First step to became a champion

Depois de alguns minutos procurando um treinador, eu finalmente achava um oponente em potencial. Me aproximei abordando-o de forma esportiva o suficiente para mostrar que eu não tinha más intenções, mas ele parecia não dar a mínima para isso, e respondeu-me como se eu fosse um estorvo.

Ninguém merecia ser tratado assim, ainda mais por alguém que se julgava tão superior. Humildade tem que vir antes de tudo, e eu deveria ensinar essa lição ao rapaz. Neptune estava tão indignada quanto eu, inflando as bochechas de tanta raiva. Respirei fundo, contei até dez e então decidi responder sem perder a linha.

- Eu vou embora sim. - comecei - Na verdade eu ia embora se você fosse só um pouquinho educado. Eu sou Pimp, de Jubilife, e eu vou ser o campeão de Hoenn. Como primeiro ato de um exemplo de treinador, vou te ensinar a ser humilde. Eu não vou sair do seu pé enquanto nao batalhar comigo.

Meu discurso de treinador justiceiro parecia não ter coagido o homem, que mais uma vez tentava me espantar com palavras ofensivas. Ele estava empenhado na sua tarefa, sabe-se lá qual era, e não queria saber de batalhas. Ele também me ameaçava, mas não fora isso que me convenceu a deixar aquele homem pra lá. Eu estava perdendo tempo, e, sabendo disso, apenas dei de ombros e dei meia volta. Neptune fez isso esticando o pescoço para o homem, um pouco desconfiada, mas aparentemente não conseguiu chegar a nenhuma conclusão. Estávamos caminhando pelas redondezas de onde o homem estava, quem sabe para encontrar outras pessoas menos estressadinhas, ou até mesmo um Pokémon mais raro ou que fosse comum, mas que me agradasse. O que eu encontraria afinal?

Abandonei o bravinho no local em que estava e rumei os arredores. Neptune estava cansada de caminhar, isso era notável, e eu até cogitei coloca-la na Pokeball, mas antes que minha indecisão tivesse fim, encontramos dois monstrinhos caídos, visivelmente machucados. Por uns instantes tentei assimilar a cena, gravando os detalhes e tentando ligar os pontos, até que percebi realmente o que se tratava. Sem querer parecer negligente, mas um pouco curioso, saquei a pokedex enquanto me aproximava para prestar socorro. Ouviria o que a agenda tinha a dizer e tentaria averiguar a situação, tentar soltar armadilhas, desamarrar cordas ou qualquer outra coisa. Em último caso, era a deixa que eu precisava para acelerar o passo para Oldale, onde deveria levar os monstrinhos. Mas, afinal, qual era a real situação deles?

- Precisamos ajuda-los, Neptune.