A Floresta e o Guardião

OFF: E PELOS MEUS CALCULOS, ESTAMOS A CINCO POSTS DE ACABAR ISSO!!!!

Vem cá, vamos falar sério: é difícil levar a sério um bandido quando ele tem uma pequena foquinha graciosa fugindo da pokébola. Pior ainda é quando ele fala com ela com esse jeitinho fofo. Até Manuel olhou aquilo com certo carinho, se é que entendem. Ele inclinou a cabeça, ruborizou um pouco e apoiou no ombro de Mavis, um pouquinho emocionado com a fofura do rapaz.

Olha que ele não é um homem que acha outros homens "fofos"... se é que me entende. Não é esse o tipo de coisa que ele foca primeiro em ver. Ainda assim, ele já havia entendido que Mavis não era - literalmente - desse mundo, e o deixou batalhar. Quando deu o comando, deu um passo para trás, ficando um pouco mais perto do fofoqueiro Vincent.

Na verdade, com o grito que Vincent deu e a proximidade que Manuel tomou dele, todos da vila entendeu que aquele fofoqueirozinho era amigo do casal.

Iiiiiiiiiiih, parece que esse ai entrou na briga também. Agora os três tinham maus olhares.

No mais, a batalha ia e vinha.

Quer dizer, o terremoto vinha, e derrubava tudo, menos quem se preparava para ele, e estes eram Mavis, Levi, Vincent, Manuel, Yue e um ou outro cidadão mais espertinho. O resto?! Tudo caiu. Os guardas foram os mais patéticos, fazendo o som da lataria bater uma contra a outra a cada tremor que a terra dava. Não era um efeito comum por ali e quase todos ficaram espantados: até mesmos os de pé.

Os dois pokémons inimigos até se levantaram rápido, afinal de contas, eram feitos para isso, mas os humanos preferiram ficar no chão, afinal de contas, um segundo terremoto viria para terminar de derrubar os coitados monstrinhos. Quando isso ocorreu, os "guardas" não tinham mais o que usar contra Mavis e Manuel, então apenas bradaram com suas armas para cima:
- VOCÊS IRÃO PAGAR!!! ACHA QUE IRÁ CHEGAR ATÉ O CASTELO COM ESTE HOMEM? EU IREI AVISAR O REI!!!! - O mais enraivecido então levantou e saiu correndo com uma corneta na mão... da onde ele tirou ela? Não sei.

Só sei que foi assim.

O mais engraçado é que os outros cidadãos continuavam no chão. Era tanta gente ali que eles estavam DESORGANIZADOS PARA CARAMBA e ao levantar, acabavam um apoiando no outro e dava uma briga. Oportunidade PERFEITA para escapar dali. Manuel aproveitava e pegava na mão de Mavis e tocava o ombro de Vincent, chamando a atenção dos dois:
- O castelo é bem ali, vamos aproveitar!!!!! - Apontou para o fundo.

De uma forma bem estranha, havia um castelo bem animado ali, que parecia compor o cenário. Era como se ele fosse o fundo d'aquela vila o tempo todo e ninguém havia percebido até então. Estranho, né?! Ele estava por ali o tempo todo, mas talvez pelo alvoroço ninguém nem sequer se deu o trabalho de olhar para a linha do horizonte.

- É, se querem terminar de fazer tumulto, a melhor pessoa para se irrita, é o rei... - Disse o Morelull, que nós até havíamos esquecido que falava.

O príncipe então começou a avançar entre a multidão meio caída e abrir caminho. Apesar de toda a confusão, ele ainda era príncipe e ainda tinha o privilégio da passagem. Começava a avançar em direção a multidão enquanto o som da corneta era tocada ao fundo...

Sua mão não suava e nem largava a de Mavis. Os dedos estavam entrelaçados. O que será que teria naquele maldito castelo?!


Campo: Campo circular, delimitado pelas pessoas que estão em volta torcendo CONTRA MAVIS e jogando tomate no campo.

Log:
Turno 01: Swampert Earthquake (- 65 | Rampardos 48) (-71 | Bidoof 04) > Rampardos Focus Energy > Eelektross Crunch (-24 | Rampardos 24) > Bidoof Crunch (-5 | Swampert 128)

Turno 02: Swampert Earthquake (Rampardos & Bidoof K.O)

O caminho foi um bocado tranquilo... quer dizer, na medida do possível. Ele ainda era cheio de gritos, tomates, pessoas e curiosos, mas nada muito ofensivo. Felizmente ninguém tinha coragem de tacar 'tomates no rei', apenas ameaçá-los com estes legumes toscos. Era algo mais cômico do que trágico, se é que me entende.

Percebendo sua onipotência, Manuel apertou mais forte a mão de Mavis e começou a correr, trotando em direção ao castelo. Boa ideia, porque por trás dos nossos principais, uma multidão começava a lhes perseguir.

E não era uma multidão de moradores, era de guardas. O barulho da lataria fazia era um bocado alta, e eles eram tantos que até levantavam poeira. Uma verdadeira cavalaria! A corneta, aparentemente, havia lhe chamado; como uma verdadeira manada. Eram uma cavalaria de fato! Manuel, um bocado assustado, assobiou e revirou os olhos, como quem estivesse impressionado com o alarde que causou:
- Ok, isso definitivamente vai ser memorável - Disse, apertando mais o passo.

Já estavam na porta do castelo quando o príncipe deu um belo empurrão com os dois braços no portão principal e o abriu de vez. Entrou sem nenhum pudor e gritou:
- OI PAI, OI MÃE, CHEGUEI!
Não que precisasse, a notícia já havia chegado e um rei baixinho, de salto alto e um bocado franzino já estava ali lhe esperando. Seu rosto estava tão vermelho quanto a maçã da branca de neve, mas chuto dizer que era de raiva, e não de qualquer outra coisa:
- O QUE DEU EM VOCÊ?! - Esbravejou. O Morelull, não gostando de gritaria, se escondeu na roupa do príncipe e tapou seus 'ouvidos'.
- AMOR, PAI! AMOR! - Gritou em retorno, irritando ainda mais o Morelull.

A mãe ficara na escada circular. Assim que passaram pela porta, o trio se encontrava num enorme salão real. As escadas davam a um coorredor-de-ouro, e era ali que a Rainha estava. Parada, inerte, apenas olhando a situação meio desgostosa. Ela não falara nada, enquanto o pai explodia por ali. Manuel, sabendo que não podia demonstrar moleza - pelo bem de Mavis e Vincent - tocou a mão dos outros dois e indicou que era melhor o acompanhar até o fundo do salão, afinal de contas, quanto mais perto da porta, mais perto estariam da saída do castelo...

... e não gostariam de ser expulsos. Ainda mais com o monte de guarda lá fora. Além disso, Morelull tinha um ponto muito importante:
- O tumulto a gente já causou, agora temos que pensar como tirar vocês daqui. Enrola eles, Manuel, bota Mavis e Vicent pro fundo do salão.

Aquele era, muito provavelmente, um beijo de despedida. Manuel sentia isso ao menos, e se Mavis não o fizesse, ele o faria. O sentimento era um pequeno aperto: apesar de se conhecerem a tão pouco, Manuel botou em Mavis uma parte importante de sua história, e vê-lo partir assim era um bocado estranho, para não dizer triste.

Ele ignorou o esbravejar de seu pai por um instante e deu atenção para aquele último beijo, terminando com um beijo na testa e um sorriso mais casual, um pouco encenado, como quem dizia "vai ficar tudo bem". O príncipe não queria o preocupar, afinal de contas, ele que criou o problema, então ele deveria ter condições de consertar...

... não é?!

Ah, é, ele tem. Podem ficar tranquilos, ele tem.

Como um bom príncipe, ele fez o que pode e o que devia para fugir bem. Seu pai começou a esbravejar e o Morelull pulou na cabeça de Mavis e depois de Vincent, indicando que iria tirar os dois de lá. Ninguém melhor para mostrar a saída do que aquele que mostrou a entrada, não é?! Ele então sussurrou algo no ouvido dos dois jovens que já estavam saindo de fininho enquanto o homem esbravejava com seu filho, afinal de contas, o ódio do rei era com o maldito reinado, não com o tal do vilão Mavis... não é?!

Este fica para os guardas, que felizmente não entraram no palácio ainda... e não sei se entrarão.
- Continue andando de fininho até o fim do salão. Verão um santuário de madeira preto. A rainha provavelmente vai acompanhar a gente com o olhar e vai vir, ela é muito mais esperta do que pensam, apesar de não ter falado nada, ela está do nosso lado. Ela vai tirar vocês daqui.

Ah é, né?! O Santuário. Se me lembro bem, tinha um troço de invocar Celebi em algum santuário na Ilex Forest...