Ahori Caplan

AHORI CAPLAN

Por seus cabelos ondulados de cor castanha caírem sempre no rosto, assim, acobertando a beleza de seus grandes olhos verdes, Ahori os prende com uma bandana verde que, ganhara do seu pai quando mais novo, deixando a sua franja contida. Sua pele é branca e com tons avermelhados, principalmente na área de suas grande bochechas. Apesar da altura média, Ahori nunca ligou por ter um biotipo mais cheio que os outros garotos da sua idade, pelo contrário, aquilo o deixava feliz de se destacar entre os demais e ainda poder comer o quanto quiser. Mas pelo contrário do que pensam, é um rapaz muito ativo. Por isso sempre conta com seu velho par de tênis de couro marrom impermeáveis, que o permite escalar e subir arvores, bem como outra atividades ao ar livre. Uma camisa amarela um pouco amarrotada esconde-se por trás de um colete verde musgo de estampa de camuflagem. E compondo com a blusa amarrotada, um short preto que contém furos e rasgos por conta de suas aventuras em volta de sua casa.

A personalidade de Ahori sempre se destacou dos outros por sua enorme alegria e otimismo. Apesar de algumas coisas que ocorreram em seu passado, ele leva consigo uma energia para vencer e passar por todos os seus obstáculos. Tem muita facilidade em fazer novas amizades e consequentemente adora mostrar a eles sua habilidade na cozinha. É dotado de muita inteligência e de muita expertise da qual é muito usada ao estudar sobre os Pokémon. Acaba sendo um pouco atrapalhado por se tratar de uma pessoa hiperativa e curiosa, e, principalmente, se meter em confusão. Ele é a pessoa que você com certeza pode contar pra qualquer coisa.

Ahori Caplan ou apenas Caplan, como gosta de ser chamado, cresceu em Violet City na Região de Johto, onde passou uma boa parte da sua vida.

Sua infância fora muito tranquila, ele morava com seus pais em um sítio, do qual eles plantavam e colhiam os próprios alimentos. O seu pai, Adam Caplan, era um grande cozinheiro da região, que na parte externa do sítio, montara um restaurante especializado em vegetais e frutas. Onde não demorou muito pra sua sopa de legumes ser altamente aclamada por todos da cidade. Todos trabalhavam juntos para servir as comidas corretamente, o pequeno Ahori - de apenas 6 anos - colhia os ingredientes na horta com a ajuda dos Pokémon de sua família, como o Bellossom de sua mãe e o Heracross de seu pai. Sua mãe, Hilda Caplan, ajudava na preparação dos ingredientes que eram usados nas receitas de Adam.

Ao longo dos 10 anos que perdurou-se o restaurante, nunca tinha deixado de ser uma novidade e pessoas de lugares distantes sempre que passavam por lá experimentavam da incrível sopa. Ahori, adorava trabalhar lá com sua família, estar em volta dos Pokémon e principalmente aprender e ver seu pai cozinhar. Ahori acreditava que a cozinha era como uma mágica da felicidade, era só seu pai entregar a comida a um cliente que o mesmo saíra sorrindo.

Em um dia movimentado, em que a fila dobrava a rua, todos estavam trabalhando na maior agilidade para atender o máximo de clientes possíveis. Cortando as cenouras pra colocar no caldo o Sr. Caplan sente uma pontada em seu estômago, onde o faz cair no chão desmaiado antes que Ahori pudesse lhe segurar.

O pai de Ahori ficara muito doente, e os cinco meses seguintes que se passaram sem melhoras, o restaurante também ficou fechado. A renda da casa acabou diminuindo com o restaurante fechado, sendo a unica fonte de dinheiro a quitanda de frutas, verduras e legumes montada na frente de casa.

Ahori sabia que não haveria melhora, apesar das noites passadas chorando, todos os dias eles ia pro quarto do pai pra eles conversarem sobre o dia dele e das suas aventuras por aí. E mesmo sabendo de sua condição, Adam Caplan, estava sempre com um sorriso no rosto. E isso sempre dava forças pra Ahori continuar.

Uma vez conversando sobre sonhos, Adam disse ao filho que era pra ele seguir os dele, independente do que aconteça, nunca desistir do que acredita. E ,puxando uma gaveta do cômodo ao lado da cama,  pegou uma bandana verde que usara no restaurante toda vez que cozinhava. E disse a Ahori que quando ele colocava aquela bandana na cabeça e começava o expediente, ele se sentia especial e pronto para qualquer desafio na cozinha. Adam entregou a bandana ao filho e disse que sempre que ele não se sentir pronto ou com medo, era pra ele lembrar da bandana como um amuleto. Imediatamente Ahori pegou da mão do pai e amarrou a bandana em volta da cabeça. Sentido-se seguro de si e com uma força interna, prometeu ao pai sempre lutar.

Após a morte do seu pai, as coisas se tornaram um pouco mais difíceis, a luta era diária. Mas apesar da dor, Ahori nunca deixou que sua mãe, Hilda, ficasse para baixo ou desistisse de tudo. Fazendo com que, uns meses depois, sua mãe convence-se de reabrir o restaurante, apesar dela não ser cozinheira, ela conhecia e participava de todos os processos. Assim foi feito, deram uma repaginada no visual do restaurante, com novas luminárias e pinturas nas paredes. Logo a notícia se espalhou pra cidade e o restaurante começou a retornar sua visibilidade e ter mais qualidade. As coisas começaram a dar certo, acabaram contratando Tarah, como ajudante do restaurante. E mesmo com tudo em ordem, tudo do jeito que seu pai gostaria, Ahori ainda sentia que faltava algo.

Em um dia ensolarado, colhendo algumas hortaliças percebeu que uma das folhas estavam se mexendo. Ao afastar a folhagem deparou-se com um Pokémon que antes só ouvira falar, uma Chikorita. Mas ao tentar tocá-la, Ahori vê que na sua pata esquerda está ferida e assim imitindo um grito de dor. Ahori tenta acalmar o Pokémon e o envolve em um pano para correr com ele a um Centro Pokémon. Chegando lá, Chikorita permaneceu uma noite internada. Ahori virou a noite lá esperando sua melhora. Na manhã quando teve alta do Centro Pokémon, a enfermeira havia dito que ela provavelmente foi atacado por algum Ariado no meio da floresta perto. Ainda um pouco cansado, Ahori leva para casa o Pokémon para que terminasse de descansar.

Com a ajuda de sua mãe, Chikorita foi melhorando cada vez mais e começou a se tornar um membro da família e decidiu-se ficar por lá. O Pokémon ajudava nos afazeres, na colheita e até no preparo, adorava principalmente de brincar com o Heracross e a Bellossom.

Até que um dia o Heracross ao buscar seiva de uma árvore perto da floresta, acabou acordando um ninho de Ariados e Spinarak, que vieram para cima de Heracross. Chikorita e Ahori estavam perto quando aconteceu e viram os aracnídeos encurralando-o em volta da árvore - Heracross apesar de forte, nunca esteve em uma batalha e estava confuso e com medo daquelas presas apontadas a ele -, então os dois correram para ajudá-lo.

Chikorita dá um salto e pula a frente de seu amigo confrontado-os. Parecia uma briga antiga, e ver Chikorita querendo lutar daquela forma fez com que Ahori sentisse dentro de si  uma energia e uma vontade de proteger os seus Pokémon. Então, com o peito cheio, pegou algumas pedras e correu em direção aos Ariados e Spinarak atacando-os com pedradas, o que fez com que ficassem ainda mais bravos. Logo, ao ver aquilo, Chikorita aproveita o momento de distração e da uma investida junto com Heracross, fazendo-os voar para longe.

Após o incidente com os Ariados e Spinarak, Ahori começou a despertar ainda mais sua curiosidade pelo mundo Pokémon e principalmente com os do tipo Planta. Começou a aprender mais sobre Chikorita e assim decidiu que queria começar a sua jornada Pokémon. Ao contar para Hilda, sua mãe, seus planos, ela ficou preocupada mas entendeu que era seu destino. Disse que não havia com que se preocupar, que ia se virar com o restaurante com a ajuda de Tarah. Assim então, Ahori se planejou e arrumou a antiga bolsa de couro lateral do seu pai com tudo para esse começo de aventura. Despediu-se de sua mãe, Tarah e os Pokémon. Mas ao se despedir de Chikorita, ela corre e pula em seu ombro. Ahori entendeu que, assim como ele, Chikorita não iria desistir tão fácil e queria embarcar com ele nessa nova jornada. Então, após essa amizade Pokémon ser selada para essa grande trajeto, Ahori Caplan amarra a bandana verde de seu pai na cabeça e segue o caminho com sua fiel amiga para um novo começo.