[Holi Park 2] Lésbicas futuristas

Ufa, que bom que não tivemos problemas por não querer aquelas criaturinhas. Sei, no fundo, que alguém nesse grande evento deve desejar e dar um lar melhor pra eles.

Bem, agora era hora de mudar de cenário. Oriental com kimono? Gatilho! Me lembrou muito meu teste com Falkner, de um jeito positivo é óbvio. Mas, num primeiro momento, me senti o Corcunda de Notre-Dame quando o traje se materializou por cima da minha Shuckle-mochila. Pelo menos a inteligência artificial era sábia e, em segundos, tudo pixeliou e mudou de novo, arrumando uma roupa só pra mim e outro kimoninho pra inseta.

Por outro lado, a inteligência artificial era inteligente até demais... Esse negócio de saber das nossas vidas! Daqui a pouco estão me mandando vários spam de sites de namoro, presente pra crush ou qualquer coisa do dia. MARCELAAAAAA!

– Erh... Bom... Sa'comé'né?! – droga, aquilo me deixou meio desconcertada; olha a imagem que eu passei pra minha cunha... digo, pra ela! – Tá, vai, apaixonada... Digamos que... Talvez. Sim. Acho... Mas, "juntos" já é uma palavra meio... Forte?! – é isso; eu mesma não sabia como definir aquilo, então melhor nem tentar; mas daí paixão envolve sentimento, né?! Uma coisa que não tem como relutar, então melhor admitir de uma vez – Pronto, é isto. Agora essa moça aqui é um carreto de arrasar corações. – tentava desviar o assunto falando uma verdade da loira.

– Putz... – isso foi pra ambas as situações: o alerta de que teríamos o romance investigado "a fundo", com Ayzen sendo contatado e tudo, até o novo jogo.

Resolvi lavar as mãos para o primeiro caso. Se ficar complicado eu posso só dizer que fiquei tonta com tantas luzes e tal. Não era algo que eu queria me preocupar agora. Sobre o segundo, veja bem, eu danço sim, muito bem até, já fiz aulas e tudo. Mas, entenda que eu tenho um estilo muito próprio e livre de dançar. Obedecer movimentos e responder a comandos numa dança? Não sei se vou me dar bem nisso, não.

Em todo caso, vamos lá. Vou encarar como um jogo e brincar dessa forma. Vou perder muita malemolência? Certamente. Mas o que importa é a diversão. Pelo menos Marcela, que também arrasa, não tá assim tão lacriane. Não preciso me sentir humilhada! Shuckle, por outro lado... Tinha elasticidade pra pisar em mais de uma seta ao mesmo tempo, mas sua velocidade não era a melhor. Só espero que isso não seja um requisito pro próximo sorteio!

Eu também caí pra trás já no momento que a mulher disse que um Kitshomo estava na chamada. Eu imediatamente pensei que tinham conseguido entrar em contato com Ayzen! Então, não sei dizer se foi melhor ou pior que o Kitshomo em questão tenha sido O PAI deles! Mais estranho que tudo isso foi o papo de ser vovô.

– Marcela...?! – olhei imediatamente pra barriga do avatar dela, que gargalhava pesado, mas é óbvio que naquela imagem virtual eu não ia enxergar nada. Será que Ayzen vai ser tio? Vou sondar isso mais tarde, depois desse jogo – Abraço, senhor Kitshomo! Fique tranquilo, tá tudo sob controle. Não faremos nada que os senhores não fariam! – vale lembrar que dois filhos eles tiveram, e mais ou menos quando estavam na nossa idade... Gzus!

Eita! Por que uma das minhas músicas favoritas tá tocando? Como descobriram? Aff, nunca canso de me sentir desconfiada por essa tecnologia toda.