OFF: Boa sorte, espero que perca
Valeu Ranzito!
A Fúria do Dragão
Depois de apanhar para Mr. D, ali estava Joul Terri em busca de outra surra de outro desafio. Dessa vez iria enfrentar o senhor dos dragões fake, Carlos Montezuma, o monarca de ferro! Tinha consigo um time recheado de pokemons de gelo ou com golpes do tipo. Pelo visto veio preparado para enfrentar dragões...mas seria suficiente?
Aztlán, a cidade onde se encontrava seu desafio, ficava localizada no meio de um grande lago, uma ilha entre outras no mesmo ambiente, com ela sendo a maior. A conexão com terra se dava por várias pontes firmes e construídas há muito tempo. Chegar na cidade era como voltar alguns séculos, como uma viagem no tempo!
Os prédios tinham arquitetura antiga misturada com contemporânea, dando traços únicos para aquele lugar. Outra característica única eram as pessoas: todas trajavam roupas longas e usavam apetrechos pelo corpo, como se todos fizessem parte de uma grande tribo com alguns estrangeiros, como ele, espalhados pela cidade.
A cidade respirava cultura, tendo festivais de danças e outras apresentações. Os restaurantes tinham comidas típicas e não vistas em nenhum outro lugar de Hoenn. Aztlán estava no Continente, mas também não estava, era como uma região que havia permanecido intocada pelo tempo, crescendo sozinha longe dos olhares externos.
Joul logo encontrava um Centro Pokemon para fazer perguntas e a enfermeira indicava o distrito onde ficava o ginásio. A cidade era muito organizada, tendo parte do tráfego por automóveis, a pé ou por pequenas embarcações pelos canais. Sem muitos problemas, chegava no distrito respectivo e encontrar o ginásio era ainda mais fácil: um enorme prédio de grandes rochas azuis-esverdeadas. Além da placa indicando Ginásio, incrustrada nas rochas, havia outra ao lado: “Prefeitura”. Um líder que também era o rei da cidade.
Adentrava o grande prédio com grossas portas de aço onde gravuras de dragões estavam incrustradas. Grossas colunas, vitrais pelo teto com desenhos de dragões, enormes quadros que representavam pokemons dragões e estátuas que também representavam o tipo. O local era tão grande e pessoas vindo de todas as direções que demorou um pouco para o jovem encontrar a secretaria. Em um grande balcão de rocha verde estava uma moça vestida formalmente, de pele bronzeada e longos cabelos escuros lisos e sedosos.
Enquanto a mulher digitava rapidamente, observando a tela de um computador próximo, o desafiante se apresentava – Hm...ok. Me chamo Thayná e vou lhe acompanhar até o ginásio – depois de terminar de digitar, levou o rapaz por vários corredores sinuosos que continham cada vez mais gravuras e obras de arte até que se deparavam com uma maciça porta escura. A secretária apertou uma rocha lateral e as portas se abriam, levando a uma grande arena onde duas esculturas enormes de um Rayquaza estavam posicionadas, do lado onde Carlos iria duelas, além de um trono que parecia a cabeça de um Salamence em pedra cinza. Aquilo tudo era bem imponente e já intimidavam qualquer desafiante que viesse provar do poder dos dragões.
O Carlos já está chegando, aguarde um instante – pegando seu celular, mandava um áudio enquanto saia do recinto, fechando as portas. Ali, sob a luz de alguns archotes que queimavam bastante, estava Joul Terri sozinho. Não tinha uma música ambiente nem nada, apenas o silêncio e as estátuas de Rayquaza que pareciam observar o treinador.
Apesar de Thayná dizer que ele logo chegaria, demorou quase 25 minutos para a porta ao fundo se abrir e o líder aparecer. Um homem alto, com os mesmos traços da secretária a não ser por riscos brancos em seu corpo e rosto e algumas tatuagens. Usava uma espécie de coroa e tinha os olhos verdes penetrantes e sérios. Carregando um caduceu com dois pequenos Rayquazas entrelaçados, o imponente homem se assentava em seu trono, fitando o desafiante por alguns instantes.
Prepara-se – foram suas únicas palavras antes de pegar uma pokebola e colocar em campo seu Archeops que voava e rugia pelo amplo salão, fazendo os archotes queimarem ainda mais, mudando a cor do fogo para azul. O desafio havia começado.