Tell Me Pretty Lies

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Vou ser honesta, não estou entendendo muito bem aonde estou me metendo. Um evento completamente digital? Pelo que eu entendi seríamos projetados holograficamente para uma espécie de simulação do National Park de Johto. Apesar de ser uma pessoa caseira e introvertida, eu mesma não consegui não ficar atraída por tal proposta, mesmo que festas não sejam a minha coisa favorita. A cada palavra que eu lia do anúncio de tal evento, mais animada e até mesmo intrigada eu ficava. Pelo que eu entendi, seria possível até capturar Pokémon. Não qualquer tipo de Pokémon, mas sim espécimes modificados. Eu não tinha ideia nenhuma de como aquilo funcionava, mas minha curiosidade me levava para aquele mundo simulado.

Demorando um pouco para pegar a manha de como se usa o tal do Holo Caster, eu (acho que) finalmente consegui configurá-lo para me levar ao evento. A Kathryne de um tempo atrás nem imaginaria estar fazendo isso, estaria com medo de ser basicamente uma cobaia de uma tecnologia nova. Por mais que eu admita que eu tenha ficado mais imprudente com esse tempo que passei como treinadora Pokémon, devo dizer que aprecio todo esse espírito aventureiro e essa curiosidade que desenvolvi. Além de eu ser mais aberta para novas experiências, a quebra de expectativa que eu mencionei, com o fato da "eu do passado" nunca fazer algo do tipo, lançava um charme a mais.

Claro, um breve momento de hesitação vinha de minha parte, mas quando esse momento chegava, já era tarde demais. Eu já tinha entrado no mundo virtual, pelo menos presumia que esse era o caso, pois os meus arredores eram tomados pelo National Park, lugar que eu já visitei uma vez, apesar de agora estar completamente decorado para uma ocasião diferente. E já nos primeiros segundos naquela realidade virtual, eu já ficava maravilhada. As cores eram vívidas, conseguia ouvir a música da festa, na verdade todos os meus cinco sentidos eram capazes de captar aquele ambiente virtual. Como uma coisa dessas funciona? Não consigo pensar em uma explicação lógica pra isso. Eu queria saber como isso funcionava, mas ao mesmo tempo sabia que não conseguiria a resposta para isso, pelo menos não tão cedo.

E aparentemente eu não cheguei de mãos vazias. Dentro do mundo virtual, o tal ingresso, era realmente um ingresso de papel e tudo. Quer dizer, pode se chamar aquilo de papel? Eh, por mais curiosa que eu esteja, vou tentar evitar ao máximo ficar com minha mente "boiando" em dúvidas, além de que, tinha algo mais intrigante do que o ingresso comigo. Uma de minhas pokébolas, uma completamente vermelha, Cherish Ball, para ser mais específica. Como ela chegou ali? Eu não sei, mas sei de quem era essa pokébola e inclusive testaria se ela funcionava agora mesmo.

E voilá, meu Metang se materializava e estranhamente ele não notava nada de anormal em seus arredores, claro, além de todo o evento que estava ocorrendo, o que deixava o metálico um pouco perturbado com o barulho, mas logo se mostrava um pouco confortável ao me ver. Mas não notava nada de estranho, como a parte virtual dessa realidade virtual. Pode até ser estranho, ainda mais para uma espécie dita ser inteligente como ele, mas faz sentido. Isso tudo é tão convincente, seus sentidos captam tudo o que acontece por aqui. Se eu acordasse do nada nesse parque, eu também acreditaria que era real.

- Oi querido. A gente tá em um lugar um pouco... diferente hoje. Bem, espero que possamos nos divertir aqui, embora aparentemente não seja o lugar ideal pra nenhum de nós dois, hehe. - Já disse que uma festa badalada não era o meu lugar de conforto ideal, e muito menos para o meu Metang, mas ele aparecera comigo misteriosamente, então apesar de um pouco estranha, vou tentar usar dessa oportunidade para fortalecer os nossos laços, afinal ele é meu Pokémon a bem pouco tempo.

Acho que sei como começar minha aventura virtual. Pelo que eu entendi, eu posso encontrar com outras pessoas que também entraram nesse evento, então tentarei encontrar com alguém que eu conhecesse. O que de fato seria uma tarefa difícil em uma festa badalada daquelas, ainda mais que eu não combinei de me encontrar com ninguém. Então seria aquilo mesmo, eu andando sem rumo a procura de um rosto familiar e então surpreendendo esse tal rosto familiar.

Mas depois de um tempo andando sem rumo, acho que até chamando a atenção de outras pessoas, o que honestamente ainda me incomodava, eu encontrei alguém. Um garoto de cabelos rosados, que só pode ser ele, Ren Hughes, apesar de ele estar com um negócio estranho que parece uma pilha de chantili ao lado dele. Aquilo era um dos pokémon geneticamente modificados?? Meh, eu iria até ele.

- Sigh, finalmente encontrei alguém que eu conhecia por aqui. Quer dizer, o-oi Ren. - Me aproximava vagarosamente do garoto e ao me aproximar o medo de eu estar falando com a pessoa errada ia embora e eu descobria que o tal chantili era de fato um pokémon. Bem, espero que Ren aceite que eu ande perto dele, pois ficar numa festa sozinha não é nada ideal: - Se importa de eu andar com você?

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-Um bilhete especial, você diz?

Uma voz surgiu do nada para interromper a dupla. Alguém mais surgia para cortar(ou não) o clima naquele momento depressivo de reflexão de Ren e nos pensamentos de Kath sobre sua insegurança passada. Só que precisavam saber onde estava o dono daquelas palavras. Dos lados não estava. De cima? Não. Só restava embaixo, né? É, era exatamente de onde vinha.

-Esse aí é pra entrar no Holi Park?

Era esse mesmo. A pessoa que perguntava... Não sei se posso chamar de pessoa, mas era essa coisinha logo abaixo que parecia controlar uma espécie de câmera móvel.


-Meu nome é Soppo Jr. Serei sua guia na festa. Esse aqui é o Dinergate, minha montaria. Eu tenho uma amiga que é igualzinha esse aqui, só que amarelo.

Okay. Uma garotinha que parecia um Chibi da versão adulta de alguém montada num doguinho mecânico era a guia deles. Não poderia ter uma guia melhor para Ren e Kath. Jr andava com Dinergate até um espaço vazio e ficou encarando o vazio por alguns segundos até que...

-Abra!

Um show de luzes aconteceu. Um ponto brilhante de esticava em lados opostos formando um ângulo de noventa graus assim que chegaram a uma certa distância só parando quando chegaram ao chão, assim formaram uma porta que se abriu dando passagem a um novo mundo com luzes piscando e som rolando.

-Por aqui. Esse é o Holi Park.

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- Sou eu mesma, hehe. - Não sei dizer o porquê, mas Ren me parecia aflito, porém eu não colocaria esse pensamento em voz alta por dois motivos. Primeiro, eu ainda não o conhecia tão bem assim, não era tão próxima dele. E segundo, eu mesma estava aflita, o fato de eu não estar entendendo direito o que acontecia me deixava aflita e com isso vinha o fato de eu não poder dar uma resposta muito satisfatória a pergunta que o menino de cabelos rosados: - Olha eu queria estar entendendo alguma coisa, mas por mais que eu tenha lido sobre esse tal Holi Park, isso é uma coisa. Estar dentro dessa realidade virtual é outra completamente diferente.

Mas, claro que tínhamos uma maneira de começar tudo isso. Nós dois tínhamos os tais bilhetes, apesar de o de Ren ser diferente do meu, sendo um bilhete VIP. Ora, ora, me parecia que ele realmente estava interessado nesse evento pra ter conseguido colocar as mãos em um suposto ingresso VIP. Bem, só espero o fato de termos ingressos diferentes não impedir que ficássemos juntos, porque eu já disse que ficar sozinha em uma festa já é meio chato e até porque estou completamente perdida:

- Eu também tenho um, um pouco diferente do seu, só espero que isso não impeça a gente de ficar juntos. - Eu continuaria a falar, mas eu logo ouvia uma vozinha e perdia a minha linha de raciocínio. A tal vozinha mencionava um bilhete especial, por isso ela me chamava a atenção. Olhava para todos os lados, até finalmente olhar para a direção mais improvável: para baixo. Uma boneca falante montada em uma câmera que ela tratava como um cachorrinho? Eh... estranho, mas aquela duplinha mecânica era fofa e tinham um certo carisma. Eu mesma estava pensando que a voz era algum tipo de "anunciador global" do mundo virtual, mas isso é muito melhor.

- O meu não parece tão especial quanto o dele, mas eu tenho também. - Eu dizia depois de esboçar um sorriso sobre o comentário de Ren. Enquanto falávamos com a boneca e o seu cachorrinho, o meu Metang passava um tempo fitando aqueles dois, acho que de uma maneira até intimidadora por causa de sua face inexpressiva, mas depois de um tempo desviava o seu olhar deles. É, acho que essa ocasião era algo que nem as espécies mais inteligentes podiam prever. Bem, só espero que meu Pokémon não tenha assustado aqueles dois com sua encarada e nem que meu Pokémon esteja assustado com esse mundo estranho. A segunda parte, acho que não é o caso.

De qualquer modo, não tínhamos muito o que fazer a não ser seguir Soppo. Não tinha ideia de quanto precisaríamos andar, então acabei puxando conversa com Ren, no caso sobre o Pokémon que acompanhava ele, pois era uma espécie que eu de fato nunca tinha visto na vida, nem sequer em livros e na internet.

- Ren, eu tava achando que o Pokémon que tá com você era um dos Pokémon modificados aqui desse parque, mas acho que realmente não é o caso, até porque você nem tinha entrado no parque direito. Mas eu nunca vi essa espécie antes e admito que ela é bem bonita. - Os Pokémon eram seres fantásticos em inúmeras formas. Aquele Pokémon de Ren me lembrava um espécime mais familiar, mas que eu ainda tinha visto apenas na internet: Slurpuff. Seriam primos?

Enquanto eu "boiava" sobre o Pokémon de Ren, eu me deparava com Soppo olhando o vazio e logo depois, sem eu nem ter tempo para pensar, aquele vazio tomava vida. Luzes brilhantes formavam uma porta, que deve ser o verdadeiro Holi Park. E pelo que tinha atrás daquela porta, era realmente isso.

- Então esse deve ser o Holi Park Vamos lá! - Eu estava entusiasmada e também maravilhada, ainda me perguntando como algo daquele tipo era sequer possível. Mas o que importa era que era possível e isso era incrível. Por mais que festas, lugares badalados e coisa do tipo não sejam do meu feitio, eu nunca estive tão animada para entrar em um lugar desse tipo. A Kath do passado estaria dizendo que queria entrar apenas pelo fato da maravilha tecnológica, mas a eu do presente admite claramente que quer experimentar aquilo.

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Era hora de conhecer aquele mundo colorido. O sonzão rolando e várias figuras interessantes e conhecidas(?) estavam presentes.

-Tá vendo aquela baixinha ali tomando banho no caldeirão de sopa? Ela é uma comida de emergência, não eu!

Soppo apontou para um caldeirão pequeno(seria um Caldeirinho?) onde uma criatura mística de cabelo branco se banhava num líquido cheio de legumes e carnes ao lado de uma outra que parecia um alface. Coisa estranha, não acham? Mas então, vamos voltar ao que realmente é importante que é o parque e suas cores mirabolantes.

Enfim entraram, mas não sem antes terem sido barradas na porta pela recepcionista(que eu tenho certeza que era alguém bem conhecida pelos dois... Ei, eu não estou falando dos personagens, ok?). Roupa verde, cabelo curto, balcão de madeira que formava um arco.

-Mochi mochi.

Sobre sua cabeça apareciam umas mensagens interessantes, entre elas "reboot" e "error". Mas não se engane, ela não é um robô e o fato de ela estar em várias cidades ao mesmo tempo é só ela usando o teleporte.

-Bem-vindos à Guilda dos Aventureiros. Meu nome é Katheryne, eu sou a recepcionista da guilda. Vocês vieram para se tornar aventureiros? Se quiserem, posso falar mais um pouco sobre nós.

Enquanto isso, Soppo esperava para saber se poderia seguir com Ren e Kath ou não. Qual a resposta da dupla?

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Apesar de no verdadeiro Holi Park haver coisas que realmente era o que eu pensava que haveria em festas como a música rolando e uma alta movimentação de pessoas. Mas, aparentemente tudo aqui teria um "twist" estranho. Bem, o fato de termos uma boneca mecânica acompanhada de um cachorro mecânico como guias já deviam ter sido um sinal de que as coisas não seriam nada convencionais. Não me entendam errado, eu estou adorando essa falta de sentido, talvez com ela eu não me sinta tão deslocada em uma rave, mas apenas talvez.

- Comida de emergência? - Eu acabava deixando esse pensamento de surpresa escapar e falava em voz alta. Eu dava uma olhada para a criaturinha de cabelos brancos se "banhando" no caldeirão e então dava de ombros. São apenas projeções holográficas, certo? Não tem nenhuma criança que vai servir de comida de emergência certo? E a comida de emergência nem era o que me chamava mais a atenção, mas sim o balcão se materializava do nada, com uma recepcionista, com um nome extremamente similar ao meu e até um estilo de cabelo parecido só que de uma cor diferente. Sinto que, alguém em algum lugar deve ser familiar com essa pessoa.

Era mesmo uma pessoa? A tal Katheryne começava falando nada com nada e então literalmente pop-ups apareciam em sua cabeça, como mensagens de erro de um computador. Um robô? Meh, se for um robô, de longe é a coisa mais normal que eu vi aqui. A conversa de Katheryne me deixava intrigada. Guilda dos Aventureiros? Achei que estávamos em uma festa e não em um mundo de RPG em uma espécie de Isekai. Será que fui atropelada por um caminhão antes de vir pra cá? O que é real? O que é um holograma?

- Ren, você é real? - Eu dizia, risonha, em um tom brincalhão para Ren. Mas apesar desse tom risonho, eu estava realmente confusa. - Bem, outra Kath, o que essa Guilda dos Aventureiros faz? Eu mesma li o anúncio e não vi organização do tipo sendo mencionada em lugar algum. - Agora é só esperar que a recepcionista não começasse a falar uma língua estranha e realmente explicasse o que está acontecendo. Enquanto isso eu boiava em meus pensamentos, não ironicamente pensando na possibilidade de ter sido atingida por um caminhão antes de chegar nesse outro mundo. Até porque, eu não lembro o que eu estava fazendo antes.

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Katheryne, a mulher com o nome parecido com a de Kath, respondia à dupla sobre a Guilda dos Aventureiros.

-Nós existimos para ajudar com problemas quem as pessoas têm diariamente. Colher plantas, derrotar monstros, limpar a poeira do teto das casas, destruir o balão de slime, escoltar o balão de slime,


C̸̞̊̅͌͝o̶̢̡͐͗͝͠ṉ̵̨̡͎̭̰̖̯͙͚̬̝̘̹̉̑̑̑̇̃̄̑̆̑̚ͅs̴͎̱̤̫̭̜̰̹̖̆̍̾͗̀͂́̆̔͒̚e̴̢̼̳̻̽̄̿̔̌̎͂̿̋̇̽́̇̚r̵̡̧͍͉̤͙̹̀̊̃́͌̅͊̒͗̚͘ṱ̸̻͕̣̹̙̒̐̅̃̍̈̅̓̒͌̀́̔̀͌ą̸̖̱̬̼̱̭̞͈̀̆̃͐̀̀̿̚r̸̨̜͈̱̠̟͈̯̹̙̅͂ ̴̫͉͓̼͙̺̰͙̤̌̀͐̐̅͛͐͊̾̅͝ͅǒ̵͍̩̭͓̪͚͓͎̯̬̫̠̥͚̋ ̸̢̝̫̝͖̱̩̞̩̘͓͙̠͍̎̊͜b̴̧̺̓͒̑͋̂̂͒̐ä̷̗͖̘͗̏̽̐̒̊̏̽͂͝͠l̶̛̖̟̐́͌̊͑̓͑͂͑͂͘͠ã̷̧̛̹͖̝̤̘̖̝̖̠̘͓̱̀̋͑̏̓͑̈́̌̒̃̐͘͠ò̷̺̦̥͎͚͙͔̫̹̜̄͗̔̀͆̑̕ ̵̡̺̞͍̺̣͔̙̲͗̏͂̉̌̀͜d̵͇͚̩̠̙͍͈̊̉̀̔̒̈́͊̽̾̽͝ḛ̵̢͎̼̦̪̙̞̗̳̹͚͎̈́̐͗ ̴̢̧̭̣͕͚͍̣̲̼̞̘̻͒͜ͅS̵̰̺̖̙͙̲̞̼̐̆͑̆͂̊̓͗͂͝l̸̢̝̭͕͇̜̋͜į̸̢̥̫͔͙̜̔̓͆͂̄̓̋̈́̿͝m̴̘̭͍̦͕̥̖̺̤͚̣̹̬͈̭̓̈͗͋͛̃͒̀͠͠e̵͎̰͇̗͈̥̼̼̻̱̣͗̆̃͜͜ͅ,



até mesmo se juntar à revolução de um país oriental e derrubar sua líder opressora com o poder da amizade.

Pareciam ser atividades bem interessantes mesmo, mas será que realmente combinavam com a tração? Creio que não. Bem, Katheryne ainda falava com a dupla.

-Vocês podem falar comigo a qualquer hora que quiserem, mas levem isso como um presente. Os jovens chamam de tiro rosa e serve pra vocês tentarem pegar personagens cinco estrelas do banner. Vou dar um para cada.


O item foi entregue.

-Ei, vocês dois! - era a vez de Soppo falar -Que tal vocês usarem agora? É só vocês jogarem naquele banner ali, ó.

Soppo apontou para um outdoor bem no alto que mostrava a única personagem com banner disponível naquela data(Clique aqui e veja de quem é o banner).

-Vamos logo que temos que curtir a festa ainda.