A past and future secret

off escreveu:

Cada um vê apenas o descrito para si.

A dupla pondera sobre quais caminhos deveriam seguir, optando pela caminho que levaria ao passado, a dupla entra na mata, durante alguns minutos nada parecia acontecer de diferente, até em meio as arvores a dupla via um pequeno grupo de pedras, cobertas de musgo, formavam uma espécie primitiva de altar.


Gray nota que no chão, um garoto estava deitado em posição fetal, seus cabelos eram brancos e seu corpo estava enfaixado no peito. Ele respirava, mas parecia adormecido, uma espécie de sussurro chegava ao ouvido do rapaz.

Kiki ao olhar para o templo, percebe que o local tinha um silencio inquietante, algo chama a sua atenção para um ponto ao lado das pedras, uma garota de cabelos cacheados olhava para o chão, segurava uma pequena pena nas mãos.

Gray e Kiki se viam diante de algo estranho, ao olharem para o companheiro ao lado, percebiam que seus olhares iam para pontos distintos do local.

Talvez eu esteja avançando nos estágios da loucura ou algo assim, não saberei dizer. Só sei que, de algum modo, consegui ver sentido e compreender o que Gray disse sobre o paradoxo. Vai ver foi alguma gaveta de informações que se abriu na minha cabeça e trouxe clareza a isso.

Seguimos, então, mais uma vez pelo novo caminho que a própria situação nos indicava, sem muito questionar. Quando alcançamos o ponto para onde o "destino" - chamarei assim, por hora - queria nos levar, encontramos um pequeno altar de pedra, coberto com musgos e folhas. Era um cenário bem bonito, diga-se de passagem. Ao lado dele uma garotinha estava parada; não me parecia ser a primeira que encontramos antes, além de estar olhando com certa atenção para o chão.

– Oi. Tudo bem? Você tá sozinha aí? Não se assuste, não vamos te fazer mal. – quebrei o silêncio incomodo, até que me virei para pedir apoio à Gray e descobri que ele também olhava para o mesmo lugar que a menina. Contudo, eu só via a grama no chão – O que foi? Tem alguma coisa ali? – perguntei meio que para o rapaz e a garota, receando uma resposta.

off escreveu:

A dupla percebia que talvez estivessem vendo coisas separadas, não seria estranho após tudo que passaram.

Kiki se aproxima da menina, perguntando como ela estava, a garota apenas levanta os olhos e percebe que foi a mesma menina que olhava para ela todos os dias durante muitos anos pelo espelho.

Apenas estou cansada, triste de não poder sair e sinto saudades, saudade de todo mundo, inclusive dela... Não tenho vontade de mais nada...

A garota então se recolhe, virando de costas para Kiki e girava a penas nas mãos.

O rapaz se aproxima do menino caído e descendo da dragonesa, fala com ele, um tom de voz suave e que parecia entender o que acontecia. O garoto volta o rosto para Gray e ele constata o que já esperava, olhava para ele mesmo

Como vc pode falar isso? Se desde que eu nasci, só experimentei a dor ?

O garoto se enrola ainda mais sob o corpo.

O susto que eu tomei quando reconheci aquele olhar, aquela voz, aquele rosto, aquelas palavras... Acho que já entendi o que tá acontecendo aqui. Uma surpresa grande que me tirou a reação por alguns instantes. Eu não esperava por isso.

Foram as palavras de Gray para o que (ou quem) ele via ali no chão que me trouxe de volta até a situação. Nunca parei pra pensar o que eu podia dizer ou fazer pelo meu eu do passado, senão:

– Tá tudo bem sentir o que você sente e, saiba que pode parecer, mas você não tá sozinha. Sempre pode contar com seus irmãos, pais e contigo, sua própria criatividade, os livros, os filmes... Coisas que te levam a vários lugares, sem nem precisar sair de casa! E ainda te ensinam muito. Ah e, sabe, todos os passarinhos, no ninho, ficam lá desejando voar, protegidos pelos pais. Quando chega a hora certa, eles voam, e voam alto, sozinhos! Sem pressa. Na hora certa. – suspirei e sorri – Até a saudade é boa. Significa que você se importa e gosta daquilo que se foi. Mas, acredite, coisas novas sempre vem, ou estão aí pra você descobrir e explorar. Vale a pena criar novas lembranças e amizades.

off escreveu:

Ao se perceber na garota, Kiki se sentia assustada, mas as palavras do Ranger a trazem de volta a razão e ela usa sua experiência para confortar a garota, que olha para ela pensativa, ela suspira se levantando e olha nos olhos de Kiki.

O que eu mais sonhos é poder voar pelos céus, sentir o vento passar pelo meu corpo...

A garota baila a volta como se estivesse voando de olhos fechados, abrindo lentamente olhando para a especialista, ela sorri e fala.

Espero que sejamos livres para voar...

Ela então caminha na direção de Kiki e seu corpo se torna uma brisa que passa pelo corpo da garota, trazendo na mente as memorias mais felizes da infância dela e dos sonhos de voar.


O Ranger fala ao garoto que sabe o quanto que ele sofreu e vai sofrer, as coisas nunca foram fáceis para o especialista. O garoto levanta os olhos ao ver os pokémons e o rapaz falar sobre as pessoas que vai encontrar no caminho.

A escuridão parece não ter fim... Mas sei que meus amigos vão me ajudar a caminhar.

O menino caminha a volta dos pokémons passando a mão por eles, e se volta para Grey e fala.

Mesmo nos dias mais sombrios, eu sinto todos vcs comigo, é o que me dá esperança de continuar, vou ficar forte e com isso não vou permitir que ninguém passe por aqui que eu passei...

O menino se desfaz em sombras, que percorrem o corpo de Gray e seus pokémons como se os envolvesse em um abraço, as lembranças boas da infância de Grey percorrem sua mente.

O altar emite um brilho e agora ambos os especialistas vêm a garotinha surgir sorrindo a frente das pedras.

O passado pode ser doloroso, mas ele é a base da nossa vida, somente aceitando e perdoando nossos passados, podemos imaginar um futuro...

A menina então estende a mão e boneca entregue após a primeira batalha que a dupla carrega começava a brilhar.

Apesar da angústia e nostalgia que me veio ao encontrar aquele possível eu do passado, expressar aquelas palavras foi como se pequenas correntes fossem se quebrando em algum lugar dentro de mim. Aí quando, a menina fechou os olhos, bailou e sorriu, eu não consegui conter meu riso também.

As memórias vieram em seguida, pra me fazer resgatar as coisas boas do passado, sobretudo aquelas que me ajudaram a suportar e afastar os dias nebulosos de tristeza. Sei lá, me sentia mais leve... Quase tão leve quanto a brisa que acompanhou a menina quando ela sumiu de vista.

Levei um tempo pra conseguir voltar a retomar o foco no arredor, porque tinha sido tomada por lembranças e pensamentos diversos. Foi a voz da outra garota, aquela primeira que encontramos, que me despertou de volta pro presente (? - nem sei em que tempo estamos mais). Agora a boneca que ela tinha deixado conosco brilhava.

– E agora o que vem aí...?! – suspirei, tentando me preparar pro novo desconhecido.

A dupla vê a garota e percebe que haviam conseguido algo naquela investigação, a mesma então pega a boneca que brilhava e caminha para o altar fazendo o mesmo emitir um facho de luz para céu.

O cheiro de fumaça alcança as narinas dos treinadores, a pokémon dragão levanta a cabeça e buscava a direção do cheiro, girando para onde a dupla veio, ela emite o seu cry para Gray e indica a direção.


Ao chegarem no local, parecia uma ruina parecia com a que estavam a pouco, porem tudo parecia velho e destruído, as chamas crepitam a volta, Kiki vê uma senhora sentada ao chão com um pokémon no colo. Enquanto Gray vê um senhor ajoelhado com uma mulher idosa caída a sua frente. As chamas consumiam tudo a volta e todo o local ardia, ao centro das ruinas, ambos viam o Velho portando a espada de chamas, assim que vê os dois treinadores ele desaparece.