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#005 - Quebrando o Gelo

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Capítulo 5 - Quebrando o Gelo

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- SEU NOME É AMBROSE????

Perguntava, mais do que surpreso. Quem era esse homem e o que ele fazia em minha vida????? Como Adam nunca mencionara que seu verdadeiro nome parecia ter saído de um livro de quinhentos anos atrás???? Parecia que eu não conhecia meu quase-namorado. Estávamos passando muito tempo juntos ultimamente, o que acarretava em constrangimentos como esse; eram as dores da intimidade. Havíamos tido uma conexão rápida e sincera, porém agora que passávamos um bom tempo na estrada, conhecíamos mais e mais um do outro. Era divertido desvendar o que havia por trás daquelas bochechas gordas e rosadas de Adam... ou Ambrose.

- É, então... Nunca gostei muito do meu nome hehe, então desde que tenho uns oito anos eu finjo que meu nome é Adam. - dizia ele, o rosto corava num sorriso meio sem graça e sua mão massageava a nuca, um gesto comum que ele sempre repetia quando constrangido ou tímido.

- Só vou te chamar de Ambrose daqui pra frente...

- Você não faria isso...

- ...Ou Rose! De apelido, o que acha?

- Para.

- É sério, achei muito lindinho! Além do mais, combina com a sua...

- Não, para.

Ele fez um gesto com a mão para interrompermos nosso andar. Paramos por um instante, eu tentando entender o porquê da parada brusca. Adam - agora Ambrose - parecia procurar algo na paisagem. Não via nada além de árvores e mais árvores. Será que tínhamos chegado na floresta já? Foi aqui que tínhamos nos conhecido; mas era de madrugada, e parecia um local completamente diferente agora debaixo dos primeiros raios de sol que secavam o orvalho fresco. Ficamos assim por um momento, eu ensaiando dar um abraço pelas costas dele... Ainda me afligia pensar que não tínhamos sequer se beijado, e ainda sim eu gostava de pensar que namorávamos. Tínhamos chegado bem perto em alguns momentos - ou eu gostava de pensar assim - mas nada. Ninguém tomou a iniciativa, ou acabamos interrompidos por terceiros. Já havíamos até declarado um pro outro o quanto nos gostávamos de verdade, mas zero beijos. Eu era tímido e Ambrose, envergonhado. Seria difícil quebrar aquele gelo de começo de relacionamento...

- Acho que chegamos. É, é isso mesmo, Petalburg Woods.

- Onde nos conhecemos!

- É verdade, hehe - e levava a mão até a nuca, enrubescendo novamente.

- Vou aproveitar para treinar Yue! Quem sabe não trombamos algum pokémon fraquinho no caminho....

- É, mas com meu atalho talvez nem dê tempo... Aproveita enquanto pode!

Ambrose conhecia um caminho mais rápido para a Rota 104. Como ele acampava bastante por essas bandas, tinha um vasto conhecimento sobre seus habitantes e travessias. Mais uma vantagem de pseudo-namorar um escoteiro. Agora que havíamos chegado à floresta, saquei a pokébola da minha Vulpix e a invoquei. Serena, que caminhava esse tempo todo conosco, distraída com algumas margaridas que encontramos no caminho, correu para abraçar sua amiga, no que ela respondeu com um rápido enlace, se desvencilhando logo em seguida para não amassar seu pelo branquinho. Típica interação entre minha Clefairy e minha Vulpix. Assim que Yue surgiu, começou a nevar um bocado, logo mais cessando. Fazia parte da sua habilidade, Snow Warning: ela parecia não ter controle ainda de quando invocava uma nevasca ou não devido a sua tenra idade. Era por isso que urgia treiná-la! Disciplina e experiência fariam muito bem para Yue, que andava mimada demais para o meus gosto (mesmo que fosse eu seu mimador principal). Tinha ofertado uns doces especiais que ganhei de minha mãe para a raposinha, que adorara; esses doces eram conhecidos por fornecer mais experiência para os pokémons, mas não seria o suficiente: estava decidido que o que Yue precisava era uma boa e velha batalha.

- Yue, fique atenta! Quero encontrar algum desafio para você! Hoje vamos ter sua primeira batalha!

A raposa das neves andava em minha frente, meio indiferente. Talvez não me levasse a sério, mas ela ia batalhar hoje sim; Oh, se ia! E se Arceus colaborasse, ainda seria o dia do meu primeiro beijo com Adam. Já estava demorando demais para quebramos esse gelo todo....


Ao meu narrador :

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Off :


Não é todo dia que descobrimos uma pessoa chamada Ambrose não é mesmo? Vincent também não um nome tão popular como Enzo ou Valentina :p, mas pelo menos datava de 200 a 300 anos a frente de Ambrose. A barreira do primeiro beijo era algo realmente difícil de se superar Vincent, mas não desista! As vezes é necessário o clima certo e um pouco de ajuda por parte do destino.

Yue liberava seu tapete branco que infelizmente era nocivo a flora local que rapidamente o derretia para não sofrer com a adversidade do clima frio. Devia ser bem triste gostar tanto das flores mas não poder se aproximar sem correr o risco e matar o objeto de seu afeto. Seu treinador queria fortalecer a bichinha e o sentimento só não era maior do que a vontade de tascar um beijo em seu amado Rose. Ambrose. Ou Adam.

A raposinha comeu avidamente os doces enquanto andava com suas amiguinhas pela floresta escura de Petalburg. Por mais que Adam fosse versado em atalhos a floreta tinha uma peculiaridade que mesmo o mais experiente dos escoteiros temia: a oscilação magnética. Bússolas só funcionavam por um trecho limitado do caminho e segundo as lendas que rodeavam o local, a luz era quase ausente durante o dia na floresta graças ao enorme teto verde formado por seus galhos e folhas. Talvez a paixão e amor no coração dos dois jovens houvesse os levado para um grande problema...

Por hora tudo estava bem, mas quanto mais tempo ficassem dentro da floresta piores seriam as chances de conseguir sair. O grupo estava em busca de uma batalha e de um caminho seguro. Os objetivos eram contrários devido suas essências distintas. Adam levou seu dedo indicador até a boca de seu amado pedindo atenção. Um zumbido leve era ouvido logo a frente. Em poucos segundos o som alternava para dois zumbidos. As duas pokémons ainda estavam fora das pokébolas e não pareciam ter sofrido nenhum mal com o som. Adam e Vincent estavam perto o suficiente para sentir o calor dos corpos um do outro e o escoteiro aproximou Starchild com um abraço firme enquanto deixava que o treinador escolhesse o que fazer a seguir...

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OFF :


Ai... meu... Arceus...

Tudo bem que eu ansiava por um beijo mais do que tudo, mas esse enlace súbito de Adam me pegou desprevenido. Quase gritei de susto; estava tão concentrado naquele zumbido esquisito que ouvia debaixo da escuridão da tumba verde que a aproximação repentina de Ambrose me pegou completamente desarmado. Não soube o que fazer... De repente, sentindo o calor de seu corpo contra o calor do meu, seu hálito de menta perto de mim, gelei. Era como se Yue houvesse lançado uma nevasca sobre meu corpo. Me sentia um grande iceberg a deriva, sem saber se naufragava ou não... Eu costumo falar demais nos meus momentos de exasperação, mas nem isso consegui. Balbuciava frases desconexas só para preencher o silêncio momentâneo:

- Adam... Ambrose... Eu... A gente... Sabe...

Lembrei-me do que Adam havia me dito na primeira vez que nos abraçamos, por intermédio dele, inclusive: gestos são muito mais comunicativos que palavras, muitas vezes. Ambrose mesmo não era do tipo falador: quer dizer, conversávamos sobre tudo e por horas sem parar. Mas sua comunicação era muito mais sutil; era pelo seu corpo e seus movimentos que exprimia seus sentimentos e impressões para o mundo. E naquele momento - aproveitando da baixa luminosidade do local que nos conhecemos - ele queria falar algo. Eu, mais verbal, preferiria que dissesse com todas as palavras o que queria dizer. Mas sabia que não funcionaria assim; naquele momento, me calei para deixá-lo falar. E o resultado disso foi um longo e molhado beijo, que eu não esperava ter tão cedo. Seus lábios eram incrivelmente macios, assim como o resto de si. Se eu pudesse descrever Adam em uma palavra, talvez escolhesse essa: macio. Macio, macio e macio. Pela primeira vez, pude ouvir tudo que estava entalado em sua garganta e desesperado para falar. E desesperado mesmo: os primeiros segundos de beijo foram meio ansiosos, quase sem respirar, tamanha a vontade que ambos tinham de consumar o que a gente já sabia que era pra ser. Esqueci do mundo por um instante; o zumbido até sumira. Isso foi até Serena nos acordar, puxando a barra de nossas calças insistentemente.

Paramos num semi-abraço, meus braços envoltos no pescoço de Adam, olhando para a pequena estrela claramente enciumada.

- Que coisa, Serena! Pra que esse desespero todo, mulher!

Adam riu de leve, ainda olhando no fundo dos meus olhos com aquele sorriso bobo e infantil que só ele tem.

- Obrigado - disse, baixinho.

- Não me agradeça ainda, escoteiro. Quando sairmos dessa floresta, prometo te recompensar - De onde tirava coragem pra falar assim? - É que a Serena fica meio enciumada demais hahahaha... Eu vou te devolver pra Pokébola, hein! Babona.

Brincava com a pequena Clefairy, que mostrava a língua e cruzava os braços, emburrada. Yue, por sua vez, lambia os pelos de sua patinha feito um felino tomando seu banho. Ela não podia ligar menos para quem eu beijava ou deixava de beijar.

- Vamos descobrir de onde vem esse zumbido... Não tô gostando disso.

Rapidamente nos desvencilhamos, procurando de onde raios vinha aquela barulheira infernal.

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Depois do momento muy caliente entre o casal chegava o momento de averiguar o motivo do zumbido alto. Ambos saiam de trás da larga copa da arvore que os protegia das criaturas agora reveladas. Ao longe era possível ver um vasto ninho de pokémons insetos mais característicos de Hoenn. Dustoxs cercavam o perímetro protegendo Wurples e Cascoons que se baqueteavam com as folhas caídas pelo solo.

A expressão de Adam deixava claro que era um aglomerado de insetos que não deveriam estar ali. Além da vermelhidão do corpo do homem seu semblante estava em um misto de alegria pelo beijão recebido e surpresa pelos pokémons insetos logo a frente. Em uma rápida explicação sussurrada no ouvido de seu amado Vincent ele contava que o maior problema daquilo não era combater os pokémons insetos em si (Apesar que poderiam ser fortes e numerosos :p), mas sim os poros e venenos que eles utilizavam para imobilizar os invasores.

Caso Vincent optasse por um combate, seria bom pensar em meios para proteger seus pokémons de venenos ou paralisias possíveis. Adam ainda tinha a mão de seu amor firme com a sua e mostrava seu apoio independente se ficassem para lutar ou optassem por circundar a ameaça. A segunda opção sairia do atalho original mas certamente era mais segura apesar de demorada. Os pokémons demonstravam uma reação parecida com a de Yue até então: não se importavam muito com os humanos ao redor e seguiam sua vida de pokémons da floresta com a maior naturalidade do mundo.

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Droga... Não queria me estender muito pela floresta. Meu medo é acabar passando tempo demais por aqui e quando chegar na rota 104 somente quando for tarde demais. Ou pior: me perder no labirinto obscuro que a mata se torna quando anoitece. Estava com Adam, então evitava esses pensamentos temerosos. Se tinha alguém que conhecia os caminhos da floresta, era meu quase namorado. Por falar em quase namoro, a gente se beijou pela primeira vez e ficou por isso? Isso nos tornava... namorados? Essa era uma das minhas dificuldades com Adam, já que eu prefiro que as coisas sejam ditas através de frases, promessas e declarações e o escoteiro é bem mudo nesse sentido. Será que ele me pediria em namoro? Ou esperaria que eu fizesse isso? Será que...?

Bom, não tinha tempo para encucar com isso agora. Ainda tínhamos um longo dia pela frente até chegarmos em Rustboro. Lá nós poderíamos... conversar.

- Acho melhor a gente não passar por aí não - Disse, sussurrando baixinho ao pé do ouvido de Ambrose, seu aroma fresco me inebriando - não queria demorar muito, mas não gosto da ideia de incomodar esse ninho de Dustox não. Se ainda fossem Beautiflys...

- Não tem problema, a gente dá a volta. Acho que consigo cortar caminho ainda.

- Meu herói.

E com um beijo em sua bochecha gorda e corada, saímos de fininho para não incomodar os insetos venenosos. Detestava pokémons peçonhentos... Assim como as fadas, que sofrem contra golpes venenosos, me dava agonia só de pensar em alguns pokémons desse tipo. Era melhor contornarmos aquele problemão.

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Nem toda pedra precisa ser tirada do caminho. A decisão da dupla era acertada uma vez que os insetos conheciam o local com muito mais maestria que qualquer um dos humanos. Nada deixaria um pokémon mais furioso do que um ataque ao ninho onde criavam seus filhotes. A volta cobrava seu preço mesmo assim.

O teto vegetal impedia a passagem de boa parte dos raios solares mas era nítido a diferença entre cada uma das fases do dia até chegar o mais profundo breu da noite. Adam tinha as manhas de andar na floresta então logo pegou sua lanterna e começou a iluminar o caminho por onde passavam. Um pouco de luz escapava para dentro da floresta por entre as folhas e galhos espessos. O sol já começava a mudar sua direção dando lugar ao satélite natural daquele mundo e como todos bem sabiam...a noite outras criaturas começavam a despertar de suas tocas.

O escoteiro fazia o seu melhor para desviar os caminhos mais íngremes e árduos a fim de levar seu amado e suas pokémons em segurança de volta para a trilha original. Um suspiro escapava de seus lábios e corpo ofegantes. Não era apenas um acumulo físico, mas também mental aquela altura. Adam consultou sua bussola uma última vez apenas para constatar o pior: ela não funcionaria mais dali em diante enquanto seguiam um pequeno invasor dava as caras vindo lentamente do alto até para na cabeça de Vincent que agora tinha um topete rosado e amarelo em sua cabeça. A voz de sua irmão vinha serena e graciosa em sua mente.

- Vai ficar tudo bem. Ela não deseja o seu mal.

Ao contrario do que a voz dizia um fio de seda era disparado contra as mãos de Vincent e Adam que agora estavam unidas pelos fios brancos do destino em uma espécie de compromisso forçado pelas graças do destino.

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Já estava pronto para me desesperar com sabe-se-lá-Arceus o que pousara em minha cabeça quando a voz suave e ribombante de minha irmã ecoava em minha cabeça: "Vai ficar tudo bem. Ela não deseja o seu mal". Era difícil de confiar em seu doce conselho, visto que eu não fazia ideia do que era e Ambrose me olhava com uma cara meio indecifrável, mas definitivamente de tensão e surpresa. Com seu corpo em riste e as mãos separadas e prontas para agir caso necessário, estava com a boca acerta e os olhos arregalados. Antes que agisse para me proteger, bradei:

- Calma! Calma! Acho que não quer meu mal... Ela só...

Foi quando fui interrompido com uma junção de mãos forçosa pela coisa, que envolvia minha mão com a do Adam num jato de... teia de inseto? Ai, eu não gostava disso, e Serena também não, já que agora ameaçava atacar a coisa em minha cabeça com sua carinha fechada numa careta brava. Torcendo para que a coisa entendesse minha linguagem humana, avisei com cuidado:

- Olha só, não queremos o seu mal também não, coisinha! Eu vou com cuidado te tirar da minha cabeça, tá? Por favor não me ataque... Sério.

E, lenta e delicadamente, abaixava a cabeça para meio que... não sei, deixar a coisa sair de lá? Torcia para que me entendesse e não interpretasse aquilo como desaforo ou qualquer coisa assim e acabe por me envenenar em defesa própria. Junto de Ambrose, que não tinha opção a não ser me seguir, abaixamos.

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Vincent tentava agir de acordo com o máximo de cautela possível. Não fosse a voz acalentadora de sua irmã talvez a situação tivesse se desenrolado em um combate. Com a mão livre ele conseguia sentia o corpo ondulado e as camadas do pokémon inseto. Lentamente a criaturinha se deixava ser retirada do topo da cabeça do treinador. Suas diversas patinhas procuravam um local para pousar e logo desceu para o solo ficando equidistantemente  afastada de Yue e Serena.

#005 - Quebrando o Gelo Wurmple

A cara de Adam deduzia o pior cenário possível. Claro que estar amarrado com Vincent era uma coisa até que boa para os dois, mas esse não era o ponto a ser observado naquele momento. No pior dos cenários o Wurple estava acompanhando a dupla desde o caloroso momento do beijo e fazia parte do grupo dos Dustoxs. Não é preciso ser o mais esperto dos treinadores para saber que pais tendem a ficar muito furiosos quando alguém mexe com um de seus filhos, quem dirá sequestrar um filhote para longe do ninho. Isso é claro se aquele Wurmple fosse realmente daquele grupo. Haviam muitas variáveis desconhecidas em questão fazendo com que Ambrose levasse a mão livre até sua cabeça em um facepalm. Deviam seguir ou voltar?

O explorador achava melhor seguirem adiante. Não é como se todos os filhotes ficassem no ninho para sempre e a cada minuto que ficavam dentro da mata as chances de encontrarem problemas crescia exponencialmente. Serena e Yue não eram muito chegadas na nova amiguinha inseto e venenosa. Ela sorria com seus olhos e nem dava bola para as duas parando procurando abrigo entre os pés de Vincent. Tretas a parte...ainda estavam presos pela teia e precisavam dar um jeito nisso. Além de decidir o que fazer a seguir :p.

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A dúvida que pairava me dividia: será que aquele pequeno Wurmplezinho tinha vindo daquele ninho venenoso que passamos antes? Se fosse o caso, era óbvio que evitaria mexer com ele. A última coisa que eu precisava hoje era um bando de Dustox's ensandecidas correndo atrás da gente, que por sinal ainda estávamos de mãos atadas; literalmente. Enquanto decidia o que fazer com a pequena lagarta avermelhada, ainda tinha de lidar com aquela união de mãos forçosa. É claro que gostava de estar de mãos dadas com Ambrose; o calor de suas mãozinhas suadas me era muito agradável. Mas me sentia preso naquela seda esbranquiçada, e qualquer coisa que me causasse esse sentimento claustrofóbico era o suficiente para me deixar louco, mesmo que seja a mão de meu amado. Com certo esforço, pedia para Serena alcançar a pokébola de Taillow em meu bolso, ainda abaixado junto de Adam. Assim que saísse, pediria para usar de seu bico afiado para nos separar.

Fora isso, Ambrose dizia que não via problema em deixar o pokémon inseto para trás; não era como se fosse indefeso, e deixara isso bem evidente quando uniu nossas mãos com tanta habilidade. E por esse lado, eu concordava. Mas por outro, me sentia meio mal de retirar o pobre coitado de seu ninho (se é que esse rapto de fato acontecera) e deixá-lo a esmo depois. Dividido, decidi por seguir Ambrose. Aquele Wurmple teria de aprender a se virar na natureza como todos os outros pokémons. Não fazia nada de errado, né? De todo modo, concordei com meu quase namorado enquanto esperava Clefairy achar a bendita pokébola de Taillow.

- Você está certo... Vamos seguir viagem. Esse Wurmple vai achar seu caminho.

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Vincent havia pensado bastante sobre que atitude tomar com a pequena criatura rosada que corria para as costas do jovem de cabelos rosados logo que via seu predador natural iniciar um ataque contra sua principal arma de defesa e ataque a rasgando gradualmente até liberar a mão de seu dono e de Ambrose. Apesar de Starchild pensar que o inseto sabia cuidar de si mesmo, os olhinhos do Wurmple transpareciam lágrimas ao saber que seria abandonado a sua própria sorte naquela noite escura onde predadores vorazes começariam suas caçadas em busca de um alimento quentinho. Ele não queria ir mas percebia que se tentasse insistir em ser levado pelo jovem um combate talvez viesse a ocorre e ai além de abandonado seria ferido.

Ainda cabisbaixo o Wurmple começava a se afastar lentamente. Olhou para trás algumas vezes buscando o olhar de um dos humanos enquanto seu corpinho seguia avançando para dentro da floresta. Agora sozinho.

Adam e Vincent já podiam partir a qualquer momento mais Taillow começou a piar. Algo se aproximava em velocidade e volume dentro da floresta. Algo que sabia a localização de Vincent, Ambrose e seus amados pokémons...

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