Pokémon Mythology RPG
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Ground Zero

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❁ lost under the surface





Route 111

Numb ♪

Calma, que?

Aconteceu tudo muito rápido. Em um instante, eles estavam vagando pelo deserto seguindo duas... raposas...? como se não houvesse amanhã, no outro, estavam sendo perseguidos por criaturas bizarras que, literalmente, tinham uma cara de bunda.

Ren mal teve tempo de entusiasmar-se junto de Edna. Não eram muitas as vezes em que Laylah conseguia interagir com um de seus parentes, e por mais que a situação não fosse a mais propícia para um chá da tarde com fofocas de monstrinhos, o coordenador ainda ficava contente pela Sylveon. Ela era uma ótima companhia para todos os momentos, e ele queria que a mesma se sentisse sempre bem e entretida também.

... Apesar de que monstros vindos da terra não fossem a companhia que ele estivesse pensando.

O rapaz havia se aproximado de sua Pokémon quando esta tinha parado, então ele viu de perto as aberrações — como arrependeu-se. Bastou um olhar para deixar-lhe nauseado, como se o estômago tivesse subido-lhe à boca (será que tinha acontecido algo parecido com as nádegas daqueles seres?). Atordoado pela visão, Ren apenas voltou aos seus sentidos após ouvir os gritos de Laylah e Albiere, ambos incentivando algo que deveria ser bastante claro: sumir dali.

Mas... Por que suas pernas não respondiam? O aprendiz sabia que deveria ir para longe dali, seguir Kathryne e o casal de idosos, mas... Ele não conseguia. Suas mãos, duras como pedra, seguravam firmemente os laços da Sylveon, enquanto suas pernas pareciam ser sugadas para dentro da areia. Ele não sabia se seus pés estavam sobrecarregados de tanto andar, se o medo tinha causado uma paralisia ou se aqueles bichos eram os primos bundudos da Medusa, o fato é que ele não conseguia sair dali.

Nem mesmo sua língua era capaz se realizar movimento qualquer, os músculos recusando-se a relaxar. O grito que ele emitia era silencioso, morria em sua garganta, sem mostrar-se para o mundo. E estava ali, no entanto, tão preso quanto o próprio Ren, incapaz de sair do lugar.

Quando se é traído pelo próprio corpo, em quem mais se pode confiar?

Ground Zero - Página 8 109 65 - Day Care

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A palavra de ordem era uma só, mas... Bem... Não podemos julgar que nem todos tiveram a mesma reação. O caos e a adrenalina provocam toda sorte de pânico, desorientação e até súbitos ganhos de forças e resistências. De repente vimos então um pouco de tudo por aqui.

Kathryne entrou no mood "pernas pra que te quero", sendo orientada basicamente por um Albiere que seguia na sua frente, por vantagem da iniciativa da fuga, mas também tirando fôlego sabe-se lá de onde. Edna vinha logo atrás da loira, no ritmo da senhora de idade e sedentária que ela era, mas dando o seu melhor para ganhar distância. Dimentio fechava a inevitável fila indiana dos que fugiam, enquanto Ren ficava para trás, paralisado de medo, segurando firmemente o laço de Laylah que não iria a lugar algum diante da ameaça.

Ren sentiria a pressão que a fada fez em seus dedos, tentando se desvencilhar do aperto para se por em defesa do treinador, insistindo em seus gritinhos ecoantes para impedir o avanço dos estranhos. Contudo, eles logo seriam vencidos pelo grande número daquelas "coisas" que vinham correndo em sua direção...

~ Ren
O sol intenso transformaria os borrões estreitos que cruzavam o ar num singular reflexo do material reluzente do qual os projéteis eram feitos. Laylah teria rebatido alguns com seu Hyper Voice, mas bastou um penetrar o contra-ataque para que Hughes sentisse o laço de sua Pokémon relaxar e fazer pressão para baixo, quando ela enfim cedia desacordada aos seus pés. Dali em diante, bastariam uns segundos para que o coordenador não visse mais nada. Um saco de tecido áspero foi posto em sua cabeça, deixando ver tão somente o claro e o escuro provocado pela luz do sol. Suas mãos seriam presas com firmeza nas costas, por uma corda grossa. No instante seguinte, Ren teria seu corpo erguido do chão como se fosse um boneco, jogado sobre um ombro qualquer - era possível reconhecer pelo tato e a respiração ruidosa do carregador - e se agitar no ritmo de uma caminhada intensa, não uma corrida.

~ Kath
Teria sido uma breve hesitação de Dimentio que poderia ter chamado atenção de Kathryne. Se não, de algum modo, a mente da loira se sentiria fortemente motivada a olhar para trás, talvez numa tentativa de seu psíquico de apontar o que acontecia com o aliado lá atrás. A distância já era grande entre o trio em fuga e Ren lá atrás, mas nenhuma das outras "coisas" que corriam pela areia em seu encalço demonstravam qualquer intenção de parar só por terem capturado um.


Ren & Sleepy – Manhã | 46ºC – Shimmer Desert

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Hiro ♡

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Route 111
Ground Zero
Não sei de onde eu tirei tanto fôlego, mas conseguia sair em disparada, usando toda a energia restante do meu corpo que não estava nada em forma, sob o sol intenso. Considerando esses fatores, eu não duraria muito, era até mesmo um milagre eu ter saído naquela disparada e eles não terem chegado até mim ainda. Mas por mais estranho que fosse, não podia olhar para trás, não podia me distrair, tenho que aproveitar o máximo que tenho. Mas ao mesmo tempo, o máximo que tenho não é o suficiente, estou em uma vasta área aberta, não há onde me esconder. Mas claro, não pensava nisso enquanto corria. Enquanto eu corria, eu simplesmente corria e nada mais.

Dimentio apertava o passo também ao meu lado, presumo que ele tenha olhado para trás. Mas não adiantaria, já sentia minhas fracas pernas ficando trêmulas e falhas, eu tinha poucos minutos, não, menos que um minuto, não aguentaria mais. E de fato não aguentaria, cedi, caí de joelhos, falhei. Bem, agora não tem mais problema em olhar para trás e assistir os perseguidores encurtarem a distância e inevitavelmente chegarem até mim. Faria o mínimo que eu podia fazer:

- Corram, não se preocupem comigo! - Tentava gritar, usando o resto de minhas forças, gritar para que Albiere, Edna e Ren ouvissem. Não falo isso porque é um ato de coragem, um sacrifício nobre. Na verdade é o meu medo que me fez gritar isso. Medo de ver pessoas que ficaram próximas de mim terem um destino ruim. Isso já aconteceu uma vez, não pode se repetir de novo. Porém, não esperaria meus perseguidores de braços abertos, eu iria resistir o máximo que pudesse. Pegava uma pokébola e chamava um de meus pokémon para fora antes que as figuras misteriosas chegassem.

O pokémon em questão era Zen, o meu querido Alakazam, que esteve comigo desde o começo e já salvou minha vida uma vez. Será que ele conseguiria fazer de novo? Espero que sim. - Querido, eu posso dizer que hoje é um dia parecido com aquele dia que você me salvou. - Eu conversava com o meu Alakazam, esboçando um risinho leve: - Então, preciso que você e Dimentio me protejam, me protejam o máximo possível. Sei que é exigir muito de vocês, exigir que vocês me tirem de uma enrascada que eu mesma me meti... por favor.

Os dois claramente não recusariam o pedido. Eu sei que os dois pokémon confiavam em mim, mas mesmo se não confiassem, a sobrevivência dos dois também estava em jogo. Zen via o desespero nos meus olhos, um desespero que ele conhece bem e que ele já viu de perto. Inclusive, eu olhava para trás, que no caso era a frente enquanto eu corria, tentando procurar pelos outros, ver se eles realmente estão fugindo como eu pedi, só que daí eu via algo que fazia aquele desespero crescer. Eu só via duas pessoas. Talvez fosse minha visão que já estava falhando me enganando, mas eu só via dois e conseguia dizer veementemente que era Ren quem estava faltando. O que aconteceu?

No fim, apenas virei meu olhar para a direção de onde os perseguidores viriam.

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BY MAHIRO

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❁ lost under the surface





Route 111

Numb ♪

... Era escuro.

Não fora a primeira vez que Ren se viu perdido, sem saber para onde ir e nem o que esperar, apesar de nunca ter sido assim tão literal. E mesmo antes, ele tivera aqueles ao seu lado em que podia confiar. Fosse sua doce avó ou seus companheiros de bolso, o coordenador nunca estivera de fato sozinho.

Por isso, quando sentiu o laço de Laylah soltar sua mão, ele entrou em desespero. A desconfortável sensação de ter o rosto encoberto por um saco e as mãos amarradas certamente não ajudavam, mas no momento, ele só conseguia pensar na Sylveon. Foram sua imprudência e hesitação que causaram o nocaute da feérica. O medo que ele sentiu, as pernas que não lhe responderam, custaram-lhe a amiga mais querida que tinha.

Talvez fosse indelicado afirmar que Hokori, seu inicial, não era seu Pokémon mais querido, mas não havia como dizer o contrário. Apesar de o mímico ser ótimo para sorrir, brincar e posar, era a Sylveon que era capaz de desvendar todos os seus segredos e preocupações através de um toque. Eram os laços dela que conseguiam tranquilizá-lo, independentemente da situação. Era sua presença que o dava forças para seguir em frente, pensando em um tão sonhado futuro brilhante, que viram sob as plácidas águas róseas de um lago.

Era sua silhueta que evocava a memória da falecida avó do rapaz, sempre acompanhada por sua própria Sylveon.

E ainda assim, ele fora irresponsável o bastante para deixar que a vulpina acabasse machucada, desmaiada sob a luz forte de um deserto, incapaz de devolvê-la a sua Poké Ball. Será que a esfera rosada havia caído no chão? Ele não conseguia senti-la em seu bolso.

Enquanto sacudia-se sobre aquele ombro rígido, lágrimas escorriam por sua face. Por que não tinha feito nada? Como conseguia ser tão inútil? Será que sua incapacidade de lidar com batalhas Pokémon e outros tipos de hostilidade era mais impertinente do que ele imaginara? Se não fosse essa sua débil mentalidade pacifista, talvez nada disso tivesse acontecido. Seria necessário apenas murmurar um "Hyper Beam" que tudo teria acabado. Mas ali, incapaz de reagir, ele acabou por sobrecarregar Laylah, que não fora capaz de lidar com tantas coisas ao mesmo tempo.

... Era escuro. E essa escuridão machucava. Doía tanto que, mais uma vez, Ren Hughes não fez nada além de chorar, tendo os olhos a lacrimejar enquanto sentia seu corpo balançar com o vai e vem de uma caminhada apressada. Ele estava cansado de decepcionar aos outros, a si mesmo. Ele sempre fizera isso: chorar, fugir, correr, não reagir. E aonde tinha chegado com isso tudo?

Os heróis das histórias que sua avó contava eram sempre proativos e capazes. Os únicos que fugiam eram os vilões, com sua visão inebriada pelos problemas, tomados pela escuridão dentro de si mesmos.

Até quando ele ficaria envolto por suas próprias sombras?

Ground Zero - Página 8 109 66 - Day Care

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Foi a queda de Kathryne que lhe deu tempo de compreender um pouco melhor do que acontecia ao seu redor, principalmente o membro faltante que era, sem dúvidas, quem mais importava para ela por agora. Edna e Albiere até hesitariam ao ver a garota caída, até porque a senhora vinha logo atrás dela, mas o apelo da loira só precisava ser feito uma única vez para que o casal repensasse e simplesmente retomasse a fuga. Por enquanto, vamos tentar não julgar se o certo, da parte deles, seria ficar e ajudar as crianças, ou se seria fugir e tentar encontrar outra forma de resgatá-los.

A especialista então teve que encarar de frente o que Ren encarou. A imagem de mais indivíduos do que ela podia contar, avançando em sua direção. Os mais próximos já tinham cordas e sacos de pano se agitando em suas mãos. Os mais distantes usavam ferramentas similares a armas de fogo, apontando para ela. Disparavam sucessivos projéteis que mal podiam ser vistos no ar, pela velocidade. Só que, diferente de Ren, a especialidade de Kathryne eram os Psíquicos, Pokémon notadamente habilidosos nas capacidades que davam nome à sua tipagem. Suas habilidades podiam escalar a um nível quase sobrenatural, em alguns casos.

Poucos metros de distância separaram Kathryne e seus Pokémon dos projéteis soníferos, quando os mesmos colidiram com algo translúcido no ar, produzindo vibrações multicoloridas que podiam ser percebidas nos pontos onde se chocaram com a barreira (Reflect). Dimentio fazia seu trabalho na defesa, enquanto Zen tinha o par de colheres reluzindo em lilás e roxo intensos.

De repente, as "criaturas" mais próximas começaram a desacelerar. Keyron saberia que aquilo não era efeito necessariamente de algum movimento ofensivo de Zen, até porque os que paravam largavam tudo que seguravam para levar as mãos à cabeça. Naturalmente, o Alakazam fazia uso de um dom peculiar e, com isso, acabava por revelar onde se concentrava a atividade cerebral daquelas coisas. Eram, afinal, humanos em trajes estranhos.

No fim, a Requiem conseguia o que pretendia, fazendo as figuras pararem de avançar, quer por dores, quer por receio, enquanto os atiradores também cessavam fogo depois de muito tentarem, sem sucesso. Infelizmente, em meio às camuflagens, ficaria difícil discernir Ren Hughes sendo levado para o lado oposto. Quando muito, só o reflexo rosado e discreto de Sylveon se distanciando no ombro de alguém faria a garota supor algo.

Infelizmente, para Kathryne, apesar dos efeitos, as criaturas seguiam hostis. O brilho metálico de um bom número de esferas começou a se destacar na areia. Uma clara ameaça: se Kathryne atacasse ou avançasse, teria resposta. Contudo, eles não pareciam dispostos a realmente machucá-la... Por que?

~ Ren
Era tudo escuro e logo as lágrimas, evaporando fácil com o calor, tornariam aquele saco de pano abafado e incomodo. Não havia som para ser ouvido, senão a respiração ofegante do carregador e, em algum momento um resmungo de dor que coincidiu com uma breve parada do homem. Talvez fosse isso, só uma coincidência, mas Ren podia jurar ter sentido uma leve dor de cabeça, o que pode ser encarado como efeito natural do abafamento, calor, emoções... Contudo, o importante aqui é que, bem, nada aconteceu com ele, a não ser continuar sendo levado sabe-se lá para onde.

São os vilões que costumam fugir, você disse?! E quanto aos idosos?


Ren & Sleepy – Manhã | 46ºC – Shimmer Desert

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Hiro ♡

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Route 111
Ground Zero
Por sorte, não precisei convencer o casal a me deixar para trás. Não queria lidar com pessoas tendo destinos ruins apenas porque andaram ao meu lado, pelo menos não de novo. Se bem que, isso já estava acontecendo outra vez, afinal Ren não podia ser visto em lugar algum, o que me preocupava e me deixava certa de que ele foi levado por aquelas figuras misteriosas. De fato aquela descoberta abalava o meu emocional, mas eu não podia me assustar e tomar uma decisão errada, eu tinha que ser calma e metódica.

Eu observava Zen e Dimentio segurando os perseguidores, observava com uma expressão neutra no rosto, uma expressão de quem está segurando um turbilhão de emoções dentro de si. Por mais que eu quisesse me livrar de todas aquelas criaturas ali, não seria possível, eram muitos, e sabe se lá se eles também não tem pokémon para ajudá-los e eles também atiravam com sabe-se lá o que, de uma distância bem considerável. Lutar era inviável, mesmo com os meus seis pokémon fora ao mesmo tempo.

O foco era em me defender apenas, ficar em uma posição reativa, com Dimentio segurando os projéteis com o seu Reflect e Zen punindo os que ousavam avançar. Estava tudo indo bem, tão bem que eu pude dar um suspiro de alívio, quando aquele grupo hostil simplesmente parava. Até pensava que foi devido a ameaça do Alakazam, mas o psíquico olhava para mim de maneira perplexa, como se não soubesse o porquê de terem parado. Zen se concentraria e tentaria analisar as mentes daquelas figuras, isso é, se eles tinham mentes.

Mas no fim, por mais que os hostis tenham parado, eu na verdade me encontrava em um impasse. Brilhos metálicos numerosos indicavam que eles não haviam se rendido, ou seja, eu não podia tentar nada ousado. Aquilo me deixava ansiosa e ficava ainda mais ansiosa quando eu via uma dessas figuras estranhas carregando algo rosado. As únicas coisas rosadas que tinham nessa imensidão de cor terrosa eram Ren e seus Pokémon. Aquilo confirmava para mim: Ren havia sido capturado e no fim cabe a mim fazer algo. Mas duvido que alguém como eu será capaz de fazer algo. Eu não tinha coragem para arriscar um combate e no fim restou a mim fazer uma certa coisa:

- Umm... por acaso vocês viram um garoto de cabelos rosados com um pokémon fada? - Essa certa coisa era conversa. Mal sabia se aquelas figuras sequer conseguiam falar, mas no fim, era a única coisa que minha falta de coragem me permitia fazer. No mais, eu falava de maneira que me fazia parecer desinformada, sendo que eu sabia que Ren havia sido levado. Mas claro, não podia deixar que soubessem que eu sabia disso.

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❁ lost under the surface





Route 111

Numb ♪

Sabe quando você termina com o seu namorado, e um mês depois, já tendo fingido que tava tudo muito bem, você deita na cama e deixa as lágrimas rolarem livremente até você cair de exaustão e dormir com aquele sentimento vazio no peito? É, não recomendo muito, costuma durar bem mais que um mês — para mim, pelo menos.

Aconteceu algo parecido com Ren, só que por alguns motivos diferentes.

Já fazia tempo que ele não estava em sua melhor forma, e que pensamentos... incômodos atormentavam sua mente. Com certeza, ser abduzido por bichos feios e estranhos que também nocautearam seu amigo mais próximo não ajuda em muita coisa. Com a cabeça sobrecarregada de informações e sentimentos, corpo exausto, saco úmido e lacrimejoso em que ele estava, era compreensível que alguém acabasse adormecendo — por puro cansaço.

Aparentemente, não era como se ele pudesse fazer muito mais, também. A ação estava na mão de um outro alguém: o casal de idosos que fugia pelo deserto. Já imaginou? Você saiu para o deserto para acompanhar seu companheiro de longa data em uma das pesquisas doidas dele, preparou seus sanduíches e garrafinhas d'água, pronta para enfrentar o que der e vier. Quer dizer... Dois jovens loucos perdidos? Um pouco de caridade não faz mal, né...? Talvez você até conseguisse recomendá-los um bom hospício no fim de tudo.

... Agora bichos ambulantes com cara de bunda? Nada disso meu bem: idosa sim, mas com pernas muito boas para correr. Quem disse que não existem vilões velhinhos? Ora bolas, para fugir daqueles trecos, até eu iria de bom gosto para o lado dos Rockets.

Ground Zero - Página 8 109 67 - Day Care

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Houve uma hesitação recíproca da reação de Kathryne. Até Zen entendia o posicionamento da treinadora e parava de afetar as mentes alheias, afinal ele em si já sabia o que eram aquelas criaturas. Assim, os mais próximos, munidos de sacolas e cordas, permaneceram em seu lugar, se entreolhando até que o mais próximo da garota fosse devidamente identificado e posicionado, pronto para quebrar o breve silêncio.

– Se renda assim como ele fez e nada vai acontecer com vocês. – a voz soava bastante distorcida em meio àquele aparato que ocupava a área da boca e do nariz de uma pessoa normal, era um bocado abafada e grave, masculina – Vocês se meteram com as pessoas erradas, vamos consertar antes que seja tarde.

Agora não havia dúvidas de que algo mais humano estava sob aquela roupa estranha e não era somente pela forma bípede. Entretanto, era difícil definir entonações como naturalmente ocorria em situações como essa. Em outras palavras, Kathryne dificilmente conseguiria entender, naquelas poucas frases, se estava sendo ameaçada ou amigavelmente aconselhada.

Ren estava longe o suficiente para não escutar nada que se passava por lá. Seu captor, mais preocupado em cumprir a própria tarefa, sequer parava para aguardar o restante do time. O mesmo valia para aquele que carregava Laylah no ombro, então logo a figura desacordada dela desapareceria por detrás de uma duna e Keyron a perderia de vista.

Por falar nisso, Albiere e Edna também não eram mais avistados, ocultos pelas dunas de alturas diversas, mas a visão periférica de Kathryne localizaria ao menos duas duplas daquelas criaturas avançando na direção para onde os velhos fugiram.


Ren & Sleepy – Manhã | 46ºC – Shimmer Desert

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Hiro ♡

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Falar com eles era uma aposta para me tirar desse impasse. Eu não tinha a menor ideia se funcionária ou não, sequer se conseguiria conversar com aquelas figuras, mas eu tentei mesmo assim. Em situações desesperadas assim, não tem como medir as possibilidades, você simplesmente escolhe o que está a sua frente. Mas, para a minha sorte, aquelas criaturas eram dotadas de fala, porém não parecia que isso sozinho seria capaz de resolver aquele impasse em que eu me encontrava, mas podia ser um começo. Eu só preciso ser cuidadosa, não fazer e nem falar nenhuma besteira. Eu suspirava e tentava me manter calma, mesmo que estivesse trêmula depois de ouvir a voz um tanto que horripilante do ser misterioso.

- Calma, acho que podemos resolver isso pacificamente. - Quando alguém pede para que as coisas sejam resolvidas pacificamente, tudo termina com as coisas sendo resolvidas de forma não pacífica, pelo menos era assim nos filmes. Mas eu não estava em um filme, embora gostaria que tudo isso fosse um: - Eu e o menino que vocês levaram só queremos sair daqui. Somos simples treinadores ingênuos que pensavam que conseguiriam alguma aventura e talvez coisas valiosas no deserto. Me leve até Ren e nós iremos embora e nunca pisaremos de volta aqui. E mais importante, não contaremos nada do que aconteceu, até porque eu mesma nem tenho muita noção do que está acontecendo mesmo.

De fato o que eu queria fazer era me encontrar com Ren e simplesmente dar um fora desse lugar horrível. Mas claro, eu não fugiria antes de saber se Edna e Albiere estavam seguros. Reitero, isso não é por motivos de valentia e nobreza, mas sim por medo de ter mais pessoas morrendo por minha culpa. Porém, me encontrar com Ren era a prioridade, afinal ele era quem estava em um perigo maior, já o casal, apesar da idade avançada deles, acho que já conseguiram abrir uma certa distância, eu poderia ficar sem me preocupar com eles por enquanto. Quer dizer, isso era o que eu achava até ver algumas daquelas figuras misteriosas indo na direção em que o casal fugiu. Droga, preciso agir rápido.

- Então, o que me dizem? Simplesmente iremos embora, vocês não precisarão se preocupar. Por favor, acreditem em mim. - Por mais que eu precisasse fazer alguma coisa o mais rápido possível, eu simplesmente dependia do fato daquele pelotão cair na meia verdade que eu soltei. Caso eles não acreditarem, não sei o que será de mim, mas provavelmente vou precisar resistir até o fim. Eu ainda me encontrava trêmula, olhando fixamente para quem eu presumo ser o líder daquele pelotão, afinal, foi ele quem chegou a falar. O calor do deserto não ajudava nenhum pouco na minha sensação.

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Houve um silêncio pesado e incomodo durante e após a resposta de Kath se desenvolver. Só o ruído do vento soprando pela areia preenchia aquele vazio inquietante, pois os perseguidores dos idosos já estavam longe o suficiente para terem seus passos ouvidos. Os demais seguiam bem quietos, com os olhos postos na loira e em seus Pokémon, exceto o daquela figura que falava com ela e eventualmente olhava para o aliado mais próximo dele como se estivessem tendo algum tipo de diálogo, ainda que nada pudesse ser ouvido ou enxergado de um gesto.

Zen e Dimentio, ainda em sua compreensão ampla e quase sobrenatural das coisas, pareciam ter antecipado as intenções das figuras estranhas. Então, os Pokémon relaxaram sua postura defensiva, relaxando um pouco. Em instantes, o que falava acenou a cabeça positivamente para a garota, completando:

– Ótimo. Venham comigo. – se deu ao luxo de guardar o saco de pano e as cordas num dos compartimentos do cinto cheio de bolsos que trazia na cintura.

Aquele indivíduo dei meia volta e caminhou na direção para onde Kath viu Sylveon ser levada. Os outros aliados da criatura, contudo, seguiriam prontos para agir e esperariam a garota seguir o "líder" antes de fazerem o mesmo. Em outras palavras, quando Keyron fosse atrás daquele que conversou com ela, os demais seguiriam, mantendo distância segura, cercando a garota como uma estratégia de contenção para qualquer plano de agressão e fuga dela.

Ren Hughes sentia que seu captor desacelerava a caminhada. Estaria cansado? Esperando por alguém? Chegando no destino? Sem poder enxergar, seria difícil dar uma resposta precisa num primeiro momento. Mas, talvez os outros sentidos pudessem ajudar, já que agora o especialista podia sentir um frescor significativo, que só podia ser proporcionado por uma larga e duradoura sombra. Também, havia ruídos diferentes à volta, alguns passos, metais, vozes...


Ren & Sleepy – Manhã | 46ºC – Shimmer Desert

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