Pokémon Mythology RPG
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Ground Zero

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Route 111
Ground Zero
Foi quando eu comecei a andar que eu de fato percebi a ambientação e o clima do dia e da rota. A princípio a Rota 111 era como qualquer outra que eu já estive, nada de tão especial ainda e sobre o clima, era aquele dia quente típico da região de Hoenn e eu estava de fato vestida para algo do tipo, com uma simples regata branca e shorts jeans, o problema em questão era quando fossemos chegar ao deserto. O calor desértico é bem diferente do calor tropical e eu com certeza não estou vestida para passar um tempo no deserto, ainda mais se for uma mudança abrupta de ambiente como eu prevejo. Mas pensando bem, como eu me prepararia para uma viagem no deserto? Ah, agora é tarde demais pra ficar me remoendo com pensamentos sobre isso.

- Bem, eu já te disse meu motivo de eu estar indo até o deserto. Eu provavelmente não vou encontrar lendário nenhum, já me conformei com isso, mas se eu tiver a possibilidade de ver um deles, eu gostaria de ver como eles agem. Se são todos iguais. deidades malignas que gostam de brincar com humanos. - Pra alguém que estava a pouco tempo completamente tímida e incapaz de falar palavras sem gaguejar, eu até que acabei me empolgando até demais. Demais a ponto de eu ter medo de afastar Ren de mim falando sobre isso, então eu tentava rapidamente mudar de tom: - Umm... quer dizer, eu não deveria sair falando de minhas experiências ruins com quem eu mal conheço. Me desculpe se te deixei desconfortável.

Aproveitaria a deixa que Ren fez para mudar de assunto, a resposta dele sobre o meu comentário sobre virarmos comida de Cacturne: - Eles de fato são autótrofos, mas sabe né, as entradas da pokédex que dizem que os Cacturne a noite procuram presas exaustas pelo calor do deserto. Pelo menos podemos agradecer que Mandibuzz não é um pokémon de Hoenn, desses sim a gente podia acabar virando comida. - E eu acho que conseguia desviar bem a conversa com uma brincadeira mais bem humorada. É claro que não vamos virar comida de ninguém, eu tenho meus pokémon para me proteger e Ren também deve ter os dele: - Eu também diria que não sou forte, mas acho que seria o cúmulo da auto depreciação dizer que sou uma treinadora fraca. Acho que nossos pokémon serão capazes de nos proteger bem.

E ainda seguíamos e de repente o GPS de Ren que estava aborrecendo o garoto agora apontava para uma direção. Agora a dúvida era se devíamos seguir por ali: - É um pouco fora do caminho, mas não vejo problema nenhum, eu mesma quero ver do que se trata também. - Ah Kathryne, você realmente consegue ter características de personalidade opostas ao mesmo tempo, curiosa e medrosa ao mesmo tempo. Porém, agora a parte curiosa se sobressaía: - O que pode estar emitindo esse sinal? Talvez seja alguém pedindo ajuda, então é melhor irmos mesmo. Não é como se tivesse uma hora marcada pra estarmos no deserto. - E então mudavamos levemente a direção do nosso trajeto.

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BY MAHIRO

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Ah sim, Kath está certa, o desvio é bem leve, nada que os tire de rota por muito tempo, até porque a cadeia de montanhas à oeste e leste dessa rota tratam de "estrangular" o caminho a uma trilha única. Então, só tiveram que se embrenhar no mato alto, numa área próxima ao paredão rochoso, onde algumas árvores formavam uma estreita área florestada.

Ah, mas Kath estava errada sobre algo: a sinalização não era um pedido de socorro. E que bom que não! Imagina ter um caso pra resolver logo no começo desse meet?! Em todo caso, a loira precisaria estar disposta a roçar suas pernocas na grama, enquanto o coordenador tinha que lidar com o radar de seu dispositivo rosa.

De alguma forma, o ponto piscando parecia se mover. Num primeiro instante era difícil dizer se era o objeto quem se movia, ou só o GPS do radar que ficava atualizando e recalibrando seus parâmetros. No fim, descobririam que era a primeira opção.

A primeira coisa que iriam notar era o brilho metálico que refletia alguns feixes de sol entre a grama, sobretudo nas áreas onde o mato se ausentava, quase ao pé das árvores. Depois, realmente veriam o objeto se mexer. A especialista em psíquicos poderia até jurar que era obra de um destes aquele feito. Mas, não. Olhos atentos encontrariam o Wurmple que tentava arrastar o objeto usando um fio de seda.

Apesar de tudo, o pequeno inseto se assustaria com a presença humana, abandonado imediatamente o objeto por ali, com o fio de seda e tudo, reluzindo no meio do verde e da terra. Aparentemente era só uma colher, curiosamente retorcida em ângulos estranhos. Provavelmente seu caráter metálico atraiu o sensor do radar. Por sorte, não era necessariamente um lixo, apesar de o parecer a princípio...

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Twisted Spoon x01 [Ren]


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Hiro ♡

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❁ lost under the surface





Route 111

Numb ♪

... As roupas. Como pude esquecer de um detalhe tão importante quanto as roupas?

Fato é que Ren Hughes definitivamente não tinha em sua bolsa um kit multiuso de dia de excursão pro deserto. Apesar de ter sim levado consigo uma garrafinha de água — que lamento informar, acabou de ser completamente bebida —, posso dizer que não estava lá muito preparado para enfrentar um agente tão fustigante e arrebatador quanto o deserto, seu sol queimante e seu ar que parecia puxar dos pulmões toda a umidade que um dia sonhara em ter. Em poucos minutos, a blusa que carregava nos ombros foi parar ao redor do jeans surrado, como uma saia improvisada.

A camiseta de algodão que lutasse para protegê-lo das queimaduras solares.

Tudo bem, eu entendo. Quero dizer... Em partes, ao menos — respondeu brevemente, guardando a garrafinha vazia de volta ao bolso lateral da mochila. Será que Dandara conseguiria reabastecer seu suprimento de água mais tarde? Ele fez uma careta ao pensar nisso, repreendendo-se por pensar na monstrinha como um bebedouro ambulante, e tornou a voltar sua atenção à treinadora ao seu lado. — Experiências ruins fazem parte da vida de todo mundo. As boas também, imagino. A diferença é que estas não costumam ficar tomando espaço em nossa mente tanto quanto as primeiras.

Além disso, ele sabia muito bem como era sentir uma curiosidade para com o estranho, o diferente, o mítico. Ora, não havia Ren saído de casa para buscar o seu próprio final feliz, até então um mito com o qual sempre vira apenas em sonho? Certamente, ele não estava em posição de julgar os desejos excêntricos de outros indivíduos, intrínsecos a ninguém mais além de si próprios. Ele não tinha conhecido nenhuma deidade maligna até o presente momento, mas quem era para poder julgar as experiências da loira?

... — ele manteve-se quieto por alguns instantes, pensando um pouco. Continuar discutindo hábitos alimentares de cactos e abutres não estava exatamente no seu top 10 coisas a se fazer numa viagem para o deserto, mas o restante do comentário da jovem chamou sua atenção. De volta à cadeia de pensamentos sussurrantes que sua mente insistia em ser, murmurou mais algumas palavras, incerto se Kathryne conseguiria compreendê-las em tão baixo volume. — De fato... Os Pokémon são fortes, corajosos em seguir alguém tão inferior e relutante em comparação a eles mesmos.

Dito isso, ele tentou focar-se no que estava fazendo. A suposta parada que estavam fazendo no momento não era de fato muito notável, e o coordenador duvidava muito que seu telefone era assim tão inovador a ponto de identificar pedidos de socorro aleatórios enquanto passeava. E de fato, após perseguir aquele maldito ponto amarelado por alguns minutos, deparou-se com nada mais que um inseto assustado, uma colher entortada e um novo rumo para ser seguido. — O que eu não daria por uma leve camisa de seda agora... — comentou, olhando para o fio esbranquiçado que o inseto havia deixado para trás, enquanto agachava-se para pegar a colher. — Pelo menos agora, se encontrarmos um sorvete ambulante, podemos matar um pouco desse calor.

Ele conseguiu exibir um sorriso ao fazer essa pequena piada, tentando deixar o clima mais ameno. Quero dizer, não literalmente, por que esquecera de trazer um ventilador portátil consigo. Mas enfim, com isso, aguardava Kathryne tomar alguma atitude ou falar algo para poder prosseguir com sua caminhada sob os infernais raios de calor.


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Route 111
Ground Zero
Eu disse que não estava lá muito preparada para uma viagem no deserto, mas Ren também não parecia estar tanto assim também. Não sei dizer como isso afeta as minhas emoções. De um lado é até confortante pois eu sei que eu não sou a única que mal tem ideia do que está fazendo mas essa parte confortante acabava aí, pois a possibilidade de vários problemas que podemos passar em um ambiente tão inóspito como um deserto me deixava ansiosa. Isso é, ainda estávamos um tanto longe de tal deserto, ou seja, ainda tem a possibilidade de gastarmos bastante de nossas energias antes de sequer chegarmos lá. E se esse sinal no Rotom Phone de Ren for um pedido de socorro, já sei que vamos ter trabalho.

Mas eu conseguia mascarar a ansiedade. E eu precisava fazer isso, pois se minha ansiedade transparecesse demais, era capaz de Ren ficar desconfortável ao meu lado e se sentir inseguro de prosseguir. Eu sei que vai ser difícil e mal nos conhecemos um ao outro, tínhamos que construir uma confiança e eu surtar não vai ajudar a construir confiança nenhuma. Eu tinha que ficar calma, pra isso eu apenas continuaria a conversar com o garoto, afinal, podia conhecê-lo mais desse jeito.

- Experiências ruins são marcantes pois geralmente elas significam a perda de algo. Desde coisas como simples bem materiais, como até mesmo pessoas queridas, ou até mesmo de um modo abstrato, a perda pode querer dizer uma mudança drástica no seu ponto de vista. Inclusive, justamente no meu segundo dia como treinadora, eu já cheguei a perder toda aquela inocência e otimismo que um treinador novato tem. - Tentaria evitar entrar em detalhes sobre esse dia, pois apesar de fazer tempo, ainda era algo pesado para mim. - Mas as boas experiências também tem um lugar especial pra mim. Eu não conheceria pessoas maravilhosas se eu não decidisse sair do meu conforto e então explorar o mundo. Eu até fui para fora de Hoenn, coisa que eu também não imaginaria de jeito nenhum.

- Inclusive, não foram só pessoas maravilhosas que eu conheci, mas os meus pokémon são companhias incríveis. Eu devo muito a eles, pois chegaram até literalmente a salvar minha vida. Isso me faz ter esse seu mesmo questionamento: por que eles seguem alguém aparentemente inferior como um ser humano? Dizem que a parceria entre treinador-pokémon é poderosa, capaz de proporcionar aos pokémon experiências que eles não teriam no mundo selvagem, pelo menos é a minha dedução e fenômenos como a mega evolução que é tida como o ápice dessa parceria faz com que isso faça sentido. Ou talvez não, talvez não seja tão complexo assim, talvez os pokemon simplesmente não nos veem como inferiores, mas sim como semelhantes.

Minha mente boiava nesses pensamentos que admito que quando chegamos ao lugar do tal sinal eu demorei um pouco pra perceber Ren falando comigo e então notava ele simplesmente com uma simples colher entortada em mãos, ok, talvez não tão simples porque eu acho que sei exatamente do que se trata.

- Espera um pouco, acho que sei o que essa colher é. Quer dizer, é uma colher mesmo, hehe, mas não uma colher qualquer. Não sei se eu já te disse, mas sou especialista em psíquicos, inclusive meu inicial foi um Alakazam, que se você conhece a espécie acho que você já sabe onde quero chegar. O que eu quero dizer é que dependendo do caso, se for o que eu penso que é, essa colher pode amplificar poderes psíquicos. Então, é, mais valiosa do que parece, então não vamos gastar em nenhum sorvete ambulante, hehe. - Falava em um tom bem humorado: - Bem, vamos continuar seguindo em direção as montanhas, acho que a gente não desviou muito. E por enquanto esse calor é só o calor tropical de Hoenn de todo dia, logo vai piorar. - Falava ainda em um tom bem humorado.

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BY MAHIRO

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O calor vai piorar, ela disse. Você viu?! Ela disse! E não estava mentindo, afinal de contas sabiam da fama que os desertos tem. Também, dava pra ter uma boa parcela de certeza que sorvetes ambulantes não seriam encontrados com facilidade por lá. Ambulantes sorveteiros? Talvez, mas não agora.

Por enquanto, tinham deixado a área florestada, se encaminhando para a escadinha de concreto que tratava de driblar o maior dos desníveis de altitude presentes naquela rota. Mesmo ali ainda tinham um pouco da companhia do verde, apesar de bem mais raro e espaçado. Mas, o que definitivamente chamava atenção eram as montanhas altas em ambos os lados, quase como se tentasse engoli-los entre suas paredes rochosas.

Foi só quando já se aproximavam do lago, distraídos pela conversa e pela sensação térmica mais agradável ali, é que algo realmente quebrou a tranquilidade da caminhada. Sabe quando matilhas brigam entre si como se não houvesse amanhã, disputando o que quer que seja, usualmente fêmeas ou comida?! Então, o que viram e ouviram lembrava muito isso.

Ao invés de cães, tínhamos um grupo bem hostil de Poochyenas que rosnavam umas para as outras, eventualmente se ameaçando com investidas e tentativas de dentadas. Brigavam bem na trilha que dava até o fim da rota, mas não havia ninguém por perto para ousar dispersar o grupo - além da nossa dupla de protagonistas, é claro. Além do mais, a Pokédex nem precisaria dizer nada, pois dava para ver como aqueles Pokémon estavam agressivos, rosnando até para este casal de jovens quando os viu. Sabem como o diz o ditado: se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come... Cuidado!

Ground Zero - Página 2 PoochyenaGround Zero - Página 2 PoochyenaGround Zero - Página 2 PoochyenaGround Zero - Página 2 Poochyena

Ren & Sleepy – Manhã | 28ºC – Rota 111
Progresso de rota - Renzinho :

Progresso de rota - Sleepy :

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Hiro ♡

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❁ lost under the surface





Route 111

Numb ♪

Desertos são sinônimos de vazio, desolamento, perdição. Por um lado, parecia ser uma descrição relativamente precisa, visto que o lugar está completamente vazio e sem uma única sombra de vida há quase um mês. Por outra, uma matilha de cães selvagens pulando por aí não era exatamente a melhor figura de escassez que havia por aí. Bem, era justo no final das contas, eles mal haviam visto um grão de areia em seus arredores, então também não podiam cobrar muito.

...

Kathryne pode não ser também a pessoa mais extrovertida do mundo, mas ela definitivamente sabia o que dizer. Ela tinha alguns pontos sólidos, afinal, que fizera questão de expressar. No entanto, por mais que aquilo tudo fizesse bastante sentido racionalmente falando, Ren manteve-se calado. O rapaz já havia ouvido o que a razão tinha a dizer sobre o assunto, e até então não havia feito muito com isso.

É complicado, sabe? Ter uma noção de "certo e errado", consciência das atitudes que devem ser tomadas, das consequências e recompensas, mas ainda assim ser incapaz de fazer algo. É como se você visse a vida passar por detrás de um filme, com você sendo o narrador semionisciente que apenas assiste, mas não pode influenciar em nada.

Por isso, apenas ouviu, sem falar muito mais. Talvez tenha deixado um clima estranho para com a loura, mas ele tinha mais coisas para pensar no momento. Apenas saíra de seu transe silencioso para exibir um sorriso e rir um pouco ao ouvir sobre a explicação da colher entortada. — É, acho que você está certa. Talvez eu esteja pensando demais naquilo que deveria ser simples. Mas não consigo evitar... — respondeu enquanto fitava fixamente a colher em suas mãos. Tenho a impressão de que ele não falava apenas sobre o utensílio de cozinha.

Eu não reclamaria se tivesse um carrinho de sorvetes dando sopa por aí, no entanto. Com certeza faria bem pros seus psíquicos, gelar um pouco o cérebro; e acho que meus feéricos também gostariam de umas guloseimas. — brincou por fim, fazendo menção aos tipos de Pokémon que treinava, além de tentar desfazer o clima tenso que instaurara anteriormente.

Não deu certo.

Em defesa de Ren, não foi culpa dele. Quero dizer, pelo menos eu acredito que ele não tenha nada a ver com um grupo de caninos furiosos que rosnavam em meio ao caminho que seguiam. "Para o norte nós vamos", disseram. Esqueceram-se de citar os bichos enraivecidos que encontrariam no caminho. Poxa, cadê meus tijolos amarelinhos para manter-me são e salvo?!

Ao notar os monstrinhos e sua mais que visível hostilidade, recuou um passo, rapidamente repensando planos em sua cabeça. Duvido muito que ele tenha capacidades físicas boas o bastante para despistar cães selvagens numa corrida na mata. Ficar ali parado à mercê dos mesmos também não era muito agradável. E imagino que a treinadora de psíquicos não ficaria muito feliz se fosse empurrada para servir como isca.

É... Cachorrinhos fofinhos? Ah, droga, que clichê... — disse ele, quando notou o que estava fazendo. Ren Hughes, treinador e coordenador, especializado em fadas, procurando um deserto místico, jogou uma colher entortada na direção de uma matilha raivosa numa pífia tentativa de distrair os mamíferos com uma brincadeira de pegar o graveto — ou colher.

Não quero nem ver os resultados.


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Route 111
Ground Zero
O silêncio em que o menino de cabelos rosados ficava ao me ouvir certamente me incomodava um pouco. Eu estaria falando demais e por consequência irritando-o? Se não estiver irritando-o, estaria deixando ele entediado? Droga, por que falar com as pessoas é tão difícil? Quando crio coragem pra falar com os outros, eu acabo falando demais e deixando todos os meus pensamentos saírem, o que muitas vezes acaba irritando os outros, logo fazendo eu voltar ao meu estado tímido de sempre. E eu presumia que era esse o caso com Ren. Ele com certeza quer me pedir pra calar a boca, mas sabe que seria rude demais, logo é muito difícil fazer isso. Ahh, talvez eu estivesse pensando demais nisso tudo. Bem, pelo menos ele voltava a falar, o que me dava uma sensação de alívio.

- Heh, não tem problema. Na verdade é bem interessante pensar nas dúvidas que te aflige ao invés de deixá-las de lado. Pode causar aflição e ansiedade pensar em tanta coisa assim, mas é interessante. - Olha quem diz. Eu mesma estava pensando demais em coisas simples agora pouco. Talvez Ren não esteja incomodado comigo, apenas talvez. Vou tomar a liberdade e ficar um pouco mais falante, testar se ele realmente não está incomodado: - Na verdade, eu acho que não existem coisas simples no mundo, quer dizer, essa fala é obviamente um exagero, mas você pode criar complexidade de coisas "simples". Bem, acho que já falei demais e acabei só enchendo sua cabeça de pensamentos, hehe. Seria bom um sorvete mesmo pra dar uma "congelada" nesses pensamentos.

Agora eu decidiria ficar mais quieta, não porque me sentia que Ren estava incomodado, mas porque eu de fato falei demias, meio que nem tinha mais o que falar mesmo. Falar cansa e não é bom ficar cansada antes mesmo de chegar ao deserto. Deveríamos prosseguir calmamente, mas me parece que calmaria não seria algo que duraria muito. Eu notava um incomodo por parte de Ren, ele parecia mais tenso do que o usual e então eu notava uns sons estranhos, rosnados e então voilá, um grupo de Poochyenas.

Não sei o porquê mas aqueles cãezinhos não gostaram muito de nos ver por aqui. Se tinha algo que eu sabia era que correr deles não era uma opção. Entrar em uma luta? Não era o que eu queria fazer, por dois motivos: não queria cansar meus Pokémon e também, aqueles Poochyena não pareciam pokémon de nível muito alto e uma luta desbalanceada realmente faz eu me sentir mal. Mas enquanto eu boiava em pensamentos, foi Ren quem tomou a iniciativa, só que parece que não ia dar muito certo. O menino arremessava a colher que encontramos na direção dos dark-types.

- Uhh, Ren. Isso não é bom. Acho que infelizmente vamos ter que entrar em uma luta. - Bem, eles eram pokémon de nível baixo, pelo menos isso seria uma boa oportunidade pra eu construir a confiança com o meu Metang: - Umm... querido, não estamos em uma situação muito boa aqui, então confio em você pra me ajudar. Já comece atacando com o Metal Claw no Poochyena mais a esquerda, duas vezes. - Apesar de eu ter falado muito, eu tinha que ter dado minhas ordens de maneira mais sucinta, mas meu Metang se encontrava um pouco desorientado, saía da pokébola pra ver logo quatro Poochyenas olhando de maneira nada amigável.

Será que poderia dar errado?

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BY MAHIRO

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É, atirar a colher de metal não foi lá a melhor das ideias. Pensando pelo lado positivo: Ren conseguiu sim desviar a atenção dos canídeos que pararam tudo para olhar o que acontecia. Agora o lado negativo, vocês já devem ter concluído sem muita dificuldade.

Evidente que os bichos agora olhavam e rosnavam para a dupla parada daquele lado da estrada. Cães costumam ser bons em farejar medo, então ali era quase como se Kath tivesse se borrado sem querer, já que todo "mau odor" vinha de suas costas, onde Ren tentava se proteger dos selvagens.

De qualquer forma, aconteceu o inevitável: os Poochyena avançaram com as presas brilhando. Só que havia um Metang no meio do caminho agora, e ele era mais experiente e, felizmente, bem resistente a golpes que de outro modo podiam ser perigosos para ele receber. Assim, aparou todas as dentadas possíveis (Bite [-4 cada] x2), revidando sempre que possível com suas garras metálicas (Metal Claw [-38 cada]), conseguindo derrubar pelo menos metade da matilha até agora.

Apenas um casal estava de pé. Kathryne, sem querer, acabou decidindo a disputa sexual do bando, que agora queria mais uma "vingança" do que outra coisa.


Poochyena:
morto
Poochyena:
morto
Poochyena:
-
Poochyena:
-
Hold Item 1:
-
Hold Item 2:
-
Hold Item 3:
-
Hold Item 4:
-
Trait 1:
Run Away
Trait 2:
Quick Feet
Trait 3:
Run Away
Trait 4:
Run Away

lv15 Poochyena


0/35
lv15 Poochyena


0/35
lv15 Poochyena


35/35
lv15 Poochyena


35/35
Ground Zero - Página 2 PoochyenaGround Zero - Página 2 PoochyenaGround Zero - Página 2 PoochyenaGround Zero - Página 2 Poochyena
Ground Zero - Página 2 Metang
lv38 Metang


66/94
Trait:
Clear Body
Hold Item:
Power Band
Metang:
-

Campo: Campina aberta com pouquíssimas e esparsas árvores ao redor.

Ren & Sleepy – Manhã | 28ºC – Rota 111
Progresso de rota - Renzinho :

Progresso de rota - Sleepy :

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Hiro ♡

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❁ lost under the surface





Route 111

Numb ♪

Curioso pensar em como é fácil unir um grupo repleto de inimizades quando aparece algo ainda menos afável para todos os membros nele. Hostilidade e ódio podem até ter complicações e extensões desnecessárias, mas sua base sempre será simples: antipatia e desprezo. E bem, nada melhor para unir indivíduos repletos de ódio que algo em comum para odiarem juntos.

E é aqui que Ren entra. Para um garoto que teve acesso à tão boa educação da elite, ele conseguia ser bastante... trouxa às vezes. É claro que cãezinhos raivosos ficariam ainda mais raivosos se eles encontrassem colheres voadoras sendo arremessadas ao seu redor. Parece que o jovem estava tão preso e limitado em seu mundo de encanto e histórias que já não era mais capaz de reconhecer a realidade.

Bem, ele tinha medo de encarar a realidade, afinal. E faria o que fosse possível para continuar ignorando-a.

Ao menos, daqueles "vilões" ele não precisava esconder-se. Ele já estava se escondendo de muitas outras coisas naquele momento para acrescentar um bando de Poochyenas à lista. Por isso, vendo o desempenho de sua colega, ele lentamente saiu de trás da mesma. — Boa, Kath! E... Desculpa por ter feito isso. Posso tentar ajudar você, ao menos? Não gosto muito de mexer com bichinhos selvagens, mas acho que já é muito tarde para falar "oops, foi mal galera".

Tendo dito isso, sacou uma Poké Ball da mochila. A monstrinha eclodiu animadamente, alegre por ter sido convocada. Ainda jovem e inocente, Illaria certamente faria o seu melhor para agradar seu mestre e amigos. Ren ligeiramente amarrou um Power Belt no braço direito da Blissey, antes de conversar com a mesma. — Ei, amorzinho. Desculpa por incomodar. Acha que pode dar uma mãozinha para nosso amigo metálico aqui? Tente ficar afastada pra não ter problemas, esconda-se atrás dele, mas assim que puder, use uma sequência de Helping Hand, por favor.


Ground Zero - Página 2 109Ground Zero - Página 2 703 48 - Day Care


oi (:

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Route 111
Ground Zero
As minhas preocupações se mostravam sem fundação. Metang agia rápido e com calma o que é de se esperar de uma espécie que é literalmente conhecida como "supercomputador". Meu medo na verdade era que ele não confiasse em mim, ainda mais por colocá-lo em uma situação tão brusca dessas, mas de fato eu não tinha nada com o que me preocupar. Os Poochyena por si só não mostravam ameaça e caíam facilmente para as garras metálicas do pseudo lendário, o que me fazia até me sentir um pouco mal, afinal, nós somos os invasores aqui.. E um comentário de Ren reforçaria ainda mais essa situação.

- Não se preocupe, eu acho que esses Poochyena não iam sair do nosso pé mesmo se você não tivesse feito nada. E sim, pode me ajudar. - Apesar de não ser preciso, e eu estar quase acabando com a batalha, era bom ter ajuda. Afinal quem sabe algo de muito inesperado acontece? - Também não me sinto confortável atacando os pokémon selvagens, ainda mais quando eles caem tão facilmente assim, mas agora é tarde demais pra fazer alguma coisa mesmo. Enfim, Metang querido, Metal Claw nos dois últimos Poochyena restantes.

A ajuda da colossal rosada que Ren mandou a campo certamente causaria um cenário de "overkill", tanto que eu mesma espero não ser nada tão grave. Até porque eu até lembro de quando um ataque muito forte atingiu um dos meus oponentes em batalha e eu... não reagi muito bem. Então, é bom que nada demais aconteça, preciso estar bem composta para enfrentar um ambiente hostil como o deserto que ainda estava por vir.

Espero que essas também sejam preocupações sem fundamento. Nem começamos o nosso caminho direito e nem sei o que está por vir. Mas mesmo assim estou tentando ficar otimista e acreditar que não vão ser aqueles Poochyena que já vão me causar problemas. Olhando pelo lado bom, por mais que seja breve, conseguirei ver um dos Pokémon de Ren em batalha. É bom saber o que o meu parceiro tem sob a manga, por mais que seja mínimo. No momento aceito de tudo para ter uma sensação de segurança.

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BY MAHIRO

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