Pokémon Mythology RPG
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XXXI - Dois aborrecentes numa jornada perigosa só pra tentar provar pra todo mundo que não precisam provar nada pra ninguém

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OFF: Olá querido narrador. Hoje eu e meu amiguinho @gustavo vamos tentar bater em lendários e pokémons fortões e pegar uma pedra muito louca aí. Pfvr ajuda nóis.

(Me desculpe pela citação a Legião Urbana, eu não estou numa fase muito legal).

Chris Ayusa acordou mais cedo do que de costume àquela manhã, antes mesmo do despertador que ele já havia configurado para 5h00 da manhã. O sol sequer havia tingido os céus da cidade de Mauville quando o pé direito do rapazote tocou o chão com o único desejo de deixar a cidade o mais imediatamente possível. Correu para o chuveiro, pois seria o último banho que o jovem tomaria em sabe-se lá quanto tempo. É bem verdade que talvez ele tenha demorado muito mais do que o necessário em seu asseio, mas a adolescência tem dessas coisas.

Saiu do banho e foi verificar se seu companheiro de jornada estava acordado e tão ansioso quanto ele próprio estaria. Aproximou-se da cama de Timothy, que dividia com ele um quarto no Centro Pokémon da cidade da diversão.


-Ei, Timothy, acorde! Vamos logo! Eu não aguento ficar mais nem um segundo nesse quarto. E ainda temos que comer, e roub... Digo, pegar alguma comida da cozinha, por quê eu imagino que no deserto não vai ter muita opção de refeição não.

Dito isso, Chris ignorou a trajetória do roomate e voltou-se para suas coisas, conferindo todos os itens que dispunha. Principalmente poções, esferas de capturas e outros utilitários. Depois voltou-se ao seu próprio cinto de pokébolas contendo um sexteto selecionado a dedo para aquele desafio, todos devidamente equipados com itens que potencializariam seus resultados. Estava tudo pronto. Esperava que o garoto mais novo não demorasse logo.

Falando nele, decidiu que uma boa forma de começar o diálogo pré-viagem seria gritando para ele, indiretamente, através da porta do banheiro, sem sequer saber se o outro menino o escutaria.


-E então, você acha que realmente tem um pokémon lendário a solta no deserto?

Chris tinha uma visão bem específica formada em sua mente onde ele mostrava todo orgulhoso uma pokébola para os colegas de sociedade que o parabenizavam pelo feito, com exceção de Miranda que parecia visivelmente incomodada com a conquista, e uma afetada Lauriel que possuía corações desenhados nos olhos.

-Cara - disse baixinho sem se importar em conferir se Timothy o estava ouvindo - eu vou capturar esse lendário e mostrar pra todo mundo.

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Era difícil pensar em outra coisa desde que acordou. Era cedo, mas Timothy acabou ficando bem mais tempo na cama do que devia, olhando pro teto, ouvindo a água caindo no chão no fundo pra uma música qualquer nos fones de ouvido que tentavam lhe animar. De certo que a canção era sim muito animadora e lhe fazia, mas tinha um trilhão de coisas na cabeça nos últimos dias. Estava prestes a fazer uma viagem como nunca fez antes.

Não era só uma travessia na floresta ou uma visita a um parque ou coisa do tipo... A empreitada em que pretendia se meter com Chris era muito mais séria. Tratava-se do deserto próximo de Mauville, que era cheio de segredos e, segundo Chris, tinha um Pokémon lendário. Não que não tivesse topado com um antes, já que Jirachi era um espécime muito doce, mas acabou resolvendo que ia ajudar o seu colega na sua pequena missão.

No fim das contas, só criou coragem pra levantar porque Chris lhe chamou pra comer. Fazia sentido que ele fosse o mais animado da dupla, com certeza se sentia muito mais capaz, até porque treinava Pokémon há mais tempo. Riu com a sua menção à comida, porque já tinha se preparado antes com lanches e água suficientes pra um ou dois dias no dia anterior. Não era possível que ia durar mais do que isso, né.....?

- Pode crer... Eu já te acompanho - Finalmente se levantou da cama e conferiu a mochila, só pra ver se tava tudo ali. Não era a preparação mais cuidadosa do mundo, mas daria pra sobreviver. No fim das contas, a maior motivação para ir ao deserto era, bem... Descobrir se havia alguma motivação lhe aguardando lá. Sabe, apesar de crescer como treinador e colaborar com um grupo de pessoas, ainda era difícil manter a motivação. Já pensara algumas vezes em só voltar pra casa e pra escola ultimamente, e se não fosse Chris lhe puxando pra um lado e pro outro, já estaria em Castelia de novo. Era melhor esvaziar a cabeça antes que desistisse de uma vez

Enfim, foi tomar banho e se arrumar direito, de forma adequada pra viagem; tinha roupas longas, largas e um pouco pesadas, o moletom de sempre, bem fechado sobre uma camisa preta qualquer, além de calças e sapatos resistentes que tinha guardado. Como sabia que o deserto podia ser bem incômodo com a areia, tinha consigo na bolsa um par de luvas, uma máscara e óculos de proteção, só pra garantir.

- Eu não sei... Mas a gente deve encontrar algo legal, né? - Sugeriu, antes de ir comer algo no Centro Pokémon para poder sair em direção à Rota 111, finalmente. Não demorou muito, pois o ruído branco da música nos fones de ouvido pouco lhe permitia prestar atenção em outras coisas. Não demorou muito para colocar uma mochila bem maior do que a bolsa que costumava carregar nas costas e chamar o seu colega. - Tá pronto? - Já se preparava pra sair em direção à rota. Com sorte, estariam no deserto em pouco tempo.

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Chris estava realocando os seus itens na mochila pela quarta vez quando Timothy saiu do banho. Ele ainda vestindo apenas uma bermuda qualquer quando o amigo apareceu completamente trajado para a aventura e foi só então ele percebeu que não havia preparado as próprias vestimentas. Teria que desfazer a mochila mais uma vezem busca de roupas.

Jogou tosas as peças que tinha sobre a cama, e fez a escolha maiss óbvia possível: Seu característico sobretudo listrado ia por cima das tradicionais blusa branca e calça preta, uma bandana totalmente desnecessária era envolta em seu pescoço e finalmente seus inconfundíveis óculos de proteção (que finalmente seriam úteis para alguma coisa) e gorro preto. Sim, ele estava mais Chris Ayusa do que nunca, sem nunca ter se tocado que ele sempre estivera perfeitamente trajado para uma aventura no deserto. Ou não.

A questão da comida talvez não preocupasse Chris tanto quanto deveria, ainda que Timothy estivesse correto em ter comprado lanches, a ideia de afanar qualquer coisa na cozinha do Centro Pokémon ainda parecia tranquila o suficiente para o jovem de cabelos prateados.

Timothy o questionava se estaria pronto. Provavelmente não estava, mas respondeu mecanicamente:


-Claro que estou!

No entanto, fora traído por seu estômago que emitiu um sonoro ronco. Novamente a questão da comida vinha à tona.

-Assim que a gente comer alguma coisa.

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Ok, apesar de ter acordado mais tarde e passado um bom tempinho delirante, talvez não fosse o mais enrolado da dupla para se arrumar, pois Chris não tinha sequer se arrumado pra sair! Deixou escapar um suspiro, sorrindo com o jeito do seu amigo. Deu tempo de arrumar tudo, sair, catar algo pra comer e ele ainda tava lá, parado.

- Vai lá, eu já comi. Você ficou sonhando acordado em como ia pegar o tal lendário e dormiu no ponto - Explicou, se sentando na ponta da cama e fitando o Pokénav de novo. O modo de economia de bateria nunca lhe cairia tão bem, e, na falta do seu Manectric para acompanhá-lo no deserto, pegou parte da grana que arranjou na Lotad Sweetheart pra comprar dois bloquinhos que também armazenavam energia. Esses cacarecos que vendem na internet são incríveis!

- Eu não perguntei isso antes, mas quem você tá querendo impressionar? Quer dizer, tu tá falando desse bicho há dias e os seus Pokémon já são bem fortes. No mínimo, quer mostrar pra alguém - Comentou, concordando em seguí-lo para que não merendasse sozinho. Não tinha mal em comer mais um pouco antes de uma viagem como aquela, né? Só não o acompanharia em empreitada alguma de furto.

Pensando bem, se não vivesse sozinho hoje em dia, com certeza algum parente lhe diria que Chris era má influência. Tinham pouco em comum, já que o menino era intrometido, gostava de se aproveitar nas oportunidades que tinha, era meio invocado e se importava muito mais em impressionar garotas ou coisa assim. Mas era divertido andar com ele, pelo menos era melhor do que viver uma tragédia diferente todo dia, o tipo de coisa que parecia ter uma atração magnética para si quando estava sozinho.

- Tá pronto mesmo, né? Escova de dente, desodorante, essas coisas. Se a gente por algum motivo passar mais de um dia zanzando lá, vai precisar - Sempre julgou a projeção de Chris super fora da realidade. Como que passariam mais de um dia no mesmo lugar? O deserto a noite era super frio, até onde tinha lido. Se não voltassem no amanhecer, talvez nem chegassem a voltar de fato.

Ficou olhando o Pokénav por mais um tempinho e os aplicativos de mensagem do aparelho... Será que devia mandar alguma mensagem antes de sair? Chris com certeza avisou pro pessoal da sociedade, mas tipo... Será que devia preocupar a sua irmã com uma empreitada tão boba? Ficou ponderando sobre isso enquanto Chris procurava o que comer.

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Timothy era proativo e diligente, realmente uma boa contraparte para Chris, que por sua vez era, em regra, preguiçoso a não ser que algo lhe interessasse muito - como era o caso da caça ao lendário.

-Eu não estava sonhando acordado. Estava apenas planejando detalhadamente o que eu vou fazer depois que eu capturá-lo!

Entretanto os pensamentos de Chris agora eram voltados para a refeição mais importante do dia, o que era sua prioridade, mas já para evitar uma nova passagem pelo quarto, passou os braços pelas alças da mochila e irrompeu pela porta, tomando a dianteira enquanto Timoty puxava assunto às suas costas.

-Impressionar alguém? - perguntou, brecando seu passo e caminhando mais cuidadosamente pelos corredores do estabelecimento enquanto sua face enrubescia de forma evidente - Ninguém em especial! - mentiu - Quer dizer, eu sempre quero esfregar minhas conquistas na cara da lambisgóia da Miranda pra ver se ela para de tirar onda com a minha cara, mas imagina que legal seria desafiar um ginásio usando um lendário?

Desconversou, por fim, chegando à cozinha e vendo o que estava disponível na geladeira e na dispensa. Resolveu fazer um tradicional misto quente acompanhado de um achocolatado, este gelado. Colocou alguns enlatados dentro da mochila, ervilhas, feijões, carne, sabe-se lá o que continha no recipiente, o importante era não morrer de fome - ou de outra coisa qualquer - no deserto.

Em seu íntimo, procurava mudar de assunto, torcendo para que o companheiro não questionasse nada a respeito de Lauriel, sua paixonite secreta.


-E você? Seus pokémons são tão fortes quanto os meus, não são? Não tem interesse na captura do lendário? A gente pode tentar uma guarda compartilhada, se quiser - ele riu.

Os dois estavam viajando juntos havia um tempo, mas seus assuntos não eram tão diversificados. Timothy ainda não parecia ter desabrochado para a puberdade, ainda assim ele as vezes tinha uns assuntos muito maduros, o que desinteressava completamente o garoto que basicamente só pensava em pokémons e em garotas, ultimamente, dando prioridade para o segundo tópico, para desânimo de seus companheiros dentro das esferas de contenção. Aquela viagem poderia ser sua chance de se reconectar à carreira de treinador.


-Tá tudo certo mamãe - respondeu, provocativo, à preocupação do amigo, enquanto esvaziava a caneca contendo o liquido adocicado - Vamos nessa. Não aguento mais um minuto fora da estrada!

Avisar a sociedade? Mas por quê? Ele queria mesmo era fazer uma surpresa pra todo mundo mostrando o seu lendário.

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Apesar de parecer bastante indiferente ao resto do pessoal por não querer avisar a ninguém da viagem que fariam, Chris ficou claramente afetado ao lembrar de... Alguém que queria impressionar, então a teoria de Timothy estava correta. No fim das contas é tudo o que a gente quer, né? Mostrar que é forte, autossuficiente. Algo assim.

- Queria ver você dizer isso na cara dela - Provocou com a voz meio séria, não gostava quando ele falava assim. Continuou a fitar a lista de contatos por um momento antes de voltar a falar - Ela brinca contigo porque sabe que 1. Você pega pilha e 2. Porque ela se importa com você e com todo o resto do pessoal - Acabou focando tanto nas relações interpessoais que nem deu para falar sobre a história do lendário, já que Chris ia assaltar a geladeira.

Ficou olhando por mais um tempinho para o Pokénav, antes de decidir que ia mandar alguma coisa, só para não se arrepender. Não queria dar a entender que ia morrer nem nada do tipo, mas também não queria sumir sem aviso algum. Abriu o contato de Yuri e digitou por uma eternidade antes de enviar:

ei
te amo, viu?


Pouco pensou. Clicou pra enviar, desligou a sua conexão com a internet e deixou o aparelho repousando sobre uma das pernas, a mão oposta fechada sob o antebraço, respirou fundo, só pra garantir que ainda estava vivo. Bem a tempo de Chris voltar da boquinha pra falar do Pokémon lendário outra vez.

- Olha, mesmo que a gente conseguisse fazer isso, eu não acho que é justo. Tipo, você também encontrou o Jirachi, né? Esses Pokémon são muito importantes pras outras pessoas. Eu adoraria encontrar outro, mas se você for tentar capturar, vai tentar sozinho - Avisou com um olhar meio baixo, mais por causa do momento anterior do que pelo desejo de Chris. Se ele conseguisse fazer isso, tudo bem. Talvez ele merecesse, tamanha a animação para sair logo.

Quando indicou que podiam sair, voltou ao quarto, colocou a mochila nas costas, conferiu as esferas dos seus Pokémon, os materiais de segurança que tinha guardado, checou bem os zíperes só para ter certeza que não perderia nada. Enfim, colocou os fones intra-auriculares dentro dos ouvidos e sinalizou para Chris que podiam sair para a Rota 111, finalmente, e saíram a pé. Só precisavam de... Muitas informações importantes. Como encontrar o deserto, pra começar.

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OFF: OIE

Quem foi que deixou adolescentes serem treinadores de grande impacto?! O E.C.A foi parar onde?! Pode isso?! Arg... já que não tenho muito como impedir isso, vamos aceitar, né?! Mas já aviso: não vai ser uma viagem fácil para duas crianças. Primeiro de tudo que eles demoraram sair do CENTRO POKÉMON! Acreditam nisso?! Acordaram por volta da cinco, mas quando puseram o pé na rota 111 já eram quase sete horas! O horário exato em que o sol desprende da linha-do-horizonte, sobressai por cima dos pequenos rochedos e bate di-re-ta-men-te nos olhos de nossos protagonistas.

Isso mesmo! Arrisco dizer que é bom manter o óculos-de-sol - ou o protetor de olhos - no rosto, porque se não iria doer! Caminharam pela faixa introdutória e viram o que qualquer visitante costumava ver; uma pequena trilha de terra batida que dava ao lago no fim. Um casebre lateral pintava de amarelo-fosco o cenário rochoso e uma pseudo-ciclovia começava a ser construída naquela região.

Em resumo: obras, casebre, terra batida, sol na cara e um lago no fim. Além disso?! Mais nada! Sem placas, sem pessoas e sem... carros?! Tem uma estrada de chão que contorna a trilha e vai para outra direção, mas não sei se ela é muito utilizada! As marcas de pneus não são muitas e o caminho não parece muito "amassado"... se é que me entendem.

Ah é, além disso?! Vento! Bastante vento! Isso tirava um pouco da sensação de calor (graças a Deus), mas também jogava o cabelo dos nossos dois protagonistas para o meio da face constantemente. Outra coisa que não parava no lugar eram os fones intra-auriculares de Timothy, que INFELIZMENTE não estavam tão fixos assim. Talvez o garoto fizera tudo (banho, escovação de dentes, fio dental... etc) menos limpar o ouvido. Uma cerinha ou outra facilitava o deslizar.

O que provavelmente era bom para Chris... seu falatório ao menos teria um ouvinte, né?!

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O Mahiro é o melhor do mundo <3

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OFF: Bem vinda Vih Smile

Aparentemente não aprovava a forma como Chris falava de Miranda. O mais velho tentou retrucar, mas preferiu apenas revirar os olhos e encerrar a discussão já sabendo que não chegariam a lugar nenhum, além de ser mais sábio poupar energias e evitar conflitos antes da dura travessia que tinham pela frente. Sim, um momento de lucidez iluminava Chris Ayusa, evento tão raro tal qual a passagem de um cometa.

Entretanto, um ponto importante era levantado pelo garoto: capturar um lendário - se possível fosse, é claro - não seria uma ameaça ao equilíbrio mundial? Não era isso, afinal que os vilões daquele mundo sempre pretendiam? Aliás, ele mesmo seria maduro o suficiente para usar um pokémon lendário para o bem?

Talvez fosse melhor deixar para pensar nisso apenas quando - e se - eles dessem de cara com o dito cujo. Nem sabiam qual era o lendário também. Era melhor deixar pra lá. Talvez ele ainda não tivesse superado seu malfadado encontro com Zapdos, que ocorre sabe-se lá quanto tempo atrás, tendo em vista que aquele universo faria o próprio Deus Cronos ter uma dor de cabeça digna do nasscimento de Athena.

Ops, mitologias misturadas. Enquanto o mais velho se perdia nas suas próprias aleatoriedades, o mais novo tomava a frente dando os primeiros passos na Rota 111, o que trazia junto a questão: o que fariam a partir de agora?

Ok, duas horas se passaram naquela lenga-lenga que literalmente não os levara a lugar nenhum, e agora eles tinham que lidar com o sol inoportuno da alvorada. Ora, o que a narradora jamais contaria é que a peça de vestuário mais característica e de profundo valor sentimental - embora pouquíssimo explorado pelo responsável por interpretá-lo - de Chris Ayusa, quais sejam, os óculos de proteção, única herança deixada pelo seu falecido pai, dispunham de proteção UVA/UVB, até por quê não seria muito inteligente da parte dele explorar um deserto sem isso.

Desta forma, logo que os raios fúlgidos do astro rei lhe tocaram a face, o mesmo instintivamente baixou os óculos por sobre os olhos - afinal aquele era o lugar que eles deveriam estar sempre, não?

Outra intempérie da natureza era o sopro descontrolado do vento, a solução encontrada pelo garoto foi igualmente simples: amarrar os cabelos em um coque e escondê-los sob o gorro. Provavelmente ele agora parecia ter uma segunda cabeça por cima da primeira, mas não era como se ele precisasse ficar bonito naquele momento. Dificilmente encontraria uma garota atraente e da sua idade no caminho, não é?


-E então - disse sacando o PokéNav procurando pela função de GPS - devemos seguir ao norte para alcançar o deserto, que tal irmos direto ao ponto, demorando o mínimo possível nessa rota? - o garoto, em sua ansiedade, parecia na verdade querer mesmo correr até o deserto, o que claro, não era a forma mais sábia de se chegar a um deserto, desconsiderando-se, é claro, que talvez não houvesse forma sábia o suficiente de ir a um deserto.

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No fim das contas, acabaram demorando duas horas pra sair do Centro Pokémon e finalmente tomar a estrada. Tentou esvaziar a mente por um momento e esquecer tudo o que tinha acontecido antes, para focar na tarefa a frente e não passar por maiores problemas. O fato de ter música alta nos ouvidos ajudava, por mais que o sol estivesse forte naquele dia e incomodasse um pouco.

Chris imediatamente pegou um par de óculos que tinha guardado e colocou sobre os olhos, aparentemente algo que tinha desde sempre, já que caía bem com o resto do seu visual. Como ainda era cedo, preferiu tentar habituar a visão ao sol da manhã, pelo menos por um tempo, obstruindo o sol com um dos braços aqui e ali. A distração não duraria muito, todavia, já que o vento no lugar era bem mais forte do que o normal e incomodava no uso dos seus fones de ouvido.

Deixou escapar um clique entre a língua e o céu da boca, antes de esconder os mesmos por baixo do moletom, uma vez que já estavam entre as suas roupas antes, bem em tempo de Chris comentar alguma outra coisa de novo. As roupas pesadas e largas não colaboravam muito, mas seguia em um passo de cada vez, mesmo que ficasse para trás. Pouco se importava com os seus cabelos, também, e deixava que voassem incessantemente com a insistência do vento.

- Acho que sim. A parte mais complicada deve ser o deserto, então é melhor a gente chegar lá logo - Confirmou para Chris com um tom meio aborrecido, ainda ressentido com a falta de praticidade dos seus fones de ouvido. Da próxima vez, compraria dispositivos sem fio. Enquanto Chris procurava encontrar uma direção adequada no seu dispositivo, passou a observar os arredores do caminho que percorriam, para tentar garantir que não fossem surpresos por um Pokémon selvagem ou coisa do tipo.

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OFF: Gente eu não sabia se era pra eu narrar porque tive a sensação de que o Chris ia responder sobre o GTS, mas como ninguém falou nada aqui estou

Talvez pela excesso de vendo & sol, nossa duplinha não ligara para mais nada em volta! Não tinha casebre que lhes impressionassem, nem estrada-de-chão que lhes guiassem, muito menos ruelas para carros! Era dois meninos com focos bem claros: ir reto até não dar mais... é isso ou seguir o GPS, é claro! Como ainda nada ligaram, acabaram ficando meio pra lá, meio para cá e seguiram o fluxo.

O fluxo era justamente a trilha... acredito eu. Já adianto que se a seguirem, chegaram onde a maioria das pessoas querem chegar. Trilhas são para isso, não é?! Mirantes, pontos centrais, idas à biomas. Talvez o caminho encurte ou alongue, mas o fim era, em geral, o mesmo. Passariam pelo lago da linha do horizonte, contornariam o restante da estrada de chão e começariam a ver entradas arenosas. Ao fundo também veriam as cordilheiras que criam o complexo montanhoso de Hoenn (Lavaridge, Falarborn e Mountrock). Claro que não iria para lá! Não precisariam nem pensar muito para evitar os topos!

Colinas podem até ser secas, mas de deserto só tem o sentido figurado mesmo. O literal ta um pouquinho mais plano; apesar das dunas não serem lá tão planas assim.

No mais, preciso pontuar que algo interessante aconteceu. Depois de tanta... mas TANTA baboseira de quem vos escreve, o cair dos fones de Timothy foi essencial para o garoto ouvir um tilintar. Claro que Chris também poderia lhe ouvir, mas parecia tão perdido em seus pensamento que dificilmente daria importância para tal som.

Claro, ele não necessariamente era importante, então ele não necessariamente estaria errado em ignorá-lo... só pontuo que esse tilintar precedeu um objeto-voador-não-identificado voando baixo, em direção aos nossos dois garotos. Não sei lhes dizer se ele era pequeniníssimo & lento ou se era médio-grande e rápido demais.

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