Pokémon Mythology RPG
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Desventuras #04 - A Grande Família

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O embate começava a tomar outros rumos e antes mesmo do turno começar, Agostinho tentava uma intimidação em Inês Brasil e assim como Agostinho, a bruxa não tinha escrúpulos; entendia aquele gesto como algo para deixá-la animada e começava a rebolar até o chão, dizendo algumas palavras de cunho sexual. Tuco repetia sua cara de reprovação de antes, porém a cena de agora era muito pior.

— Caralho, Agostinho, temos que voltar logo pro subúrbio do Rio. Tá no cio, seu merda.

Assim que Joe terminava de falar, o turno começava muito rápido. Tanto Aipom quanto Gastly partiam para o ataque em alta velocidade, parece que toda aquela animação dos nossos protagonistas e do público causavam um efeito positivo. Além disso ainda conseguiam causar grandes estragos em seus ataques, conseguindo nocautear o primeiro pokémon no evento teatral. Para Tuco aquilo era um alivio, soltava um longo suspiro seguido de um soquinho no ar, em comemoração da vitória parcial conquistada até aqui.

— Muito bem, amigão. Vamos acabar logo com isso, ataque com mais dois Night Shade no ultimo Salandit.

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A bruxa vila parecia ter interpretado a zombaria de Agostinho de outra, à sua própria maneira. Era cômico, mas ate preocupante com o que Inês prometia para o final daquilo tudo. Tuco novamente olhava com uma cara de desprezo e ate repreendia seu parceiro, que estava era achando a maior graça daquilo tudo.

- HHAHAHAHA Saí daqui maluca. Rockie,esteja inteira ao final do combate para me proteger dessa doida tambem. – A símia olhava rapidamente para seu treinador com cara de poucos amigos, afinal, o treinador que havia dado brecha para as brincadeiras.

A confusão que o fantasma havia posto na mente dos adversários finalmente surtia efeito. Batendo cabeça entre eles, os Salandits não conseguiam encaixar nenhum  ataque na dupla e ainda se batiam entre eles mesmo. Vendo a chance, Dominic tentava encerrar a batalha naquele turno de uma vez por todas.

- Vamos acabar com isso Rockie, ultima investida, dê tudo de si. Comece com Tickle para abrir caminho e sem seguida, finalize com Scratch! A gente finaliza essa jamanta e mete o pé daqui logo, nao quero nada no meu colinho. Ja é?  KKKK – Falava para Tuco, tentando acalmar o garoto.

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Não era só Tuco que se sentia incomodado com a reação de Inês às ofensas de Agostinho. O próprio Agostinho não gostava nada da resposta da mocreia. Assim que aquele turno terminou, os dois viram ali uma oportunidade de acabar com aquilo rapidamente e seguir para a próxima. Tuco dava seus comandos primeiro, uma investida total contra a última Salandit. Agostinho seguia com mais uma tentativa de ganhar mais uns pontos e um ataque para finalizar.

Mas Inês não estava nada feliz com aquilo. - Salandit, vamo atacar! – Ela gritava logo antes de começar a grunhir seu grito da Liepard. Uarrrrrrg vruaaah Uahahahaha! Ela parecia uma louca gritando e grunhindo enquanto girava e sacudia os braços. - Dragon Rage até acabar com a macaca!

Narizinho cutucava Tuco, e dizia assustada. - Acho melhor vocês tomarem cuidado. Quando ela fica desse jeito, ela fica ainda mais perigosa. – Depois de falar aquilo, ela começava a se afastar junto com Saci. - É melhor vocês usarem o pó de pirlimpimpim assim que terminarem a batalha. – Saci começava a girar sem sair do lugar, e um pequeno tornado surgia ao seu redor. Era um efeito magnifico para quem assistia da plateia, mas para quem conseguia ver dos bastidores, podia ver que acima de Saci um grande Pidgeot batia suas asas e criava um pequeno redemoinho com seu Twister muito bem treinado. O garoto negro estendia a mão e Narizinho a segurava sendo levada para fora da visão dos expectadores.

Enquanto isso, os pokémon de Tuco e Agostinho avançavam para seus ataques finais. Primeiro Rockie distraia a salamandra com outro ataque de cocegas, a fazendo cair na gargalhada. Gastly novamente avançava contra sua oponente, e dessa vez não parecia nada incomodado, até porque o pokémon que o tinha envenenado já não estava mais ali. Uma sombra medonha era materializada pelo fantasma, fazendo a oponente parar de rir imediatamente e engolir em seco com o susto. Salandit por sua vez, não cedeu à confusão, e assim que se recompôs do susto abriu sua boca e lançou uma baforada de chamas azuis na direção de Rockie. A macaquinha tentou se desviar, mas as chamas eram muitas, e acabaram a acertando com bastante força.

Rockie ficava irritada por causa do dano, e comia a fruta que seu treinador a havia lhe dado para segurar. Logo em seguida ela, que agora estava se sentindo bem melhor, saltava contra a oponente e desferia uma sequencia de arranhões selvagens contra seu corpo. Salandit tentou se defender, mas foi em vão. Gastly viu que não precisava de muito para terminar a batalha, e apenas fez uma pequena imagem dessa vez, mas que foi o suficiente para derrubar a salamandra.

Assim que a batalha terminou, os heróis que estavam distraídos com sua incrível vitória acabaram sendo surpreendidos por um grito extremamente alto de Inês. UAAAH! O grito veio seguido de uma explosão de fumaça e efeitos sonoros. E quando tudo se acalmou, onde antes estava a indecente Inês Brasil, agora permanecia de pé e com uma expressão nada feliz em seu rosto, uma bela e imponente Salazzle. Seus olhos ardiam em fúria, e sua língua deslizava por toda a extensão de sua grande boca. Por fim ela dava um rugido alto e outros seis Salandit surgiam de dentro da gruta artificial.

-1 Sitrus Berry [x02]


Don:
- Aipom recebeu 3988 de EXP, subindo para o level 20 [685/1597]. +10 de felicidade [16]. Aipom pode aprender o movimento Fury Swipes, deseja ensina-lo no lugar de outro movimento?

Joe:
- Gastly recebeu 3988 de EXP, subindo para o level 23 [1692/2429]. +6 de felicidade [51]. Gastly pode aprender o movimento Sucker Punch, deseja ensina-lo no lugar de outro movimento?



Inês Brasil 1 (09/50)


Inês Brasil 2 (14/50)

Salandit:
Desmaiado
Salandit:
Desmaiada
Hold Item:
---
Hold Item:
---
Trait:
Corrosion
Trait:
Oblivious

lv25 Salandit 1


00/59
lv25 Salandit 2


00/59
Desventuras #04 - A Grande Família - Página 6 Salandit
Desventuras #04 - A Grande Família - Página 6 Salandit
Desventuras #04 - A Grande Família - Página 6 Aipom
Desventuras #04 - A Grande Família - Página 6 Gastly

lv25 Rockie


41/62
lv25 Gastly


38/50
Trait:
Run Away
Trait:
Levitate
Hold Item:
Desventuras #04 - A Grande Família - Página 6 Sitrusberry Sitrus Berry
Hold Item:
Desventuras #04 - A Grande Família - Página 6 Sitrusberry Sitrus Berry
Aipom:
Envenenada (-3HP), -1 Evasão
Gastly:
-1 Evasão, Envenenado (-3HP)

Agostinho (49/50)


Tuco (40/50)
Campo: Palco de um dos teatros de Forina. O cenário consiste de uma mata tropical artificial, com uma nevoa de gelo seco para dar um clima mais sombrio.


PROGRESSOS DA ROTA – Don Baresi :


PROGRESSOS DA ROTA – Joe Yokosuka :



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edit :




Uma ótima oportunidade estava ao alcance dos nossos heróis, após quase se enrolarem em suas conquistas de pontos, conseguiam controlar a situação e conquistar o primeiro nocaute no teatro. Agora bastava mais alguns ataque e a vitória chegaria, porém algo curioso acontecia e sabendo que a derrota era inevitável, o semblante de Inês mudava totalmente, fechava sua cara e começava a gritar furiosamente. Não precisava conhecer a Cuca pra saber que aquilo não terminaria nada bem, tanto que as crianças do sítio ainda aproveitavam para informar que seria perigoso permanecer naquele local após a batalha.

— Como é? O que vai acontecer? E como usa esse... — Nem terminou de falar e uma espécie de tornado surgia em volta de Saci, em poucos segundos as crianças desapareciam da visão de todos. — Crianças malditas, nem explicam direito as paradas. Por isso que não quero ter filho, mas Gina fica me pertubando. Taí a resposta pra ela. — Começou a se queixar com seu parceiro Agostinho.

Então o embate seguia, com tudo quase ganho Agostinho aproveitava para conseguir mais alguns pontinhos, ordenava sua macaca para fazer mais algumas cócegas e no final um arranhão. Restava para o Gastly o trabalho de nocautear aquele lagarto, o que não seria problema já que conseguiria mais alguns poucos pontos também. Assim acontecia, seus Night Shade deixavam o Salandit nocauteado no chão. Nem dava tempo para comemorar e o caos estava prestes a ser estabelecido...

Ainda mais furiosa, a Cuca soltava um forte grito e um explosão acontecia, fumaça para todos os lados e de dentro da gruta surgiam um monte de salandit. Assustado, Tuco nem conseguia contar ao certo quantos tinham, recuava alguns passos para trás e começava a suar frio. Lembrando da dica das crianças retirava do seu bolso um ziplock com uma quantidade boa de pó. A dupla precisaria aprender como se utilizava esse pó e precisaria ser rápido, se não tudo que tinham conquistado terminaria naquele momento.

— Fodeu, fodeu, fodeu! E agora como utiliza isso? Ah, foda-se. Não deve ser diferente da coca. — Desesperado, abria a ziplock e colocava uma pequena quantidade na sua mão, precisamente no "espaço" entre o dedão e o polegar. — Toma essa porra, Agostinho. — Entregou o pacotinho, fechou uma narina e com a outra deu uma longe fungada em sua mão, sentindo um forte efeito a ponto até de revirar os olhos. — EEEEITA, CARALHO! Esse é do bom, agora me tira daqui pó. — Noiado, começou a andar de um lado para o outro esperando o efeito acontecer e continuarem sua missão a respeito da Rainha dos Baixinhos.



Última edição por BigDaddy em Sex Out 04 2019, 11:16, editado 1 vez(es)

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OFF escreveu:
Fury Swipes no lugar de Sand Attack, Andros.





A batalha finalmente se encerrava com a dupla saindo vitoriosa. Ao final do combate, Rockie ainda recebia um poderoso golpe que a teria nocauteado se não fosse a berrie recebida antes do embate. Ambos lutadores ficavam felizes com aquele desfecho ate que a bruxa ficava com uma expressão extremamente seria  e aos berros se transformava em uma forma mais medonha ainda. Aproveitando o conselho de Narizinho, os garotos sabiam que aquele era o momento de fugirem de Ines antes que recebessem uma sentada no colinho.

- Caralho..caralho.. Vai dar merda aqui, Tucão. Vamo sair agora dessa porra! Ate o Saci já meteu o pé. – O perneta rodopiava como um pião e fugia em um rodamoinho.

Tuco então, decide puxar o pó de pirlimpimpim que havia sido recebido pelo premio da corrida. Dominic já sabia o que aconteceria, mas fingia encarnando no personagem.

- Vai fazer o que com isso ai, mermao? Ta doidao? Nem sabe a procedência dessa porra!

Em uma única cafungada, Tuco inala uma alta quantidade de pó e antes disso, dava um pouco a seu amigo. O efeito parecia instantâneo, os olhos do seu parceiro ficavam vermelhos e revirados. A expressão fácil de Tuco mudava completamente, como se fosse algo jamais experimentado pelo garoto. Sem ter outra alternativa, vendo os vários Salandit que apareciam no campo junto com Ines, Agostinho coloca um pouco na palma de sua mão, totalmente sem experiência, e inala uma grande quantidade do pó de uma vez.

- PUTA QUE  PARIUUU! – O efeito era imediato, fazendo Dominic girar em volta de seu próprio corpo, curvado no tronco e com um o braço para tras. Um movimento bem estranho que o garoto certamente, após o efeito passar, não lembraria como tinha feito. – A MINHA CABEÇA, ELA QUER VOAR, TUCÃO. AHHHH AHHHHH! – Os gritos, ora pareciam de agonia ora de excitação. Uma mistura de sensações surgia ali, onde o único objetivo em comum era escapar daquela mata e continuar com o próximo ato da peça.

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Com toda a confusão que acontecia assim que os dois derrotavam o último pokémon de Inês, a bruxa começava a gritar e se transformava em uma forma animalesca. Chamando seus reforços, ela estava pronta para devorar a dupla e seus pokémon assim que os pegasse. O ambiente acabava ficando quente demais, por causa do calor exalado pelos pokémon salamandra.

Enquanto a bruxa se preparava, Tuco seguia o conselho de Narizinho. O rapaz não sabia bem como fazer isso, mas como Saci levou a garota para longe tão rápido quanto um tornado, ele acabou ficando sem opções a não ser usar o pó da única forma que sabia. Tuco pegou o saquinho e o abriu rapidamente, colocando um pouco do pó entre o indicador e o polegar antes de entregar o saquinho para Agostinho. O magricela não entendia muito bem das formas que se inalava pó, então apenas virou uma boa quantidade do pó em sua mão, e levou rapidamente ao nariz.

Foi questão de segundos, o pó de pirlimpimpim entrou em seus pulmões e os fez alucinar mais uma vez. A plateia não conseguia saber se aquilo era real, ou se estavam apenas fingindo, mas o pó alucinógeno dos Shiinotic era realmente forte. Enquanto os dois sofriam os efeitos do pó, o Alakazam que estava nos bastidores começou a levita-los aos poucos até que sumiam de vista.

- Voltem aqui! – Gritava Inês com a voz ecoando por todo o palco, e Salazzle mexia a boca como se fosse ela quem falasse. Enquanto as chamas dos ataques dos Salandit subiam na direção da dupla, as cortinas se fechavam rapidamente.

Fim do 1° Ato

Enquanto o cenário novamente mudava, os dois permaneciam levitando com o auxilio do poder psíquico do Alakazam. O cenário dessa vez era provisório, e o pessoal da equipe rapidamente colocava um grande cartaz com um desenho de nuvens, de forma que tampasse toda a superfície do palco. Ao fundo, um grande vulcão cenográfico era colocado enquanto maquinas de fumaça começavam a lançar uma fumaça branca que lembrava bastante as nuvens do céu, complementando assim a paisagem do cartaz.

Novamente o narrador começava a falar, mas dessa vez era apenas para indicar o início do Ato 2. - Depois de enfrentarem a medonha Cuca, nossos heróis precisavam fugir usando a única coisa que tinham. Levantando voo sem nenhum controle, os dois voavam em direção a um grande vulcão. O que será que os esperava lá dentro? Seria mais um inimigo, ou poderia ser um aliado? Fiquem agora com o segundo capítulo dessa história.

2° Ato – Caldeirão do Huck

As cortinas novamente se abriam, e dessa vez o publico via os dois voando levemente entre as nuvens cenográficas. Não havia mais nenhum sinal de Inês, os Salandit ou as crianças do sítio. Dessa vez eram apenas Tuco e Agostinho, levitando sem controle em um céu límpido e um silêncio total e constrangedor. O voo dos dois estava estabilizado, eles pairavam de barriga para baixo bem na frente do cartaz de fundo que escondia o palco atrás. Enquanto a cena acontecia, o pessoal do teatro terminava de montar o cenário da próxima cena por trás do cartaz.

Os dois eram levitados vagarosamente em direção ao topo do vulcão que aparecia ao fundo do cartaz, mas como a cena era apenas para ganhar tempo, eles precisariam inventar alguma conversa boba até chegarem ao local. Assim que se aproximassem o suficiente do vulcão, Alakazam os desceria devagar atrás do cartaz, como se entrassem no meio das nuvens, enquanto o cartaz sairia aos poucos para parecer que estavam entrando no vulcão. Assim que o cartaz terminasse de sair de cena, a fumaça iria reduzindo aos poucos e os dois seriam colocados no chão novamente com muito cuidado. A essa altura o efeito alucinógeno já teria terminado.

Desventuras #04 - A Grande Família - Página 6 Palco_caldeirao
Imagem ilustrativa

Uma vez que a fumaça terminasse de se dissipar, o novo cenário seria revelado. O novo cenário se tratava de um palco bastante conhecido por todos que ligavam suas tvs no canal da emissora nos sábados a tarde. Mas algo estava diferente, o palco estava todo em pedaços, como se tivesse ocorrido uma guerra ali. A iluminação era escassa, já que a maioria dos refletores do palco do programa, estavam em pedaços, manchas vermelhas estavam por toda parte. Seria sangue? Talvez. O que os dois fariam? Um conjunto de cadeiras a direita do palco simulava a plateia do programa, mas estavam todas quebradas e espalhadas. No centro do palco havia alguns objetos quebrados e uma pessoa deitada ao lado de uma grande possa de liquido vermelho.

PROGRESSOS DA ROTA – Don Baresi :


PROGRESSOS DA ROTA – Joe Yokosuka :



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Temendo o que a Cuca poderia fazer, Tuco e Agostinho usavam aquele pó em que ganharam na "corrida maluca", porém usavam de uma maneira um tanto quanto inusitada. Pensavam que seria mais uma das drogas apresentadas até agora e tampavam o nariz, o efeito demorava a acontecer, Tuco ficava paranoico e sua aflição ia aumentando cada vez que Inês e seus pokémons iam se aproximando.

Até que os efeitos finalmente batiam, salvando o dia e a vida dos nossos anti heróis. Tuco ouvia um zumbindo em sua cabeça, um zumbido parecido com o apito do Axl Roses e junto desse apito sentia seu corpo mais leve, levitando livremente pelo cenário e sua mente ainda mais ligada, pensando várias coisas ao mesmo tempo e ficava trincando os dentes, se sentindo totalmente desperto. Ao seu redor, o cenário contribua para a intensificação da brisa diferenciada, notava as nuvens espalhadas em todo o canto e mais pra frente um vulcão com bastante fumaça, provavelmente esse seria o próximo destino da dupla.

CARALHO, AGOSTINHOOOO! — Deu uma pausa para dá uma fungada no ar e trincar ainda mais os dentes. — Eu estou muito louco, mermão. Um misto de sensações, tá ligado? Sinto meu corpo leve, mas minha cabeça está a milhão. Tá vendo aquele vulcão ali na frente? Do jeito que eu estou consigo ir e voltar várias vezes. — Gritou para Agostinho. — Mas espera... Vulcão? — Tuco tinha um momento de lucidez. — Estou vendo um vulcão no meio do nada! — Gargalhou. — Esse pó não é puro não, tem algum alucinógeno junto, rapá. Quando acabar essa parada, temos que voltar no sítio e conseguir alguns quilos a mais desse pó, vamos ficar ricos vendendo isso.

A medida que ia trocando uma idéia com Agostinho, o pessoal da produção ia terminando de construir o cenário do próximo ato. Com tudo pronto, Tuco mal pode notar que estava cada vez mais próximo do vulcão e o efeito do alucinógeno ia passando a medida que ambos ia adentrando no mesmo. Ao termino de toda aquela fumaça, o jovem voltava para si, dava uma ajeitada em seus cabelos bagunçados e esfregava as mãos em seus olhos, terminando toda sua preparação com um bocejo.

Pensei que nunca ia passar, que loucura. — Disse e para se certificar que estava totalmente desperto, deu um leve tapa em seu rosto. Logo reparou todo o cenário a sua volta, um cenário totalmente bagunçado como se tivesse passado por uma guerra, com sangue e pedaços do cenário por toda parte. — Que porra é essa? Estou num açougue gourmet? — Caminhou pelo cenário buscando alguma pista do que poderia ter acontecido, encontrou no palco uma pessoa deitada ao lado de uma poça de sangue. O que deixaria qualquer um preocupado. — FODEU, AGOSTINHO! Se livramos de uma bruxa e caímos numa zona de guerra. Chega mais, maluco! Tem uma pessoa caída aqui!

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A ideia de cheirar o pó de pirlimpimpim, por mais estranha e louca que fosse, parecia dar certo. Enquanto a bruxa se preparava para aniquilar a dupla de atores, os garotos inalavam o pó e pareciam ir para outra dimensão. Agostinho no mesmo momento sentia seu corpo extremamente leve, como uma pena ele começava a pairar no ar e seguir o caminho conforme a brisa soprava.

Sem ter ideia de que pokemons psíquicos estavam fazendo todo o trabalho duro, ambos garotos achavam realmente que estavam voando naquele momento, enquanto Ines e seu grupo lacaio parecia sumir com mais uma troca de cenário. Ainda no ar, Tuco começava a alucinar. O garoto gritava e tinha diversas reações loucas enquanto flutuavam sobre o tablado.


- Fica neném ai, rapa. Aproveita esse momento único, ate parece que tu nunca usou! Olha essas nuvens.. Hhihihihihi.

Agostinho estava estranho, o pó parecia ter dado um efeito analgésico nele e enquanto voava, passava a mao nas nuvens de mentira que dividiam o espaço com eles. De longe, os garotos avistavam um vulcão. Ainda com um pouco do efeito da droga inalada, o magricela começa a divagar sobre o que seria aquilo tudo.

- Rapaaaaz, vulcão? A gente morreu? Isso é o céu? Mas que caralho.. Porra Ines, fudeu a gente.

Pouco a pouco, os garotos iam descendo e o efeito das drogas parecia ir passando, ate que finalmente seus pés voltavam a tocar no tablado. Era um cenário horroroso. Com iluminação baixa, tudo destruído e diversas marcas de sangue no local.

- Mas que merda é essa, Tucão?! KK Tudo destruído, sangue!? Parece Chernobyl isso aqui. Hehehe eu gosto de quebrar as coisas. – Saindo um pouco do personagem, Agostinho quebrava mais algums cadeiras que estavam ali, chutando-as e jogando uma contra as outras por puro desejo, ate que Tuco, com um sonoro grito, o chamava.

Ao se aproximar, Agostinho via que no centro do palco havia um corpo. Em seu lado, uma grande quantidade de liquido vermelho, o que muito provavelmente seria sangue. Realmente, o ambiente ali sugeria que havia acontecendo uma grande confusão, talvez uma batalha de proporções colossais e aquele era o único restante que poderia, ou não, contar a historia daquilo tudo.

- Sera que esse verme ta vivo? – Perguntava a seu parceiro. – Voce não deve manjar de primeiros socorros ne? Deixa isso comigo. Quando a vitima esta assim no chão, cheia de sangue e aparentemente inconsciente, não devemos tocar na vitima. O que devemos fazer é... DAR UM BICO NA COSTELA! – Agostinho repentinamente dava um chute na costela do homem que estava caído, a fim de constatar se ele estava morto, ou se ainda havia algum resquício de vida naquele ensanguentado corpo. – Se ele tiver vivo, vai acordar com isso, tenho certeza Tucão. Fiz curso de primeiros socorros com Taxistas e Motoboys.


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Assim que os dois foram aterrissando no novo cenário do palco, aos poucos foram recobrando a consciência de tudo o que acontecia. Ao ver tudo quebrado e destruído ali, eles começaram a questionar o que poderia ter acontecido ali, enquanto cada um investigava de sua própria maneira. Tuco seguiu andando enquanto observava os detalhes, Agostinho foi andando para o outro lado e chutando as cadeiras que ainda não estavam quebradas. Mas os dois pararam o que estavam fazendo quando encontravam o corpo caído no centro do palco. O roteiro sem detalhes da peça deixava tudo ainda mais engraçado, pegando os atores de surpresa.

Sem saber muito o que fazer em questão do corpo ensanguentado, Tuco começou a se preocupar de que buraco tinham se metido. Agostinho por outro lado, logo se dispôs a ajudar, se aproximando do corpo e demonstrando todas as suas técnicas de “primeiros socorros” que tinha aprendido com um n=bando de zés ninguém. O magricela se aproximou do corpo e deu um chute na costela do homem que se levantou com um pulo. - AAAÍ! Seu filho da puta! Vai chutar sua mãe, aquela... – A estratégia de Agostinho funcionava muito bem. E logo o coadjuvante tentava voltar para o personagem fingindo que nada tinha acontecido, exceto pela mão na costela que Agostinho tinha chutado. - Quem são vocês? O que aconteceu com o resto da plateia? Viemos de excursão lá de Nacrene.- Ele dizia mudando de assunto totalmente, enquanto encurvava o corpo para parecer fraco. - E onde está o Luciano Huck? – Essa última pergunto gerou um espanto em seu rosto.

A música de fundo era apenas uma melodia simples e triste, apenas para deixar o clima mais moribundo. O homem que tinha levantado dos mortos com um chute de Agostinho, agora encarava a dupla com uma expressão de espanto, enquanto olhava em todas as direções a procura do famigerado apresentador do programa. Pela sua expressão, ele parecia não querer a presença do apresentador. O problema era, um apresentador nunca deixava o palco de seu programa, não quando haviam convidados a serem recebidos por ele.

- Loucura, loucura aqui no palco do Caldeirão! – Dizia uma voz pouco familiar, mas em um tom já conhecido de todos. Não era o verdadeiro Luciano quem estava ali, mas sim um substituto. - Vamos começar o programa de hoje com um dos Realities que eu mais gosto. Com vocês “Acorrentados”! – O homem surgia de trás do palco com uma forte luz focando em seu corpo, o que não parecia incomodá-lo. Ele era musculoso e alto, e não se parecia nada com o apresentador, exceto por um nariz artificial colocado porcamente por cima do seu próprio. Ele se vestia com roupas bastante diferentes das que Luciano normalmente usava. Suas roupas se destacavam por enfatizarem bastante seus braços fortes, e um par de óculos escuros que não combinavam em nada com o local mal iluminado. O homem mais parecia um militar do exercito da rainha de copas, e o emblema preso em seu peito demonstrava que era exatamente isso que ele parecia. Ele fez um movimento com a mão direita, enquanto a esquerda segurava o microfone, e umas três bailarinas vestidas com tutus vermelhos e maiôs salpicados com corações entravam trazendo três correntes compridas e grossas. - Nossos convidados de hoje, terão que sobreviver ao tanque de Carvanha, enquanto lutam para se livrar das correntes. - Ele terminava de falar com um sorriso no rosto.

PROGRESSOS DA ROTA – Don Baresi :


PROGRESSOS DA ROTA – Joe Yokosuka :



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Quando nossos heróis encontravam o corpo no chão, imediatamente ficavam preocupados. Tuco ficava andando de um lado e pro outro sem saber o que fazer, já Agostinho tinha uma brilhante idéia de primeiros socorros, proveniente de treinamentos de taxistas. Ao ouvir aquilo, Tuco ficava um pouco mais relaxado, mas... Os primeiros socorros não era nada tradicional, se tratava de um chute na costela. Ao ouvir aquilo, o jovem começava a rir não acreditando que Agostinho poderia fazer tal ação e realmente fez, um forte chute era escutado e com ele um grito de dor vindo do cara que estava no chão, o mesmo levanta num pulo aos gritos e xingamentos, além de fazer uma série de perguntas.

— Caralho, não é que esse maluco tava vivo. — Disse para seu parceiro. — Relaxa aí, achamos que você estava morto. Não está reconhecendo a gente? Tuco e Agostinho aqui. Luciano Huck? Ele está aqui? — Ao terminar de falar voltou a reparar no cenário, conseguindo perceber que se tratava do programa do Caldeirão. — Estamos no programa do Luciano mesmo! E você, quem é?

Parecia que fazia parte do script pois assim que Tuco fazia a pergunta, a música de fundo era trocada e o Luciano aparecia com sua apresentação convencional, se tratava de uma pessoa que não parecia nem um pouco com o apresentador e ainda por cima tinha o brasão de copas, dando a entender que ele participava do exercito inimigo. Além disso anunciava seu programa sendo o "Acorrentados" e suas assistentes de palco todas com correntes. Novamente Tuco ficava preocupado, claramente alterado resolvia questionar aquele programa.

— Que porra é essa, Luciano? Quando me contrataram não falaram nada de corrente e tanque com Carvanhas, meu cachê não foi pra isso. O bagulho vai ficar sério pro teu lado, mermão. — Disse em um certo tom de ameaça. — Volta para a Feiticeira e a Tiazinha, que foi pra isso que fomos contratados. — Disse com um sorrisinho de puto. — Se não poderemos resolver de outro jeito... — Terminou de falar mostrando sua cintura com três pokebolas.

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