[Atualização] Anthony Balzary

Anthony Balzary


Cidade Natal: Fall City (Fiore)

Carreira: Treinador

Idade: 19 anos

Altura: 1.71m

Peso:  61.5Kg
Descrição física: Portador de um físico relativamente bem mediano, Anthony é um jovem não muito forte ou alto, e por isso nunca teve grande destaque para atividades físicas que exigissem muito de seu corpo. Em geral, tem uma coordenação motora que por muitas vezes deixa a desejar, tornando-o atrapalhado principalmente quando tenta fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. Apesar disso, tem algumas características das quais pode se orgulhar, como seus reflexos rápidos e capacidade de improviso, que geralmente acabam sendo responsáveis por consertar as situações geradas por seu jeito desajeitado.
Seus fortes cabelos negros tem um bom volume desfiado e ao mesmo tempo arrumado, formando uma espécie de topete curto sobre sua face. Em contraste, as laterais costumam ser mantidas curtas, de modo que suavemente se conectam com sua barba, também mantida bem curta, preenchendo boa parte de seu rosto.
Possui olhos profundamente pretos, escuros a ponto de tornar difícil a distinção entre íris e pupila. Tais características combinam bem com sua pele caucasiana não muito clara, provavelmente herdada da família de seu pai.
Carrega consigo uma cicatriz na parte de trás da cabeça, proveniente de algum acidente ainda em sua primeira infância, cujos detalhes específicos lhe fogem à memória. Relativamente pequena, a mesma poderia ser escondida mesmo com um estilo de cabelo um pouco maior, mas de certo modo ele a vê como uma marca pessoal de identidade e gosta que ela esteja à mostra.
Em geral, não gosta de inovar muito em suas roupas e costuma usar calça jeans escura e tênis/sapatos combinando. Na parte superior sempre se encontra com uma camiseta simples e por muitas vezes uma camisa aberta por cima. Além de seus óculos escuros de uso bem eventual, não costuma usar muitos acessórios, apesar de ter vontade de fazer uso de algo com importância simbólica.


Personalidade: Se tivesse que ser descrito com apenas uma palavra, certamente seria "sonhador". Após passar boa parte de sua vida ponderando sobre o que queria de fato fazer e quem deveria ser, Anthony hoje gosta de sonhar sobre o tipo de aventuras que pode viver no futuro, enquanto aproveita as que vive no presente. Tal sentimento sonhador surge principalmente nas noites com forte luar, momento no qual ele pode passar horas observando a luz da lua reluzindo em qualquer corpo d'água que tiver por perto.
Fato é que, o jovem depende muito de momentos sozinho em noites tranquilas para organizar seus pensamentos de forma coerente e continuar sua jornada. É inexplicável a paz que aquilo lhe traz, mas com certeza evoca um sentimento de auto-descoberta intenso.
Por ter nascido em uma família prestigiada, sempre teve facilidade em fazer amizades uma vez que na infância as outras crianças sempre queriam interagir com ele. Essa facilidade, porém, não fez muita diferença em sua adolescência, quando ele se acostumou muito a estar sozinho ou com poucos amigos.
Um de seus maiores desejos é provar para sua família que ele tomou a decisão correta seguindo seus sonhos e se tornando um treinador, alcançando o sucesso que seus pais deixaram tão claro que ele nunca encontraria. Mas o que seria esse sucesso? Fama? Dinheiro? Amor? Nem mesmo ele sabe ao certo, mas espera com certeza que seja algo que encontre no decorrer de sua jornada.
Em geral, pode-se dizer que é um jovem calmo, muito difícil de ser tirado do sério. Bem, isso quando não se empolga muito com algo, nesses momentos se torna alguém muito energético que não consegue parar de falar sobre seja lá o que o empolgou tanto.
Otimista, porém inseguro, Anthony costuma encarar as situações em que se encontra acreditando que sempre vai dar tudo certo no final, mas sempre com um pé atrás, imaginando as consequências desastrosas que um erro ou má-sorte em um momento crítico podem trazer.
Apesar de gostar muito da ideia de capturar pokémon e batalhar, Anthony ainda tem dificuldade em se adaptar à essa realidade devido à falta dessas práticas em sua terra natal. Como consequência, às vezes acaba se impressionando com as menores coisas que aparecem em sua frente, como uma pokébola diferente ou uma simples arena de batalha no centro de uma cidade pequena.



Biografia: Nascido em Fall City, na região de Fiore, Anthony teve uma infância relativamente bem distinta das outras crianças criadas em Hoenn e outras regiões similares.
Sem ter contato com pokébolas ou batalhas, o garoto sempre conheceu a relação humano-pokémon principalmente pelos Rangers, que tem grande autoridade na região, mas apenas usavam os pokémon para os ajudar temporariamente em determinadas tarefas. Tal relação, na verdade, ele conhecia até demais graças à sua família. Por várias gerações, os Balzary sempre foram conhecidos por serem grandes rangers, e seus pais não poderiam ser diferentes: um conhecido casal para o qual nenhum problema era grande demais para ser resolvido.
Por muitos anos, principalmente quando era criança, Anthony simplesmente amava tudo aquilo. Seus pais eram seus heróis e fonte de orgulho, a vida dos rangers parecia ser algo empolgante e honroso. Seu maior hobby era passar as tardes na cidade, com seu irmão e irmã mais velhos, próximos à Base Ranger local esperando ansiosamente que eles fossem chamados para uma grande missão que, com sorte, seu pai o deixaria observar de perto e torcer pelos seus heróis.
Com o passar do tempo, porém, essa magia que existia na meninice foi se desgastando, e em sua adolescência, o garoto já não se empolgava mais com tudo aquilo, estava cansado de sempre ouvir as mesmas histórias do trabalho de seus pais que, um dia impressionantes e inacreditáveis, agora eram rotineiras e repetitivas.
Aos 15 anos percebeu, porém, que sua vida não aparentava ter muitas opções melhores. O cargo de Ranger em Fiore era um dos mais respeitados da região e com certeza ele teria uma vaga garantida na Academia de Rangers graças à influência da família, afinal, sua irmã mais velha já estava estudando lá a dois anos. Ainda no final do ano seria a vez de seu irmão entrar e, em mais um ano, sua vez.
O futuro que Anthony via para si não era ruim, longe disso, mas aparentava ser distante das aventuras que, um dia, ele imaginou que viveria. Logo, o garoto pensou que sonhava com uma vida que não existia, e para tirar esses pensamentos de sua cabeça, começou a ter uma rotina bem mais noturna, saindo pela cidade à noite para evitar ver a movimentação do dia, que o lembravam de sua empolgação da infância. Foi numa dessas noites, porém, que sua vida mudou para sempre.
Sob a luz de uma lua particularmente clara, o garoto estava reclinado em um banco na praça da cidade, observando as águas que jorravam da fonte e como elas brilhavam enquanto ouvia música com seus fones. Foi aí que, meio que do nada, alguém chamou a atenção dele. Aquilo era de fato bem incomum, ninguém costumava andar por ali tão tarde, ele sabia disso pois, bem, sempre estava sozinho naquela hora.
Quem falou com ele, porém, não era alguém conhecido, mas sim um homem estrangeiro, que havia acabado de chegar de viagem e pediu informações sobre onde ficava um hotel na cidade. Conhecendo toda a cidade, Anthony o ajudou a se localizar, mas antes que o homem agradecesse e fosse embora, o garoto notou algo estranho que o desconhecido carregava consigo: esferas alvirrubras que aparentavam ser uma espécie de mecanismo. Por puro acaso e falta de mais para fazer, o jovem perguntou o que era aquilo.
O homem estranhou, mas depois se lembrou que pokébolas e treinadores não existiam naquela região, então explicou que era um treinador vindo da região de Sinnoh e contou algumas de suas aventuras, falou sobre batalhas e como várias pessoas por lá capturavam pokémon e desafiavam ginásios. Nesse momento, a vida de Anthony virou de cabeça para baixo. Aquilo era tudo que ele queria, toda a emoção que ele imaginava em sua infância, tudo aquilo existia pelo mundo, ele apenas a desconhecia.
Ao se despedir do estrangeiro naquela noite, o garoto tinha certeza que ele não fazia ideia do impacto que o causara. Foi dormir decidido de que era aquilo que gostaria de fazer em sua vida, era exatamente o que buscava, mas... Como diria à sua família?
O fato é que ele não falou. Nunca teve coragem de dizer aos pais que não queria seguir seus passos, na visão deles ele deveria ser um grande Ranger e levar pra frente o legado dos Balzary. E assim ele foi levando, e o sonho de viajar como um treinador foi sendo deixado para trás, até o ano em que finalmente foi para a Academia de Rangers, como era de se esperar.
Seu tempo na Academia porém não foi nada produtivo, o jovem não conseguia focar bem em quase nenhuma das atividades, e passava tardes inteiras sonhando acordado sobre como seria a vida de um treinador. Algumas atividades até despertavam seu interesse, como o básico de batalha, mas ainda não era o que ele queria. Cada vez mais ele sabia que não era aquela a vida que queria viver, ele conhecia algo melhor, só não tinha a coragem de abandonar um futuro bem seguro para seguir seus sonhos, quebrando todas as expectativas de sua família.
Foi aí que, eventualmente, chegou o dia de sua suposta graduação. Sim, suposta, pois para grande surpresa de seus pais (mas não tanto dele mesmo), Anthony foi reprovado com uma terrível performance. Era um momento desastroso, seu pai dizia que ele estava manchando o nome Balzary e não sabia como reagir àquela situação. Anthony, porém, já adulto, decidiu aproveitar o momento para revelar à sua família o sonho que ele tinha e estava disposto a seguir.
O jovem esperava que, revelando o desejo que tinha no fundo de seu coração, talvez pudesse receber o incentivo que por tantos anos tinha faltado para começar sua jornada. A reação imediata de sua mãe, porém, foi dizer que aquilo era loucura. A região de Fiore era o melhor lugar para se viver e Rangers eram extremamente respeitados, porque ele não iria querer aquele futuro? Bem, agora ele não tinha mais aquela opção.
Seus irmãos, ambos já formados na Academia, foram um pouco mais compreensivos e, com algum tempo de insistência, convenceram seus pais a viabilizar que Anthony viajasse para outra região e começasse sua jornada. Nos olhos dos jovens, não parecia que eles tinham mudado qualquer coisa na cabeça dos pais, parecia bem mais que eles queriam apenas de certo modo se livrar daquele filho que trazia vergonha ao nome da família.
De qualquer modo, mesmo que a situação fosse longe do ideal, essa era a chance que Anthony tinha de seguir seu sonho, e ele a agarraria com tudo. Na primeira oportunidade, achou um navio que partia para Hoenn e comprou as primeiras passagens que pôde, sem nem ao menos saber em que cidade iria desembarcar.
Nos dias anteriores à viagem, seus pais fizeram questão de lembrá-lo como aquela escolha dele não tinha futuro, e como um dia ele voltaria para Fall City em busca de uma oportunidade de emprego de segunda classe, procurando simplesmente estabilidade após o fracasso que teria. Antes que ele saísse de casa, claro, eles fizeram toda a questão de listar tudo sobre o futuro maravilhoso que jogou fora, mas para Anthony, o verdadeiro futuro dele tinha acabado de começar. E assim, ele se despediu dos irmãos, saiu da cidade, entrou no navio, e suspirou enquanto olhava da janela de sua cabine para as ondas no mar, brilhando reluzentes, iluminadas por uma forte luz lunar que até hoje o lembrava do dia em que descobriu exatamente quem queria ser.