02 - New Horizons.

Drake Smith se precavia diante do que estava prestes a passar. Já informado sobre algumas características do parque, liberou também seu Druddigon, que claramente se via curioso diante do local.

Um belíssimo jardim era visto à beira do caminho, de ambos os lados. O chão de terra batida, entretanto, logo levava a um infinito areal: imensas dunas de areia se descortinavam à vista da dupla.

Diglett!

Totalmente absortos pela paisagem, não perceberam o óbvio: um pequeno Pokémon diante de ambos, em um buraco aberto ao chão de terra batida. Estava a apenas alguns centímetros da para de Druddigon, de modo que aquele pequeno grunhido fora na verdade um grito de desespero de quem estava prestes a ser atropelado...

Diglett (F) Lvl 17
Trait: Sand Force

O pequeno Diglett quase fora atropelado, mas o treinador do monstruoso Druddigon o salvara a tempo, embora tenha sido realmente por poucos segundos.

De fato entretanto, agora o Pokémon estava fora de perigo, e foi inevitável o suspiro de alívio do nativo de Alola.

Agora o rapaz entrava de fato no deserto. Nos primeiros passos dados, já percebeu a aridez do local. Druddigon soltou um suspiro mais pesado, como se também percebesse que não estaria, a partir de agora, em um lugar de conforto.

Coisas terríveis podem acontecer no deserto.

Andando em meio ao deserto, o calor era insuportável. Gotas de suor se formavam no rosto do rapaz, e mesmo Druddigon bufava de quando em vez, claramente também desconfortável com tudo aquilo.

Foi quando, sem mais nem menos, um pequeno vulto passou correndo na frente dos dois. Druddigon deu um pequeno salto para trás, assustado, e logo estava preparado para atacar, fosse o que fosse.

Então, uma vez mais um vulto esbranquiçado, mas dessa vez já fora possível ver do que se tratava. O pequeno, aliás, logo voltou e parou na frente dos dois.

Qual a probabilidade de um rato como aquele viver no deserto?

Togedemaru (M) Lv 11
Lightningrod

O pequeno Togedemaru não pareceu uma boa ideia ao rapaz. De fato, ratos elétricos eram estranhamente comuns, já que todo continente parecia apresentar um deles. Ali, entretanto, não parecia haver nada que despertasse a curiosidade.

Então o rapaz continuou andando. Já perdendo as esperanças, já não tendo certeza se aquela viagem, se aquele deserto, valeria a pena.

Os pés começaram a doer, o calor parecia penetrar em suas veias, misturando-se a seu sangue. Àquela altura, já não tinha certeza do que via ou deixava de ver, isso porque já andavam a mais de uma hora.

Agora, diante dos dois, a uma distância razoável, era possível ver uma espécie de lago. Apesar de não estarem próximos, parecia haver inclusive uma pequena árvore naquele lugar. Seria uma miragem?

Com Uma decisão totalmente improvável, o garoto e seu dragão mudaram o rumo. Desviaram-se para a direita, e continuaram andando.

O problema maior em mudar de direção? Além da possibilidade de se perderem, que era óbvia, estava diante deles, agora, nada mais que mais areia.

Uma mudança brusca que talvez ocasionasse mais tempo naquele deserto. Mas, é claro, totalmente compreensível, já que aquele oásis não era tão provável de ser real.