[Battle Pyramid] Os Desafios de um Ranger

Battle Pyramid!

Em uma cidade tão grandiosa quanto Goldenrod, acredita-se que qualquer coisa fora do comum chamasse atenção dos locais e dos turistas, não é? E sim, é verdade, mas não como imaginam. A chegada da gigantesca pirâmide verde-musgo só parava alguns dos transeuntes da movimentada cidade. Diferente de outras mais pacatas como Azalea, Mahogany, Vermillion, etc, a metrópole de Johto não parava nenhum segundo, nem mesmo para um evento dessa magnitude. O monumento magicamente voador surgia nos céus e eram poucos os que paravam para admirá-la.

E lá estava ela. Battle Pyramid. Quase do tamanho da cidade, cobrindo Goldenrod com uma sombra que fez a cidade ligar a luz de seus postes quase de imediato. Alguns treinadores erguiam seus PokéNav e eram rapidamente reconhecidos pelo maquinário: uma luz cor-de-rosa surgia envolvendo-os e erguendo-os na direção da pirâmide, provavelmente psíquicos de funcionários. Eventualmente, entravam na base da pirâmide e desapareciam.

Com Sckar não seria diferente. Uma energia também cor-de-rosa, mas agora combinada camadas arroxeadas, envolveu o treinador e o elevou para entrar na gigantesca pirâmide voadora. O treinador da Avengers era direcionado para outro lugar, diferente de onde os demais que foram abduzidos foram levados. Ao se aproximar da base, um alçapão se abriu, por onde Sckar fora introduzido dentro da pirâmide.

E a surpresa foi encontrar um ambiente tão, mas tão iluminado, que o adolescente teve que fechar os olhos de imediato. A iluminação excessiva não é uma hipérbole: imagine holofotes e mais holofotes ligados em uma distância pouco considerável, com as luzes todas direcionadas ao centro, onde você está. Não só é impossível enxergar algo além do brilho como também manter os olhos abertos. O alçapão fechava-se abaixo dos pés de Sckar e, bom...

Que comecem os jogos.

Battle Pyramid!

Pensando rápido para sair daquela situação complicada, Sckar lembrava de seus Safety Goggles, muito utilizado em explorações desérticas por proteger os olhos. O adolescente abriu a mochila, puxou os óculos e os colocou, o que ajudou bastante, mas não ao ponto de conseguir enxergar; como dito, as luzes eram tão fortes que cegavam toda vista frontal do rapaz, deixando-o somente se guiar pela periférica.

Tateando as paredes e ao mesmo tempo tendo ao menos a mínima noção de onde estava seguindo, Sckar encontrou um único botão também branco, praticamente impossível de se enxergar em meio à toda aquela iluminação de mesma cor. Apertou-o e, de imediato, uma porta se abriu em suas costas. As luzes desligaram e o treinador pode seguir em frente sem precisar de seus Safety Goggles. Assim que colocou os pés para fora, se deparou com um corredor gigantesco, com paredes revestidas do mesmo material verde-musgo que vira no exterior da pirâmide -- muito provavelmente onde não eram salas de teste o revestimento seria assim. O longo e vasto corredor vazio parecia inofensivo e, bom, poderia até ser, mas de uma pequena abertura na parede surgiu um holograma de um senhor vestido de mordomo, provavelmente um dos funcionários dali.

— Senhor Sckarshantallas Akuma, você está atrasado para a Batalha dos Campeões. — o holograma estalava os dedos, abrindo uma outra porta na parede onde estava; agora, ao invés de um corredor, estava uma escada para Sckar subir — Por favor, siga por aqui.

Battle Pyramid!

Subindo as escadas curioso para saber o que iria acontecer ou em qual caminho daria tudo aquilo, Sckar via um enorme feixe de luz após alguns segundos de subida, provavelmente onde dava o lance de escadas. Em passos lentos ou rápidos, o treinador seguiu seu rumo, sem saber o que estava acontecendo.

Assim que colocou os pés para fora, a porta fechou-se atrás de si e, ao olhar para frente, viu do que se tratava toda aquela formalidade do mordomo. Um campo de batalha, não muito diferente do que Sckar já conhecera em outros lugares, estava disposto em sua frente. A diferença? O teto, que era coberto, rapidamente se abria, aumentando ainda mais sua capacidade, agora para monstrinhos capazes de voarem terem melhor mobilidade. O mesmo mordomo de anteriormente surgia, ainda em forma de holograma, posicionando-o no meio do campo:

— Bem-vindo à Batalha dos Campeões, Sckarshantallas Akuma, da sociedade Avengers. — o senhor reverenciou o adolescente — Seu oponente, campeão da sociedade Requiem, estará aqui em breve.

Battle Pyramid!

Sckar retornava da batalha dos campeões não muito abalado pela derrota que sofreu: o adolescente via nisso uma oportunidade de crescer ainda mais como treinador. Retornando pela escada que o levara, após descer todo os degraus, Sckar se deparava com um enorme corredor, parecido com o que viu após sair da sala incrivelmente iluminada. Dessa vez, porém, há alguns metros de distância era possível ver uma versão mini das máquinas utilizadas em Centro Pokémon para recuperar monstrinhos.

Placa pendurada ao lado escreveu:

Para uso exclusivo de desafiantes da Battle Pyramid.

A pergunta é: quem que passaria por ali não seria um desafiante da BP? Mas tudo bem. Havia espaço para seis Pokéballs e, bom, Sckar já sabia muito bem o que fazer para recuperar a vitalidade de seus pequenos. Monstrinhos recuperados, o adolescente continuou prosseguindo pelo corredor, até chegar em uma bifurcação: do lado direito, um corredor com o que parecia água e do esquerdo um com diversas folhas mortas escondendo o chão.

Hora de fazer uma escolha.

Para qual lado prosseguir?

Battle Pyramid!

Inteligente em usar seus monstrinhos a seu favor, Sckar decidia liberar seu fiel escudeiro, Tutle, para acompanhá-lo pelo caminho alagado. O que parecia ser somente uma poça, aos poucos foi ficando cada vez mais fundo, ao ponto de cobrir a cabeça do adolescente. Essas horas que Blastoise lhe ajudava, servindo de boia para que atravessassem por ali. Inclusive, é bom comentar sobre como é o local onde estão nadando, né?

O corredor, que a princípio era estreito, foi se afastando até tornar-se largo. Embaixo do aquático nada se via: a água era turva, mas não era suja ou nada do tipo, ou Tutle teria percebido... Era propositalmente escura, para que não se visse o que havia debaixo. De repente, Blastoise parou. Desconfiado, o Pokémon falava algo em seu idioma ininteligível com Sckar e, abruptamente, nadava para trás. Um único segundo depois, onde ambos estavam era atingido por um tentáculo, provavelmente de algum Pokémon. A grande percepção do aquático salvava os dois de sofrerem um belo ataque desconhecido. Não seria nada muito grave, claro, já que Battle Pyramid não quer ser processada por machucar uma criança, mas ainda assim assustava um pouco.

Dito isso, um outro holograma surgia da parede, do mesmo mordomo de antes:

— Senhor Sckarshantallas, um simples e pequeno enigma para aquecer: os sensores dos tentáculos de Malamar são ativados pela movimentação na água. Você pode usar dois Pokémon para lhe auxiliar e chegar até a plataforma seguinte. — Alfred já ia se despedindo, mas lembrou de algo — Boa sorte.

Há cinco metros de distância de onde estava, uma forte luz iluminou uma plataforma, provavelmente onde Sckar deveria seguir para seu próximo desafio. E agora?