árvore em que estava e se dirigiu até a Arbok. A pequena Venonat o acompanhou, tão frágil e tão confusa.

- Arbok, não perca o rastro dela. Temos que encontrá-la. – O homem pediu, doce e nervoso. Às vezes parecia tão fraco o rapaz.

A grande ofídia roxa não entendia o porquê de o treinador querer tanto a amizade de um monstro que tentou matá-lo. Se aquilo dependesse dela, talvez o grupo tivesse dado meia-volta e deixado a Serviper pra lá, afinal, quem precisa dela? Mas não dependia, era Vincent quem dizia o que fazer e, ao contrário de sua adversária, Arbok já tinha aprendido a ser uma companheira obediente.

Os três marcharam juntos por entre as árvores, seguindo a direção em que a enorme besta deformada havia partido. A maioria dos pokémons se guia pela visão, Arbok não. Olhos são traiçoeiros, seus sentidos são mais confiáveis que eles.

- Não vamos lutar dessa vez... Deu pra ver que não é isso que ela quer. – O homem falou enquanto seguia a sua pokémon. – Da próxima vez, peço para que não interfiram. Deixem com que eu me entenda com ela. – Pediu, para desgosto da ofídia roxa.

por **Aura** Dom Set 18 2016, 11:32

Após toda a confusão, Vincent seguiu a direção em que Seviper desapareceu, Venonat e Abrok eram seus rastreadores. Não entendia-se muito bem o porque daquele monstro desapareceu, mas Vincent com toda certeza entendera a mensagem. Em uma vida sofrida como a de Seviper, o amor é tudo que ela precisa sentir nesse momento. Porque como dizem "all we need is love love is all we need".

Em certo momento da caminhada, era possível notar a lâmina da cauda de Seviper pendurada entre os galhos, estaria ela descansando ou tramando algum golpe contra seu treinador? Vincent teria de chamar a sua atenção de alguma forma, mas como? Ao perceberem a presença do monstro, Venonat e Arbok se colocavam a frente de seu treinador para protegê-lo de qualquer movimento inimigo.

por **Vincent Moonrose** Dom Set 18 2016, 21:27

Apesar de não ter sido dos mais aventureiros, Vincent crescera na rural cidade de Pallet, escalar uma árvore não era uma problema para ele. E foi isso que ele pensou quando viu a ponta da cauda de sua pokémon problemática entre as folhas de uma grande árvore.

— Não se preocupem. – Ele pediu à Venonat e Arbok. – Deixem com que eu vá sozinho. Talvez ela esteja com a barriga cheia e não queira me atacar dessa vez. – Tentou ser convincente no que dizia, mas na verdade tinha medo e não achava que a pokémon o atacou anteriormente porque queria devorá-lo. De qualquer forma, ter se alimentado recentemente provavelmente a deixou mais lenta.

Ignorando os protestos da pequena Venonat, Vincent deu seus primeiros passos para frente, passando por algumas raízes até chegar a uma das árvores que ficava em frente de onde a cauda da ofídia aparecia. Alongou-se e abraçou o tronco, procurando espaços para que pudesse subir.

— Seviper, sou eu. – Anunciou enquanto escalava. – Não temas, por favor. Não estou aqui para machucá-la.

por **Aura** Ter Set 20 2016, 15:48

De uma coisa Vincent estava certo, Seviper estava realmente de barriga cheia. O jovem de alguma forma conseguia impedir os seus "guarda-costas" de o seguirem após claro, muita luta por conta da insistência de seus pokemons, eles o amavam e prezavam por sua saúde e bem estar. Em um ato de loucura - ou não - Vincent subira uma árvore a frente da qual Seviper estava, e ao dizer "Seviper, sou eu" a grande fêmea ergueu sua cabeça e começou a fitar Vincent sem expressar alguma reação.

Seviper então começava uma aproximação calma e sutil, em quanto começava a se enrolar por todo o corpo do jovem, chegando assim, até metade do tronco do jovem treinador. Se os ossos de Vincent fizessem barulho quando seu corpo tremesse, o jovem estaria fazendo uma sinfonia interna, pois a última vez que esteve tão próximo da grande serpente, o jovem fora atacado e quase morto pela mesma. A serpente colocava seu rosto frente a frente com o de Vincent, e sua língua bífida passava pelas bochechas do rapaz. Ela o fitava, o encarava, esperando qualquer sinal de desespero, qualquer sinal de fraqueza, ou esperava que Arbok a atacasse, afinal, ela queria provar que Vincent era tão ruim quanto aqueles primeiros que a capturaram. Essa possivelmente seria a única chance que Vincent teria de fazer Seviper ouvi-lo.

por **Vincent Moonrose** Ter Set 27 2016, 02:57

“Ela está tentando me assustar”, Vincent percebeu antes que se entregasse ao pânico total. Quando subiu naquela árvore, ele não estava esperando ser envolvido em outro abraço mortal da serpente. Só quando a mesma brotou por entre as folhas e o envolveu com o seu corpo esguio e escamoso foi que ele se deu conta do que estava acontecendo. Ficara em pé, mas ela já o dominava.

Ao contrário do que aconteceu no começo daquela agitada tarde, Vincent agora se via menos apavorado. É verdade que nos primeiros segundos o trauma de antes voltara a sua cabeça, mas ele percebeu que agora poderia jogar o seu corpo para um dos lados e causar uma queda dele e da Seviper. Esperava que isso não fosse necessário, porém. Mesmo que o galho não estivesse muito alto, uma queda de mau jeito poderia causar um machucado mais grave que ossos quebrados.

A língua da ofídia tocou a bochecha do rapaz loiro, fazendo-o se encolher. “Ela quer me assustar”, disse a si mesmo outra vez. Seus pés tremeram sobre o tronco e ele teve que lutar para se manter de pé. Foi então que fez aquilo que nunca tinha feito até então: encarou a face de criatura de perto.

De onde estava podia ver de perto os machucados da exótica pele da pokémon, podia sentir o seu hálito e podia encarar os seus olhos. Diferente das outras de sua espécie, cujos olhos apresentam um tom avermelhado bastante ameaçador, quase como sangue, aquela Seviper tinha olhos azuis, de uma beleza que lembravam ao treinador o rio que cortava a sua terra natal. “Isso eles não conseguiram tirar...”, pensou.

– Seviper... Eu não faço ideia do que você enfrentou, é verdade. Nunca saberei... Esses ferimentos, os traumas que carrega...Só de imaginar que tipo de pessoa fez isso com você e outros pokémons eu me sinto enjoado.

Sentiu a serpente apertar o abraço e deixou escapar um gemido de dor, recompondo-se logo em seguida:

– Eu só quero que você entenda que eu... eu não sou como eles, que eu não sou seu inimigo, que eu não quero lhe fazer nenhum mal. – Prometeu, sem deixar de encará-la. – Se não quiser lutar nunca mais, respeitarei a sua vontade. Só peço que confie e acredite em mim. Não desista das pessoas assim como eu não desisti de você em nenhum momento. – Concluiu seu pedido, com esperança de que a fera lhe desse ouvidos.

por **Aura** Qua Set 28 2016, 13:38

Vincent estava com medo, com pânico, Seviper podia sentir isso, mas ela também podia sentir outra coisa mais! O amor! O jovem treinador dizia coisas tão sinceras para ela, a fêmea se sentia um pouco acuada, um pouco amedrontada, afinal, ninguém nunca lhe disse coisas tão sérias e profundas.

Apesar de tudo que Seviper fizera, a fêmea afrouxava seu abraço e continuava fitando Vincent, dizem que serpentes não choram, mas se olhasse mais uma vez em seus olhos azulados veria sua alma aos prantos. Se existissem testemunhas, diriam que Vincent e Seviper se tornaram um só, uma poderosa alma azulada rodeavam ambos, treinado e pokemon agora estavam em harmonia. Na verdade, Seviper precisaria de apenas um tempo para se adaptar a toda a situação, mas, finalmente o grande monstro estava "domado". Pelo menos é o que todos esperavam...

@OFF: Desculpe por quebrar alguma cronologia sua ou lhe frustrar com a qualidade das narrações. Só estou exausto dos projetos escolares :/

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