Jovem, alta e bela, era um resumo muito bruto para a garota. Sempre chamou atenção por suas características físicas, desde pequena, era um grande símbolo, ou referência para muitos, do que de fato era significado para ser bela. "Parece um anjo", era comumente ouvido sobre o perfil físico da garota, o que lhe rendeu muitos apelidos, incluso o famoso Angel.
Sua pele era bastante clara, um tanto quanto pálida, porém com tonalidade vivaz, saudável... Sem quaisquer manchas ou sinais, pois era sempre uma atenção especial para garota, além de é claro, seus esverdeados cabelos. Outra peça chave de sua descrição. Apesar de ser algo em que a própria não gostava muito, seus fios esmeralda brilhavam, sedosos e esvoaçante, era de desagrado para garota. Cresceu aprendendo a gostar ou tolerar isso, afinal, o que mais poderia querer? Para ela, não ornava bem. Nada que uma peruca não resolvesse diante de seus disfarces.
Seu corpo era escultural. Seus músculos colocavam volume em locais certos, tendo seios e bumbum que faziam uma curva acentuada, porém não exagerada, já que a garota era bem magra. Os ossos da pelve e clavícula marcavam bastante, e isso pra ela era um charme. Cresceu completamente em agrado com seu próprio corpo, era um templo que cultuava para si mesmo, quanto para suas bandidagens. A jovem se aproveitava de sua beleza, mas isso é assunto para frente.
Seu vestuário era bastante extravagante por maioria das vezes. Adorava penas brancas e acessórios de ouro, seja colares, anéis ou pulseiras. Ainda que eclética, preferia-se assim. Infelizmente, não queria chamar tanta atenção quando não estivesse de guarda totalmente pronta ou "em serviço", por isso, usava vestes comuns em grande parte do tempo, camiseta branca, e uma calça de um tecido quase que transparente, não abria mão de sua sandália grande parte das vezes.
A nudez para ela, não era nem de longe um tabu, se sentia confortável com olhares, porém, o retorno geralmente era trabalhoso.
Materialista, astuta, ambiciosa, determinada, líder e egoísta. Isso fazia dela, uma garota ruim? Não necessariamente. Enquanto era socialmente lida como má e perversa, nem sempre agia como tal. Embora sua reputação nunca fosse boa para seus conhecidos integralmente. Ela não media esforços para conseguir o que queria, e por vezes, passava alguém para trás ou se aproveitava de situações para isso. Era um defeito, ao mesmo tempo que, qualidade...
Sempre gostava de ser o centro das atenções. Amava elogios, e priorizava "súditos" fiéis. Como era uma boa líder, era apelidada de rainha, as vezes de maneira debochada, por isso, também atendia por Queenie. Ainda no fator de sua beleza, era comum ela usar de seus atributos, além da simpatia, para persuadir e manipular pessoas. Sua finalidade? Quem sabe...? Por vezes, conseguir patrimônios, outras vezes certas ações e até, vingança...
Contudo, permitia-se e reservava seu direito de ser bondosa... Era uma amante de artes que envolvesse o corpo e performance, como danças, maquiagem e pinturas corporais.
É muito difícil a narração da história da jovem Lilá... Era este seu nome real? Ou era um apelido? Alguns já especulavam que fosse Dahlia, ou até, Dalila? Lilá era como seus pais à chamavam, e portanto ficou, mas gostava se apresentar como Queenie ou Angel, conforme sua vontade ou sua intenção. Sua mãe, coordenava parte das finanças do vilarejo, lidava com o caixa de certas atrações. Uma mulher comum, de longos cabelos verdes e corpo normal. Agora, seu pai, fazia apresentações com Pyroar, e era um homem de beleza estonteante. E ainda são na verdade. Ambos estão vivos e em suas devidas funções. Porém, ambos são bastante honestos, na verdade, são exemplo de honestidades. O que faz ninguém entender determinados traços da personalidade de Lilá. Talvez, mimo em excesso?
Um ponto importante em explicar a história dela também vem de seu povoado. Circenses, nômades, ciganos. Juntamente de Pokémons, rondavam o mundo em grandes carroças, onde faziam apresentações diversas. Cultivavam alimentos por um tempo, e logo se mudavam para a próxima cidade. A transição entre continentes era difícil, mas não impossível. Cada membro ali tratava o outro como uma família, mesmo não tendo o mesmo sangue. Era uma parte importante a proteção um do outro para assegurar a integridade dos costumes. Além disso, cada um geralmente tinha uma especialidade. Lilá, era uma bela dançarina, encantadora, e artista visual em geral... Embora tivesse uma paixão secreta pela arte da adivinhação. Bastante observadora, via como as cartomantes arrancavam dinheiro das pessoas, em troca de previsões futuras ou acertos do passado. Tratava aquilo como um jogo psicológico. Talvez fosse realmente? Não sabia. As poucas cartomantes que tinham ali costumavam acertar bastante, embora fosse assustador, para muitos eram apenas especulações certeiras. O fato era que, alguns Pokémons ajudavam nessas previsões, ainda que com treinamentos especiais. Meditites, Gothitelle e até Xatus eram bastante experiente nisso.
Assim como outros jovens do povoado, Lilá decidiu seguir a vida um pouco fora do caminho traçado por sua família. Queria alcançar novos níveis e patamares de fama, poder e tudo que entrasse e coubesse em seu sonho. Levando consigo sua personalidade, sua determinação e também seu companheiro Gastly, que tinha características fanfarronas assim como a treinadora. Apesar de ser comum a desvirtuação dos costumes, era bem aceito, já que dos jovens que partiam, a maioria voltava, e ainda assim, eram poucos que se aventuravam. A tradição, sempre estaria mantida, seja no povoado, ou fora dele.
