Apesar de todo mal estar inicial, as coisas se resolviam quando todos acalmavam os ânimos, ate mesmo o jovem Baresi. Mais tranquilo, o garoto parecia ter amadurecido nessas jornadas, apenas acenava para a recepcionista e os seguranças entrando no elevador indicado. A mulher fazia suas explicações finais e soltava um “Boa Sorte” em sua despedida, algo que era notado pelo garoto e assimilado como uma grande ironia.
- Boa sorte né... KK. – Dominic inseria a moeda no local indicado e o elevador falava, reconhecendo-o e também, ao invés de subir, descia para o subsolo. – KKKKK Esses vermes são cheios de surpresas.
Logo que chegava no andar indicado, percebia que parecia estar nas profundezas de Slateport. Uma área que certamente deveria inacessível para a maior parte dos funcionários daquele prédio. O ambiente era escuro com algumas poucas salas no corredor, e todas não possuíam nenhum espelho que permitisse ver seu interior, ou mesmo janelas, mas o garoto seguia seu caminho passando dentre as diversas salas que estavam fechadas. Até que uma sala com a porta branca se abria e uma voz chamava seu nome.
Independente do problema em que estava se metendo, o garoto seguia o chamado e adentrava na sala. Três grandes monitores tomavam conta da iluminação do lugar, junto com as pesadas lâmpadas de cores alaranjadas, dando ate uma dor de cabeça ao se acostumar com a luz do ambiente.
- E ae. – Respondia o garoto frente ao jovem que surgia. Indo à sua direção, Dominic estendia seu braço e o cumprimentava olhando nos olhos. – Você não parece mesmo um CEO. Tava esperando um velho babaca sentado numa poltrona de otário. Mas esse lugar aqui tá uma merda hien. Qual é a tua sequela psicológica? Parece a porra da Caverna do Batman KKKK. Enfim, não precisava me apresentar, mas sou Dominic Baresi o novo estagiário não-voluntario. – Apesar do lugar ser bem denso, Hidan demonstrava ser extremamente comunicativo e sem “rodeios” em suas palavras, algo que o treinador admirava. – Tu é engraçado demais pra pertencer a organização, é um teste isso, ou pegadinha? KKKKK Fui ludibriado pelos filhos do Yohma numa outra vez, então, sempre com um pé atrás com vocês da Valar. – O garoto sentava em uma na cadeira do lugar e parecia bastante à vontade com a conversa. – Bom, Yohma... é o Yohma né, não o conheci muito bem, mas da pra perceber aquela aura de demoníaca nele e nos filhos. Já pra te deixar puto, Yohma não explicou muitas coisas não, mas o foco é que a única missão me dada ate agora, era buscar o símbolo da Valar com a promessa de que me informaria o nome da pessoa que matou o chefe da Família Baresi, minha família. – O garoto se perdia em seus pensamentos por alguns instantes ao tocar no seu sobrenome, mas logo voltava a si. – Não que eu me importe com o trono... agora. Mas, me faria bem matar esse certo alguém. Basicamente é isso.
Apesar de todo tom descontraído da conversa entre os dois seres incomuns de sua espécie, o final das frases de Dominic tinha um peso emocional grande. Não era preciso ser um grande avaliador para notar que o garoto não ligava em extravasar suas emoções e seus grandes objetivos naquele momento.