Pokémon Mythology RPG
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Calor...Estava calor demais.

Mamãe e Papai não eram as pessoas mais sensíveis e empáticas, e notei isso naquele exato momento em que, lentamente, sentia meu couro cabeludo derreter. A temperatura parecia estar beirando os 40 graus, e me sentia cada vez mais indisposta a sequer andar para frente.

Charle estava meio que na mesma. Ele abanava seu rosto com aquela couve, dando cerca de dez sacolejadas nas verduras, para se refrescar. Com pena, olhava para mim e, timidamente, balançava duas vezes, uma para cada direção, num ato de misericórdia para com minha pessoa.

Algo que não durava muito, pois ele logo sentia o calor voltando e novamente se abanava dez vezes, até sentir pena de mim novamente e fazer o mesmo com dois rápidos movimentos e voltar a atenção para si mesmo de novo.

Em meio aquele calor horrível, entretanto, consegui ver algo aparecendo no horizonte. Era um objeto branco e retangular, provavelmente uma placa de madeira pintada, para sinalizar o fim da aparentemente infinita Rota 1. Ao vê-la no horizonte, não pude deixar de arregalar os olhos e sorrir, instintivamente. Animada, exclamei:

Finalm-  
PUTA QUE ME PARIU! FINALMENTE! CARALHO. PUTA MERDA... PORRA!  

... Não fui eu quem disse isso. Jamais usaria esse tipo de linguajar chulo e repulsivo, então apenas olhei para o lado, observando que, de maneira estranha e quase que coincidente demais, uma outra pessoa estava atrás de mim.

Era um garoto que parecia ter uma idade semelhante a minha, porém maior. Bem... Não que isso seja particularmente difícil, tendo em conta que eu tenho menos de um metro e sessenta... De qualquer jeito, aquele rapaz era definitivamente o que eu, em apenas uma palavra, descreveria como “encrenqueiro”.

Eu falei, porra! Jalapeño, seu arrombado!   –  O loiro gritou, numa mistura de satisfação e raiva, dando um tapa- Não, um TAPÃO! Uma verdadeira bofetada na cara de um grande Pokémon que estava ao seu lado, e que eu não havia notado até aquele momento.

Era um Charizard, mas um bastante esquisito. Suas escamas não eram em tons alaranjados, e sim rubros, flertando com tons de vinho, algo que o tornava estranhamente muito mais imponente e perigoso, visualmente. Ele tinha algumas cicatrizes em seu corpo e rosto, com destaque para um olho leitoso, sem íris ou pupila, e asas com alguns pequenos rasgados nas pontas. Apenas vê-lo foi o suficiente para que eu engolisse em seco, levemente amedrontada, por reflexo.

E justamente por minha reação involuntária de tremer apenas por ver aquele monstro, me impressionei com o loiro que apenas estapeou o Pokémon, como se fosse um pequeno gatinho filhote indefeso.

Suas roupas eram bem folgadas, postas de forma completamente desleixada. Tinha o cabelo tingido, um par de brincos, alargadores e piercings, usava diversas pulseiras e até mesmo esmalte preto na unha...

Com tantos adornos, consegui me sentir mais ameaçada por ele do que pelo seu Charizard retirado de um filme de terror, e isso não era tarefa fácil. Por sorte, Charle poderia me ajudar a fugir caso aquilo acabasse escalando rápido demais, tendo em vista que, como Pokémon psíquico, provavelmente saberia usar o Teleport...

CHARLE?! – Olhei ao redor, rapidamente, e notei que o Oranguru havia desaparecido. Ou, melhor dizendo, se colocou de fininho de volta em sua Pokébola.

Miserável...

Infelizmente, o Oranguru fez o favor de me desfavorecer naquela situação, em dobro! Digo isso porque, acima de ter me deixado sozinha, meu grito de surpresa foi o suficiente para, obviamente, chamar a atenção da dupla bizarra.

Era hora de improvisar algo.

Charle! Charle, isso. Esse é o nome do meu... Hum... Pai? – A situação estressante não me permitia usar meu raciocínio corretamente. Além disso, não pude deixar de notar que, tentar emendar um ato daquela forma apenas chamava ainda mais a atenção daquele vândalo.

... Bem, foda-se. Bora correr pro Centro Pokémon, Jalapeño. Lá deve ter ar condicionado! Minha camisa tá colando nas costas nessa porra. Que merda. – Ele disse, enfiando a mão pela gola de sua blusa que estava abotoada de forma desordenada, e passando a mão nas costas rapidamente. – Não é possível que ninguém nunca quis tentar explodir o Sol. Bagulho punitivo do caralho. – Ele disse, em meio a xingamentos e estalos de língua, como se estivesse muito revoltado.

Com o Sol.

Eu acho que isso não seria muito inteligente... Na improvável situação que qualquer um de nós tivéssemos o poder de fogo para destruir o Sol, sua explosão provavelmente seria suficiente para soltar radiações e transformar tudo, incluindo eu e você, em uma geleia de cinzas e restos nojenta. Novamente, supondo que isso fosse minimamente possível. – Acabei soltando a frase, não notando que estava, naquele momento, tentando corrigir um sério candidato de mafioso em série.

O jovem, pela primeira vez, me encarou nos olhos de verdade. Sua sobrancelha estava arqueada, como se estivesse irritado. Não comigo, mas... Bem, comigo também. Mas algo me dizia que, aquela feição de incômodo se devia ao fato de que ele...

Entendi porra nenhuma. – Soltou, dando de ombros.

Seu Charizard apenas cruzou os braços, inconformado com a indiferença de seu treinador. Ele deu algumas boas encaradas para o Sol também, provavelmente querendo dar uma checada boba. Algo como... ”Será que alguém ouviu a ideia dela? Não vai explodir agora não, né?!”

Aquela situação esquisita em que tínhamos um diálogo não entre duas pessoas, mas sim dois monólogos que por algum motivo se conectavam, era muito desconfortante. Não me senti confortável para apenas seguir em frente, ignorando a explicação idiota de professora de ciências que acabei soltando ali. Ao mesmo tempo, o garoto loiro parecia encucado demais para se mover.

O grande réptil, entretanto, tremia bastante, começando a dar alguns grunhidos enquanto puxava a camisa de seu suposto treinador.

Para! Para com isso, porra! – O treinador logo deu um soco nas patas com garras do Charizard, e empurrou ele levemente para trás. – O Sol não vai explodir, cara. Seria bom demais pra ser verdade, porque daí viveríamos num mundo que só tem temperatura média, tipo 0 graus... Seria foda demais pra acontecer.

Aquilo pareceu confortar o Charizard, que agora me parecia claramente um belo de um covarde. Não cometi o erro de abrir a boca e corrigir ele novamente, por mais absurda que fosse sua afirmação.

Não me restavam muitas outras coisas para fazer, então decidi apenas seguir meu rumo, andando como se nada tivesse acontecido. Por reflexo, abracei minha bolsa próxima do corpo, e decidi continuar andando como se tudo aquilo não tivesse acontecido.

Ou, baixinha, tu tá com o celular aí?

... É claro. Um assalto...

Pode levar. Ele não é muito recente, pois eu não gosto muito de tecnologia, e meu jogo favorito sempre foi o da cobrinha, mas se você quiser mesmo assim, eu não ligo de-

Que horas são? – Ele perguntou, como se ignorasse minha justificativa evasiva, ajeitando sua franja e colocando ela para cima.

Com esse movimento, não pude deixar de notar o relógio que estava em seu pulso. E mesmo assim ele me perguntava as horas... Não podia ser um problema de bateria, pois se tratava de um relógio de ponteiro.

Espera, é justamente por isso que ele não sabe ver...

Onze pras onze. – Falei.

Ele é idiota demais para ler os ponteiros.





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Última edição por Food em Dom Jan 15 2023, 18:48, editado 1 vez(es)

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Eu estava acompanhando aquele menino já fazia alguns minutos.

Eu... Não sei explicar porquê. Acho que fiquei com medo dele me questionar o motivo de sair correndo e obter distância e preferi evitar o confronto. O que, analisando de modo frio nesse instante, foi uma decisão ainda pior.

Porra, mas tomar no cu também, os cara tão com o ar condicionado quebrado na porra do Centro Pokémon, caralho, os cara tão fazendo o que com o dinheiro das Pokebola? Enfiando no cu? Quer me fuder me beija, porra.
Acredito que até o final da tarde o equipamento já tenha sido consertado... Não que você se importe em saber disso...
Tô pouco me fudendo mesmo, porra. Até final da tarde eu já morri e o Jalapeño virou órfão! Vai ter que viver comendo terra e bosta.

E o Charizard coberto de cicatrizes tremeu os lábios e tampou seus olhos com as patinhas.

Olhei meu relógio e vi que já eram 13:05. Segundo meus planejamentos iniciais, eu deveria chegar no ginásio da cidade de Viridian até as 13:00 e ganhar a insígnia antes das 13:30. Já estava começando errado a minha jornada, e isso me frustrava mais do que o Sol frustrava aquele trombadinha.

Bem, eu vou para o ginásio. Pretendo ganhar minha primeira insígnia, e já estou atrasada na minha agenda. Então, com licença... – E segurei minha bolsa próxima do corpo, tomando distância.
É ISSO, CARALHO!
AÍ, QUE SUSTO! – O grito repentino dele me fez dar um tapa em seu rosto de maneira involuntária.

Para minha surpresa, ele, demonstrando que talvez não tivesse cérebro suficiente para processar dois estímulos simultâneos, focou sua atenção para o motivo que lhe fez dar aquela exclamação de ideia genial.

BORA NO GINÁSIO PEGAR AR CONDICIONADO ENTÃO, PÔ! EU ENTRO LÁ, CHUTO A BUNDA DO MARMANJO E A GENTE FICA NO FRIOZIN GOSTOSO.
Pode parar de gritar, por favor?
Tá bom, mas bora lá então, menina. Você deu a ideia então pode vir junto, Jalapenõ, para de tremer que você vai lutar sim, to pouco me fudendo. Minha blusa tá encharcada, anda logo, Blueberry.

Parei meus passos.

Do que você me chamou? Meu nome não é Blueberry.
Beleza então, Smurf.
Olha, se você puder me respeitar, eu agradeço! Eu tenho um nome e é um do qual tenho orgulho. Então, peço que, por favor, utilize ele-
Tá bom, porra. Viagra, você sabe onde fica o giná-

E dessa vez acertei um soco no rosto dele, por querer. Ele nem mexeu o corpo, e só franziu o cenho e olhou para mim. Notei naquele momento que nem falei para mamãe qual a música que eu iria querer tocar no meu velório. Espero que ela coloque alguma coisa mais clássica e suave, que remete a minha personalidade delicada, e que em hipótese alguma cogite nada eletrônico, porque me causa um pouco de náusea escutar. Mesmo que eu já venha a estar falecida, nesse caso.

Tu é meio agressiva de graça, né?

Olha quem fala! Um bruto que não consegue completar uma frase sem ter que emendar com alguma palavra chula ou de baixo calão, e que não sabe nem se portar diante de estranhos na rua!

Meu nome é Democratic. Democratic Bispos. Se desconfiarem que tu é uma intrusa no ginásio, fala isso pra provar que me conhece. Qual teu nome mesmo?
Sophia. Sofia Maria Ana Julia Helena Alice Amanda Cecília Elisa Isabela Bella Isabel Isa Laura Jéssica José Okido. Enfim, Sophia.
Caralho hein José, mas tomar no cu. Teve votação na família e cada um votou na própria sugestão nessa porra? Democracia é foda mesmo, a gente devia começar a decidir essas porra no zerinho um.

Suspirei, ignorando outro dos absurdos que aquele delinquente gostava de distribuir e chamar de “ideia”. Enquanto caminhávamos em dúvida de onde poderia ser o ginásio, demos a sorte de trombar com a entrada dele. A porta estava fechada; na verdade, lacrada. Várias faixas amarelas dizendo “não toque, área de investigação”.

Porra, que cortina foda! – Democratic exclamou, pegando algumas das faixas e rasgando ou alargando para conseguir chegar na maçaneta da entrada.
Vo-você é idiota?! Eu já vi primatas menos acéfalos que você! O que pensa que está fazendo?!
Entrando no ginásio, pô.
Seu ignóbil infeliz, se isso está aí, é por um bom motivo. Não é uma “cortina”, olha o absurdo que você está insinuando!! – Eu acho que já estava ficando irritada ao extremo, ou só notei que não levaria uma facada por xingar aquele paspalho, e comecei a falar demais.
Que isso fia, calma aí. Não precisa ficar ofendendo. Todo mundo tem problema, a vida não tá fácil pra ninguém não. Ao invés de perguntar “o que eu tô fazendo, idiota”, que tal começar a perguntar “como você tá indo, idiota”. – E ele falou tudo isso com a expressão mais limpa e séria no rosto, inclusive continuando a tentar abrir as faixas que pediam isolamento. – Tomar no cu, aliás. Essas cortina tão foda de tirar da frente.

Nesse momento, cheguei na conclusão de que o ideal era fingir demência e ir embora. O Charizard imenso não parecia que tentaria me impedir, já que ele tremia com as unhas na boca, como se pensasse “Ai, Arceus, espero que ninguém veja isso!”, e Democratic parecia ocupado fazendo suas idiotices. Dei meia volta, sabendo que o rapaz sequer notaria que estava indo embora.

E foi aí que trombei com alguém que não queria ter encontrado naquela situação...

Gi-giovanni...[b]

E engoli em seco, enquanto meus olhos correram pelo corpo do homem de queixo quadrado e um sorriso curto preso nos lábios. Seu semblante era extremamente intimidador e seu terno estava impecável; ainda que com um leve odor de cigarro.
– [b]Giovanni o caralho pô, já falei que me chamo Democratic. Pode chamar de Dem, mas Giovanni é de fuder, não tem nada a ver!
– O estúpido exclamou, de costas para nós, continuando a futucar os limites da entrada do ginásio...



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Última edição por Food em Sex Mar 22 2024, 20:00, editado 3 vez(es)

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- Bom dia. - Murmurou Giovanni, com sua feição de mafioso assustador.

O tom cínico claramente servia como uma intervenção; ele provavelmente queria dizer “Saiam da minha frente, ou vão achar vocês dentro de uma lata de concreto”. Abaixei a cabeça e pedi desculpas, dando um passo para o lado. Democratic, ainda de costas para o líder de ginásio, balançou a cabeça de maneira agressiva e respondeu, sem hesitar.

- Bom dia é o caralho, tá calor pra cacete.

O líder, com um sorriso torto e maldoso, assentiu com a cabeça e tirou seu chapéu, abanando o rosto enquanto afrouxava um pouco a sua gravata.

- Está difícil, mesmo.
- Difícil? Difícil é meu bom Arceus pecar. Tá FODA!

E a situação ganhou um tom de silêncio desconfortável pairando no ar.

Com exceção, é claro, das fitas plásticas que estavam sendo pouco a pouco rasgadas e amassadas da entrada do ginásio. Democratic continuava tentando "arrombar" a porta, enquanto eu ficava olhando para o lado e assoviando, fingindo olhar para o céu quando, na verdade, queria observar se haviam civis passando nos arredores (leia-se, testemunhas para caso sejamos mortos e encontrados em pedaços numa caçamba de lixo próxima).

Que forma estúpida de morrer... E tudo isso porque papai e mamãe cismaram que eu deveria parar de estudar para vadiar por aí, como esses vagabundos!

- Consegui, caralho! - Democratic anunciou enquanto eu apenas tampava meu rosto com uma das mãos, constrangida com a situação. Enquanto ele dava socos no ar, o Charizard  Jalapeño bateu algumas palminhas, esquecendo que estava tentando invadir um local restrito e sendo levado pela empolgação daquela conquista.

- Excelente.  - Disse Giovanni, também batendo algumas palmas, mesmo que com certo deboche.
- Valeu, mano.  - E, enrolando as faixas num formato de bolinha amassada, Democratic colocou as faixas de "Não toque. Não se aproxime" no bolso. Suspirou, satisfeito e virou de costas.

Foi aí que, pela primeira vez, deu de cara com o mafioso.

- Eita porra, é o Brock.  - Disse, em tom de falsa surpresa, mas com uma feição de indiferença.
- Giovanni.  – Falei, corrigindo Bispos. Mesmo levemente sem ar, pelo medo daquela figura soturna e imponente, acabei quebrando o silêncio para corrigir aquele equívoco crasso que presenciei.
- O Giovanni não é o do olho puxado lá?  - Democratic perguntou, entortando a cabeça e arqueando a sobrancelha, parecendo estar em sincera dúvida.

Inacreditável.

- Não, você confundindo-
- O que vieram fazer aqui?

O senhor Giovanni esperou a pessoa racional tentar falar para cortar a conversa. Não entendo como Democratic consegue sair ileso de tantas estupidezas que diz e faz.

Eu vim pegar um ar condicionado e o imã de geladeira, mas essa cortina idiota tava atrapalhando.
O ginásio não está operando no momento. – Giovanni colocou seu chapéu novamente, mexendo num bolso de seu terno em seguida.

Nesse instante, pensei que ele sacaria uma pistola ou algo do tipo. Ao invés disso, tirou um pequeno cartão, estendendo para Democratic.

Estamos buscando por alguém que possa nos ajudar com um serviço. Encontrar um item perdido. É uma solicitação disponível para todas as sociedades.  
Eu não faço essas porra ai não. – E deu um tapa na mão de Giovanni, que parecia paciente até demais, já que não demonstrou nenhum sinal de frustração com a recusa.

O líder de ginásio lançou seu olhar em minha direção.

Tenho pena de você. – E estendeu o cartão para mim.
Muito obrigada. –  E após pegar o cartão, passei o olho rapidamente por sua superfície.

“Perdemos o controle remoto do ar condicionado no ginásio de Veridian. A recompensa será dobrada se ele for entregue até o final da semana”.

... – Sério?
Achamos que o lendário Mew tenha relação com isso. – Giovanni disse, ainda mantendo sua faceta séria.
Mas... Mew não é uma lenda? O que ele iria querer com um simples controle de ar condicionado?
Pô, vai que é aqueles controles super fodas que abre uma passagem secreta pra um lendário fodão sendo criado artificialmente?! – Democratic Bispos palpitou, demonstrando, como sempre, sua habilidade em criar absurdos e falar asneiras.
N-não sei do que está falando, rapaz. É apenas um controle remoto de ar condicionado.

Por que parece que ele perdeu a compostura por uma fração de segundo?

Vocês já viram debaixo do caminhão? – Bispos perguntou, apontando para uma direção qualquer.
Sim. Aquilo não passava de um boato. – Giovanni respondeu, estalando a língua.

Por que esses dois estão se dando tão bem?!

Enquanto eles conversavam, dei mais atenção para o cartão. O pagamento em dinheiro era considerável, mas também havia um prêmio que era um Pokémon “raro e bastante cobiçado”. Não me interessava muito montar um time ou treinar, mas acabei ficando levemente curiosa com a colocação do texto.

Como eu entro em uma sociedade? – Perguntei.
Sei lá. –Democratic deu de ombros.
Eu estou falando com o senhor Giovanni.
Formalmente, você precisa fazer uma requisição na prefeitura de qualquer cidade. Mas talvez, nessa era de tecnologia em que vivemos, seja possível realizar esse procedimento online, na sua Pokédex.

Naquele momento, vi que seria difícil. Eu não tinha uma Pokédex. Fiquei sem jeito de fazer essa revelação e acabei apenas assentindo em silêncio.

Essa porra faz até isso? – Democratic indagou, jogando seu aparato para cima e para baixo, como se fosse uma... Sei lá, uma banana.
Imagino que acessando o site da Liga Pokémon, exista alguma área em que você registra os nomes dos treinadores, com seus IDs, e já pode começar a atuar. Provavelmente haverá uma espera para o sistema efetivar a entrada, ma-
Tá, tá, foda-se! Isa, tu vai mesmo atrás dessa merda? – Bispos perguntou, não se importando em xingar o serviço que foi oferecido pelo mafioso na nossa frente.

Respirei fundo.

Fiquei intrigada pela recompensa, sim. Mas não sei se possuo a especialização necessária para essa tarefa.

Mesmo já tendo estudado bastante sobre Pokémon, confesso que ainda existiam sim alguns fatores pelos quais me careciam mais expertise.

Vai ou não, porra? – Perguntou, cruzando os braços. – Eu ajudo, se tu for. A gente chama de Pravituum, porque soa engraçado.
Pravituum? Que nome terrível. Eu não quero participar de um grupo estúpido desses.
Democratic e os Fodas, então. O que acha?
Pravituum, certo. – Peguei a Pokédex da mão dele, com pressa. Incrivelmente, o garoto não reclamou.

Já comecei a procurar pela parte em que deveria preencher o formulário. Era perigoso deixar essa tarefa com ele. Sabe-se lá o que iria colocar nas questões e a burocracia infernal para alterar depois.

Mas... Por que decidiu me fazer esse convite, Democratic? – Indaguei, assim que notei a curiosa escolha do garoto. Nos conhecíamos há menos de duas horas, e não dividi nenhuma centelha de simpatia com ele.
Achei teu nome engraçado. Tipo, quero ver como preenche essa merda toda em situações diárias, já que geralmente os contratos só tem uma linha pra preencher, tá ligado?

Balancei a cabeça negativamente, preferindo o silêncio e o foco em responder o formulário. Nome, idade, ocupação, Pokémon, ID e outras coisas. Por fim, coloquei o nome de Pravituume conclui o registro. Aceitei a missão de Giovanni em seguida.

Foi aí que lembrei do lider e voltei minha atenção para a frente do ginásio onde estávamos, olhando para os arredores. Aparentemente, Giovanni já havia ido embora.

E ae, Helena? To com fome, porra...
Pronto. – Entreguei a Pokédex para Democratic.

O loiro balançou a cabeça negativamente e empurrou o apetrecho de volta para minhas mãos.

Pode ficar pra tu.
Mas... É seu. Deveria manter próximo, e guardar com cuidado. É muito valioso para um treinador. Por que não levar em seu bolso?
–  É que isso daí eu catei de um maluco dando mole esses dias mesmo, nem é meu.

MISSÃO 001:
GLITCH
Aceito!


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