Pokémon Mythology RPG
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Step I - Denial

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Mais um dia estressante de trabalho chega ao fim, para o meu alívio. Pode parecer estranho, mas essa era a parte mais estressante para mim: a papelada. Quando eu estou no tribunal, meu sangue está fervendo e eu não tenho muito tempo para pensar nas consequências. É argumento atrás de argumento e meu cérebro está completamente focado em desarmar cada truque da defesa. Mas aqui eu tenho tempo demais, nesta pequena sala com essa infinidade de documentos. Aqui eu sou atormentado por cada destino que eu ajudei a traçar.

Preenchendo formulário atrás de formulário no modo automático, minha mente viaja até meu filho sozinho com seu pai na cidade de Laverre. Espero que ele esteja bem vivendo com aquele imprestável. Fecho os olhos e por alguns instantes consigo imaginar perfeitamente como é estar com ele. Abro os olhos e eu estou em seu quarto.

Will está sentado, distraído brincando de carrinho. Brincando comigo. Na minha mão, uma pequena moto de brinquedo lilás que ele tinha ganhado de Natal da irmã do meu ex, sua tia Clara. Traço no ar um movimento errático com a moto enquanto noto a bagunça ao meu redor. Um prato com migalhas de bolo em cima da cama, uma porção de miniaturas de Pokémon espalhadas pelo chão e uma pilha de roupa suja jogada em cima do
puff. Tudo fora de ordem como sempre e não é ele quem vai arrumar. Deixo a moto jogada no chão e me levanto, pegando o prato enquanto me preparo para sair.

- Papai vai fazer a janta, Will. Quando eu voltar eu quero esses brinquedos no lugar! - disse com meu tom meio descontraído e meio autoritário. Ele era uma boa criança, só era muito desorganizado.

- Não me deixe sozinho, papai. - ele respondeu numa voz gélida de cortar o coração - Não me deixe... - completou choroso.

Então se desfez em uma névoa roxa na minha frente e essa névoa se expandia e encobria todo o quarto. Queimava minha pele e eu não consegui respirar. Ardia bastante, mas eu resistia. Sabia o que viria a seguir.


- M...me... salv...


Acordei suando frio. O pesadelo era diferente, mas todos acabavam do mesmo jeito. Um pedido de ajuda. A cada dia que passava, começava a pensar que esse pedido era real. Que de algum modo, Will conseguia se comunicar comigo em meus sonhos. A cada noite, sua voz era mais fraca. Antes ele falava frases inteiras, mesmo que desconexas. Agora ele mal consegue concluir seu pedido de ajuda.

Levei a mão a cabeça. Estava meio confuso. O barulho do mar ao longe me ajudou a me localizar. Slateport. Estou em Hoenn. Tinha acabado de chegar no continente e aluguei uma pequena cabana na parte costeira da cidade. Era uma área mais deserta, sem muita agitação. Pessoas demais tem me deixado ansioso ultimamente. Infelizmente eu precisava delas. Precisava de informações.

Comecei a me arrumar para sair. Enquanto vestia minhas roupas confortáveis e meio desgastadas de sempre, começava a me preparar para o contato humano. Hoje eu ia tentar conseguir mais informações sobre a especialista dos tipos fantasma dessa região. Não sei nem o nome ou cidade, só sei que é uma mulher e que talvez ela possa me ajudar.

Parei de perguntar sobre o Mundo Fantasma quando as pessoas começaram a achar que eu estava louco. Não me levava a lugar nenhum de qualquer jeito. As pessoas normais podiam se dar o luxo de viver suas vidas completamente alheias a qualquer coisa mais complexa do que eles precisariam comer no jantar. Eu não sou mais normal. Estou bem quebrado e sei disso. Mas eu também sei a única coisa que pode me consertar. Meu pequeno Will.

Amarro meus sapatos, libero meu pequeno Phantump, que boceja antes de abrir os olhos, e saio em direção a feira. É um dos lugares mais movimentados da cidade e alguém lá deve conhecer essa tal especialista.

- Vamos, Azrael. - chamo o Phantump - Precisamos salvar Will.

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Slateport - Edgar



Início


Pesadelos pelo visto, era uma parte da rotina do treinador. Embora fossem uma parte questionável por muitos sobre o quanto ser agradável, para Edgar, talvez fosse uma boa maneira de ver seu filho, ou de quem sabe... Obter informações?

A parte mais agitada de Slateport com certeza era a feira... Mas não neste dia... O céu estava em um cinza completo, as nuvens carregadas de água, encobriam o céu não mais com um lençol, e sim um grosso e pesado edredom cinza. Nenhum Taillow ousaria voar por em meios aqueles pequenos lampejos, que em momento ou outro clareava entre as nuvens e logo em seguida causava um estrondo.

Apesar de não chover ainda, ventava, e muito. E graças a isso, algumas pessoas não se atreviam a sair de casa. Poucos comerciantes estava na rua ou com sua barraca montada. Além disso os navios da cidade portuária trabalhavam como se fosse um dia sem empecilhos. Marinheiros iam e viam para o os cais. Além de comerciantes, muito deles de importados e exportados, além dos aventureiros pescadores.

Na praia, novamente, apenas alguns corajosos, mas até aí já estava distante. Mais um lampejo anunciando que a qualquer momento, o céu literalmente desabaria.

Com todas essas informações, seja lá o que o homem deseje fazer, uma escolha tem que ser feita para prosseguir. O cais? Os comerciantes resistentes em suas pequenas barracas? A praia? Ou talvez um Centro Pokémon? Onde ele iria primeiro?

Oi, vou ser seu narrador. Primeiro vou pedir desculpa em nome da Staff pela demora. Um evento recente acabou atarefando todos os narradores, mas logo arrumaremos isso.

Qualquer dúvida, mensagem em Off e MP serão sempre respondidas!


Progresso referente à Edgar Poe :




descriptionStep I - Denial EmptyRe: Step I - Denial

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Caminhei silenciosamente pelas ruas de Slateport. Mais silenciosamente do que esperado. A rua estava praticamente deserta como se fosse alguma espécie de feriado. Numa cidade tão tropical, talvez até fosse. Não acho difícil que as pessoas deixem de ir trabalhar com medo da chuva. Patético. Em qualquer outro dia, ruas vazias me deixariam bastante alegre, mas hoje eu precisava encontrar alguém.

Passo na ferinha só por desencargo de consciência pois já sabia os resultados. As pessoas sobreviveriam um dia sem os seus legumes. Caminho então para o cais com Azrael ao meu lado. Não lembrava muito bem como havia conseguido Azrael. No meio da minha dor, um dia ele simplesmente estava lá. Pequeno e praticamente indefeso, mas presente para preencher o meu vazio. Não resolveu, claro, mas ele é uma boa companhia. Animado, inocente, me ajuda a parecer mais simpático com as pessoas.

Todos trabalham no cais. Homens e mulheres das mais diferentes origens, alguns falando línguas que eu não compreendo, conseguindo alguma grana pra levar comida pra casa. Um trabalho de respeito e muito mais sensato do que esses moleques ingênuos que tentam ganhar a vida como treinador. Isso não passa de uma promessa vazia de sucesso atraente o suficiente para sugar pessoas boas com nada a perder.

Ver tantas pessoas juntas me traz ansiedade e com ela a maldita vontade de fumar. Eu odeio como eu ainda sou um fraco que não consegue lidar com seus problemas de forma direta. Eu não quero fumar de verdade, só me sinto mal e acuado em lugares cheios e fumar me distrái, me conforta. Tiro apressadamente um pirulito do bolso e começo a chupar para tentar me distrair, mas ajuda menos que gostaria de admitir. Preciso resolver logo isso e sair daqui rápido.

Procuro alguma pessoa que pareça estar sempre aqui ouvindo as conversas de toda Hoenn. Talvez um vendedor ou um marinheiro que tenha rodado o continente. Já havia ensaiado o que iria dizer. Cumprimentar, comentar sobre o clima, seguido de uma pergunta direta. Se essa especialista é famosa o suficiente para conhecerem ela por Alola, alguém há de conhecê-la por aqui. Parece lógico, mas ainda não consigo evitar de duvidar da minha sorte. As coisas não tendem a dar certo para mim. Às vezes eu gostaria de ser mais inocente como Azrael. Enquanto eu me preocupo todo, ele está simplesmente arrancando grama em um canto como uma criança inquieta.


OFF: Fala, amigo. Super entendo o atraso, se preocupa não. Estou animado para começar a jornada e intrigado com as possibilidades. Espero que a gente se divirta ^^

Btw, pode atualizar o apelido do meu Phantump na ficha, colocar Azrael?

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Slateport - Edgar



-


O discurso de Edgar fora todo ensaiado para já ter um controle de uma situação e para a conversa sempre ter o seu rumo desejado. Forçava um simpatia que no momento mais do que nunca era desagradável. Não estava em uma boa ocasião para ser simpático, mas não queria e não poderia passar uma imagem de um doido. Infelizmente, agora dependia das pessoas.

Na feira, um ou outro comerciante tentava vender seus produtos à preços abusivos, afinal, mal tinham concorrência para aquele momento. Já no cais, havia uma série de barcos e navios cargueiros retirando seus produtos, através de marinheiros e outros trabalhadores.

Neste momento, algumas gotas caem do céu, e Phantump se maravilha, afinal, ainda era uma planta, mesmo que uma planta morta.

Os homens mantinham-se apenas em conversas sobre o trabalho...

— Me passe esse saco!

— Onde está o caixote de Berrys?

— Estes importados vão para que loja?

Nenhum parecia realmente simpático ou com tempo para desperdiçar com Edgar, estavam todos muito agitados e concentrados. Exceto por dois que estavam no final do cais, com um sotaque forte de algum país e tentavam se adaptar. Um, magricela em cima de um barco, passando caixotes de produtos para o que estava abaixo dele, em pé na plataforma do cais, robusto por volta dos trinta anos.

— Mas tem que começar a chover logo agora bichinho? Tava pronto pra ir embora. - Falou o primeiro.

— Vê se vai mais devagar, vai começar a chover e isso pesa! - Disse empilhando os caixotes em uma espécia de suporte com rodas.

— Isso vai ser bom pras prantas. Faz muito tempo qui num chove.

— Pois é. - Disse desinteressado.

— E a dona lá? Continua na praia?

— Religiosamente...

— Reli o quê?

— Como sempre José, como sempre...

— Ah sim... Ela ficou lelé de vez hein...

— De fato, mas respeito a insanidade dela. Não é a ordem natural da vida uma mãe perder um filho.

— Certo vissi...

Apesar da conversa ter tomado um tom melancólico, eram os únicos que pareciam jogar conversa fora no momento, e talvez estariam bem à receber um estranho no papo.

Feito.

Progresso referente à Edgar Poe :







ROTA TRANCADA POR INATIVIDADE
Se quiser reabrir me contacte via MP ou utilize o SAM! ~

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