[Friend Safari Steel] Kiane Rosewell

 

O ar estava começando a se tornar rarefeito. Sua caixa torácica puxava o oxigênio com força, tornando aquilo uma atividade mais exaustiva. Olhou brevemente abaixo daquela “colina” a qual foi vencida e escalada, percebendo a grande altitude em qual foi posta, logo deixando tudo mais claro o porque da dificuldade de respirar.

A primeira coisa a ser feita como uma boa aluna da academia Ranger de Johto, foi encontrar um local para repouso, conseguiu. Dirigiu-se a uma grande formação rochosa que havia uma pequena pedra menor perfeita para usar de “gancho”, fixando algo ali. Removeu a mochila das costas prendendo as alças na pedra menor e a fixando no rochedo maior, dali antes disso tirou uma potion a guardando no bolso da frente da bermuda de forma a fazer um “saque rápido”, uma garrafa d’água comum de plástico, solvendo um pouco do líquido e uma maçã.

Enquanto aproveitava de seu “descanso” ela pode perceber que havia algo numa coloração bege caída no centro daquele rochedo, ao longe, era impossível identificar qualquer coisa. No ato que a menina ajeitava o boné graças a claridade daquele sol ardente, mesmo com toda aquela “neblina” um grunhido pode ser ouvido, o que pode ser bem reconhecida pelas aulas a qual ela prestou e obviamente um dos pokémons de seu pai.

— Que infelicidade, estou em um ninho de Skarmory... – Resmungou, mordendo novamente a fruta, e elevando o olhar aos céus brevemente permanecendo calma, o que ela não podia e não deveria fazer é demonstrar medo, precisava enfrentar aquilo da forma mais sutil possível caso contrário a criatura não pensaria duas vezes antes de atacá-la por um movimento hostil. Kiane sentou-se no rochedo e esperou que o Pokémon alado fizesse alguma aproximação, extremamente serena e tranqüila em respeito a ele, a questão é, qual seria a primeira atitude tomada pelo Pokémon?

The Silver Queen! The Oncoming New Master!

Lv. 12 Macho
Weak Armor

 

O ar começava a ser espalhada com brutalidade, parecia que algo o rasgava e fatiava em diversas direções possíveis, o barulho metálico cada vez era mais audível, poderia aquilo significar problema? Mordiscou novamente a fruta vermelha, esperando que o barulho cessasse, e assim depois de um tempo cessou com o barulho de garras perfurando algo, Kiane elevou levemente o olhar e as suas orbes de coloração múltipla atingiram a da ave que havia cores diferentes da de seu pai, esta havia uma cor de bronze e penas da cor parecida com musgo, era bastante... Especial...

Ele a olhava de forma calma e fria, como um predador, até porque aquela era realmente a natureza do Skarmory. A mulher ajeitou o boné, o levantando um pouco mais mostrando de sua “franja” prateada para a ave, e lançou a sua maça para ele, na altura das suas patas.

— Coma, deve ter sido uma viajem exaustiva nos céus. – Sorriu de forma meiga, e logo depois prosseguiu. — Não está envenenada ou qualquer coisa do tipo. – Fez uma breve pausa, antes de continuar. — E não se preocupe, já estou de saída, não vim o incomodar e mal sabia que esse era seu ninho. Estou só descansando um pouco antes de partir, tudo bem? – Questionou, perguntando-se após as palavras se aquele Pokémon poderia entender a mesma, pelo menos o de Robert, seu pai, a entendia perfeitamente, talvez por ter sido criado enquanto ainda ela era criança tenha sido o diferencial, ou seria da espécie mesmo, ela estaria prestes a descobrir.

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O Skarmory acabou por comer a maçã que foi oferecida e antes que ela pudesse notar ele havia saltado da rocha e se aproximando da menina, temperamento este bastante estranho para a espécie, mesmo o de seu pai que era criado consigo tinha certos dias que detestava presenças de outros se não de Robert.

Aquilo intrigou bastante Kiane, os olhos do Pokémon pareciam estar vidrados em seus cabelos, um Pokémon do tipo metal ser atraído por algo prateado não é lá uma novidade. A garota removeu o boné e se abaixou perto do Pokémon, sorrindo para ele calmamente enquanto com a mão esquerda trazia algumas mechas prateadas para frente, deixando que o vento as levassem para perto do animal metálico.

— Você gostou da cor? Pois é, é a herança genética de minha mãe, ela tinha cabelos prateados também ainda mais bonitos que o meu. – Comentou sorridente, notando que aquele Skarmory era realmente algo incomum entre os diferentes ao qual já estudou e claro, o comparando ao Blackbird, o apelido do de seu pai.

— Como é viver neste local, Skarmory? – Perguntou, entusiasmada, sentando no chão enquanto procurava na sua mochila um pote, achou depois de algum sucesso, pegando da garrafa d’água que já havia bebido metade, despejando a outra metade no pote, para aquele Pokémon que poderia ter sede. Felizmente ela foi bem equipada, além daquela haviam mais cinco cheias prontas para serem usadas, e bastante frutas e barras de cereais leves, ser filha de um viajante a rendeu diversas experiências, muitas delas horríveis e chatas de se apegar, mas que salvariam a sua vida no futuro.

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Será que aquele encontro era de fato destinado? Duas pessoas de tamanhas personalidades dóceis se encontrando, e curiosos um pelo outro, um pelo fato de mal ter tido contato com humanos, outra por ter estudado sobre aquela espécie e só ter descoberto pokémons ariscos e ver que estava completamente enganada naquele momento, será que todos seus ensinamentos na academia ranger foi em vão?

A mulher dos cabelos prateados parecia bastante pensativa, enquanto tinha o olhar fixo na criatura bebendo a água, sua mente viajava de volta aos tempos em que ela era mais nova e brincava com os pokémons de seu pai, principalmente com o Skarmory dele, como será que ele estaria agora que se separaram e ela sequer tem uma notícia dele, assim como de seu mentor, Morty. A questão é, será que o líder de ginásio poderia saber algo que ela não sabia, como por exemplo, a localização de Robert?

Em meio à pergunta dela e naquele momento de distração, a garota sentiu algo gélido perto de sua pele, era o bico de Skarmory a puxando pelo cropped, bem rente a sua pele, como se pedisse que ela montasse acima de si, aquela atitude era no mínimo curiosa então porque não atender? Kiane se pôs de pé, dando alguns tapas no lado de trás do seu casaco que estava sob o short, o limpando e colocando a mochila nas costas por fim, subindo na garupa do animal.

Um sorriso por parte dele foi dado, antes de iniciar uma carreira e surpreendentemente atirando-se do rochedo, Kiane agarrou seu boné para que ele não voasse para fora de sua cabeça enquanto só conseguia gritar vendo o chão se aproximar com facilidade, aquele Skarmory realmente sabia o que estava fazendo?! Sim, ele sabia. Não demorou muito para que as asas alheias fossem abertas e a altitude fosse vencida por aquele Pokémon metálico.

A brisa gélida atingia a face e todo o tórax da mulher, que se arrepiava, era uma sensação de liberdade e adrenalina jamais sentida pela treinadora de pokémons, então isso que era voar? Era no mínimo incrível, não havia palavras para descrever o como aquilo era realmente inacreditável.

A mão direita da mulher foi em direção ao pescoço do Pokémon, o fazendo uma carícia ali, enquanto permitia-se observar tudo que podia, a geografia mudava repentinamente, do atual local rochoso em tonalidade prateado, eles sobrevoavam uma densa floresta, depois um grande mar aparentemente artificial onde via alguns pokémons qual não conhecia brincando na borda junto a um tentacool, um vulcão ainda ativo logo depois pode ser visto, com um Magmar na sua beira parecendo brincar com a lava, aquele local era tudo dentro do Safari? Agora ela entendia o porquê da escolha dos tipos de Pokémon, cada tipo havia um local diferente com seus próprios seres da região.

No fim, em um último suspiro, Kiane agradeceu imensamente por aquela viajem, pelo menos no momento em seu pensamento, jamais poderia imaginar que indo a um Safari poderia ser tão grandioso e fizesse lembranças tornarem-se realmente marcantes e empolgantes em sua vida. Ela estava maravilhada.

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A viagem foi longa e bastante agradável, ela tinha um sorriso no rosto de contentamento, não se lembrava a última vez que sorriu daquela maneira. Mas, aquele sorriso se desfez ao ver o semblante do animal mudar ao ver um grupo de Skarmory sobrevoando os céus, ele parecia ser solitário diferente dos demais, não ter amizade, provavelmente por causa de sua cor diferente.

Kiane suspirou ao ver o Pokémon daquela maneira, levando a mão direita até a parte de trás do cinto sacando a pokébola de ponyta, apertou no botão central do equipamento redondo o expandindo e a arremessou para os céus. — Héstia, come on out! – Exclamou a menina, a equina de fogo logo começava a trotar ao redor de Kiane e animada, e logo depois ao redor do Skarmory, vendo o semblante triste do Pokémon tentando animá-lo também, foi onde a treinadora se aproximou do Pokémon levando a mão esquerda até o bico alheio acariciando ali, focando seus olhos no dele.

— Eu sei que ela não é da sua espécie, mas é minha companheira e uma fiel amiga minha, e também pode ser sua. Você não deve ter muitos amigos aqui não é? – Comentou, entendendo da dor. — Eu também não tive, Héstia é minha fiel companheira, me ajudou todos esses anos, mas, e você, gostaria de que ajudássemos você? Digo... Gostaria de viajar ao mundo comigo e com a Héstia, se divertindo brincando e fazendo novos amigos? – Comentou com um sorriso simples, enquanto a Pokémon de fogo continuava a trotar ao redor deles ainda mais animada, como se fosse ganhar um novo amigo.

A treinadora sacou uma de suas pokébolas e a deixou no formato pequeno apenas para mostrar para Skarmory, e logo depois a expandiu, cabia a ele tomar a decisão agora, aquela seria uma nova história para ele, será que aceitaria?

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