[Blake McBride] Capítulo 29 - Me... me curse... you...

Depois de bastante planejamento, um protesto e a fundação de um novo grupo de treinadores sócios, Blake McBride finalmente estava de novo na cidade que seria sua nova morada, Johto! Quando pensava no peso na mudança, o rapaz conseguia imaginar nos riscos envolvidos, característicos da idade. Afinal, era só mais um jovem adulto em busca de independência financeira, e não teria contato com a sua companheira mais importante por um bom tempo.

Graças ao Doll Fanfest, badalado evento que acontecia em Johto, o criador tinha a oportunidade de dar uma olhadinha no clima da região, a sensação que o continente lhe causava, mas claro, com uma lente por cima, que tinha bastante música, cores e animação, uma vez que todos andavam ansiosos para desfrutar das atrações da festa. Além disso, o lugar parecia completamente diferente; o National Park ganhava nova vida depois dos serviços de reconstrução do continente!

Como opção de companhia para o evento, Blake pareceu bem decidido e escolheu a sua Mimikyu, devido ao grande foco das atrações em bonecas e surpresas. Disso, a Pokémon Fada entendia bem! Nos braços do seu treinador, a pequena parecia surpresa com a doçura do lugar; era tudo tão colorido, brilhante e feliz! Não que fosse seu ambiente favorito, mas Blake estava preparado; colocou um sino por entre o pano da sua fantasia, cujo tilintar lhe trazia tranquilidade perante a poluição sonora.

O rapaz pareceu um pouco assustado devido a neutralidade de Mimikyu em relação a... Tudo, desde a surpresa do local até o item para segurar, mas ela estava confortável o suficiente. Talvez deixasse para cessar a existência de Blake só em algumas semanas.

Quando adentraram de vez o National Park, podiam perceber diversas barracas com atrações diversas, era possível ver algumas árvores e outras características da fauna do parque, mas era tudo enfeitado com objetos brilhantes, cores fortes, balões, e muitas, mas muitas bonecas de todos os tipos. De imediato, Blake conseguia perceber alguns pontos de interesse; do lado direito, podia ver algumas pessoas aglomeradas em volta de um poste avermelhado, observando algum movimento forte, que levantava um círculo metálico até soar um gongo. No centro, era possível ver um Hitmonchan comemorando com a galera.

Logo em frente, percebia uma outra estrutura com tapumes de madeira escuros, que ocupavam um espaço um pouco mais árido do parque, mas tinham um teto simples com lonas transparentes e alguns pedaços de madeira. Do lado esquerdo, o foco maior era nas barraquinhas, que vendiam toda sorte de comida e outros objetos, e mais ao fundo ficava difícil ver pela aglomeração de pessoas, mas havia um prédio um pouco maior e outros pontos de interesse esporádicos, que precisariam explorar mais festa adentro para reconhecer. Com essa  percepção inicial dos locais, Blake e Mimikyu podiam dar o seu primeiro passo.

O sino dado como presentinho para Mimikyu vestir durante a festa certamente era uma boa ideia; o bichinho se movia toda vez que desejava ouvir o som distinto, o que lhe trazia bastante tranquilidade, o que fazia a expressão de Blake se iluminar, também. O jovem ficava muito feliz com a reação positiva da fantasminha e logo efetuava o costumeiro rito de passagem, oferecendo um nome para a Pokémon chamar de seu.

Por ser um Mimikyu, Pokémon caracteristicamente excêntrico, a resposta deu um frio lá no fundo da espinha do criador, por mais que fosse positiva. O lado bom é que, agora, caso fosse encontrado morto, as autoridades teriam pelo menos um nome para procurar! Mas enquanto Clover tivesse seu sininho para lhe entreter, tudo ficaria bem.

A pequena fada teve a atenção capturada logo pela primeira atração que viram, uma pequena aglomeração em que muitas pessoas compartilhavam a animação de um Hitmonchan com alguma coisa. Se aproximando, puderam ver melhor o mecanismo, que usava um martelo para bater em um botão, que parecia imprimir a força exercida para representar em pontos. Se era um sistema confiável ou não, isso era outra história, mas o boxeador acabava de ganhar o grande prêmio. Grande coincidência, se ele não fosse o Pokémon do responsável pela atração... Ele aparentava ser um homem de meia-idade, com entradas pouco perceptíveis nos cabelos pretos e volumosos, além de vestir um kimono branco simples com uma faixa preta amarrada na cintura.

- Vamos, quero ver se alguém consegue bater o Chan-Chan no teste de força! - Oferecia para todas as pessoas e Pokémon presentes para que tentassem a sorte na máquina, encorajadas pela atuação do lutador. Blake, por acaso, foi alvo da tentativa de marketing do homem, que apontava para ele. - Você, bonitão! Tá fazendo o quê aqui? Seu Pokémon bem que podia tentar uma vezinha, mas ele é tão pequenininho, hahaha!

A partir disso, Blake e a sua Mimikyu poderiam se voluntariar para acertar a máquina de imediato, o martelinho jogado no canto direito do aparelho. Talvez a provocação não fosse a melhor forma de atrair clientela, mas Segata já andava tentando novas estratégias desde o primeiro dia do evento, essa era só mais uma delas. Se correr o risco de despertar o instinto assassino de Clover era uma boa ideia, isso era história pra outro dia.

O membro 'Artie' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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'Teste sua Força' :

Diferente do que se podia imaginar, Clover tinha ficado maravilhada com a demonstração de força de Chan-chan! Via todos oferecerem aplausos calorosos e até sentiu de forma natural o desejo de participar, mas o próprio dono da atração fez uma provocação, que fazia o sentimento exorbitante de animação se tonar uma fúria no mínimo perigosa, pois todos sabemos o potencial destrutivo de uma Mimikyu... Mas ela preferiu uma aproximação mais casual.

Ao se aproximar da máquina do teste, a fantasminha deixou suas mãos assustadoras saírem para fora da fantasia e ficavam mais ou menos na altura da cabeça da pequena, dando um susto em todo mundo que não conhecia o espécime ali. Como conseguia guardar braços tão grandes lá dentro??? Enfim, Clover tomou o martelo em mãos, ergueu sobre a cabeça e bateu com toda a força na máquina.

...

É difícil dizer se foi devido a própria força da Mimikyu ou por pura sorte e a máquina escolhia os números de acordo com a narrativa de Segata, mas a parte metálica era muito pouco içada para cima, passando pouco mais que o dobro da altura da Mimikyu, o que faziam todos caírem na risada. No topo da máquina, uma pontuação com LEDs de 6 traços: 18.

- Ora, não foi tão mal, né? Uma salva de palmas para a coisinha!!! - Nem sabia o nome da Pokémon de Blake, mas terminava a sua narrativa da vez convidando todos a aplaudirem a pequena, talvez por tradição. Ainda bem, pois podia colaborar para que a fada não matasse todo mundo. Além disso, Segata entregou como prêmio para Blake uma fruta avermelhada com folhagem azul escura, que provavelmente ele reconheceria.

Mais a frente, a estrutura maior mencionada antes, que parecia abrigar alguma espécie de terreno baldio, e outras barraquinhas menores. Cabia a dupla decidir o que ver primeiro!

Apesar do resultado meio decepcionante, Clover parecia feliz, não com a aclamação meio forçada do público, mas com o fato de que Blake gostava do prêmio recebido. Como um criador qualificado, conseguia enxergar diversas formas interessantes para usar aquela Roseli Berry em sua fazenda.

A pequena Mimikyu fazia Blake de mirante, observando as atrações próximas e escolhendo a que tinha mais interesse, apesar do contato com Blake causar uma sensação muito esquisita ao rapaz, as mãos controladas pela fantasma tinham um aperto forte e não eram lá muito cuidadosas para escalar o garoto, mas ela logo tomava um lugar no colo do rapaz e brincava com seu sininho.

A resposta da Pokémon à pergunta do seu treinador era simples; apontava direto para a maior das atrações, uma fachada de tapumes de cor marrom escura, como a terra, e as lonas translúcidas em cima, que faziam o lugar continuar claro, mas um pouco mais quente. Quando chegaram em frente ao lugar, não havia erro: uma placa em cima da entrada dizia "Arqueologia".

Na recepção do lugar, um rapaz com as roupas características; um chapéu de obras de plástico branco na cabeça, vestes um pouco pesadas, que cobriam quase o seu corpo todo, de cores escuras, e em sua frente, um grande espaço vazio com areia, e em alguns lugares, era possível ver treinadores e seus Pokémon mexerem na areia, cavarem e encontrarem coisinhas diversas.

- Opa! Quer cavar um pouco? - Falava, com um sorriso no rosto, cumprimentando o treinador e sua Mimikyu. - Tem algumas pás ainda sobrando e óculos de segurança se você precisar, e essa coisinha fofa pode te ajudar, também! - Apontava para Clover, oferecendo um pequeno afago com a ponta do dedo na cabeça falsa. Certamente uma má escolha - Vocês podem encontrar até três itens lá dentro. Boa sorte!