Pokémon Mythology RPG
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Desventuras #04 - A Grande Família

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Mais uma vez a partida tomava uma reviravolta e dessa vez a favor dos nossos heróis, Tuco assim que via a estrela do mar sendo nocauteada começava a comemorar de sua maneira; dava uns gritinhos e alguns soquinhos no ar, seu semblante se alterava totalmente, ficando mais descontraído e relaxado por causa dos novos rumos, a vitória agora era uma questão de tempo, mais um ataque e nada mais. Para facilitar ainda mais sua vida, tinha uma variedade de status que aquele Simipour estava passando e mesmo assim Tuco não tentava arriscar em enrolar aquele embate, resolvia partir direto para o ataque.

— Booooa, Gastly. Acabe com isso com mais dois Sludge Bomb, não vamos marcar bobeira! — Disse revelando a identidade de seu pokémon, que agora já era indiferente. — QUAL FOI, BOMBADINHO? CADE AQUELA CONFIANÇA DE ANTES? — Disse para o falso apresentador, devolvendo todas as provocações de antes. No final ainda soltou uma alta gargalhada. — Agora ele não fala nada, Agostinho. Que vacilão! Só falta fugir com os rabos entre as pernas. — Continuou sua provocação, dessa vez falando com seu parceiro.

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Após a onda de desespero, a batalha finalmente parecia fluir novamente para o lados dois heróis. Mesmo tendo que usar dois times de criaturinhas para acabar com uma única dupla adversaria, os garotos estavam prestes a se sagrar vencedores daquele embate. A combinação Rockie e Gastly, parecia um balé. A macaca e o fantasmas possuíam uma sinergia que era difícil ser explicada pelo pouco tempo de convívio. Mesmo com personalidades completamente diferentes, a dupla conseguia eliminar um dos inimigos e debilitar bastante o ultimo que restava.

Agostinho notava o silencio e a apreensão no time adversário. O falso apresentador ficava calado e com um semblante notório de preocupação enquanto suas dançarinas pareciam enjoadas em ter que servir os garotos após aquela amarga derrota.

- Eu tava todo cagado, com medo de que iriamos perder. Mas ate que parece uma vitória vindo aí ne minha gente. KAKAKAKA – Agostinho olhava para as dançarinas, direcionando sua fala a elas enquanto dava uma leve piscada para as meninas. – O Huck bombado engoliu minha rola. Ta entalado ai, chefe? HAHAHA Vamo destruir esse otario agora mesmo. Rockie, use Tickle e em seguida Scratch. – Procurando ganhar mais algum ponto daquele difícil combate, Agostinho abria mao de finaliza-lo, deixando para seu parceiro Tuco esse doce momento.

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A dupla de treinadores agora estava bastante confiante de sua vitória, já que agora eles estavam em vantagem numérica. Tuco chegava a comemorar um pouco antes do tempo, e assim como seu parceiro em seguida começava a caçoar do apresentador falso.

- Calem a boca os dois! Eu só preciso de um pouco de concentração, aí vocês vão ver o que é bom pra pele. – Huck dizia tentando se recompor. - Simipour, Rest novamente e em seguida Sleep Talk! – Com seus novos comandos, o bombadão esperava conseguir derrubar pelo menos mais um dos dois oponentes antes de ser derrotado. A símia confirmava o recebimento dos comandos, e com um pouco de dificuldade ela tentava se posicionar em campo.

A batalha estava próxima do fim, mas os heróis ainda precisariam suar um pouco para conseguir a vitória. Simipour relaxou onde estava, e caiu em um profundo sono de recuperação. Com toda sua saúde restaurada e agora sem o veneno em seu corpo, Simipour se tornava novamente uma grande pedra no sapato. Mas Rockie não estava nenhum pouco disposta a deixar que ela durasse por muito tempo, muito menos Gastly. A macaca de Agostinho rapidamente saltou contra a outra que dormia, e a encheu de cocegas, diminuindo suas estatísticas de ataque e defesa físicos. Assim que ela se afastou depois de seu movimento, Gastly entrou em cena, disparando contra a dorminhoca uma grande esfera de lodo venenoso. Assim que atingida pelo ataque, o lodo explodiu em uma grande poça de gosma marrom borbulhante, e novamente envenenou a símia. O fantasma ria em altas gargalhadas.

Simipour se debatia de um lado para o outro dentro da poça de lodo na tentativa de usar seu movimento sonambulo, mas como ainda estava sob o efeito da confusão acabou se dando mal, para a sorte dos heróis. A macaca se debateu contra o chão como se estivesse tendo um pesadelo, e ao invés de atacar os oponentes, acabou apenas se ferindo. Rockie se animava ao ver o desempenho negativo de sua oponente, e aproveitava a oportunidade para avançar com uma sequencia de arranhões contra ela. O golpe foi bastante forte, principalmente por causa da defesa defasada da símia. Em seguida foi a vez de Gastly, e este lançava sua segunda bomba de lodo, explodindo sobre o corpo de sua oponente e a fazendo gritar enquanto dormia. Depois do ataque, a símia estava por um triz.

A cada dado que sua pokémon sofria, Huck parecia agonizar junto, mas ainda tinha esperanças de que conseguiria fazer alguma coisa. O problema maior, era que Simipour estava ainda sobre o efeito da semente sangue suga, e ainda tinha o novo veneno que a corroía. - Simi, resista! Você precisa mostrar que sua força supera qualquer coisa! – O homem dizia em tom bastante serio. Mas era em vão. Simipour começou a sentir os danos residuais e em seguida caiu sem forças.

- Não acredito! Vocês venceram mesmo... – Dizia o rapaz que outrora se escondia atrás de Tuco. - Vamos aproveitar a oportunidade para fugir. – Ele dizia apontando para a abertura logo atrás do vilão. - Ele é cego, e ainda está preocupado com a pokémon dele. Vamos logo. - O rapaz estava certo, Huck não estava em condições de impedir ninguém de escapar, a primeira coisa que o brutamontes fazia, era correr em direção ao último local em que tinha ouvido sua símia gemer. Ele de abaixava diante da poça de lodo que sumia aos poucos e pegava sua pokémon em seus braços.

Enquanto isso, as dançarinas se juntavam no fundo do palco, e se abraçavam para mostrar sua repulsa aos ganhadores da batalha. - Senhor, não deixe que eles nos levem. – Elas resmungavam baixinho enquanto fingiam chorar.

Com o caminho livre, a dupla poderia seguir em frente, indo em direção à saída proposta. Ou poderiam simplesmente fazer o que desejassem, já que tudo ali tinha corrido tão bem com eles improvisando o tempo todo. Mas uma coisa era certa, eles precisavam aproveitar o momento de fraqueza do vilão para poderem fugir, com ou sem suas recompensas prometidas. O que eles fariam?

Don:
- Nuzleaf recebeu 998 de EXP, subindo para o level 17 [737/924]. +4 de felicidade [16].
- Aipom recebeu 1994 de EXP, subindo para o level 21 [1082/1837]. +8 de felicidade [24].
+43 pontos pelo Ato 2

Jou:
- Shroomish recebeu 998 de EXP, subindo para o level 19 [645/1331]. +4 de felicidade [19]. Shroomish pode aprender o movimento Poison Powder, deseja substituir um movimento existente?
- Gastly recebeu 1994 de EXP, subindo para o level 24 [1257/2794]. +8 de felicidade [59].
+50 pontos pelo Ato 2

NPC – Clark Still
- Simipour recebeu 6730 de EXP, subindo para o level 23 [1184/2429]. +10 de felicidade [153-MAX].
- Starmie recebeu 6730 de EXP, subindo para o level 20 [32/1597]. +26 de felicidade [46].



Luciano Huck Fake
Simipour (43/50)


Starmie (18/50)

Simipour:
Desmaiada
Starmie:
Desmaiada
Hold Item:
---
Hold Item:
---
Trait:
Torrent(Ativado)
Trait:
Illuminate

lv25 Simipour


00/72
lv25 Starmie


00/65
Desventuras #04 - A Grande Família - Página 9 Simipour
Desventuras #04 - A Grande Família - Página 9 Starmie
Desventuras #04 - A Grande Família - Página 9 Gastly
Desventuras #04 - A Grande Família - Página 9 Aipom

lv25 Gastly


50/50
lv25 Rockie


32/62
Trait:
Levitate
Trait:
Run Away
Hold Item:
Desventuras #04 - A Grande Família - Página 9 Sitrusberry Sitrus Berry
Hold Item:
xxx
Gastly:
Envenenada (-3HP)
Aipom:
Envenenada (-3HP)

Tuco
Gastly (50/50)


Aipom (43/50)
Agostinho
Campo: Palco de um dos teatros de Forina. O cenário é uma reprodução do palco do programa Caldeirão do Huck, só que todo em pedaços. A iluminação é ruim e existem muitos obstáculos, como cadeiras e pedaços de concreto e madeira.

Pokémon usados:
Nuzleaf
Shroomish
Aipom
Gastly


PROGRESSOS DA ROTA – Don Baresi :


PROGRESSOS DA ROTA – Joe Yokosuka :



Última edição por Andros em Ter Nov 05 2019, 08:24, editado 1 vez(es)

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Tuco estava confiante que a vitória viria e juntamente de seu parceiro aproveitavam para tirar onda com a cara do falso apresentador, afinal aquele cara passou a batalha toda tirando uma com a cara deles, agora teria que aguentar. Porém um susto acontecia e a batalha quase sofria outra revira volta, Huck ordenava mais um Rest e Sleep Talk, uma combinação chata de se lidar e o que frustava totalmente os planos dos nossos heróis de sairem para o abraço.

— Aaaah qual foi, mermão. Para de ficar fugindo, porra. — Disse com uma tonalidade agressiva e já procurando outra pedra para acertar o apresentador.

Enquanto Tuco procurava outra pedra naquele cenário, ouvia alguns gritos por parte do seu adversário e o inevitável acontecia, Gastly juntamente com Aipom conseguiam nocautear aquela símia, com uma bomba de veneno e alguns arranhões conseguiam finalmente chegar a vitória. Tuco soltava a pedra que tinha encontrado e partia de encontro ao Gastly para comemorar a suada e merecida vitória, era incrível como o humor do jovem mudava de uma hora para a outra. Aquele momento era interrompido pelo o homem de antes, que sugeria nossos heróis aproveitarem e irem logo embora, apontando para a abertura que tinha atrás do Huck e suas dançarinas.

— Claro que conseguimos, porra! Somos sinistros, Gastly e Aipom são tipo Bebeto e Romário em 94. Quando essa dupla entra em campo, só entregar as taças. — Disse ainda animado com a vitória. — Parabéns, Agostinho. Foi difícil, mas conseguimos. — Parabenizou seu parceiro, estendendo o seu punho para um toque de punhos. Novamente aquele rapaz interrompia a conversa, falando que esse seria o momento certo para fugir, visto que as atenções do Huck estavam totalmente para seu pokémon desmaiado. — É, faz sentido. Vambora. Agostinho, escolhe uma mulher dessas, ela vai ser importante na nossa fuga. Deve conhecer a porra toda aí dentro. Mas vê se não enrola que não temos tempo. — Assim que terminou de falar, retornou seu Gastly para a pokebola e seguiu o caminho junto com o outro rapaz. Enquanto esperava Agostinho voltar com uma dançarina, Tuco aproveitava para abrir a porta e tentar descobrir o que os aguardavam do outro lado da cena.

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Enquanto pareciam ter a vitória nas mãos, a dupla via a batalha fugindo dentre seus dedos com a técnica usava pelo adversário, e novamente Simipour dormia. Era uma habilidade majestosa, que se fosse devidamente usada junto com um pouco de sorte, poderia por um ciclo infinito de complicações para os garotos.

- De novo não! Caralhoooo! Sleep Talk NAAAAOOOOO! – Enquanto o magricela procurava tudo ao seu redor para dar chutes e quebrar, Tuco demonstrava também sua irritação procurando uma pedra para arremessar contra o apresentador.

O desespero era apenas momentâneo. Sentido pelos treinadores exclusivamente. A dupla que estava no campo de batalha, dando o sangue naquele duro combate, parecia pouco se lixar para a breve soneca adversaria. Rockie e Gastly ignoravam o que aconteceria daqui a três turnos e partiam para cima de Simipour com uma garra inabalável. Parecia que estavam no inicio de um embate, a motivação roubava todo espaço que a fadiga e os danos acumulados ocupavam. Com rápidos movimentos, a melhor dupla dos treinadores derrotava a macaca adversaria, dando fim aquele combate.

- Boooooaa! Nunca estive preocupado. Sabia que venceríamos KKK – Agostinho recebia o cumprimento de seu parceiro, dando um leve soco punho contra punho e após isso, abraçava Rockie jogando-a para alto comemorando a vitória. A símia não gostava nada daquilo e assim que via uma brecha, devolvia o carinho com um cascudo utilizando sua terceira mão na cabeça de Agostinho. – Esse é o momento perfeito pra gente fugir, bora doidao. – Agostinho chamava o homem e corria em direção as dançarinas. – HEHEHHEHE XÔ LEVAR MINHA TAÇA AQUI – O magricela passava correndo com uma expressão demoníaca, deixando o apresentador ignorado cuidando de Simipour, e pegava uma das dançarinas pelo braço. Certamente escolheria a que mais sentia repulsa do mesmo. –  Voce vem com a gente, calada. Só fala quando eu pergunto, ta bom bb? – Suas palavras eram ofensivas e ignorantes como sempre, mas segurava o braço da moça gentilmente, como um verdadeiro cavaleiro.

Retornando Rockie para pokebola, o grupo seguia contra a abertura que existia ali. Provavelmente fechariam mais uma ato da peça, sendo o segundo daquela árdua missão. Em questões técnicas, Agostinho já se encontrava com metade da força de seu time, os itens eram escassos e os adversários bem fortes, mas ate que estavam conseguindo ir bem, dando uma esperança de que iriam conseguir completar a importante de salvar a Rainha dos Baixinhos.


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Depois da esperada inesperada vitória, os dois comemoraram se esquecendo totalmente do clima ruim que cercava todo aquele local. Só foram tirados de seu momento quando o rapaz que eles tinham encontrado ali começou a atenta-los para o momento certo de fugir. Sendo assim, rapidamente Tuco recolheu seu Gastly e apressou Agostinho para que pegasse uma das mulheres e fugissem.

- Vão! E não voltem mais! – Disse o falso apresentador terminando de recolher seu pokémon derrotado. - Mas saibam que o que espera por vocês aí, é ainda pior que o tanque de Carvanha. – Ele terminou de falar em tom serio e se levantou encarando o nada com sua expressão conturbada. As bailarinas se debatiam enquanto Agostinho se aproximava e catava uma delas pelo braço, a mesma que fazia caretas para ele anteriormente. O homem não dizia mais nada.

- Vamos! Vamos! Antes que ele mude de ideia. – Dizia o rapaz passando pela abertura de onde o apresentador tinha saído. Os outros dois faziam o mesmo, trazendo consigo a dançarina contra sua vontade. Os quatro estavam agora em um corredor estreito, que levava até os bastidores da peça, e todos podiam relaxar. Isso marcava o fim do segundo Ato.

Fim do 2° Ato

De volta aos bastidores, todos os atores recebiam um copo para se hidratar e aguardar até que o novo cenário era posicionado. Um jovem trazia uma jarra com água e começava a servir cada um deles, em seguida ele deixava a jarra em uma mesa e os convidava a se sentarem um pouco ao lado.

Depois que as cortinas terminavam de se fechar, os outros atores que estavam no palco seguiam para os bastidores também, fazendo o jovem pegar novamente a jarra e servi-los. Assim os trabalhos no palco começavam.

Pedaços do vulcão eram removidos com grande velocidade, era tudo encaixado e fácil de retirar. As cadeiras, pedaços de madeira, pedras cenográficas e outros objetos soltos eram retirados por pokémon ajudantes. Os objetos muito grandes como a estrutura que apoiava todo o vulcão, era carregada pelos pokémon psíquicos e suas habilidades.

Enquanto peças eram retiradas, outras vinham substitui-las. Não dava para esperar um cenário terminar de ser retirado, para que o outro fosse montado, era preciso que fosse feito simultaneamente. Uma nova estrutura era colocada no fundo do centro do palco, e parecia a estrutura de uma grande escadaria. Aos poucos moveis eram trazidos e uma grande sala de estar se formava com sofás, cadeiras e alguns objetos para completas o ambiente aconchegante. No alto da escada era colocada uma grande gaiola, e uma atriz loira se posicionava dentro dela, de costas para onde estaria a plateia.

Antes de o palco terminar de ser organizado, e com as cortinas ainda abaixadas, o narrador começou sua apresentação. - Nossos heróis conseguiam fugir do Caldeirão do Huck em segurança, e ainda levavam uma das dançarinas do exercito da Rainha de Copas. O rapaz que eles haviam ajudado a fugir se mostrava um bom guia no fim das contas, e conseguia tira-los de dentro dos estúdios do programa de sábado à tarde e os deixava na base do vulcão. – A voz dava uma pausa, e depois de alguns segundos, as cortinas começavam a subir, revelando o novo cenário. - Agora eles eram guiados pela dançarina, até a casa da vilã que havia sequestrado a Rainha dos Baixinhos em nome da temida Rainha de Copas.

3° Ato – A Senhora do Destino

O novo cenário representava a entrada da casa da vilã. A porta de entrada da casa ficava bem ao lado, e levava a uma grande sala de estar com uma escadaria ao fundo. Tudo parecia bastante arrumado e a decoração era de muito bom gosto. Um grande Chandelure estava pendurado bem no centro do cômodo, representando o papel de um lustre. Uma Jynx vestida de empregada passava um espanador nos moveis, enquanto a dançarina batia na porta acompanhada por Agostinho e Tuco. - É aqui, chegamos. – Ela dizia depois de chamar a dona da casa.

- Ô PATA CHOCA! Vai atender a porta sua inútil! Morta de fome... – Uma voz feminina gritava do alto da escadaria. Era uma voz bastante rude e que parecia pertencer a uma mulher mais velha. A Jynx rapidamente largou o que estava fazendo e foi até a porta para abri-la, fazendo um movimento para que os convidados entrassem. A dançarina permaneceu do lado de fora da casa, deixando que apenas Tuco e Agostinho entrassem. Logo em seguida uma mulher mais velha apareceu no topo da escada. - Quem é que está incomodando a essa hora? – Ela dizia sem descer um único degrau. - Saiba que essa é a residência de uma mulher de classe. E não é qualquer ralé que sai entrando assim tá!

Desventuras #04 - A Grande Família - Página 9 27_renata_sorrah_nazare2_400x400

PROGRESSOS DA ROTA – Don Baresi :


PROGRESSOS DA ROTA – Joe Yokosuka :



descriptionDesventuras #04 - A Grande Família - Página 9 EmptyRe: Desventuras #04 - A Grande Família

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FIM DO ATO 2

Com um sorriso bobo pela vitória, o jovem corria em alta velocidade para a porta, era uma puta chance para escapar e não poderia se dar o luxo de perder essa chance. Ao chegar em seu destino, ficava olhando de rabo de olho para dentro da porta, buscando pistas ou outros vestígios qualquer do que os aguarda. Afinal, estava curioso com o que poderia acontecer depois de passar por tantas dificuldades no atual ato. Sem encontrar nada sobre o que os aguardava, Tuco mudava suas atenções para seu parceiro que estava escolhendo qual dançaria iria os acompanhar, escolhendo a que tinha dado careta anteriormente. Com tudo pronto -ou quase tudo-, o rapaz que estava acompanhando nossos heróis voltava a apressar tudo e todos.

— Calma mermão, vou te dar um bagulho que tu vai ficar calminho. — Disse dando uns tapinhas no ombro do rapaz. Antes de todos adentrarem na porta, era possível se ouvir alguns desaforos por parte do falso apresentador. — VAI PRO CARALHO VOCÊ TAMBÉM! — Gritou, dando o fim do segundo ato.

BASTIDORES

Aquela porta dava acesso a nada mais e nada menos que aos bastidores. Após um segundo ato conturbado e uma caminhada por aquele corredor, o grupo poderia finalmente desfrutar de uma pausa momentânea e aproveitar para relaxarem, podendo associar tudo que tinha acontecido até então.

Joe a primeira coisa que fazia era retirar sua peruca, deixando em uma mesinha próxima do mesmo. Era possível notar seus cabelos dreadlocks -que estavam presos- totalmente molhados, talvez pelo nervosismo de uma batalha acirrada e o medo de ficar preso para sempre no programa do Caldeirão do Huck, em um tanque cheio de Carvanhas. Mesmo sendo uma peça, o jovem estava realmente entrando no clima e no personagem; Achava aquilo tudo tão real, será que ainda era efeito daquele pó de procedência duvidosa que inalou anteriormente? Ou era esse sentimento que todos os melhores atores sentiam? Ficava se perguntando essas e outras perguntas a mais.

Seus pensamentos eram interrompidos por um rapaz com uma jarra de água, que estava servindo a todos. Sem titubear, Joe pegava um copo e aceitava a água oferecida. Antes de tomar a água, fazia um gesto de "número um" com as mãos, era seu jeito peculiar de pedir para que aquele cara esperasse um minuto e não fosse embora. Então com um longo gole, terminava de beber todo aquele copo e já estendia seu braço para pegar mais água. Afinal, precisava se hidratar depois de suar bastante durante a cena.

— Obrigado, jovem. — Agradeceu o bom trabalho do rapaz e saiu caminhando em direção de seu parceiro, Dominic. — Maaaano... Que peça é essa? Se eu soubesse que era tão bom assim, tinha tentado a carreira de ator. — Disse, deixando o Tuco de lado e voltando a ser ele mesmo. Deu mais um gole em seu copo de agua e retornou a falar. — Ou será que isso é exclusivo dessa pe...? — Era interrompido pela a voz do narrador, isso significava que o novo ato estava prestes a começar. — Opa, deixa eu vestir minha peruca e já volto. — Nem esperou Dominic terminar de responder a nova pergunta e saiu correndo para pegar sua peruca de antes. Vestiu a mesma com auxilio de alguns profissionais dos bastidores e recebeu alguns retoques pontuais no figurino também, inclusive um pó de maquiagem.

O sinal tocava, era hora de voltar para as posições. O treinador retornava fazendo alguns alongamentos e espreguiçando partes do seu corpo, em alguns momentos também balançava sua cabeça para se certificar que sua peruca estava presa corretamente. Outro sinal tocava e as cortinas começavam a se reerguer lentamente, o ato três iria finalmente começar.

— Bora, Dominic! Bora, pessoal! Vamos fazer um bom trabalho aqui, sabemos que esse ato não será fácil. — Tentou passar uma confiança maior para seu parceiro e colegas de trabalho, no final de sua frase batia algumas palmas para "despertar" todos presente.

ATO 3

Por fim, o ultimo sinal e as cortinas subiam totalmente. Deu origem ao novo cenário, que era a entrada para uma casa. Uma casa bem luxuosa se vendo de fora, com tudo arrumado e decoração de bom gosto. Tuco só poderia está na Barra da Tijuca do Rio de Janeiro, uma área nobre com casas luxuosas e de gente poderosa envolvida. Por ser do subúrbio, aquela riqueza já começava a incomodar.

— Caralho, não tenho nem roupa para esse lugar. — Esbravejou.

Então a dançarina que acompanhava o grupo batia na porta e chamava a dona da casa. Era possível ouvir uma gritaria vindo de dentro da casa, alguns dizeres agressivos e outras ruins a mais; já dava para ter uma idéia do que os aguardavam.

A porta se abria e só era permitida a entrada de Tuco e Agostinho, talvez uma escolha a dedo. No topo da escada era possível notar a figura de uma mulher mais velha. A moça demonstrava que tinha classe, inclusive na sua fala. Tuco sabia que qualquer fala errada poderia significar o fracasso da missão e tentava logo de cara impressionar aquela mulher.

— Ora, ora... Que bela dama temos aqui. — Disse fazendo uma cara de galanteador e reparando na mulher da cabeça aos pés. Claramente usando as táticas de sedução de Agostinho no primeiro ato. — Ralé? — Deu uma risada de deboche. — Me chamo Artur Silva. Somos sócios de frotas de táxi, o subúrbio do Rio de Janeiro é todo dominado pelos nossos taxis. — Disse contando uma leve mentirinha, Tuco não era nada sócio da frota, apenas trabalhador comum. Porém precisava impressionar de algum jeito aquela mulher. — Permita que meu sócio majoritário se apresente e te explique melhor sobre o nosso negócio. — Disse com um vocabulário rebuscado, devido a várias profissões e faculdades que passou na vida acabou desenvolvendo tal fala quando fosse necessária, sendo elas em apresentações ou entrevistas de emprego ou qualquer coisa de exímia importância.

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Mais uma etapa da majestosa peça se encerrava com os heróis saindo vitoriosos. Uma dura batalha havia sido travada ali, com todos de ambos os times dando seu melhor para completar aquele desafio e se sagrarem aptos ao próximo nível. Mesmo após a derrota, o apresentador ainda tentava desestabilizar a dupla, tentando acabar com aquele caloroso clima de vitória, com maus agoros.

- Puta que pariu. Esse babaca perde e quer ficar falando merda?! – Agostinho que iria embora sem fazer nada, voltava atrás rapidamente, procurava qualquer coisa que fosse arremessável e dispararia contra o apresentar. – Toma no cu, otario!

Ao adentrar na passagem que surgia, saíam direto no camarim. Era um clima diferente, parecia que estava indo e voltando entre um mundo real e um mundo de fantasia. Logo que chegavam, Tuco ou Joe, tirava sua peruca  e mostrava seus fedidos dreadlocks molhados com suor. Agostinho olhava bem, estranhando a cena, estava tão imerso no personagem a um longo tempo, que havia ate esquecido da aparência real de seu parceiro.

O magricela fazia o mesmo, tirando sua peruca e ficava se olhando no espelho desta vez como Dominic. A sensação estranha continuava. Dominic ou Agostinho? O garoto parecia não saber distinguir mais quem era. Talvez fosse essa a sensação de vários atores após interpretar um personagem por um longo tempo de maneira intensa. Era a primeira experiência de Don com a dramaturgia e não se sabe se pelo efeito das substancias ingeridas antes, mas estava sendo algo bem profundo na mente do garoto.

Enquanto parecia estar em transe olhando para o espelho e refletindo, um jovem minha com um copo de agua. Aquilo parecia cortar o momento, Don pegava e agradecia ao garoto com um tapinha nas costas e um breve “ Obrigado ”. Ao se virar para todos via Tuco já vestindo sua peruca e batendo palmas. A voz do narrador já iniciando o começo do próximo ato, Dominic vestia, também, sua peruca e corria de volta ao tablado.

De volta ao palco de madeira era notável a composição do novo cenário. Extremamente luxuoso, de puro requinte. Desde a arquitetura da casa ate os moveis que compunham a sala de estar, era algo que Dominic já estava acostumado, mas realmente o surpreendia. A dançarina deixava os dois na porta da casa e ficava afastada, mostrando claramente que, mesmo estando do mesmo lado, ate ela tinha medo da famigerada vila daquele espetáculo.

A primeira impressão já não era das melhores. A senhora começava a gritar com sua empregada pokemon de maneira desnecessária, irritando Agostinho de maneira visível. Quando estava bem próximo de reagir esbravejando zilhoes de xingamentos, Tuco tomava a frente das apresentações e começava a fingir certo polimento para apaziguar a situação. O magricela no mesmo momento percebe o que o cabeludo estava tentando fazer e decide seguir adiante na mesma pegada.


- Mil perdões minha senhora, mas uma conhecida sua nos guiou ate aqui, achamos conveniente entrar. Poderíamos-nos sentar para conversar? Temos uma boa proposta. – Tentava mostrar uma maior educação, visto que uma mulher desta classe talvez apreciasse isso. – Vamos falar de negócios? Dinheiro? Acho que a senhora deve gostar bastante, correto? HAHAHA Somos sócio proprietários de uma empresa de taxi que atua numa região mais distante. Estamos com a ideia de expandir o negocio ate aqui, e a senhora deve ser uma pessoa influente na região pelo o que ouvimos, certo? O caminho ate chegar aqui foi longo. E vou ser sincero, encontramos com outros possíveis clientes no caminho.. – Agostinho abria seus braços, e fazia uma pequena reverencia com a cabeça, como se todos ali já soubessem quem eram os possíveis clientes que já haviam feito contato. – Então, jogando limpo novamente com a senhora, nos foi informado que você havia “detido” a Rainha dos Baixinhos, vamos dizer assim, sabemos que no mundo de negócios acontece muita sujeira HEHEHE. Às vezes a concorrência precisa ser tirada de jogada, entendemos bem disso. Estamos procurando o parceiro ideal para nosso empreendimento, gostaria de saber se a senhora esta interessada em ser esta parceira. O que acha?


Afim de sondar mais sobre a situação que ocorria ali, Agostinho tentava com toda sua historia sobre o falso empreendimento, obter mais informações que poderiam ser uteis no futuro, como: localização da Rainha dos Baixinhos, a real intenção de vilã, que criaturinhas estavam em seu time, etc. E com o andar das negociações, caso houvesse uma boa proposta, quem sabe uma mudança de lado?  

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Depois do breve momento de reflexão dos dois atores, eles finalmente tinham suas atenções chamadas novamente para a peça pelas falas do narrador. Eles rapidamente recolocavam as perucas, e se posicionavam nos locais indicados pelo diretor. Assim, estava prontos para prosseguir com a apresentação.

Eles novamente eram guiados pela dançarina até que chagavam em frente a uma casa bastante luxuosa. Os vitrais da porta da frente passavam uma imagem de bastante requinte para o local, deixando Tuco e Agostinho um pouco desconfortáveis em estarem ali. Depois que a moça tocou a campainha, gritos foram ouvidos de dentro da casa, indicando que eles estavam realmente no lugar certo. Em seguida, Jynx abriu a porta e os convidou a entrar.

Do lado de dentro, Nazaré os esperava no alto da escadaria, e já os recepcionava com algumas palavras agressivas. Percebendo que seu parceiro não parecia nada bem com aquela situação, Tuco decidia tomar a iniciativa e começava uma narrativa bastante suspeita. Mas como Agostinho era tão esperto quanto sem vergonha, ele logo pescava as ideias do amigo e entrava na narrativa.

- Oh! Estou lisonjeada! – Disse Nazaré começando a descer os degraus de forma pouco elegante, e até um pouco desengonçada. Parecia que estava bêbada. - Hahahaha! – Ela ria sozinha enquanto chamava Jynx para perto de si. - Estrupício, vá lá preparar uma bebida para nossos convidados. Tá achando que trabalha onde? Num museu, e basta ficar ai parada? Anda logo, anta nordestina. - A mulher terminava de descer e apontava o sofá para seus convidados. A dupla de treinadores ainda não tinha reparado a gaiola no alto da escada, mas a senhora dona da casa fazia questão de mostrar. - Você perguntou daquela loira oxigenada? Hahaha. Ela tá ali, enfeitando o topo da minha magnifica escada, que eu adoro. – Ela apontava para a loira que até o momento estava imóvel, e permanecia de costas mostrando apenas os longos cabelos dourados. - Não tenho nada contra a songa monga ali, mas uma amiga minha pediu pra eu deixar ela aqui em casa. O que eu podia fazer? Ela me deu minha casa de volta, eu tinha que aceitar. – Ela dava altas gargalhadas e voltava a falar. - Ainda transformou a anta nordestina em minha escrava pessoal. Sem conseguir falar, a papagaia pernambucana não pode fazer nada, só obedecer. – Ela terminava de falar com uma expressão que a deixava parecendo insana, mas muito feliz.

Depois de se gabar de sua vitória contra sua rival do passado, Nazaré se sentava bem de frente de onde tinha indicado para que os dois se sentassem. Ela cruzava suas pernas e se ajeitava de forma provocante enquanto encarava Agostinho com uma expressão bastante estranha.

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- Então... Me contem mais sobre os planos de negócios de vocês? Quem é a concorrência que vocês querem ver gemendo no chão igual jaca mole? Ou preferem que leve uma tesourada? – Ela terminava de falar com uma alta gargalhada, e no fim repentinamente ficava seria e encarando os dois.

PROGRESSOS DA ROTA – Don Baresi :


PROGRESSOS DA ROTA – Joe Yokosuka :



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Com sua idéia de ser um homem de negócios, Tuco conseguia com sucesso ser ouvido por aquela mulher e quando ela resolvia descer as escadas, conseguia reparar que a mesma estava levemente alcoolizada, talvez fosse algo que nossos heróis poderiam tirar uma certa vantagem mais pra frente. Outra coisa que chamava a atenção era a forma que aquela mulher tratava sua criaturinha sendo totalmente agressiva e preconceituosa, aquilo de certa forma irritava Tuco, porém não podia se deixar abater para não colocar o plano em risco e em resposta apenas sorria forçadamente.

Após os treinadores se acomodarem lado a lado no sofá e perguntarem sobre a "rainha dos baixinhos", Nazaré parecia bem animada para expor seu troféu no alto da escada em uma gaiola, definitivamente aquilo despertava um interesse em Tuco e o jovem precisava saber se realmente aquela era a mulher que estavam procurando, começava a bolar um novo plano em sua cabeça para conseguir libertar aquela mulher. Não seria fácil, é claro, mas tinha que tentar.

— Que belo troféu que você tem aqui. Fruto de um trabalho bem feito! — Disse elogiando a mulher novamente. — Escrava? Ainda ganhou uma escrava? Esse seu trabalho foi melhor que eu pensei. — Fingiu em estar interessado num assunto tão tóxico quanto esse. Enquanto o papo ia, o papo vinha, Agostinho parecia ter uma boa lábia para enrolar aquela mulher por mais algumas horas e foi assim que surgiu um novo plano na cabeça de Tuco. — Senhora, se me permite... — Interrompeu aquela serie de perguntas feitas pela a Nazaré sobre os negócios e no fim ainda deu uma tossida. — Ontem a noite eu enchi a cara e estou com a barriga meio estranha, sabe como é né? Então a senhora, por favor, deixaria eu usar seu banheiro? — Perguntou e na encolha dava dois tapinhas na coxa de Agostinho, querendo demonstrar que tinha um plano. Tal plano consistia em aproveitar essa deixa de ir no banheiro para verificar se realmente era a rainha dos baixinhos e quem sabe até libertar a mesma daquela jaula.

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