Capítulo 13 - Planejamento [Tielo]

Planejamento

OFF: Desculpa pelo post ruim. EXP no próximo.

A confiança daquele menino se amplificava cada vez mais quando ele via o seu pokémon canalizar todo o poder do sol que ele invocou. Seu sorriso ficava mais amplo enquanto a boca de Houndoom ficava mais luminosa e estava ali o ataque, um feixe de luz que era capaz até mesmo de cegar, mas não chegou a fazer isso, porém dava um dano colossal em Swampert (-33), porém não conseguiria repetir esse ataque, pois o revide do anfíbio se mostrara letal, com seu braço poderoso, arrancando todo o resto da vitalidade que sobrava do canino (-42 | K.O.).

- Seu filho da puta... e eu tô sem poções justamente porque fui roubado. Olha o que você fez. - O menino estava irritado, retornava seu pokémon nocauteado. Apesar de irritado ele era prudente para não prolongar a briga com Tielo: - Eu não quero te ver nunca mais, eu vou atrás do que me roubaram. Até nunca. - Ele saía correndo, isso não antes de cuspir mais uma vez na direção do bardo.

Com aquela inconveniência fora do caminho, Tielo podia retornar a sua busca pelo Mankey. Talvez o barulho de toda aquela batalha tenha chamado a atenção de algum pokémon, mas isso não era algo que dava pra perceber por enquanto e era difícil de ver as coisas de longe quando a única coisa que podia ser vista era grama e algumas árvores espalhadas. Era uma planície gramada, mas parecia um deserto de tanto potencial que se tinha para andar em círculos por aí.

O que Tielo faria?


Campo: Planície com grama amarelada. Sun (2/6).

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O garoto já estava indo embora, mas ao ouvir Tielo, ele soltou um sonoro "Tch" e continuou a andar, isso até o bardo mencionar o nome "Mankey", que surpreendentemente chamou a atenção do arrogante garoto e o fez voltar, esse que ouviria atentamente, inclusive sem fazer nenhum comentário ou interromper Tielo no meio de sua fala, sendo mal educado no geral.

- Certo. Só aceito isso porque eu fui roubado justamente por Mankeys. Larguei minha mochila por um minuto, embaixo dessa árvore, pois eu iria descansar nela por um tempo, mas antes observaria a área, só que quando voltei, ela sumiu. E agora eu tô sem todos os suprimentos de um treinador. Tch, não sou de aceitar ajuda dos outros, mas vou fazer o que? - Relutantemente, ele estendia o braço para Tielo, para um aperto de mão.

- De fato não é minha primeira vez aqui, e boa parte dos pokémon selvagem ficam em um lago pequeno por aqui. E eu sei bem como chegar lá. Então, tá vendo as árvores espalhadas aqui no meio do mato? É só seguí-las que você chega no laguinho, dá pra ver que umas estão mais a frente do que as outras, ou seja, seguindo essas árvores, a gente eventualmente vai chegar lá e provavelmente encontrar os Mankey. - O menino depois de terminar a falar, ia logo andando, sem mais delongas e acabava deixando Tielo pra trás sem mais nem menos, porém esperava que o bardo o seguisse.

A escolha de Tielo era tentar cooperar com alguém que não parece muito de cooperar, porém ele já deu uma informação bem útil, que é onde encontrar os pokémon selvagem da Rota. Além do mais, eles tinham objetivos parecidos. Por que não?

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Apesar do desencontro inicial, os dois pareciam se entender bem. Tielo entendia a preocupação do garoto pelos seus pertences perdidos, afinal um treinador e viajante perder sua mochila inteira era quase que uma sentença de morte e a área da rota em que estavam era meio longe da cidade. Com isso Tielo resolveu cooperar e fazia perguntas para o garoto, que realmente sabia mais sobre a rota do que ele.

- Sim, eles agem em bando, tanto é que eu os vi de relance e eram bastante deles pegando minhas coisas. Pelo o que eu me lembro, eram pelo menos cinco deles. E como eu disse, eles provavelmente foram pro lago que eu falei. - Então ele voltava a andar, porém acabava parando mais uma vez: - Ah, qual é o seu nome mesmo? É legal eu saber, já que a gente vai ficar junto por um tempo mesmo. Me chamo Thomas.

E então eles continuavam a andar, seguindo as árvores do jeito que Thomas disse. Ao seguir aquele caminho era possível ver como as árvores realmente se alinhavam e depois de passar por umas cinco delas, eles encontraram uma mata mais densa, uma parede de arbustos, onde Thomas parou e disse que esse era o lugar.

- É esse o lugar. Só acho melhor tomar mais cuidado, pois tem muitos, mas muitos pokémon por aqui e qualquer movimentação em falso nossa pode acabar irritando-os. - Ele dizia as devidas precauções que deveriam ser tomadas antes de seguirem por ali, isso é, se realmente seguiriam por ali. Não tinha por que não, mas cabia a Tielo decidir.

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- Menestrel? Eh... ok, prazer em conhecê-lo, Tielo. - Thomas achou estranho o título de Tielo, mas logo percebeu que se expressasse algo em relação a ele, podia causar mais tensões sociais, porém ele acabou expressando algo de qualquer maneira. A princípio o garoto parece alguém que não consegue trabalhar em grupo e é arrogante, logo ele está tentando melhorar isso com Tielo, esse com quem ele acabou de brigar.

Já chegando na mata, era um consenso dos dois que entrar lá precipitadamente, sem mais nem menos era uma ideia idiota. Não se sabe se os pokémon selvagens lá são hostis, quantos são e vai saber não sejam só pokémon selvagens os problemas, vai que tem algum criminoso por ali? Alguma anomalia da natureza? Tudo pode acontecer, ainda mais com o narrador aqui, hehe. Todo cuidado era pouco, mas muito cuidado podia levar eles a não fazerem simplesmente nada.

- Tch, isso foi um deboche, mas vou ignorar. - Dizia Thomas sobre o comentário em relação a fogo de Tielo: - Seria ótimo se você tivesse um pokémon voador que pudesse observar o que está atrás desses arbustos de cima. Mas daí tem o problema da gente entender "pokémonês", porque só o pokémon vai entrar lá. Porém, acho que mandar um pokémon voador é melhor do que a gente não fazer nada, só que eu não tenho nenhum voador. E você?

Agora caberia a Tielo mandar um pokémon para fazer o reconhecimento da área, ou ele podia ter uma ideia diferente e até mesmo mais eficiente. Caberia a ele e sua criatividade.

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E Tielo de fato tinha uma maneira de bolar um plano mais eficiente. Claro, ainda consistia de mandar voadores para o reconhecimento, mas primeiro, ele usaria a RotomDex para indicar aos seus pokémon qual o alvo deles e também manadaria dois insetos, esses que são conhecidos por ter uma visão bem aguçada, superior a dos outros tipos de pokémon. Com Swellow, Dustox e Beautifly prontos, Tielo ordenava que eles poderiam partir. - Se encontrarem uma mochila, ela é a minha. - Thomas fazia um breve comentário antes dos pokémon partirem.

- Bem, eu acho que não deve ter lá muita coisa que pode ameaçar seus pokémon. Pode ter algum pokémon pássaro que pode ser perigoso para os insetos, mas os seus pokémon devem ser bem treinados o suficiente para lidar com selvagens, mesmo que seja em um confronto não vantajoso. - Era interessante como o tom da fala de Thomas mudava, até pouco tempo ele era um cara arrogante e até mesmo insuportável, mas agora ele se mostrava extremamente pensativo e sensato. Está realmente dedicado em recuperar seus pertences.

Os voadores de Tielo já haviam partido e no tempo em que eles estavam fora, só podiam esperar com que eles voltassem. Mas isso parecia que ia demorar um pouco, minutos se passaram, cinco, dez, até chegar em quinze minutos. Thomas se mostrava ansioso e já se levantava, jogando a postura sensata que tinha agora pouco fora.

- Acho que deu algo de errado com os seus pokémon, melhor entrarmos lá antes que seja tarde demais. - Ele já começava a andar, indo em direção a parede de arbustos, mas parava abruptamente, a princípio sem motivo, mas era pego olhando para o alto. E no alto estava dois dos pokémon de Tielo.

Swellow e Dustox haviam voltado, com o primeiro carregando uma mochila grande e o segundo seguindo o pássaro. Os dois aterrissavam e cansado, Swellow colocava a mochila no chão de um jeito bem abrupto. Thomas desesperado checava todos os bolsos daquela mochila, aparentemente era a dele, mas tinha alguma coisa faltando.

- Aqui está minha mochila e os seus pokémon voltaram e provavelmente acharam os Mankey também, acho que é agora que a gente se separa. - Sem mais nem menos o garoto já se preparava pra ir embora, sem nem notar a coisa que estava faltando: o Beautifly de Tielo, que ficou para trás aparentemente.