Cool For The Summer

Passing by the beach

Slateport Streets

Para alguém que "não gama em ninguém", Daisuke parecia bastante... Afetado, até. Bem, não era todo dia que uma rapaz bonito ficava de graça em um momento tão conveniente, pois não? Matthew brincou um pouco com o amigo, mas mostrava suportar totalmente as ideias e vontades do moreno. Amigos, é? De fato, é ótimo tê-los por perto.

Marquinho fez um sinal de joinha para Matth, como que dizendo que passaria no restaurante mais tarde. Por que não, afinal, depois de ser convidado pelo chefe da casa? Perdão, pelo dono do cabaré. O vendedor logo estaria de volta para receber o pedido e responder as demais coisas, mas por enquanto, mudemos um pouco o rumo da narração.

A brincadeira de Hamtaro e Azula parecia dar o primeiro de seus frutos. Como ainda não foram introduzidos formalmente à narração, sinto-me livre para dizer o que eu bem quiser e entender, obrigado e por nada. A esquilinha encontrado uma frutinha avermelhada dando sopa por aí — leia: roubou de uma barraca de venda alheia — logo chegando perto de seu treinador para compartilhar os frutos de seu esforço (literalmente).

Mas sua busca fora completamente ofuscada pelo feérico. Indo atrás da colega, provavelmente tentando amenizar suas confusões, Hamtaro tropeçou em algo redondo que estava afundado na areia. Era uma esfera negra, aparentemente luxuosa, que qualquer pokémon gostaria de ter como esfera de captura. Logo ele retornou para entregar seu achado também.

Com isso, podemos voltar à programação normal. Marquinhos logo veio novamente, pronto para responder a todos. — Pô patrão, conheço ninguém assim não. Até poderia ver se algum dos moleque conhece alguém, mas acho que ia dar muito trabalho pra ir atrás. Pede mais uma caipirinha aí, aproveita o dia! — disse ele, com notícias não muito boas em relação à venda da pérola. Não foi um não, mas tampouco fora um sim.

— Batata, é? Uma boa mesmo. Ah, falando nisso, a gente tá experimentando fazer umas bebidas com Colorful Shake. Ainda "tamo" testando, mas acho que consigo fazer pro patrão um precinho especial. — disse Marquinho então, usando de sua lábia de vendedor. Seria essa uma boa proposta? — Consigo te dar dois pelo preço de custo de um. E aí?

Deixou os rapazes pensando nisso enquanto foi entregar as batatas. Instantes depois, uma sonora leva de risadas pôde ser ouvida por parte do grupo ao lado. Uma garota loira deu uma cotovelada nos ombros do rapaz pálido, que colocava as mãos sobre o rosto corado, como que tentando esconder-se. Ele então olhou para Daisuke e exibiu um sorriso tímido.

O grupo então fechou-se em um círculo, deixando o garoto fora do campo de visão de Matthew e Daisuke. Curiosamente, algum tempo depois, um celular próximo começou a tocar. Seria o do Tachikawa? Não sei. Apenas mistérios, muito misteriosos, nesta tão complicada rota.

Passing by the beach

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Pois então já havíamos avançado para o nível oficial de crush, é? Bom saber. De qualquer forma, as coisas pareciam estar indo bem. Os rapazes continuavam a conversar naquele clima agradável, os pokémon divertiam-se na praia, e é claro, havia o grupinho de amigos ali ao lado, com um potencial mais que amigo entre eles.

A evolução de Happiny também fora bastante apelativa. A pequenina já estava contente com os mimos de seu treinador, mas segurar o ovo de Matthew (oi?) fora a gota d'água. Encantada com o objeto em suas mãos, ela começou a brilhar e metamorfosear-se em sua nova eu. Ela pareceu gostar, até por que recebera bastante atenção.

Bem, com a pequenina agora não mais tão pequena assim tendo terminado seu espetáculo, as coisas puderam voltar a... Fluir normalmente. Marquinhos voltou para perto deles, provavelmente esperando pela resposta de sua oferta para as bebidas. Uma promoção de compre um e leve dois era sempre interessante, não?

E bem, o ruído de algum dispositivo eletrônico ainda podia ser ouvido. Bem próximo de Daisuke. Definitivamente de Daisuke. Caso ele atendesse, ouviria uma confusão de vozes. — A-alô? — diria a voz de um garoto, que logo seria interrompido por uma mais aguda. — Alô? Ah, faça-me o favor, Anubis! Você tava todo assanhado até agora pouco!

— Sa-Sadie! — o garoto provavelmente protestaria. O mais estranho disso tudo? Parecia que as vozes não podiam serem ouvidas apenas pelo aparelho, mas também fisicamente. Era quase como se as pessoas estivessem logo ao lado de Daisuke e Matthew. E será que não estavam mesmo?

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Inesperado.

Quando digo que eu não esperava que Matthew fosse puxar Daisuke até o grupinho de amigos, espero que não esteja sozinho neste barco. Um loiro de iniciativas, é o que temos aqui. Suspeito até mesmo que, sem ele, certas organizações não seriam capazes de organizar-se e realizar as tarefas que são supostas a realizarem. Digo, oi?

Sadie pareceu surpresa também, mas logo exibiu um largo sorriso, arrumando seus cabelos louros com mechas tingidas. — Eu mesma. É claro, só dizer onde você quer que eu passe. — respondeu ela. Virou-se para os outros dois meninos que estavam no grupo. — Carter, não acha que Zia está demorando? Por que não vai atrás dela? E ah, Walt! Esqueci meus óculos no carro. Será que poderia pegá-los para mim?

E com isso, a barra ficava limpa. Bem pensado, Matthew. — Nós somos de Unova, mas viemos visitar. Falaram que as praias daqui eram legais. — comentou a jovem enquanto afastava-se dois dois morenos que haviam sido deixados sozinhos. O interesse romântico de Daisuke parecia envergonhado. O lado ruim de ser pálido é que você cora com bastante facilidade.

— É, oi... Pode me chamar de Anubis. E tudo bem, meu Cofagrigus também gosta de ficar próximo das pessoas, embora eu desconfie de que seja por motivos diferentes. — disse ele, simpático, rindo um pouco. Aparentemente, tinha tentado fazer uma piada. Sabe, o pokémon sarcófago, que prende pessoas em seu interior... Não? Tudo bem então.

— Obrigado pelas batatas! Minha amiga que comeu a maioria, mas estavam realmente muito gostosas. — comentou ele, apesar de parecer um pouco embaraçado por ter que dizer que Sadie havia engolido a comida que o moreno havia ganho. Anubis arrumou o cabelo que caía-lhe sobre os olhos, e sorriu novamente. — O mar aqui é bonito, né? De onde eu venho, não há mares à vista assim. — e com essas palavras, quebrou o silêncio.

Depois, ergueu os olhos, olhando diretamente para os de Daisuke. — Que lindo... — murmurou então. Reparou que tinha dito isso em voz relativamente alta e então sua face avermelhou-se ainda mais, se é que isso é possível. — Digo, seus olhos. Eles parecem com o mar. São muito belos. — conseguiu dizer por fim.

Anubis parecia bastante vermelho. Como será que Daisuke reagiria?