Back to the basics

10h05min  
"Usina abandonada . 25ºC"

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Estavam bem! Sem escoriações ou machucados, ambos estavam inteiros após a fuga da explosão dos Pokémon doidões. Raissa retornava junto com Jorge para a sala dos geradores. Talvez uma dentre tantas naquele complexo subterrâneo. Os dois iam vagarosamente até lá. Os roedores não quiseram fugir de debaixo da cabeleira de Raissa, afinal, o que não era visto, não seria sentido. A sala estava torrada! O preto de cinzas ficava do centro onde os Pokémon Pokébola estavam e ficava mais claro conforme se distanciava.

Os dois geradores estavam quebrados, danificados e agora não tinha nem como usá-los sem um bom reparo de um engenheiro muito bom. Mas, aparentemente, o único local de possível saída era uma vala que levava aos túneis de ventilação, feitas de um alumínio que era ótimo para que o ar não perdesse sua característica fria ao percorrer a usina. Ao ver que não tinha perigo, o trio de Pokémon pulava do cabelo de Raissa e comemoravam no solo, caminhando e rodopiando. Faísca foi tentar comemorar junto, mas, aparentemente, o trio se assustou com a agora presença notada do Pokémon roedor.

A cena foi um pouco estranha. O trio parecia agir como se já conhecesse faísca e caiu para trás choramingo, correndo para ir até detrás das pernas de Raissa. - Estou tentando contato com os outros, mas ninguém atende. – dizia Jorge, até perceber o caso. - Ué, eles são roedores elétricos e tem medo de Raichu? - uma pergunta válida?

10h05min  
"Usina abandonada . 25ºC"

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Raichu parecia abatido. Sua tentativa de comemoração com os pequenos falhava miseravelmente, enquanto Raissa tentava entender o que acontecia. Manectric era um Pokémon mais sério e com cara de poucos amigos, estilo cachorro bravo, sabe? Mas os pequenos pareciam ter menos medo dele do que fofo Raichu. Era necessária uma abordagem!

Faísca se aproximava dos pequenos cautelosamente. Seus olhos lacrimejavam e brilhavam, enquanto o Pokémon respirava fundo e tentava uma posição de maior autoridade e confiança. Mais confiança! Ele ronronava para os pequenos, enquanto os mesmos pareciam apreensivos detrás das pernas da ruiva, até que o corajoso Pichu fora o primeiro a dar um pouco de chance.

O pequeno elétrico corria até sua forma evolutiva, cautelosamente, ainda. Pegava o petisco, cheirava e... lambia! Foi aí que o pequeno Pichu, pequeno mesmo, ficava mais empolgado e comia aquilo com gosto. Faísca ajustava seus óculos em face e entregava mais um, fazendo o Pichu sair correndo até Minun e Plusle para poder entregar o outro pedaço. A garotada adorava! Agora todos estavam comemorando e Faísca se sentia satisfeito de, dessa vez, partilhar bons momentos com os pequenos. Até trocas de pequenas cargas elétricas aconteceu, e todo aprendiz elétrico sabia o quanto isso era importante para esses tipos de Pokémon.

Mas antes que o grupo pudesse sair dali para procurar um lugar melhor, seja para encontrar Steven e Agatha, ou para encontrar os pais dos pequenos, os dois saiam correndo pela sala, em direção ao tubo de ventilação. Não fugia, paravam no meio do caminho e chamava o amigo Raichu fofão para ir juntos. Parecia que o caminho que eles pegaram para chegar até a sala, até então trancada, fora por ali.

10h18min  
"Usina abandonada . 25ºC"

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- Ele é um pouco na dele mesmo, desde novo!- dizia o rapaz. - A gente vai ter que andar pelos dutos também? Não, né?- não que os dutos de ventilação não coubesse pessoas da estrutura de Rai e Jorge, mas parecia que seria um pouco complicado ir por ali. Pichu, Minun e Plusles eram bebês, menores do que Pokémon mais velhos, o que davam a ele uma mobilidade única. Já os dois treinadores não estavam com tanta mobilidade assim. Era missão de Jaci e Luna garantir um novo percurso por onde estariam...

As duas pachirichu batiam uma na mão da outra naquele Helping Hand fake e corriam ao redor dos bebês, trocando cargas elétricas que deixavam a trupe bem animada. Foi dali que o sexteto sumia. Raichu gritava algo para Raissa, como se garantisse o retorno e assim eles iam pelos tubos. Acontece que os tubos perdiam a visualização da área externa, e naquela sala só havia uma porta, que foi por onde Raissa e Jorge entraram após quebrarem o código. Teriam que esperar o regresso de Pachirisu para que tudo ocorresse com melhor sintonia.

Até lá, o Smarthphone Rotom de Raissa apitava. O Itemfinder estava ligado desde então, porém, talvez a confusão dos electrode não tivesse permitido que a jovem olhasse melhor pelos cantos. Entortado no chão e chamuscado, ali tinha um Magnet, item do qual Raissa sabia muito bem, por ser especialista e, claro, já ter um desses.  

- Você confia muito em seus Pokémon. Bacana de vê!- dizia Jorge pra quebrar o gelo, pouco tempo depois delas terem sumido. Raichu cuidaria das crias e esperavam, todos, que as Pachirisus voltassem para indicar onde ir. - Acho que você é a treinadora mais forte deste grupo... Quer dizer, tem o Steven também, que é um gênio, mas é um pouco sem segurança... - dizia o rapaz do seu colega gordinho.

10h18min  
"Usina abandonada . 25ºC"

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A primeira reação de Manectric foi olhar para Jorge. Aparentemente a confiança reinava naquela relação também. Jorge sorria para ele e assim o elétrico cheirava o petisco e comia um pedaço também, enquanto os dois esperavam o retorno das Pachirisus. Jorge escorava-se em algum lugar, algum bloco todo torrado pela explosão, enquanto a luz de Manectric tremia enquanto ele comia, provocando sombras engraçadas da dupla.

- Conheci a Agatha hoje. Ela estava convencendo o Steven a criar um Pokégram, que ele não tem. Ele é bem na dele. O conheci já tem um ano, ou mais... Foi quando eu fui procurar Wattson para ser meu mentor. Ele foi no mesmo dia. Na época, eu lembro que Manectric era um Electrike, não muito diferente de temperamento como é hoje. Wattson quis nos avaliar com uma batalha com elétricos. Claro, eu sai cantando vantagem, achando que apenas o vitorioso iria seguir como aprendiz e que o Stev era um alvo fácil. Ledo engano! Luxray detonou com a gente com muita facilidade! Mas Wattson aceitou nós dois como aprendizes! Me senti muito envergonhado. Não por perder dele. Mas por menosprezar os outros, sabe?

Enquanto Jorge falava, ele focava no nada, como quem estivesse perdido em sua própria história. - Ai até hoje eu treino pra ser melhor. E minha referência, antes de chegar ao nível de Wattson, claro, é superar o Stev. - foi nessa fala que o barulho de patinhas batendo no alumínio dos tubos eram ouvidos. Eram várias, possivelmente as elétricas Pokémon estavam de volta. De qualquer forma, Manectric abria a guarda.

Jaci e Luna pulavam para fora do tubo de ventilação, cada qual correndo ao redor de Raissa para chamar a atenção dela. Também pulavam de forma agitada, estendendo para ela o que cada uma tinha achado: uma Pecha e uma Sitrus Berry! Frutas no meio da usina??

10h18min  
"Usina abandonada . 25ºC"

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Para cortar o clima mais emocional que reinava da sala dos reatores destruídos, cada qual do seu jeito, as irmãs pachirisus surgiam do tubo, altamente eufóricas e cheias de alegria, como sempre. Nem percebiam que a missão que estava rolando era importante e, sobretudo, cheia de aprendizados. Por que isso, jovens? Bem, não sei, mas Raissa deve aprender alguma coisa com essas coisas que estão rolando ali, né? Jorge logo se endireitava, seja pela presença das duas, mas, mais ainda com o pedido lançado.

Não demorou para as Pachirisus se olharem, riram, trocavam faíscas e disparavam saindo pela porta entreaberta, arrancando um latido de Manectric, que talvez assinava que as duas eram velozes. O Pokémon era o próximo a sair correndo, chamando os dois jovens especialistas para seguirem o mais rápido, antes que elas se percam no caminho. A sorte dos dois era que Pachirisus eram tão agitadas que ficavam em zigue-zague, ao invés de linha reta, o que fazia com que tivesse tempo para que com uma corrida Raissa e Jorge se aproximassem delas.

O corredor escuro era iluminado cada vez mais com os pelos brilhantes de Manectric. Cada vez mais os jovens se aprofundavam naquela usina, sabendo-se lá onde para onde iam. Haviam corredores demais, salas demais, cada qual pensada para uma finalidade a mais. Os fios soltos por ali soltavam faíscas, enquanto os dois pegavam curvas específicas por ali. Luna passava para dentro de uma parede, onde um buraco estava, enquanto Jaci ficava do lado de fora, guiando os dois. Embora guiar fosse uma palavra muito forte. Uma hora ou outra se via a ponta da cauda dela se mexendo na penumbra do corredor e era possível seguir.

Foi então que curto circuito liberava mais faíscas perto de uma porta eletrônica, fazendo-a abrir. Do outro lado, Luna aguardava a sua irmã, para continuar correndo, empurrando uma a outra e passando para mais um nível de corrida. Foi então que escadas foram descidas até chegar uma área de nível mais baixo. Na frente dos jovens, as escadas levavam a uma porta de ferro, que era bem enferrujada. Era arredondada nas pontas e a fechadura era grande, parecendo a de um submarino. A única janela ali fora consumida pelo tempo e era impossível ver o outro lado, mas ouvir se ouvia muitas coisas, mas não compreensíveis.