Tudo começou aqui...

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Barry claramente estava tendo um início difícil ao lado de Poliwag, quem ele tinha escolhido para ser seu parceiro de jornada. O aquático se mostrava um tantinho rebelde e até se recusava a acompanhar o garoto, fazendo com que ambos ficassem ali empacados num pequeno laguinho decorativo que ficava num parque próximo ao centro da cidade. Poliwag não estava assim tão errado, afinal era um dia quente e provavelmente a água estava bem mais refrescante, até o Rotom Phone concordaria um pouco quando acionasse a função Pokédex:


Isso respondia o porque queria estar na água ao invés de sair andando por aí rumo aos objetivos de Barry, além de justificar um pouco a força que podia ter sido aquele tapa que Poliwag deu na mão do garoto. Imagine só, ela fazia dele um bom nadador então devia ser bem forte! Mas, no fim, a Dex não deu a resposta que Flame mais queria: como lidar com o Pokémon rebeldinho?

Sem muita ideia do que fazer pra convencer Poliwag a lhe acompanhar, Barry apenas encontrou o banco mais próximo do laguinho e ali se deitou, apoiando a cabeça na mochila e caindo num cochilo repentino. Acordou com a pressa da hora que passava sem uma solução para seu problema que seguia sem solução.

Frustrado e perdido, Barry saiu andando para fora do parque, deixando Poliwag para trás. O menino atravessou a rua sem saber exatamente para onde devia ir, pois sua cabeça só pensava em duas coisas: "como fazer Poliwag obedecer" e "onde eu acho uma lanchonete"?! Pois ele conseguiria resposta pra segunda questão logo que caminhasse pela avenida principal, aquela que contornava o parque.

Ali havia uma pequena cafeteria com várias opções de lanches, doces ou salgados, além de bebidas, quentes ou geladas. Dentro o clima era mais agradável graças ao ar condicionado. Os cheiros eram de dar água na boca, e dava até pra dar uma olhadinha no que as pessoas comiam se quisesse ter uma ideia. O lugar não estava cheio, então era possível achar uma mesa vazia caso quisesse ficar por ali, ou simplesmente pedir para o lanche ser servido "pra viagem", e assim pegar e levar embora.

Quanto ao Poliwag... Só voltando pra onde o deixou pra saber se algo aconteceu!

Flame – Manhã | 30°C – Viridian

Na pressa por reencontrar o Poliwag que ficou no lago, Flame acabou deixando para trás todos os lanches que tinha recém comprado, caídos aleatoriamente pelo caminho que ele atravessou. No fim, apesar do susto, reencontrou seu Pokémon bem onde tinha deixado.

Poliwag ainda era o mesmo apesar de ter tido empatia com as lágrimas do garoto, então acabou sendo posto de volta na Pokébola contra sua vontade. Reagindo à sua própria vontade, o aquático deixou a esfera sozinho, se colocando na frente de Barry, fazendo careta e bradando, contrariado.

Nem daria tempo pra algo acontecer no meio disso tudo, porque logo ouviram o som alto de um apito. Vindo pelo mesmo caminho que o garoto fez da lanchonete até ali, um policial corria na direção deles, apitando. Apesar da cara de bravo, ele suavizou a expressão depois que viu Barry e seu Poliwag parados ali.


– Ei, mocinho. Foi você quem atirou comida pelo chão?! Tá tudo bem? Posso ajudar em alguma coisa? – numa das mãos ele trazia a embalagem rasgada e suja da lanchonete onde Barry esteve. Será que tinha se encrencado?

Off escreveu:

Oi! Olha só, uma dica:
Tente não narrar demais a cena, porque pode ser que o narrador tenha planejado algo pra acontecer no enredo. Tente se manter nas decisões e interpretações do seu personagem apenas, como ele reage ao ambiente e a outros personagens que estejam ali. Isso vale até pra evitar dar ações aos NPCs que não sejam seus, porque eles são como peças no tabuleiro, daí se você mover tudo sozinho compromete os planos do narrador ^^

Flame – Manhã | 30°C – Viridian

No fim, o policial apenas suspirou diante do pedido de desculpas do garoto e, acenando a cabeça, concordou:

– Tudo bem, eu entendo seu motivo agora. Mas, então, como prova do seu arrependimento, que tal voltar e recolher o que deixou cair, uhm?! Assim você me ajuda e fica tudo certo. – agora o homem colocava mais ânimo na voz, tentando animar também o menino – Se topar, é só juntar e por as coisas no lixo. Quando tiver terminado, me procure no meu posto ali do outro lado do parque. Talvez eu possa lhe dar uma recompensa por isso. – dava uma piscadinha e fazia um sinal de "joinha" com o polegar.

Depois, o policial partiu na direção de onde disse que ficava seu posto. Se Barry não quisesse colaborar com a tarefa, podia simplesmente ir embora dali com Poliwag que, cedo ou tarde, a equipe de limpeza da cidade passaria pra recolher o lixo deixado. Assim, só restava ao garoto decidir e agir.

Flame – Manhã | 30°C – Viridian

Poliwag era então convocado para usar suas habilidades naturais e ajudar com a limpeza da bagunça feita por seu treinador. Ele soprava jatinhos de água pra lavar o melado, que tinha ficado pelo bolo caído, e acumular as embalagens, enquanto Barry recolhia os papéis e plásticos para por no lixo.

O menino logo se sentou, talvez não por estar cansado fisicamente, mas sim por se preocupar em chegar logo no seu destino. A preocupação era tanta que ele nem tinha notado como Poliwag colaborou com o serviço e como ele agora se divertia lançando jatinhos de água pelo chão. Seria a diversão um segredo para a obediência do Pokémon?

A pergunta ficaria no ar, para ser respondida em outro momento, porque Barry teria que ser ligeiro em socorrer seu parceiro. Isso porque Poliwag soltou um gritinho até que alto quando um Pokémon selvagem pulou na sua frente. Ao que parecia, o rato estava muito interessado em comer aquela comida caída, mas o aquático tinha o dever de limpar tudo. Agora os dois se encaravam, trocando "palavras" incompreensíveis de ameaça... E o roedor estalando os dentes em desafio.

Flame – Manhã | 30°C – Viridian