[Skies (were) blue] – Mt. Silver –

Você pode até tentar conversar com um serzinho amassagado por um carro, mas você fará só isso mesmo, "tentar". O homem não tinha réplica, não tinha consciência e muito menos tempo para aquilo, em seus últimos segundos apenas gritou algo e suplicou por socorro, tentando estender uma de suas mãos (a menos amassada) para fora daquela situação.

Não alcançou nenhum tipo de esperança, afinal de contas, a única esperança que tinha era um aliem-alheio e uma moça muito mais interessada em si do que no próximo. Claramente, nenhum dos dois eram cristãos e, como imaginado, nenhum dos dois ajudaram o próximo em seu leito de morte. Natalie, não citada acima, era a mais destoante: claramente não fez nada por não saber o que fazer, isso era algo muito menos pecaminoso que as demais coisas...

... eu acho, afinal, não sou teóloga, pastora ou nada do tipo.

Kaleo, mesmo contornando o carro e tentando entender a situação, pouco conseguiu tirar daquilo, afinal de contas, a ideia era um bocado estranha mesmo. "Por que pisou no acelerador?", bem, esta era fácil de explicar, você já tentou subir um morro inclinado com um carro desses?! Pois então, a força do motor é essencial. As outras perguntas, sobre "por que? quem? como?" ficaram um pouco no ar; salvo o como que poderia ser depositado na conta de Sashimi, mas para alguns, isso poderia não ser suficiente.

ENFIM!!!!!

Ele morreu, se escafedeu, se fudeu... usem o term.ooo que quiserem, mas ao passar tanto tempo olhando para o chão, as benditas mocinhas deixaram passar algo no céu. Sim, no céu. Um piado e uma rajada de vendo anunciara a chegada de um mísero homem, que viera de alguma direção que não sei explicar bem qual.

Ele estava parado sobre a cena já faziam alguns milésimos de segundos, mas ninguém havia lhe reparado até então.

Quando o motorista deu uma última tossida ensaguentada e deitou-se desistente no chão, este homem-que-voa ordenou - em sussurro - para que seu Fearow desse um pequeno rasante e, em outros milésimos, lá estava ele bem rente ao chão, pegando com o bico as bolsas de dentro da jaula e voltando para o céu.

Se entendi bem, Natalie dera e ordem e, só após isso, Karinna pensou no que fazer, afinal de contas seu indicativo fora baseado nos imperativos de sua amiga, o que me faz ter que tomar uma decisão: afinal de contas, o que veio primeiro, o Thunderbolt ou o Extreme Speed?!

Ainda que Rotom fosse extremamente rápido e tenha Extrema Velocidade, não haveria uma prioridade previamente dada. Por outro lado, Karinna teve tempo de ouvir, pensar e ordenar, o que, em minha cabeça, atrasa qualquer tipo de ação. Natalie agiu com reflexo e, pautada nisso, dei um voto de confiança em Balthazar: desta vez ele conseguirá.

O elétrico nem precisou se mover muito, tão acostumado com as lens que sua treinadora tem, apenas fixou o ponto-de-acerto com os olhos e liberou uma descarga elétrica, que usara de base-energética qualquer uma das nuvens grossas e roçavam umas nas outras por ali. O fio-amarelado cortou o céu e acertou o humano, o que por consequência acerta o pássaro também.

Como estavam muito próximos do chão, ambos caíram eletrocutados, sem ter muito mais o que Ivy fazer. Sentindo-se quase de férias, a dracônica começou a caminhar em direção as "vítimas", tentando explorar e entender a situação. Fearow, como não fora o afetado-diretamente, percebendo-se numa situação de combate, olhou seu treinador desmaiado ao chão e posicionou-se a frente dele, pronto para lutar.

Sua sorte é que a potência energética do Thunderbolt acabou afetando uma pokébola que estava no bolso de seu treinador, a fazendo acionar-se sozinha e liberando um segundo pokémon que iria lhe ajudar naquela luta.

Bleh, quando disseram que não iam ter pena, não estavam brincando, né?! Já foram avançando e ordenando os golpes mais poderosos. Sem pena alguma! Afinal, quem tem pena é galinha, e a única que está próximo disso é o tal do Fearow, que está no lado oposto e que, por coincidência ou não, foi o único que demonstrou pena mesmo.

De seu treinador?! Sim, mas isso não vem ao caso.

Sem nenhuma chance de se movimentar, o pássaro foi neutralizado o mais rápido o possível: uma sequência de Flinch e Thunderbolt foi suficiente para deixá-lo pior que seu treinador...

Ou igual, não sei ao certo. A ave logo caiu nocauteada, dando um ou outro gemido, seguido de espasmos. Restava Muk que, pequeno, se esgueirava entre as fendas do chão. É importante pontuar que Sashimi ouvira por completo sua treinadora e dera tudo-de-si no terremoto que causou, deixando a meleca transtornada e meio acuada, enquanto Kangaskhan... ah Kanga, essa pequenina nem entendeu da onde veio o "soco" que tomou! Estava de boa, observando o andamento da batalha, repentinamente olha para Aggron e o vê mexendo os pés bem forte, batendo contra o chão. Quando entendeu do que se tratava, arregalou os olhos assustadíssima e fez o que toda boa Kangaskhan faz quando se vê em perigo: abraça e protege sua bolsa. Havia um filhote lá?! Bem, segundo Natalie, parece que não, mas como eu não entendi bem a história, direi apenas "talvez".

Ela então abraçou sua bolsinha que TALVEZ tinha um bebê. Quando o fez, deixou suas costas, pescoço e parte de trás da cabeça desprotegidos... já estava preparada pelo nocaute quando reparou que... pasmem, o golpe não ia tão longe assim!

E fora assim que restara só Muk contra os três monstrengos. A Kangaskhan, agora aliviada, suspirou e pulou sobre a melequinha, lhe tornando quase um chiclete pisado no chão, como ele era muito diminuto, acabara sendo amassagado e sendo nocauteado de vez...

... pobre chicletinho.


Campo: Altura média do Monte Silver. Terreno inclinado, rochas por toda a parte e, lateralmente, um corpo e um carro capotado.

Log de Batalha:
Turno 01: Kangaskhan Fake Out (-8) > Fearow Flinch > Muk Minimize (+2 Eva) > Aggron Earthquake (-99 Muk CRITICAL | 35) (-85 CRITICAL K.O) Kangaskhan> Eelektross Thunderbolt (-142 | Fearow K.O)
Turno 02: Kangaskhan (-36 Muk K.O)