Pokémon Mythology RPG 13
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Um destino rubro

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Mensagem por Eris Sex 26 Ago 2022 - 21:54

Um destino rubro
Encurralados

Aquela conversa definitivamente não tinha sido muito boa para o lado da ruiva. Por mais que ela soubesse bem o quão absurda era a ideia de estar cooperando com aquele infeliz, não é como se tivesse algo concreto para provar isso aos demais. E, mesmo tentando convencê-los de sua inocência, a garota de cabelo branco - que depois ela viria a descobrir que se chamava Phi - levantou pontos que Eris simplesmente não tinha como contrariar. Infiltrar um desordeiro no grupo de fato seria bem mais proveitoso que um informante. E, para o azar da ruiva, ela era a única ali sem um álibi, já que todos os outros conheciam-se de um… experimento no meio do deserto? Ok, essa definitivamente não era a explicação que ela estava esperando, mas essa estava longe de ser a coisa mais absurda que ouvira naquele dia. Eris não fazia ideia do que poderia motivar alguém a confinar-se por livre e espontânea vontade, ainda mais quando o propósito do experimento era descobrir quais problemas isso causaria, e não se. Entretanto, as razões das cobaias eram a última coisa com que precisava se preocupar agora. O fato de todos terem motivos para suspeitar dela deixava a ruiva de mãos atadas, e não havia de fato nada que ela pudesse fazer sobre isso.

- Ok, é isso, eu desisto. Eu não tenho absolutamente nada pra provar minha inocência. Querem me amarrar em alguém ou coisa assim? - Ela ergueu as mãos em sinal de desistência, embora seu tom estivesse bem calmo, e abriu um sorriso amarelo para Phi. - Se não for em um dos caras, por razões bem óbvias, pra mim tá de boa. - A ideia de ter alguém vigiando-a em tempo integral e limitando sua liberdade era algo que a garota geralmente abominaria, entretanto, até ela sabia admitir quando havia perdido um jogo. E, se abrir mão da sua privacidade fosse o preço necessário para dissipar pelo menos parte das suspeitas que recaíam sobre si, então ela estava disposta a isso. Na verdade, toparia qualquer coisa que lhe ajudasse a sair daquele lugar. - E vai por mim, eu queria saber tanto quanto vocês o que raios é que estou fazendo aqui.

Ela achava que a situação já estava tensa antes, todavia, é claro que sempre dá pra piorar. O mesmo homem que primeiramente acusou-a de traidora também foi quem revelou a presença de uma outra figura que não estivera com eles no experimento - e, dessa vez, era só uma criança. Uma com um capacete bizarro e extremamente suspeito na cabeça, mas ainda assim uma criança. Eris torceu o nariz para a presença do garotinho ali, já imaginando as coisas que o coitado precisaria escutar dos outros quando acordasse. Naquela situação, todos estarem desconfiados e com os nervos à flor da pele era normal e esperado, e, por mais que a maioria estivesse inicialmente ao menos tentando ser receptiva, não era difícil adivinhar que qualquer coisa que desse errado iria cair sobre as costas dela e do menino. Na verdade, ela nem precisou esperar tanto. Ouvindo a frequência respiratória do homem aumentar conforme a paranoia entranhava-se em sua mente, Eris entrou em alerta, temendo que as palavras cada vez mais acusatórias despontassem em alguma atitude contra a criança, que diferente dela não contava com a proteção de barra nenhuma caso aquele cara perdesse de vez o controle. Felizmente, não chegou a esse ponto. Quando ele parecia a dois passos de surtar, uma voz que a menina até então não tinha ouvido pronunciou-se, acalmando o loiro como se não fosse nada. O organismo do homem respondeu como um passe de mágica, a respiração estabilizou-se e seu tom no mesmo instante amansou. Isso fez Eris erguer uma sobrancelha, surpresa, mas também aliviada.

- Eu nunca vi esse guri na minha vida, e tá, o capacete é esquisito mesmo… Mas não é melhor esperarmos pelo menos o coitado acordar antes de sair pulando em conclusões? - Cruzou os braços. Sabia que ser uma criança não livrava o menino de suspeitas - ela mesma quando criança era o capeta em pessoa -, no entanto, isso não era motivo pra ameaçar alguém que tava tão obviamente indefeso.- E aliás… quem é você? Acho que é a única aqui que eu não vi ainda. Mas valeu por acalmar esse cara. - Tentou abrir um sorriso amigável, por mais que nem estivesse vendo a dona da voz. Sabia que, naquela situação, suas chances de escapar estavam dependendo daquelas pessoas, então estabelecer uma política de boa vizinhança até ter como provar sua inocência parecia a opção mais segura.







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Mensagem por Irisu Seg 29 Ago 2022 - 10:01

Eris estava logisticamente encurralada, há momentos em que simplesmente não há como escapar certos fatos; não que a menina de fato seja uma lacaia do homem, mas que não tem como negar que ela pode ser uma e as chances são consideráveis para os olhos dos outros. Portanto, apenas desistiu, fosse vigiada 24 horas ou amarrada nas costas de alguém, seria mais benéfico para ela só aceitar e acharem uma forma de escapar do que ficar peitando toda hora com isso. Ao ouvir, no entanto, Phi novamente interjeita:

- Espera só um momento, eu não disse que você é aliada daquele cara. Eu só estou dizendo que a possibilidade é real e que não adianta argumentar o contrário.

A conversa parecia ter morrido ali até, claro, o Eric divulgar a presença da criança desacordada. A ruiva já estava com o pé atrás disso tudo, mas saber que até uma criança estava envolvida, e além do mais muito provavelmente vai ser acusada assim como foi, estressava-a, sabe-se lá o que esse Eric poderia fazer com o garoto que nem pode se defender. A fala da Ericka, todavia, chamou atenção de Sigma, que concordou:

- Eris está correta, não adianta ficar perdendo a cabeça com isso agora, precisamos focar em achar uma forma de escapar disso aqui primeiro.

Talvez a voz da razão de Sigma pudesse apaziguar suspeitas dos outros por enquanto, o interesse da Eris no momento cabia para a outra voz aparentemente jogou um feitiço no Eric; Ouvindo-lhe a mulher ri e revela sua aparência: uma mulher muito vaidosa e... avantajada.

Mulher Sedutora:

- Perdoe o Eric, ele fica ansioso com facilidade. Prazer, meu nome é Mira.

A mulher parecia suficientemente educada, pelo menos, e agora sabia o nome de mais uma pessoa, o que pode ser útil se tiverem que passar muito tempo juntas... até poderia ser bom em outro contexto, mas certamente não nesse.

A tensão parece ter amenizador, graças a um esforço coletivo para o pessoal não perder a cabeça em poucos minutos, e até permaneceria assim por um bom tempo se um som tenebroso não fosse ouvido... passos ecoavam pelo corredor, passos muito semelhantes aos que Eris ouvira antes na floresta... seguido os passos, uma sombra longa se projeta pelo chão e, por fim, a voz grossa, abafada e robotizada invade o sistema auditório de todos, até a imagem do ser estar no campo de visão de todos que estivessem observando pelas barras.

- A vida é simplesmente injusta... não concordam? Há momentos onde um único caracol pode fazer o mundo entrar em extinção.

O "cara de urubu" começa falar em enigmas novamente. O significado é ambíguo e incerto, seria apenas para confundir todo mundo ou o que diz é verdade? Eric novamente entra em pânico, sendo o primeiro a fazer perguntas:

- Q.quem é você? Por que está fazendo isso conosco?

Inexpressivo, Zero responde:

- Vocês saberão em devido tempo, porém no momento podem me chamar de "Zero"... eu preciso que vocês participem de um jogo.

- Um jogo?...

Carlos pergunta, tentando fazer sentido disso tudo.

- Um jogo que determinará o destino de vocês, meu, e da humanidade... O jogo da decisão.

Dito isso, Zero retira de sua manga uma moeda, um lado é vermelho, enquanto o outro é azul. Revelando-a, joga para cima e, assim que está caindo, Zero a oculta com seu manto e com sua bota.

Moeda:

- Abaixo do meu pé está uma moeda; um lado é azul, o outro é vermelho. Que lado está virado para cima? Faça uma escolha. Porém, vocês tem apenas uma chance.

O nomeado Zero explica as regras desse jogo. Junpei é o primeiro a se manifestar:

- Se a gente acertar, ganhamos algo?

- Sua liberdade.

Zero responde de forma seca, estaria falando a verdade ou teria uma pegadinha por trás dessa "liberdade"? Curiosa, Phi pergunta sobre a outra possibilidade.

- E se errarmos?

- Vocês perdem. Vocês terão que participar do jogo até pelo menos seis estiverem mortos.

A fala deixa todos sem palavras, alguns apavorados, enquanto outros reflexivos, até como se estivessem esperando por essa resposta. Muito ansioso, Eric é o primeiro a dar seu voto:

- Vamos com azul!

Mira interjeita, dando o voto contrário e Eric logo vai com a decisão da mulher:

- É vermelho.

- Isso, é vermelho!

Já Sigma fica indignado com tudo que está ouvindo, sendo o primeiro a se opor com as ordens.

- Vocês vão mesmo na onda do Zero? Não respondam a ele!

Despreocupado, Junpei só diz o que ele acha ser:

- É azul.

Pensativa, Phi pensa alto sobre suas possibilidades, apesar de ser óbvio:

- As chances são 50:50...

O clamor era visível, e muito bem audível, todos estavam agitados de uma forma ou de outra, e não dava sinal de parar ou chegarem a um consenso do que escolher... foi apenas com a voz de Zero que todos se calaram.

- Para resolver o impasse, o voto de uma única pessoa contará para todos.

Parou por um momento e apontou para... Eris.

- Ericka Morgan, seu voto decidirá o seu destino, assim como o de seus amigos e da humanidade. A vida de 6... 6 bilhões de pessoas está na suas mãos.

Faça sua escolha:
A. Azul
B. Vermelho
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Mensagem por Eris Sex 2 Set 2022 - 13:26

Um destino rubro
"TINHA QUE SER EU?"

A boa notícia é que não quiseram amarrá-la em ninguém. Phi não parecia nem um pouco preocupada em acusar a menina, só em provar que a chance de ela ser uma aliada do cara de urubu existia - e, por mais que lhe embrulhasse o estômago sequer cogitar isso, Eris não tinha como negar essa possibilidade. Pelo menos não de um jeito convincente. Antes que a situação ficasse ainda mais constrangedora para ela, o mesmo grandalhão que repreendeu-a por ter gritado agora falou a seu favor, relembrando a todos que tinham outras prioridades ali. Como escapar daquelas celas sem ter nenhum equipamento e muito menos Pokémon para ajudá-los, por exemplo. Se Carlos e Sigma, fortes como aparentavam, não tinham conseguido nada tentando forçar as barras, não é como se qualquer um dos outros fosse conseguir. Força bruta não os ajudaria agora, e Eris já tinha sentido muito bem o quanto aquelas estruturas resistiam a agressões. Seu pé dolorido era prova.

Após as interrupções de Eric, a dona da voz que acalmou-o apareceu por dentre as barras, e nesse momento Eris ficou muito grata por estar sentada com a cabeça apoiada sobre as mãos, já que assim seu queixo não podia cair. A mulher apresentou-se como Mira, e parecia bastante sensata e equilibrada, qualidades estas que claramente faltavam naquele homem. - Tá desculpado. E prazer, Mira. - Todos ali já tinham ouvido seu nome, então a jovem não viu razão para repetir, e ao invés disso apenas sorriu para ela. Por um momento a parte mais arruaceira da sua mente quis indagar “Cê não tá esquecendo de nada não? Tipo, a outra metade do zíper?”, mas, além de extremamente rude, a ruiva não estaria fazendo favor a ninguém trazendo a tona esse detalhe. Nem a si mesma. Agora ela nem sequer conseguia culpar Eric por ter obedecido Mia como um cãozinho adestrado.

Após isso, a tensão no local pareceu amenizar. Todos estavam ainda com os nervos à flor da pele, claro, porém contidos o bastante para enfim pararem de brigar entre si e erguer acusações. Será que finalmente poderiam trabalhar juntos para sair dali e colocar um fim naquele pesadelo todo!? É claro que não. Algo - ou, no caso, alguém tinha que surgir para dar fim à frágil calmaria que eles tinham tido tanta dificuldade em alcançar. Eris reconheceu logo aqueles passos, os mesmos que ouvira na floresta, algo que parecia ter acontecido há muito tempo e não só algumas horas. Um calafrio percorreu-lhe a espinha e ela torceu para estar imaginando coisas. Infelizmente para a menina, o dono daqueles passos não tardou em aparecer. Foi um estardalhaço geral assim que Zero (ou cara de urubu, como Eris ainda preferia chamá-lo) deu as caras, trazendo consigo nada além de mais caos e mais perguntas a serem respondidas. Um JOGO? A ruiva já tinha participado de muitos jogos sem noção na vida, mas aquilo passava de todos os limites. Estava se tornando o tipo de coisa que só se vê em filmes de cientistas loucos. E, na verdade, faria todo sentido se Zero fosse um, e aquele na verdade não passasse de um experimento doentio para provar sabe-se lá o quê. Será que prender aquele povo todo num deserto por um mês já não era um teste louco o bastante? Pelo visto, não.

Com as cartas na mesa, os prisioneiros viram-se sem escolha além de fazer uma decisão injusta em todos os sentidos. Eles não tinham como saber a resposta, precisavam confiar seus pescoços unicamente à sorte. E, do jeito que sua vida andava ultimamente, Eris sabia que boa sorte era tudo o que ela não estava tendo. Nem nenhum dos outros, aliás. Talvez a escolha fosse mais inteligente seria deixar todo mundo votar, eleger a escolhida, e depois responder a opção contrária, pra ver se conseguiam usar esse azar abismal a favor deles. Infelizmente, isso não era nem uma opção, pois Zero resolveu deixar o peso de tudo sobre os ombros de uma única pessoa. Eris, claro. Já mencionei que ela não estava tendo muita sorte nesses dias?

- Eu? É sério? Eu? Tem NOVE pessoas aqui, desgraça, e TINHA QUE SER EU? - Se eles já não confiavam nela antes, agora sim iam detestá-la. Não que esse fosse o maior dos seus problemas. Ericka não confiava na sua intuição nem pra salvar a própria vida, imagine a vida de 6 bilhões de pessoas. Na verdade, parecia-lhe absurdo que tantas pessoas dependessem de uma escolha tão simples, como raios Zero afetaria tanta gente? Ele era o quê, um mensageiro do Apocalipse? Ia soltar Giratina no mundo e ferrar com geral? Mas pera aí, em Sinnoh já não teve outra equipe criminosa tentando acabar com o mundo justamente assim e nunca conseguiu? Parecia ridiculamente impossível que Zero tivesse algo mais poderoso que um Pokémon lendário em seu arsenal, mas também não é como se ela estivesse em posição de questionar. - Ericka é tão brega, tem certeza que não quis dizer Eric? - Apontou pro loiro com um sorriso amarelo, por mais que sorrir fosse a última coisa que ela quisesse fazer agora. Sua vontade era de se jogar no chão, socar alguma coisa e chorar até não poder mais, no entanto, aquela provavelmente seria uma cena deprimente e patética demais, então preferiu poupar os outros de verem isso. Ok, agora eu vou escolher errado. Vai todo mundo se ferrar. Literalmente todo mundo. E ainda vão poder dizer que a culpa foi MINHA! DÁ PRA SER PIOR QUE ISSO? Ela sabia que não devia brincar com essas coisas. Sempre, SEMPRE dá pra ficar pior. Limite só existe para as coisas boas. Mas manter qualquer otimismo naquela situação era difícil. Por fim, decidiu que não adiantava mais enrolar. Sem fazer esforço algum para disfarçar o temor em sua voz, ela proferiu sua escolha, em alto e bom tom:

- Vermelho.



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Mensagem por Irisu Sex 2 Set 2022 - 21:06

Por que Ericka? De todo mundo, a maior suspeita e desconfiança surgiam a partir da presença da desconhecida. Não há dúvidas que, de todos os crimes, pelo menos desse ela é inocente, no entanto colocar um peso dessa magnitude nela é cruel, para se dizer o mínimo. Estivesse exagerando ou não, a ideia desse risco existir era doloroso de pensar, 6 bilhões é um número impensável, mas se 6 dessas pessoas que acabou de conhecer acabassem morrendo, não posso compreender que danos psicológicos podem causar em sua consciência. Talvez nenhum, ou talvez viria um trauma que assombraria-lhe...

Mesmo assim, se sentiu na pressão de decidir, poderia não escutar as ordens do Zero, como o Sigma aconselhou, mas decidiu ir com vermelho, a cor que mais lhe definia em múltiplos sentidos... seria essa a sua cor de sorte, que pouparia muita dor de cabeça e possivelmente a vida de todos?

Ouvindo a escolha, Zero lentamente retira seu pé da moeda, revelando...

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Indistinguível, era o lado azul. Por um momento, todos estavam sem palavras, não conseguiam acreditar no que estavam vendo. Alguns lamentaram enquanto outros foram muito vocais. Claro que falo do Eric:

- Que merda! Eu sabia! Você tá trabalhando com o Zero! Aaaargh!

Os gritos agitados protestam por uns segundos, até Zero continuar:

- Assim como prometido, o jogo da decisão continuará. Mas, primeiro vocês precisam dormir. O bracelete em seus braços injetará uma solução sonífera e... apagará suas memórias desses 30 minutos.

Novamente todos estavam com uma cara de angústia... no fim, qual foi o motivo disso tudo então? Queria porque queria dar uma chance de sobrevivência? Talvez não. Pelo que foi implicado, Zero tem o poder de repetir essa cena quantas vezes fosse possível, talvez não havia esperança no fim das contas, ou havia, porém não é como se pudesse descobrir agora, a visão de todos fica pesada, sentindo uma injeção aguda vinda de onde o aparelho está posicionado no pulso, e tudo vai à escuridão...

...

...

- Ei... você consegue me ouvir?

Você ouve a voz de uma mulher, parece distante e fraca e ao mesmo tempo é como se tivesse dito isso bem na sua orelha, você lentamente abre os olhos, sua visão desfocada e cheia de remela, certamente não foi uma boa dormida... uma dor de cabeça fina permanece na sua nuca, não era forte, porém constante, como se a confusão de tudo isso não fosse o suficiente. Estava num centro pokémon, acordada pela enfermeira Joy? Quem dera...

Limpando seus olhos, você perceba que não está num centro pokémon...parecia muito mais uma...

Uma...

Uma sala de estar? Era um lugar espaçoso e um pouco escuro, com dois sofás de cor vinho, o ambiente não possuía um cheiro distinguível e, olhando para cima, observa uma vidraça muito distinta e bela.

Ambiente:

- Ainda bem... só faltava você acordar...

Novamente você escuta a voz, certamente não estava a alucinando, na verdade estava tão "grogue" de ter acordado repentinamente que ainda estava juntando todas as peças no seu cérebro. Instintivamente olhando para a fonte do som, você se depara com uma mulher, ela é um pouco menor que você e te recebe com um sorriso:

Um destino rubro - Página 2 Image-1

Talvez você não faz a conexão instantaneamente, mas quando você olha para ela você pensa algo no sentido de "essa é Akane". Além de um forte sentimento de "Deja Vu"... mas espera, não era para você ter perdido a memória? E mais importante, você se lembra de que tinha que perder a memória!

Por algum motivo, pode até estar confusa e elas não fazem muito sentido no momento, todavia você possui suas memórias, se lembra de ter acordado em uma cela de prisão e conhecer Akane, Jumpei, Carlos, Sigma, Phi, Eric, Mira... e Zero. O curioso é: será se Zero cometeu um erro crítico? Ou isso tudo faz parte do plano dele?

- Hmm... você vai bem? E eu preciso perguntar, qual o seu nome?

Por um momento você quase esquece da presença da mulher... e, pelo que tudo indica, as memórias dela foram apagadas com sucesso, nem que temporariamente.

Olhando ao redor, você se depara com mais uma face familiar, o mesmo desinteressado de antes, Junpei, sentando em um banco de trás de um balcão, no estilo de bar mesmo; atrás dele, incontáveis garrafas dos mais variados drinks estavam presentes. Ele apenas acena com um sorriso, dando um gole na taça que ele colocou. Em um dos canto, você observa um computador com a tela ligada, porém sem mostrar nada, assim como diversas portas... onde você está? Cadê os outros? O que devem fazer para sair? Como Eris procederia?
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Mensagem por Eris Dom 4 Set 2022 - 14:03

Um destino rubro
Que os jogos comecem

Ela estava errada. É claro que estava. Qualquer que fosse a conspiração do universo que a colocou naquele lugar, de certo não deixaria-a escapar tão fácil assim. As reações dos outros prisioneiros foram tais quais ela esperava, e muito mais fortes dos que a dela própria. Enquanto a ruiva restringia-se a encarar a moeda com um olhar vazio - nem surpreso, nem indignado -, Eric gritou em alto e bom tom que ela não passava de uma traidora. E mesmo naqueles que não disseram nada contra a garota, ela podia sentir seus olhares pesando sobre ela, carregando um peso maior que qualquer palavra. Fazia muito, muito tempo que Eris não se importava com a forma como os outros olhavam para ela. Desde que seus pais foram presos, acredito. Ela tinha quantos anos, uns 11? 12? Naquela época, prometera que viveria segundo seus próprios termos, sem jamais se preocupar com o que as outras pessoas achariam dela. Adalyn foi a primeira exceção a essa promessa. A situação de agora foi a segunda.

Não que a garota se julgasse a pessoa mais confiável do mundo - muito pelo contrário, era do seu gênio dar uma rasteira no primeiro que entrasse em seu caminho. Agora, ser comparada a Zero? Isso era demais até para os padrões dela. Fora da algazarra em sua própria mente, uma maior ainda instaurava-se ao seu redor, com todos os outros protestando como se suas vidas dependessem disso. E, se aquele cabeça de urubu estivesse certo, dependiam. Suas palavras misturavam-se de tal forma que Eris não foi capaz de decifrar, ou talvez ela apenas não estivesse prestando atenção suficiente. Tudo parecia abafado, distante, tal como o momento em que Akane primeiramente acordara-a. A ruiva podia ser teimosa, pavio curto e impulsiva, mas era uma boa perdedora. Não se deu nem o trabalho de voltar-se contra Zero como os outros faziam - sabia que era inútil. Se eles eram capazes até de apagar suas memórias após adormecê-los, quem lhe garantia que aquela cena não poderia se repetir mais mil vezes? Talvez Eris nem sequer tivesse sido a primeira a ter que escolher uma cor - talvez tivesse sido apenas a primeira azarada o bastante para escolher errado. Ela preferia não saber se seus destinos já estavam condenados desde o início ou se foi culpa dela por ter ferrado todos. Às vezes a ignorância é melhor. Logo o sonífero foi injetado em seu corpo, e, pela segunda vez naquele dia, o mundo retornou ao breu.





Aquela voz era… familiar. Soava distante, abafada, mas definitivamente familiar. Eris abriu os olhos, vacilante, sentia como se tivesse acabado de acordar do sonho mais bizarro da vida. Sua cabeça doía, mas nada difícil de aguentar. Pior mesmo era a confusão, que, misturada ao sono, tornava qualquer coisa impossível de entender. Ela estava deitada no chão, fosse qual fosse a razão, e uma garota gentilmente tentava acordá-la. Por alguma razão, a ruiva não estava tão chocada quanto deveria estar. Sentou-se devagar, sem estardalhaço, como se sua mente tivesse aprendido que fazer um movimento brusco agora era má ideia. E aquela menina… Eris definitivamente a conhecia. Akane. Essa é Akane. De onde foi que esse nome saiu? A ruiva não tinha certeza, mas outras informações logo se seguiram. A prisão, Akane, os outros, o experimento no deserto, a moeda, Zero… Sua cabeça latejou e Eris segurou-a entre as mãos, fechando os olhos em uma falha tentativa de aliviar. Ela já tinha estado exatamente naquela situação antes… No entanto, por que se lembrava disso? Teoricamente não era pra todos terem esquecido? Akane obviamente não a reconhecia…

Tudo ali se repetia como num flashback. As palavras de Akane, o cumprimento desinteressado de Jumpei, só que dessa vez os outros não estavam ali. Eris não sabia se sentia aliviada pelo cabeça de urubu não ter mexido tanto na sua cabeça, ou nervosa pelo quão suspeito aquilo era. Era mais fácil pensar que aquilo também fazia parte do plano de Zero do que algum erro aleatório dele. Ou talvez fosse só sadismo desse. Deixar logo a que escolheu a cor errada se lembrar que estavam ali por causa dela? Boa piada, Zero.

- Hey… quem são vocês? E que lugar é esse? - Naquela situação, fingir que não sabia de nada com certeza era o melhor jeito de evitar suspeitas. A ruiva não teve nem que fingir uma expressão surpresa - já estava desorientada o bastante pra que sua ignorância fosse mais que credível. Pelo menos a segunda pergunta foi sincera. Eles claramente não estavam em uma cela dessa vez, com aquelas prateleiras de bebidas e mais bebidas. Se cadeias fossem daquele jeito, não ia ter um alcoólatra no mundo querendo ficar solto. Jumpei examinava os frascos enquanto Akane apresentava-os, e Eris assentiu em resposta. - Prazer, eu acho, meu nome é Ericka. Mas podem chamar de Eris. E mais importante, o que diabos tá acontecendo aqui? - Uma pergunta justa, para dizer o mínimo. Dessa vez a menina não se deu o trabalho de esconder seu nome de nascença, já que Zero pelo visto ia chamá-la por ele assim que se encontrassem. E se aquele realmente era o começo do jogo que aquele homem estava orquestrando… então era bom eles manterem os olhos bem abertos.










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Mensagem por Irisu Seg 5 Set 2022 - 11:45

Eris decide ocultar seu conhecimentos sobre os eventos passados, já basta o que aconteceu naquelas celas e, apesar de Akane ser a mais amigável, Jumpei era mais uma incognita, assim como colocar a semente de suspeita em si não parece ser uma boa ideia, pelo menos manteria assim até ter melhor ideia de tudo que está acontecendo, se isso sequer fosse possível.

- O meu nome é Akane, e esse...

A mulher se apresenta como Akane, sendo parada pelo homem para que ele mesmo possa se introduzir:

- Pode me chamar de Junpei.

Junpei finaliza, fazendo um aceno enquanto dá mais um gole da bebida. Já quando a pergunta entra no tema do motivo do porquê estarem aí, a única coisa que se é ouvida é a taça de vidro colocada no balcão, não haveria resposta sonora referente à pergunta, mas talvez o silêncio falasse mais.

Como se fosse na deixa, a televisão se liga, com a imagem do maldito Zero aparecendo para cumprimentar:

Um destino rubro - Página 2 Image-1

- Bom dia... Como vocês estão? Meu nome é Zero... o segundo Zero.

Dessa vez ele não embromou para se apresentar, sua identidade é um mistério, porém agora todos podem associar um nome à aparência sombria desse ser.

- Eu devo fazer um prefácio: essa é uma gravação, eu não poderei responder nenhuma pergunta que fizerem.

Pausou por um momento, dava pra ver o punho de Akane e Junpei fecharem ao saberem do informe.

- Eu gostaria de contar uma velha história. Dezessete anos atrás, em uma manhã chuvosa, uma mulher estava caminhando em uma reserva natural, sua rota cotidiana levava para uma bifurcação; Ela sempre iria para o lado direito mas, por algum motivo, nesse dia ela foi pela esquerda. No caminho, ela se encontrou com uma pessoa idosa que ela via todo dia. Em surpresa, o indivíduo perguntou para a mulher: "Por que você veio por aqui hoje?". Essa foi a resposta dela: "Porque tinha um caracol."

Zero ficou calado por meros segundos, parecia ter acabado mas no momento que qualquer um fosse falar algo, ele continua.

- A mulher foi encontrado poucas horas depois... assassinada. Seu corpo foi encontrado em arbustos na estrada da esquerda."


Novamente há a pausa, mas afinal, do que se trata essa história? Haveria algum significado? Algum conexão com tudo isso? Não havia como saber no momento atual.

- As vezes, a vida é simplesmente injusta... não concordam?... O mesmo se aplica a vocês. O ato de um destino injusto trouxeram todos vocês para esse momento. Apenas para se encontrarem nesse abrigo nuclear, 50 metros abaixo do solo.

A revelação decerta Akane e Junpei, o último inclusive lança um "espera, o quê?" desprevenido pelo informe, e quem sabe a Eris também estava surpresa. O local deles é um abrigo no subsolo, porém não se sabia onde exatamente, muito menos o método de sair... todavia, Zero não finalizou, agora a televisão mostra um mapa:

Um destino rubro - Página 2 Image-2

- Como podem ver, esse lugar é dividido em três segmentos. Akane, Junpei e Ericka, vocês três estão na área C. Portanto, vocês se chamarão de time C. Seu líder será Ericka.

Área C... o lugar é marcado como vermelho, indicando as salas que estão disponíveis para o grupo, que pelo visto serão apenas os três...

- Q, Mira e Eric estão na área Q. Seu líder é Q. E por fim, Diana, Sigma e Phi estão na área D. Tendo Diana como líder do grupo.

Assim como o pessoal da área C, os outros dois também possuem grupos de pessoas designados. Em especial, no entanto, você ouve dois nomes novos, Q e Diana... afinal, seriam parte do grupo experimental citado antes? Ou estranhos como a Eris e a criança?

- Vocês podem andar por onde quiserem, desde que sejam em suas respectivas áreas. Todavia, há um tempo limite: 90 minutos. Após 90 minutos passarem, os seus braceletes injetarão uma solução anestésica, colocando seus corpos em sonho ininterrupto, e um agente que apagará suas memórias desse período. O bracelete também possui mais uma função. Um relógio. Apertando os botões nos lados no mesmo momento mostrará o tempo atual.

Novas regras foram explicadas, agora sobre um tempo limite de consciência e, talvez o mais tenebroso, a memória. É uma incógnita se a memória da ruiva continuará ou não, porém limitar os movimentos do grupo de tal forma é, no mínimo, cruel. Finalizando, Zero avisa sobre uma última coisa:

- Em dez minutos, a primeira atividade começará, as regras seguirão de acordo. Por enquanto é tudo.

Uma atividade. Do que se trataria? Dado o que foi informado até agora, talvez tenha relação com o "Jogo da Decisão" que foi dito lá no início, talvez tenha seja uma atividade que custe uma vida, remetendo às ameaças de Zero antes, de que pelo menos 6 pessoas morreriam... cabisbaixos, a sensação de estar em completo controle do Zero, onde até suas memórias são brincadas, é algo horrível, para se dizer o mínimo.

- Braceletes... não foi assim da última vez também, Akane?

Junpei é o primeiro a se manifestar, com um tom semi-sarcástico em relação que foi informado. Mas afinal, qual o contexto por trás dessa fala? Akane não consegue falar nada além de um fraco "Junpei..."

- Akane, você percebeu o mesmo que eu?

Junpei olha para Ericka, de forma meio desconfiada, mas também preocupado, e continuou:

- Onde está Carlos?
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Mensagem por Eris Ter 6 Set 2022 - 23:38

Um destino rubro
Como se um Zero não fosse ruim o bastante

Aquela situação não estava sequer próxima a favorável, isso era fato. No entanto, talvez ser a única ali com informações não fosse tão ruim quanto a garota inicialmente temera. Ao contrário da primeira vez em que se encontraram, ali não havia Eric nenhum para levantar acusações contra a ruiva, e aqueles dois não demonstraram desconfiança nenhuma pela presença dela ali. Uma das vantagens de não ser mais a única estranha em meio a um mar de conhecidos, de fato. Na verdade, Jumpei parecia muito mais preocupado em acabar sua bebida do que com qualquer outra coisa. Aquele menino era a própria definição de “indiferença”, e Eris até que simpatizou com ele por isso. Uma vez recuperada do susto, cumprimentou os dois e andou até o rapaz, perguntando em tom casual:

- Isso aí é bom? Quero um pouco também. Antes que perca a cabeça. - Podia parecer um péssimo momento para afogar as mágoas, mas a menina nunca tinha tido tantas mágoas para afogar. Sentia como se o chão tivesse sido arrancado de debaixo dos seus pés pelo menos três vezes nas últimas horas. Ainda assim, tentou parecer o mais plena possível enquanto servia-se com uma das bebidas, colocando o suficiente para apenas três goles. Sabia bem o quão perigosa era a situação, e não estava nem um pouco disposta a confundir seus sentidos com álcool antes de entrar no tal jogo que Zero mencionou, fosse qual fosse ele. Só queria relaxar um pouco a cabeça. - E então, todo mundo aqui encontrou aquele cara de urubu também? Alguma pista do que podem querer com a gente? - Ela perguntou muito mais para manter as aparências do que por algum real interesse nas respostas. No entanto, mal tinha dado o primeiro gole quando a TV do nada ligou, e quem apareceu na tela foi ninguém mais ninguém menos que Zero. Eris cuspiu a bebida na mesma hora.

- Segundo…? Pelo amor de Arceus, será que um já não tava ruim o bastante!? - Ela bateu a taça na mesa, indignada, apesar de saber que aquela gravação não conseguiria ouvi-la e, muito menos, dar qualquer resposta. Após provavelmente receber um “shh” dos outros, calou-se, até porque ela própria não queria perder as informações que o Zero V2 estava dando. A primeira história fez ela revirar os olhos - trágico, ok, mas o que diacho tem a ver com eles? Que o mundo é injusto e cruel, ela já sabe muito bem. Na verdade, os conceitos de justiça e injustiça muitas vezes até se misturam. Ela tinha perdido seus pais porque o mundo é justo ou injusto? Considerando a forma como eles levavam a vida, era difícil dizer. E pelo menos ela tinha uma história honrosa (ao seu ver, ao menos) sobre eles, enquanto morrer por causa de um caracol era desbloquear um novo nível de “humilhante”. Depois da tensa história contada pelo encapuzado, vieram os dados que Eris queria saber. Pelo visto, todos tinham sido divididos em grupos, e a ruiva acabara sendo bem sortuda quanto ao seu. Nem Akane nem Jumpei pareciam do tipo que iriam lhe causar problemas. Em contrapartida, o nome de Carlos não apareceu na divisão, e, ao invés dele, dois novos foram citados. Diana e… Q? Q é nome de gente? Devido às suas raízes, Eris já tinha até ouvido falar de um doido revolucionário chamado N, que estava ligado à principal gangue de Unova, embora preferisse acreditar que aquele era só um codinome.

Provável que seja a criança… agora tão até censurando o nome de menores de idade, ou ele só teve pais péssimos mesmo? Pensou, e estava mais inclinada a acreditar na segunda opção. Depois de sequestrar pessoas, mexer com a cabeça delas e forçá-las em um jogo potencialmente mortífero, Zero não parecia ser o tipo de cara que liga para o politicamente correto. E afinal de contas, quem diabos é essa tal de Diana?

Além dos grupos, foram-lhes passadas séries de outras informações, tais quais zonas e horários. Até parte do funcionamento dos seus braceletes foi revelada - e era tão ameaçador quanto Eris podia ter imaginado. A ruiva não fazia ideia se tinha conseguido manter suas memórias por manipulação de alguém ou por pura sorte, e ela definitivamente não pretendia arriscar de novo. Aquelas lembranças, mesmo que poucas, eram sua única vantagem, já que todos os outros pareciam saber muito mais daquela situação toda do que ela. Jumpei principalmente. E falando no dito cujo, o comentário que ele fez para Akane quase fez a ruiva pular da cadeira. Ela voltou-se pra ele num sobressalto, falando em alto e bom tom:

- Epa, epa, epa, que história é essa de última vez? Vocês já estiveram em uma dessas antes? - Já imaginando que eles não estariam muito contentes em dizer, apressou-se em completar: - Eu NÃO vou deixar esse assunto morrer, então é bom falarem alguma coisa, porque nosso tempo tá correndo. - Foi mais ou menos por ali que a dupla comentou sobre a ausência de Carlos. Jumpei olhava para a menina com uma aura desconfiada, contudo, ela não poderia se importar menos. Não era a ruiva quem estava escondendo o jogo desde que chegara ali, era Jumpei. E talvez todos os outros também. Todos, menos ela. Isso deixava-a nauseada. Tentando esconder seu desconforto, ela fez mais um esforço para proteger sua imagem de “desconhecida desorientada que brotou aqui do nada”. - Quem é esse Carlos? E se não tá aqui, será que ele escapou? Ou então só estavam muito obcecados em fazer os times iguais, e deixaram ele fora.



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Mensagem por Irisu Qui 8 Set 2022 - 10:20

Enquanto dava um gole do álcool e tentava se enturmar, dava para ver a disparidade da situação para ambos. Junpei de fato possuía uma pose de despreocupado, porém por outros ângulos, ele poderia estar acabado, usando isso como forma de descarga de tensão, enquanto a Akane estava tímida e nervosa, mas poderia guardar angustias que vão além do "como" estão aqui e sim para "por que" estão aqui. Ambos falaram que de fato se encontraram com aquele homem, porém calaram-se nas pistas... talvez não sabiam de nada... ou talvez sabiam demais.

Quando Ericka questionou sobre aquele comentário de relance e insistiu, ambos sabiam que não havia como se safar dessa sem uma explicação pelo menos meio decente... de tudo que a garota escondeu, uma coisa que não sabia era o passado desses sujeitos... e de certa forma esses dois foram os mais misteriosos... então, Junpei fala:

- Ano passado... eu e Akane estávamos em uma situação muito semelhante. Fomos sequestrados para um lugar desconhecido e fomos forçados a participar de um jogo. Até tinha braceletes e a pessoa por trás se chamava por "Zero".

- M.mas eu tenho certeza que esses dois zeros não tem relação um com o outro!

A moça ligeiramente complementa, a cara envergonhada por um rubor... o que seria o motivo disso? O jovem adulto apenas joga um olhar bem sarcástico e diz "Ela está certa", jogando as mãos para o lado. Quando o assunto vai para Carlos, no entanto, o momento de descontração se esvaia... e dessa vez é a Akane que inicia:

- Carlos faz parte de um projeto que eu, Jumpy e os outros dos outros grupos participam também... ficamos uma base chamada D-Com, um lugar confinado e isolado da sociedade, nós 9 e nossos Pokémon... o intuito era ver os problemas que surgem e os possíveis danos psicológicos, isso é para simular como seria a vida em outros planetas, sabe? Quem sabe o tipo de Pokémon que poderíamos encontrar e como os nossos evoluiriam no ambiente tão distinto. Você sabe da teoria hereditária de Lamark, el-

Akane estava empolgada explicando, parecendo até ter esquecido da situação onde estava, até Junpei dar uma freada e voltar ao assunto.

- Não sabemos por que Carlos não está aqui. Ora, talvez ele escapou mesmo. Ou talvez ele está trabalhando para Zero e se safou... ou talvez...

Ele não pôde finalizar, um chiado de estática preenche a sala, sinalizando que os dez minutos de descanso passaram... não havia como saber por certo, mas ele olhava intensamente para Eris, certamente com desconfiança em suas pupilas.

O infamo Zero novamente dá suas caras na televisão, como disse antes, para dar novas instruções referente ao que devem fazer nesse lugar... sobre esse "jogo". Sem que tivessem o tempo para prepararem psicologicamente e cortando toda a conversa anterior, a voz sai do aparelho:

- Pela saída ao lado do computador, há uma sala com um portão marcado em 'X', a Porta-X. Além dela há um corredor com um elevador; subindo-o irá te levar para sua saída deste local. Não há outra escapatória.

Akane e Junpei olham para o local apontado, não tinham tempo para de fato olhar se a porta está lá sem perder a gravação do Zero, então apenas escutam. Para serem introduzidos a saída logo de cara, deve simbolizar que será um processo muito difícil para finalmente poderem escapar.

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- A Porta-X é muito fácil de abrir. Basta obter "Chaves-X" e inserí-lhes no terminal ao lado. Seis Chaves-X são precisas para abrir. Uma Chave-X será divulgada toda vez que alguém morrer...

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A cara da mulher se abre em choque, enquanto o rapaz fica muito pensativo... é um jogo de morte, tal como ele disse para Eris no encontro anterior naquela prisão. Todavia, não havia tempo para choque, pois essa gravação pode conter informações importantes demais para perder com a cabeça nas nuvens.

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- Em termos mais claros, se seis de vocês morrerem, o resto obterá todas as senhas, e serão capazes de abrir a Porta-X. Um aviso: a porta apenas permanece aberta por 30 segundos. Quando o tempo passar, ela será fechada automaticamente, e nunca mais abrirá.

Se tem 9 participantes, no máximo 3 poderão escapar, de acordo com as regras dispostas, além de que seria muito improvável pessoas de diferentes áreas consigam escapar juntas, dado o tempo injusto de meros 30 segundos... alternativamente, se haver forma de executar dois dos times opostos, um grupo inteiro escaparia...

- Sei que alguns de vocês podem estar pensando... "Como posso matar seis pessoas". Eu facilitarei para vocês: por voto de maioria, uma equipe será executada. No computador no canto da sala de vocês, os nomes dos times de seus "agora-inimigos" estão dispostos no monitor; votem no time que vocês querem eliminar. Cada turma pode votar apenas uma vez, aqueles que receberem dois votos ou mais serão executados, e aqueles que não votarem no tempo estipulado até 13:20 receberá dois votos. Por último, apenas o líder poderá votar.

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No momento em que estava dizendo, a tela do computador dispara, com uma luz forte, e de fato o nome das equipes estão nele. Em cima há "Time D" enquanto embaixo tem o "Time Q". Então para deixar mais claro, os três grupos, sem nenhuma comunicação com os outros, devem votar para quem deve executar, sem chance de abstinência a não ser que queiram suas próprias cabeças numa estaca... para por em perspectivas mais macabras, um grupo de 8, que aparentemente todos se conhecem, notam que um deles, o Carlos, está sumindo, substituído por uma garota que nunca viram na vida... e agora devem eleger matar um grupo, qual será a escolha dos times D e Q?...

- Que comecemos. Esse é o Jogo da Decisão, um jogo de destino. As vidas de vocês, minha, e a raça humana penduram na balança.

Sem mais nem menos, a tela escurece, e a sala fica quieta, com as agonias internas de cada um... era um jogo de morte, e os dois sabiam que as chances disso ser brincadeira eram muito, muito baixas, o nome "o segundo Zero" já indicava o bastante...

- Agora é 12:30...

Akane murmurra alto o bastante para ambos conseguirem ouvir. De certa forma impaciente, Junpei anda até o aparelho:

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- Vamos votar agora, não há motivo de estender isso mais do que devemos.

Exclama, para o desgosto da mulher que é a primeira dar objeção.

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- Junpei! Nós não podemos votar.

Embora Akane reclame, suas suplicas não chegam nos ouvidos do homem, que rapidamente interjeita.

- Ah é? E você pretende que nós nos sacrifiquemos, é isso? Se não votarmos, vamos morrer!

Ambos estavam brigando, claro que preservar as suas vidas era muito importante... mas Akane não queria seguir as ordens de Zero, afinal ele é o inimigo... você ainda tem tempo para fazer uma decisão, cabe a ti como prosseguir essa discussão... Em cima do computador, você acha um mapa mais detalhado do complexo, também:

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Mensagem por Eris Dom 18 Set 2022 - 19:53

Um destino rubro
”Ok, turma, hora de nos separar e procurar pistas”

- Pera aí, pera aí, deixa eu ver se entendi… ano passado vocês se meteram na mesma situação, com direito a braceletes e tudo mais, e ainda tão tentando se convencer de que os dois Zeros não têm relação? - Eris sacudiu a cabeça, levando a mão à têmpora enquanto tentava entender o que diachos ela tinha a ver com aquela confusão toda. Sabia que Zero não tinha escolhido-a aleatoriamente, mas “aleatória” era exatamente como ela se sentia frente àquela situação. Enquanto os outros mostravam-se cada vez mais entranhados a experimentos sinistros e ao próprio Zero, Eris sentia que só tinha tido o azar de estar no lugar errado e na hora errada. Mas bem, não é como se lamentar por si mesma fosse ajudar, então ela só se calou e deixou os outros dois falarem, na esperança de que deixassem escapar mais alguma informação que viesse a ser útil. Infelizmente, não foi o caso. Além de algumas teorias conspiratórias sobre o sumiço de Carlos, ninguém teve tempo de fazer mais nada antes de o urubu voltar a perturbá-los.

Com as regras do jogo explicadas, a primeira reação da ruiva foi dar outro gole no álcool. Infelizmente, a ardência da bebida não ajudou a desfazer o nó em sua garganta, e por uns momentos ela até evitou dizer qualquer coisa pra garantir que não ia gaguejar. Por mais que ela sequer conhecesse aquele povo, Eris não era livre de empatia, e deixar seis deles morrerem sem motivo algum não era algo que ela queria fazer. Mas se fosse preciso, faria. Sair viva dali era sua prioridade, e a garota passaria por cima de qualquer coisa e qualquer um para isso.

Dando graças a Arceus por suas mãos não estarem mais tremendo, a ruiva aproximou-se de Jumpei e Akane, que estavam no meio de uma briga sobre seguir ou não as ordens do urubu. Parando bem ao lado deles, colocou uma mão no ombro de cada um, alternando seu olhar entre um e outro. - Ei, na boa… por que diacho vocês tão brigando se só quem pode votar nessa joça sou eu? - Sorriu, mais numa tentativa de acalmar seus próprios nervos do que os deles, e deu uns tapinhas de leve no ombro da mulher antes de continuar. - Akane, o Junpei tem razão, a gente não tem escolha além de votar. Também não quero fazer isso, mas morrer eu quero menos ainda. E Junpei, vai com calma aí, dar um tiro no escuro seria estúpido. Que tal a gente se dividir e explorar melhor esse lugar? Não iam dar um mapa pra gente se fosse pra ficarmos sentados aqui o dia todo, né?

Moveu-se em passos largos na direção do computador, analisando com mais cuidado o mapa acima deste. Não que ela fosse a pessoa mais fluente do mundo em inglês, porém dava pra ter uma noção geral da funcionalidade das salas. E, uma vez que Zero tinha - talvez totalmente a esmo - nomeado-a como a líder do grupo, por que não tentar liderar um pouco pra variar? Escolheu as três salas que mais chamaram-lhe a atenção e voltou-se para os outros dois.

- Eu tô querendo dar uma olhada na sala de controle. Faz sentido que tenha câmeras e essas coisas lá, talvez dê até pra ver os outros grupos. Por que vocês não vão pra Power Room e Rec Room? Talvez dê pra sabotar o gerador desse lugar, ou qualquer outra coisa, não custa ir lá olhar. - Deu de ombros, deixando Junpei e Akane livre para decidirem para qual das salas cada um iria. Não é como se fosse fazer muita diferença. - Vamos nos encontrar aqui em 20 minutos, tá certo? A gente não tem tanto tempo assim.





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Mensagem por Irisu Seg 19 Set 2022 - 15:33

A história de Junpei e Akane era simplesmente louca demais para Eris fazer sentido dela, como podem chegar a conclusão de que eles passaram por uma experiência incrivelmente semelhante semelhante a que está acontecendo agora... E nem tem a vergonha na cara de concluir que elas estão relacionadas?! Certamente há coisas que esses dois estão escondendo, talvez por não confiarem na líder do grupo... ou então por algum outro motivo que sabe-se lá o que é.

Mas infelizmente, não havia mais tempo para falar sobre aquilo, pelo menos não por enquanto, o aviso que Zero deu mudou o clima drasticamente, o que antes estava ficando tenso e inquisitivo, agora estava aterrorizante, pelo menos para Akane, o Junpei visualmente parece mais estar pensativo, ambos sendo completos opostos em como lidar com a situação, coube então Ericka ser uma intermediária da razão, pois apesar de no momento não haver escolha de não votar, explorar o lugar pode dar mais informações, talvez uma alternativa ou uma solução que eles não estão vendo.

- Só porque você foi escolhida para ser a líder por Zero não significa que você pode dar ordens, sabe?

Junpei se rebela de cara, talvez não gostando da atitude que a jovem teve, apesar de ter as melhores intenções de trazer uma ordem pro local. O homem suspira e coloca um braço na sua nuca.

- Que seja, eu vou ver se tem algo na "Rec Room" então...

O cara, agora um pouco irritado, sai do ambiente, seguindo a direção disposta pelo mapa, que não era muito distante de onde estavam. Agora fica apenas Eris e Akane, a segunda meio triste e preocupada, talvez com a situação, talvez com Junpei, ou ambos...

- O Junpei pode estar agindo assim, mas ele sempre foi um garoto muito gentil... Oh Junpei, o que aconteceu contigo?... Eu vou indo, espero encontrar algo, pelo menos.

E da mesma forma, já sai a mulher em direção à Power Room. Apesar de se conhecerem, parece que há um certo bloqueio entre os dois, Akane com Junpei, e Junpei com o resto do mundo. Todavia perder tempo aqui enquanto eles estão buscando as salas não adiantaria de nada, não é? Então suponha-se que Ericka também foi adiante para a sala de controle, tal como marcada no mapa. O que será que encontraria? De fato, é peculiar ter um nome tão chamativo em um ambiente cujo estão aprisionados, haveria mesmo uma saída desse lugar? Pelo menos... uma que não fosse violenta... Ademais, traçando o caminho, logo ao lado do que aparenta ser uma "enfermaria", como no mapa, está a "Control Room".

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A primeira coisa que a jovem treinadora pode ver é a  presença de maquinário complexo, honestamente é complicado fazer sentido de tanto metal de primeira vista. Pode-se notar vários monitores, reproduzindo imagens que honestamente não parecem ter muito propósito, pelo visto a sala de controle é onde você pode ver de algumas câmeras e quem outra funções desse abrigo.

Control Room:

Pode haver várias coisas que Eris se interesse e queira explorar mais de perto... ou talvez você de relance não viu nada que parecesse útil e desistiu e já ia sair... Todavia a porta se tranca sozinha! Com um barulho forte, você fica presa nessa sala, por mais que bata, chute e grite, não parece que o pessoal vai te ouvir ou intervir... Como você procediria? Esperaria por uma hora na esperança de conseguirem abrir a porta e você possa sair? Lembrando do tempo limite, ficar na ociedade talvez não seja a melhor escolha, pois você precisa votar...

Alternativamente, você pode tentar achar uma forma de escapar da sala... de algum jeito, de alguma forma, deve ter algo que te ajude a escapar desse lugar.

Sobre as Escape Rooms escreveu:As Escape Rooms são parte dessa rota, uma série de puzzles e mini-games que requerem interagir com os elementos dispostos pela sala para você tentar achar uma solução e escapar... você também pode ganhar várias recompensas além de progredir a história. Aqui vão mais informações:
• Por post, você pode interagir com 3 objetos dentre os quais estão descritos narrativamente e nas imagens. Qualquer interação a mais não vai ser narrada no próximo post (pra eu não te dar 9 mil informações ao mesmo tempo).
• Você tem 3 dicas por Escape Room, elas te dão pistas e soluções para você saber qual o próximo passo a seguir, você tem que me dizer ou narrativamente ou em off que vai usar uma dica.
• Ao concluir uma Escape Room, a área vai ficar liberada e você pode receber itens, lutas, recuperar vida, etc. Nem toda área é uma escape room, vai de acordo com a história.

Ache uma saída.
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