Underwater Hunt

Intriguing Stone

Há vários lugares que podem ser tidos como perigosos. Vulcões, desertos, montanhas e de fato esses lugares são algumas "aventuras" para o ser humano. Mas existe algo que supera esses três exemplos em nível de periculosidade, e não supera por pouco, mas sim com muita folga. Tal lugar seria o fundo do mar. Quer algo mais ameaçador do que um lugar onde não se pode respirar sem a ajuda de aparelhos? Onde mal se pode enxergar. Lar de sabe se lá que tipo de criatura. Um lugar traiçoeiro para os pequenos e fracos humanos.

Porém, mesmo sendo traiçoeiro, existem pessoas com coragem de explorar as terras abissais, afinal tais confins desconhecidos podem revelar inúmeros conhecimentos. E uma dessas pessoas corajosas era a pequena Rayssa Bolt. Ela era apenas uma criança, mas talvez seja a ingenuidade e o animo da juventude que da combustível a tal coragem de explorar um lugar tão inóspito. Claro, a ruivinha não estava sozinha e seria impossível ir ao fundo por si só, por isso ela tinha o seu leal Lanturn, que há muito tempo foi capturado pela jovem treinadora, em um lugar quase tão inóspito quanto o fundo do mar.

Raissa, literalmente vagava no alto mar, em busca de um lugar onde poderia submergir. Se tinha alguém que gostaria daquela experiência é o próprio Lanturn que inclusive adorou saber que iria para debaixo d'água. Com o Scuba Gear de Rayssa equipado e o seu peixão para carregá-la, era hora de ir para as profundezas.

E o que Rayssa via lá em baixo, era mais ou menos o que se podia esperar do fundo do mar. Seu Lanturn estava para dar uma luz para sua treinadora, literalmente. Mas naquela área, a única coisa que eles viam eram algas, bem grandes por sinal, de uma cor rosada estranha. Eu diria que parecia tudo quieto, mas o som não se propaga direito no fundo do mar, obviamente. Mas não havia nenhuma movimentação a princípio, nenhum pokémon aparecendo, apenas uma vastidão azul e uma floresta de algas. Porém, a luz de Lanturn possibilitava com que Raissa vesse algo que se parece com um grande rochedo a uma boa distância.

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Aquele grande rochedo era o único ponto de referência que Rayssa tinha naquela vastidão, naquela floresta de algas, então ela decidia ir por ali. Com a ajuda de um outro amigo que também era capaz de viajar debaixo d'água, o sinistro Dhelmise, que na verdade carregava sua treinadora. Apesar de ser um fantasma, o pokémon alga fazia um forte flash que conseguia iluminar a área e então poderem seguir em frente em segurança, sem risco de darem de cara com algum selvagem irritado que possa servir de ameaça.

O caminho continuava limpo e calmo, sem muitos obstáculos, porém demoraria mais do que parecia para chegar até aquele rochedo, mas felizmente, ainda não tinha encontrado nenhum obstáculo e então chegava na tal pedra enorme e a primeira coisa que ela via por ali era alguns pokémon que fugiram rapidamente ao ver as luzes que Dhelmise invocara, assustados. Mas foi tão rápido que sequer foi possível identificar se tinha algum Chinchou naquele grupo.

Já sobre o rochedo, aquilo era literalmente como uma caverna submarina, na verdade, uma montanha submarina. Uma grande rocha, cheia de buracos grandes o suficiente para pokémons como o próprio Dhelmise passarem por ali, mas ainda seria um pouco apertado. Alguns dos pokémon que fugiram aparentaram ter saído justamente daquela rocha. Então será que tem mais alguns pokémon situados ali?

Parecia arriscado a princípio entrar dentro daquele rochedo. Era apertado, talvez fosse até complicado lutar por ali, caso fosse necessário e por ser um lugar apertado. Porém, Raissa ainda tinha o flash de seu Dhelmise, mas ainda assim, não era uma garantia de segurança.

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Aquela caverna onde Raissa tinha entrado, a princípio parecia com um simples túnel, na verdade não tinha muita coisa por ali, apenas um caminho reto, onde a garotinha acompanhada de seu Dhelmise e Lanturn seguiam. Não eram incomodados e não incomodavam ninguém. Era pro fundo do mar ser tão quieto assim? Eu não tenho ideia. Porém por enquanto ela só seguia em frente, ao lado de seus amigos.

E na verdade aquele túnel parecia bem maior por dentro, tanto que ela ficava um bom tempo vagando por ali. Talvez o túnel nem fosse longo, apenas o Dhelmise que não era tão veloz assim. E também, era capaz de Raissa ter perdido a própria noção do tempo ali no fundo do mar. Dhelmise nadava e nadava, mas não encontrava nada, então continuava a nadar.

Porém, o que eles viam depois de alguns momentos era literalmente a "luz no fim do túnel", ou melhor, luzes, como se fossem vagalumes subaquáticos. Raissa saberia bem do que aquelas luzes se tratavam, só tem uma criaturinha subaquática que é capaz de ter luzes em um amarelo tão brilhante e essas criaturinhas são relacionadas a Storm, o seu Lanturn. Ok, ok, vou falar sem rodeios, é obviamente um cardume de Chinchous.

Era exatamente o pokémon que a treinadora de elétricos procurava. Mas será que era seguro se aproximar bruscamente daquele cardume? Os pokémon cujo habitat é o fundo do mar devem responder de maneira diferente que os terrestres. Talvez? Storm quando foi capturado por Raissa foi bem hostil, porém isso foi devido a outros fatores. Mas o que importa é que Raissa finalmente encontrou os seus cobiçados Chinchou.

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Aquele caminho na caverna sub aquática não era um problema, na verdade estava tudo extremamente tranquilo e Raissa já se via de volta na floresta de algas cor de rosa e não só estava fora da caverna como havia encontrado o que ela havia procurado. Um grande e extenso cardume de Chinchous, seguindo em linha reta para um vasto horizonte azul, onde dessa vez não tinha nenhum ponto de referência, nenhum rochedo, nada além de algas e mais algas.

A especialista em elétricos aproveitava para tirar uma foto do cardume, afinal ela nunca tinha visto tal espécie agindo tão naturalmente assim. E haviam muitos, mas muitos deles. O próprio Lanturn de Raissa estava amando ver aquela cena e parecia até que ele queria se enturmar com seus "irmãozinhos". Já Raissa ponderava em como aqueles peixinhos iriam reagir, se lembrando de quando encontrou Storm. Seriam eles tão "defensivos" quanto como o seu Lanturn era naquele dia?

Raissa apontava uma de suas pokébolas vazias, porém nada acontecia, talvez estivesse muito longe, teria que seguir o cardume um pouco mais de perto, até porque ela estava literalmente no fim da fila. E também, será que a menina vai ter alguma curiosidade em relação onde aqueles pequenos estão indo? Ou só tentaria capturar algum deles e ir embora?

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Não era só seu Lanturn que estava empolgado em ver todos aqueles peixinhos vagalumes, mas a própria Raissa, que inclusive já colocou a foto que tirou deles como wallpaper de seu Rotom Phone. E então seguiria aquele cardume, se aproximando devagar, montada em seu Dhelmise, enquanto o Lanturn se misturava, porém não era notado pelos Chinchou. Nadando e nadando em linha reta, ficaram um bom tempo assim.

Raissa estava em um cenário onde ela realmente perderia a noção do tempo e provavelmente ficou quase dez minutos seguindo aquele cardume, mas ela pararia nesse exato momento, porque o final do cardume finalmente notava a presença exótica da treinadora e seus pokémon. Mas não eram muitos deles, na verdade apenas dois Chinchou, que ao pararem, simplesmente ficaram para trás e agora tinha uma dupla de peixinhos lanternas fitando Raissa e seus pokémon, fitando bem atentamente.

Parecia uma oportunidade perfeita, dois Chinchou se perderam e esses dois que se perderam na verdade não estavam nada preocupados, até chegaram a olhar para trás e ver que perderam o cardume. Mas eles estavam curiosos ao ver a humana toda equipada e um pokémon tão estranho quanto Dhelmise e claro, um outro Lanturn.