A Floresta e o Guardião

- Não, é claro que não ta! - Disse ele, em resposta a pergunta de Morelull.... quer dizer, que ele achava que era de Morelull - Se tivesse tudo bem, você acha que eu taria aqui cortando lenha enraivecido? - Continuou, extremamente ignorante até o cogumelo tocar-lhe o ombro e chamar-lhe a atenção - .... pera, quem são vocês? - Indagou, num ato meio espantado.
- Fui eu que chamei eles - Disse uma voz.
- Pra que? - Replicou o lenhador.
- Achei que você precisasse de amigos novos - Continuou a voz.
- ... você achou uma boa ideia me apresentar eles agora? E quem são eles? - Indagou o lenhador.
- Não faço ideia - Prosseguiu a voz.
- E você quer me apresentar amigos que nem me conhece?
- Ei... ei... quem são vocês?! - A voz gritou... sabe o que é estranho? É que o Morelull pulou do ombro do lenhador no exato momento que a voz começou a falar com Mavis e Vincent... será que... AH NÃO, NÃO PODE SER? SERÁ QUE ESSE MORELULL FALA?


- ... Por Deus, vocês não podiam ser menos... dramáticos? - Questionou Yue, com o cenho meio franzido - Vão direto ao ponto! - Ordenou, logo depois olhou para Vincent meio desnorteada - Era mesmo necessária minha presença aqui?
- Ta, eu sou Manuel, na verdade sou o Príncipe Manuel, do Reino da Estrela Guia. Sou o filho mais novo do Rei Edgard, só que meu irmão abriu mão da coroa e agora sobrou pra mim reinar e... advinhem só?! Eu NÃO QUERO SER REI. Por vários motivos, é isso - O desabafo repentino de desenho animado já rolou, agora é a vez de vocês.

- Oh, você também é uma nobre?! - Indagou Manuel - Então você sabe o que eu quero dizer! - Referiu-se animado.

Nesse momento, o homem largou o machado no chão e decidiu ir para mais perto dos dois garotos e seus pokémons. Em seu ombro, o Morelull continuou inerte, olhando a situação meio apreensivo. Desta vez, o cogumelo não falara nada. O homem então estende as mãos meio-sujas para os dois garotos e já deixa a entender porque diabos não serve para ser um rei.

Ele tem certa arrogância, mas não é, de modo algum, um cavalheiro. Talvez exale títulos, mas não exala a noção que um rei estereotipado tem que ter. Depois de cumprimentar todos um-por-um, limpa o suor da testa, suspira um pouco e responde a pergunta de Mavis com um pouco mais de calma, tendo sentado no chão e encarando um pouquinho Yue.

Ele a perguntava, com os olhos, se podia tocar em seu pelo nobre.

Sim, ele havia acreditado naquela baboseira de reino da lua. Enquanto a encarava, ele prosseguia:
- Eu não posso renunciar, mas eu posso fazer algo tão vergonhoso, que minha família será forçada a passar a coroa para meu primo - Disse, ponto um dos dedos indicadores na boca - Acho que a única forma de eu não ser rei, é desonrando o meu nome ou o de minha família. Ou os dois - Era engraçado como ele parecia mais pensativo do que triste - Eu posso... matar um Cardial. Isso resolveria, mas matar alguém não é legal. Na verdade, acho que crimes tão fora de cogitação. Incesto é uma opção, mas acho que ninguém toparia esse esquema comigo... eu poderia... Tsk - Parou no meio da frase.
- De todas as opções que você pensa, falar a verdade não é a mais simples? - Questionou o cogumelo.
- ... É.
- Pois então.
- As vezes eu acho que você é minha consciência - Disse ele, um pouquinho cabisbaixo, olhando para o chão. Deu uma pequena pausa, olhou para os olhos dos dois protagonistas e prosseguiu - Acho que vou só contar pros súditos que eu sou gay e pronto. Já tem tanto rumor! Isso deve ser suficiente, um rei que não segue os dogmas é impensável, né? Minha família toda já sabe, mas eles ficam querendo me casar, me endireitar, uma hora isso ira acontecer - Ele procurava, nessas frases, a confirmação de Yue. Teria? Não sei.

OFF: Pacify amore, você pretende seguir a Dungeon? Não lembro da sua resposta, se é que eu fiz essa pergunta QQQ Gente ainda faltam 10 posts pra rota acabar, ta?! Contei agora. Passamos um pouco da metade UHUL!!

Sabe quando você vive na monarquia a tanto tempo e dois alienígenas surgem no seu mundo e você não percebe?! Pois então, era isso que estava acontecendo com Manuel. Para ele, Incesto e Assassinato deveriam ser o equivalente a ser Gay para qualquer um que ouvisse a história, e ele só falara aquilo de forma "banal" para soar como brincadeira, porque caso Mavis e Vincent não aceitassem bem, ele apenas falaria que era tudo uma brincadeira e pronto.

Só que, como os dois não lhe reconheceram a priori, e o Morelull lhe pediu para confiar neles o problema, Manuel foi um pouco mais aberto. Ainda assim, ele deu um passo para trás e cambaleou! Como se tivesse sido acertado por um "soco metafórico" e estivesse um pouco zonzo depois disso.
- ... vocês não acham maluquice?! - Indagou, ainda incrédulo - Quer dizer, família é família. O laço mais importante de todos. Se eu matasse alguém, minha mãe faria de tudo para me acobertar, mas uma pessoa normal não tem que me acobertar. Com o fato de eu ser gay, é a mesma coisa... não?

Num momento outro, ele olhou para a própria mão e a viu com sangues. No mesmo instante, concluiu que não serviria para matar ninguém. Logo em seguida ergueu os olhos para Mavis novamente:
- Você realmente faria isso por mim? Não é tipo um... pecado? Você não tem medo do inferno? Da sua família te odiar pra sempre? Dos seus pais verem? Da vergonha que você vai ser pras pessoas? De tudo isso? - Continuava com tom incrédulo - Acho que posso te deixar no castelo comigo por um tempo, mas você tem certeza mesmo? Você é tão corajoso assim? Eu to a anos pensando nisso, enquanto você decide fazer isso em alguns segundos. Estou me sentindo um covarde...
Morelull cogitara intervir com uma informação óbvia, pensou, pensou, pensou, até que o fez:
- Eles não são de Estrela Guia - Foi pontual.
- Ah... então... - Então não tem vergonha pra família e talz, né Manuel?! - Mas mesmo assim! Ok, ok, vamos começar de novo. Você pode me explicar... quem é você e o que faz aqui? -O homem dera uma pequena pausa, respirara fundo e continuara - Se quer mesmo continuar com a ideia, é bom saber que o reino é bem grande e teremos que convocar no mínimo todos.