Arquipélago Laranja

Off:

Ao chegarem na mesa, Athenna tratava do ferimento de Bruce, deixando-o bastante agradecido. - Muito obrigado! Agora vou poder aproveitar melhor as outras atividades.

Depois disso, Rafael decidia buscar algumas sobremesas geladas para refrescar. Bruce aceitava, e Tony ia com ele para pegar alguns petiscos e bebidas. Quando retornavam, eles comiam enquanto continuavam a conversa.

- Seria bem legal se o escolhido fosse revelado com uma fogueira explodindo em chamas e das chamas a imagem dele surgindo. – Ele olhava para os Pokémon. - Vocês parecem ter Pokémon fortes. Aposto que estão indo lá para ver os protetores. Ouvi dizer que são lendários. Treinadores como vocês estão sempre atrás de Pokémon lendários...

Enquanto eles conversavam, algumas pessoas pareciam se agitar ali por perto. Uma mulher gritava: - Olha! Tem alguma coisa acontecendo no continente! – Se os três olhassem naquela direção, perceberiam que um feixe de luz subia do Mt. Silver até o céu, e em seguida todo o céu acima de Kanto se escurecia. Alguma coisa estranha estava acontecendo, seria algum tipo de experimento? Talvez Rafael tivesse uma vaga ideia.

O navio já estava distante o suficiente para estar fora da área escura. Mas mesmo distante, algumas pessoas começavam a entrar em pânico.

- O que é aquilo? Será um fenômeno causado por algum Pokémon lendário? - Ele é quem parecia interessado demais em Pokémon Lendário.

- Atenção! Senhoras e senhores, fomos informados de que um estranho fenômeno acabou de acontecer em Kanto. O céu escureceu no meio do dia, sem nenhuma explicação. Ainda não se sabe o que está acontecendo, mas nosso destino não foi afetado pelo fenômeno. Nossa viagem continuará sem problemas. - Dizia a capitã mais uma vez. Aquilo parecia acalmar a maioria das pessoas.

- Não deve ser nada então... Gostam de teatro? Acho que vai ter uma apresentação no palco do salão principal daqui a pouco. – Bruce dizia olhando em seu relógio despreocupadamente. Assim como ele, a maioria das pessoas voltava a seus afazeres e distrações.

Arquipélago Laranja

Off:

Bruce sorria com o comentário de Tony a respeito do livro. Ele também tinha lido, e tinha usado a teoria do Cálice de Fogo para fantasiar a escolha do “Escolhido” da ilha. Mas ele nem fazia ideia como seria o ritual, então sua mente escolhia o que achava mais apropriado.

No momento da confusão, Rafael e Tony tentavam disfarçar as preocupações. Um deles tinha participado de uma missão relacionada aos acontecimentos estranhos, enquanto o outro fazia parte de uma organização que tentava ajudar o meio ambiente. O Ranger Pad de Tony ainda não estava apitando com missões, mas aquilo mudaria logo...

Os três então decidiram ir ao teatro. Seria uma boa distração, não só para eles, mas também para outros passageiros que ainda estavam incomodados com o fenômeno.

- Então vamos para as cabines trocar de roupas. A aconselho usarem algo mais social. – Ele dizia notando a falta de experiência do roceiro. Rafael quase que sentia que a fala era para ele. - Encontro vocês no saguão do convés inferior.


Alguns minutos depois, os três se reencontravam no local indicado por Bruce. O novo colega estava vestido com um terno não muito caro. Ele sorria e acenava ao ver os outros dois, e indicava a porta do local onde seria apresentado o teatro. Era um restaurante, porém em seu interior as mesas eram posicionadas de forma que todos ficassem de frente para uma única direção, onde ficava localizado um grande palco. Os preços ali não eram baixos, mas como os dois não precisavam se preocupar com a conta, poderiam pedir qualquer coisa para o jantar.

O cardápio era bastante variado, com pratos chiques e outros mais comuns. Também tinham bebidas de todos os tipos, assim como sobremesas.

- Uma mesa para três, por favor! – A recepcionista confirmava e os convidava a segui-la. - Acho que a peça vai começar daqui uns minutinhos. Dá tempo de pedir a comida. – Ele dizia depois de serem acomodados em uma mesa próxima à parede. A recepcionista tinha dado uma boa olhada em Rafael, e escolhia um local mais apropriado para eles.

Arquipélago Laranja

Off:

As comidas eram levadas, e cada um pedia um prato diferente. Rafael perguntava se podia liberar Pokémon ali, e a moça informava que somente os de pequeno porte eram permitidos.

- Essa em particular, nunca vi. Mas teatro é uma coisa que gosto bastante. Passei uma temporada em Hoenn e também em Johto, e pude ver várias peças interessantes. – Ele tinha um certo requinte para comer, e fazia longas pausas para mastigar.

Depois de começarem a comer, não demorava para a peça começar. Era uma interpretação sem falas, daquelas que ricos adoram. A peça contava uma história do passado, e vários artistas devidamente caracterizados faziam seus papeis apenas com gestos e expressões corporais.



No fim, a peça terminava com o herói salvando a princesa das garras da bruxa, e todos que assistiam aplaudiam de pé. E assim, terminava aquele belo momento de descanso, já que o Ranger Pad de Tony começava a vibrar com notícias e convocações de missões diversas. Agora era o momento que todos saberiam o que estava realmente acontecendo lá fora.