Pokémon Mythology RPG
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3 - A Maga

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Devo dizer, a trajetória não era apenas confusa e específica, era extensa! Verdade seja dita, duvido que o homem andou para cima e para baixo da cidade a toa, não é só para esquivar detecção de policiais, mas também de qualquer gangue rival que ele pode estar afiliado... em um mundo onde cachorro come cachorro, talvez não fosse surpreendente ver que qualquer erro poderia causar um espancamento feio como a que ele recebeu, na melhor das hipóteses! Na pior... Bem, acho que Kyouko poderia imaginar o que aconteceria nas cenas seguintes...

Finalmente chegando no que aparenta ser o destino final daquele ladrão, a garota observa de longe um prédio tenebroso, a urbanização de todo o local não tira a "aura" macabra que esse ambiente gera, quantas pessoas devem ter morrido nas proximidades? O soco que ele recebeu em seguida deixa muitas coisas claras: zero tolerância, não há espaço para falhar, muito provavelmente não é a sua primeira vez que chega de mãos abanadas, se ele tivesse chance de falar sobre o que aconteceu, seria sortudo de pelo menos isso! Autoridade, não há dúvidas que ele não passava de um peão fraco na organização, poder rege tudo e ele não tinha isso, tem que se submeter aos piores tratamentos de dor e medo para conseguirem o que querem. Segurança, não poderia haver falhas de segurança, a porta reforçada com direito a senhas secretas e força de seguranças deixa isso evidente, talvez o próprio ato de andar por esses corredores seja algo que apenas os membros de nível elevado podem fazer...

Parecia claro que ela, uma adolescente baixinha, não teria chance de pedir com gentileza para o segurança para entrar. Ela poderia cair na porrada e se tivesse sorte não chegariam reforços, mas quebrar a cara de um bandido já servia de exemplo, fazer mais seria reduzir os números de força capacitada... O melhor modo talvez fosse permanecer nas sombras dos céus e tentar infiltrar por alguma janela... Se ela pudesse se encontrar com esse "chefe", fosse do prédio, da operação toda, ou apenas um gerente que fica em cargo na ilusão de poder, se Kyouko fosse selar seu destino em uma facção, precisaria mostrar que é capaz. Portanto, ela avança cautelosamente entre os terraços na tentativa de achar alguma janela que pudesse infiltrar...

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Realmente uma abordagem mais direta, indo na porta e pedindo para entrar, não parecia ser a melhor das opções, logo Kyouko fez o que sabia fazer de melhor: caminhar pelas sombras atrás de uma oportunidade, uma brecha que seja.

Um fato curioso: era bem difícil mensurar as dimensões daquele local só olhando pelos arredores. A porta em que o sujeito entrou era ligada a um pequeno barraco e só. Esse barraco não dava em nada além de uma série de prédios e casas menores ao redor, talvez uma delas fosse apenas um armazém ou algo do tipo. O mais curioso era o prédio logo atrás do tal barraco. Era um tipo bem diferente, bem destoante. Era luxuoso e até meio espalhafatoso, e sua frente dava em uma das avenidas mais movimentadas da cidade. O contraste entre o “luxo e o lixo”, então a marginal e o centro eram tão tênues quanto um fio de seda disperso ao vento.

Então, perto da tal avenida, a ninja localizou sua melhor chance de infiltração. Em um beco qualquer repleto de caçambas e sacos de lixo empilhados, havia uma pequena escada com três degraus e dando em uma parede sem portas. Na altura do chão havia uma janela, uma daquelas típicas de banheiros onde se empurra uma parte de vidro e ela abre em um ângulo pouco maior que 45 graus. Estreita demais para um adulto, estreita o bastante para uma adolescente e sua felina gélida.            
 



Progresso da Rota - Irisu :

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A complexidade da megalópole que é LaRousse é de impressionar, vai muito além do crime organizado, da tecnologia de ponta ou até de seu tamanho. O maior destaque da cidade acaba sendo as relações humanas que permeiam todos os pontos acima, como a vida de cada um se interliga de forma até que sádica, como há uma dessensibilização para as vidas humanas que não fazem parte do íntimo individual de cada morador... como a maior preocupação de um residente ao ouvir de mais um assassinato, venda e uso de drogas acaba sendo "eu espero que isso não aconteça comigo ou minha família"... o individualismo presente nessa cidade, portanto, cria um vício onde, no fim, todo mundo não busca o melhor para todo mundo, em vez disso buscam o melhor que conseguem arranjar para si mesmos e se contente com o conforto que fornecem para seu grupo familiar e as vezes de amizade, visando sua própria inserção e satisfação...

LaRousse é uma cidade muito peculiar por isso... seria o tráfico e os outros problemas sociais que geram essa desensibilização... ou seria o modo de agirem que permitiu a manifestação dessas dificuldades? Havia muito a se questionar sobre a estrutura da cidade, e como era um ambiente muito cruel, onde os ricos se alimentam de pobres, e tem pobres que se acham ricos; é como se a idealização de como o mundo funcuona aos olhos de Kyouko estivesse se manifestado nesse lugar. Por um lado seria o lugar ideal para a garota sobreviver, por outro acaba sendo uma realidade muito mais escancarada da que ela observava nas cidades de sua jornada, e que talvez essas cidades ainda tinham esperança de não se tornarem o espaço que LaRousse é.

Claro, a garota não havia o tempo para pensar isso, convenhamos que nem o senso crítico, não que fosse incapaz de compreender, mas nunca teve a oportunidade ou necessidade de ver as coisas por esse viés, suas prioridades são ficar mais forte e sobreviver... Portanto, com seus objetivos definidos e certos, ela pode focar toda sua capacidade para alcançar o que quer. Não demorou até que encontrasse uma alternativa, observando um beco que proporcionava uma entrada conveniente para si... não se pensa que uma criança fosse infiltrar o que possivelmente era uma facção de grande porte, o que talvez significa que ela fosse a melhor candidata para mostrar seu diferencial, por mais mórbido que seja. Fazendo seu caminho garantido que não fosse vista, dava uma olhada dentro da janela para que estivesse seguro e entrou, na esperança de chegar mais perto de seu objetivo final.

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Trilha Sonora :


Sem muitos esforços ou problemas, Kyouko e sua Weavile entravam por aquela pequena janela. O pé direito do cômodo seguinte era da altura convencional, o que sugeria que a partir dali estava em um local basicamente escavado, muito além de um simples porão, em formato de “L”. Ambas desciam próximas a um amontoado de caixas contendo galões de um produto químico estranho. Alguns passos adiante havia uma porta com luzes e um som de música eletrônica abafada. As batidas fortes e ritmadas por vezes simulavam socos no estômago da ninja acostumada com o silêncio.

Se assim optasse, Kyouko alcançaria para além daquela porta um banheiro, julgando pelos itens e pelo mau cheiro. Não há espelhos, somente um par de pias e dois pares de cabines, paredes dividindo espaço entre sujeira impregnada e pichações de vários tipos. Inclusive, a primeira cena que Kyouko via ao chegar nesse lugar era um tanto traumática: um homem, aparentemente jovem, sentado no vaso, olhando para o teto. Os braços pendiam para baixo, pernas jogadas à frente, boca entreaberta e escorrendo saliva. Kyouko pode não ter a noção técnica do que estava acontecendo por ali, mas era completamente possível presumir pelas evidências jogadas pela cabine: pequenos cristais azulados originários de um saquinho caído logo abaixo da mão direita. Fora essa presença, o local estava vazio. Não havia porta entre o restante do local e o banheiro, logo o som estava mais alto a partir dali.

Avançando pelo portal, a iluminação ficava mais precária, juntamente com o espaço disponível para caminhar. E ali, Kyouko percebeu, sem nenhuma gota de dúvida, o tipo de lugar que estava.

O espaço todo se abria em um tipo de boate com pouco espaço disponível para qualquer coisa. À direita, caixas de som empilhadas escondiam uma figura que talvez se associasse a um DJ. Logo abaixo, em um espaço de apreciação, por assim dizer, homens sentados em estofados dispostos em círculo dividiam espaço com mulheres seminuas, servindo de damas de companhia para eles, enquanto uma outra mulher desenvolvia uma apresentação de pole dance no centro dessa roda luxuriosa.

À esquerda, um grupo de pessoas, falando alto e fazendo gestos rudes, se amontoavam em um tipo de bar minúsculo, virando doses de bebidas de cores diversas e sendo, claro, servidos por outra mulher seminua, sendo esta um pouco fetichizada por assim dizer, já que vestia um tipo de maiô que simulava um terno que deixava seus seios à mostra, e uma gravata borboleta presa ao pescoço como uma coleira. Nenhuma dessas pessoas observava ou sequer percebia Kyouko e sua Weavile por ali. De fato, enquanto a ninja permanecer se esgueirando pela multidão sem esbarrar com mais força em ninguém, ela provavelmente passaria completamente despercebida. À frente, depois de passar por todo aquele trajeto que poderia ser perfeitamente um dos infernos de Dante, havia um pequeno corredor mal iluminado. Dois homens engravatados levavam, de modo bem coercitivo, o sujeito que Kyouko cercou no beco. Um deles aperta um botão na porta de metal, revelando-a como um elevador. Eles simplesmente atiram o sujeito para dentro do bloco de metal e pressionam o botão para algum andar, já que a porta metálica se fecha, tirando-os de vista.                  
 

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Off escreveu:
Devo dizer que isso me lembrou muito de Breaking Bad kkkk


A localização da janela já era peculiar por si só... normalmente não iria instigar a curiosidade de qualquer bisbilhoteiro, pois a escuridão do local em junção à dificuldade de acesso faria a maioria dar meia volta... felizmente, Kyouko tinha como prosseguir sem interrupções. Na verdade, mesmo se não conseguisse ir por essa brecha ou tivesse algum impedimento pelo trajetório, ela simplesmente não é do tipo que desiste. Por mais peculiar que o lugar fosse, a jovem apenas se asegura de ser a única alma humana no lugar e passa de sala, de mal a pior...

Se tem uma coisa que é nauseante para a garota, é o odor de amônia muito característicos de banheiros públicos pela urina, pouco valor sendo dado a acertar o mijo no vaso sanitário, sem dúvida... claro, o cheiro não é a única coisa desconfortável no lugar... o indivíduo, que francamenre mais parecia um cadáver, era esquisito para a adolescente. Tirando vacinas e venenos, Kyouko nunca esteve ligada ao mundo das drogas, não diria que o tráfico de drogas era um fator muito visível em Snowpoint, mas sabia bem que estados "fora de si" e paralisados como desse homem mostra que foi atingido por substâncias... químicas fortes. Pelo menos não tinha de se preocupar com ele, ou acabaria morrendo antes da droga acabar com ele...

Com o drogado e seu recreio azulado de lado, Kyouko vai para mais uma situação desagradável ainda: uma boate... a música era de estourar os tímpanos, as pessoas eram agitadas e barulhentas, nada parecia fazer sentido, a sexualidade e eroticidade das coisas também é algo fora de seu conhecimento, a roupa reveladora dessas mulheres era confusa e desnecessária, achou... passar dessa área o mais rápido que pudesse pouparia muito esforço mental de ter que entender a confusão desse submundo metropolitano, e de fato é o que felizmente vem a ser: o seu alvo acaba sendo encontrado com sucesso, colocado em um elevador, o que inegavelmente complica a situação... ele iria para cima? Ou para baixo? É senso comum pensar que, se ele fosse se encontrar com o "chefe", ele estaria no topo do prédio, grandioso e poderoso e tal... mas talvez algum lugar abaixo da terra seja bem mais sigiloso e apropriado... no fim, apenas está seguindo esse cara para chegar no cérebro dessa organização, então suas melhores chances seria procurar sem ter que aguardar um elevador estar disponível... será se havia algumas escadas para que pudesse subir? O lugar estava vazio para ir em frente e começar a escalar os vários andares desse lugar? Se a resposta for sim... é hora de botar a mão na massa.

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Como duas perfeitas felinas se esgueirando por meio daquela pequena e sufocante multidão non-grata, Kyouko e sua Weavile iam, passo a passo, na direção do estreito corredor mal-iluminado findado no misterioso elevador. Não havia mais nenhum segurança ou vigia perto da porta de metal, o caminho estava completamente livre.

Porém, nem tudo eram flores. Enquanto faziam a passagem por entre as pessoas, um pouco da bebida de um dos “frequentadores” do local caiu sobre o volumoso colar de penas de Weavile. Aquilo era um tipo de insulto que doía forte e fundo no ser da felina. Kyouto percebeu, e ao se virar notou o olhar raivoso dela para o causador daquele problema. Seus olhos eram pequenos, estreitos, e de sua boca saíam os famosos sons de “hsssss” de um gato querendo encrenca! Além disso, um dos senhores da parte central, visivelmente bêbado, caminhava na direção do banheiro de forma disforme e com pouca janela de previsão. O desafio de passar despercebido por aquele lugar estava cada vez mais complexo. Faltava tão pouco para alcançar o elevador…                  
 



Progresso da Rota - Irisu :

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Off escreveu:
Desculpa a demora! Estive em época de prova e tava muito corrido, mas finalmente posso voltar ^^


Com o alvo em mira, esse peculiar elevador que carregou aquele trambiqueiro para outro lugar, não faltava muito para finalmente poder explorar o mesmo, seria um passo a frente para seu objetivo ser realizado, infiltrando esse complexo barulhento, mas que no fundo guarda uma organização que certamente tem seus pulos. Claro, nada na vida conseguia ser tão perfeitinho, pois enquanto a jovem fazia seu caminho para o corredor, só percebeu que a Weavile estava bem mais atrás quando virou-se, o barulho e o movimento do lugar certamente abafando sua percepção; mas enfim, o problema parecia crescer a cada segundo que passa, uma expressão nada amigável estava sob a face da sombria, passando suas garras pela sua coroa tentando limpar o líquido "preguento", e claro, Kyouko também não estava nada feliz também. Não pelo o que o adulto qualquer fez, mas pelo atraso da felina que só lhe custa mais tempo. Assim, rapidamente se aproxima da Weavile e usa sua roupa para rapidamente limpar e enxugar a plumagem, na medida do possível, então retornando a gélida para sua esfera, caso fosse precisar de seus sentidos ou sua habilidade de batalha, chamaria para campo novamente, mas agora ter menos corpos suspeitos parecia mais vantajoso.

Havia também outro empecilho, um homem cambaleando parecia bloquear o caminho em seu percurso lento e oscilante, quanto mais atenção chamasse, menos suas chances ficavam de chegar ao elevador a tempo de ter algum progresso significante, o tempo é de essência e não era para perder sua chance por causa *dessa* "gentalha". Várias coisas passaram em sua cabeça, pensou em invocar algum de seus Pokémon para distraí-lo enquanto passava despercebido, porém a própria presença das criaturas poderia ser suspeita, pensou em se disfarçar como uma dessas moças que "recreavam" com os homens, porém seu corpo não tinha nenhuma das curvas e volumes, sem falar que mostrar seu corpo é uma completa falta de honra. Poderia fingir ser uma qualquer, curtindo a festa como todo mundo, mas será que alguém fria e insensível como ela poderia reproduzir isso? Verdade seja dita, por toda a técnica que tivesse de luta e travessia tal como um ninja, nada disso passava para as artes da dança, não possuía ritmo para isso. O que fazer, então?

Decidiu improvisar, então. Mesmo que não tivesse ritmo para música, poderia usar sua imaginação para tentar tirar *algo* de seus membros, imaginou que cada pessoa eram paredes espinhentas ou facas, fazia movimentos de esquiva com seus pés e braços, passando por cada um de forma uniforme de pouco em pouco obtendo progresso, assim poderia apurar seus sensos para passar despercebida do lugar, tentando então passar pelo bêbado da melhor forma que pudesse ainda assim fingindo ser parte da multidão de alcoolizados e ensurdecidos, torcendo para o melhor.

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Off :


Não querendo perder tempo ou correr risco, Kyouko recolhe sua parceira, logo depois de limpar suas penas da melhor forma possível. A Weavile percebeu, pelo olhar de sua mestra, que havia falhado e seu olhar mudou do estreito feixe vertical para algo mais arredondado, com traços de pesar. O feixe de luz recolhe a felina e agora a ninja estava sozinha.

Com aquela quase situação desastrosa resolvida, era hora de lidar com a segunda. E dessa vez, Kyouko teve de improvisar. Acontece que há um princípio básico que une artes marciais e dança: ritmo. Mesmo não tendo muita ideia de como “sentir a música”, ela usava a batida e os elementos para conduzir seu corpo por aquele caminho complexo. De fato ela teve “treinamentos” envolvendo facas, lâminas e outras coisas dolorosas, e aquela lembrança vinha bem a calhar. Esgueirando e trocando passos, ela supera os obstáculos, inclusive o maior deles: o bebum descontrolado. Logo que conseguiu, ela já estava diante do elevador, seu objetivo principal. A porta metálica se abre com o toque no grande botão, e após alguns instantes, a caixa suspensa aparece diante da ninja.

Era um elevador comum, sem muitos segredos. Não havia andares inferiores a partir daquele ponto. O elevador seguia até o décimo andar somente, mas pela visão externa de Kyouko, o prédio era muito maior que aquilo. Talvez esse elevador fosse um tipo de elevador de serviço, não indo até o final do prédio? Talvez. Havia do lado um tipo de painel com inscrições, algum tipo de instrução para quem utilizasse aquele elevador. Conveniente? Talvez. Os andares do segundo ao décimo nono seguiam com o título “Armazém”. O primeiro, que era onde a ninja estava, não era listado. Finalmente, o vigésimo andar possuía o título “Lounge”.    




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De certa forma, esse campo de danças, músicas e bebidas era também um campo de batalha para a jovem, apesar de ser lazer efêmero para a maioria lá, era o lugar que marcaria o destino da garota para sempre, e essa festa era mais um obstáculo para ela conquistar. De certa forma todo esse lugar parecia como um grande labirinto, e cada pessoa nela seria uma peça, paredes, armadilhas, distrações, afinal Kyouko realmente tinha uma visão muito fria sobre as pessoas.

Chegando no elevador, ela estava um passo a mais para a sua "ascensão", literalmente! Observando a estrutura do elevador, ele era peculiar e nada parecia muito claro, estava evidente que ele não englobava todo o lugar, assim como o painel próximo dava uma visão mais clara do que tudo isso se tratava. 20 andares? Parece razoável pelo tamanho que vira lá fora. Mas o que garante que não há nada no subsolo? Assim como há mais 10 andares que vão além da capacidade desse elevador, pode haver mais 10 andares no subsolo, por exemplo. O que garante que esse elevador não seria uma armadilha, a final de contas? É claro que aqueles homens subiram o elevador, mas para *qual* andar? Até onde sabe, apenas um pode levar à algum lugar enquanto o restante pode ativar alguma armadilha letal, são coisas que devem ser levadas em consideração quando se entra em caixas que te prendem por tempos excruciantemente longos! Mesma levando isso em conta, seguiria em frente e subiria nesse elevador? Mesmo se fosse para o décimo, ainda teria que percorrer mais 10 andares provavelmente de escada.

Decide então ir para o nono andar. Que mal faria subir um andar a mais pelas escadas? Bem, muita coisa, mas correria o risco, selecionar o décimo andar apenas parecia algo muito fácil... E que tanto de armazém é esse, afinal? Decide explorar a estrutura do lugar, então...

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Imaginando que teria mais chances com uma abordagem silenciosa pelas escadas, Kyouko aperta o botão do nono andar, listado como um dos vários “armazéns” daquele prédio. De fato é muito estranho para um prédio ter tantos andares reservados para isso, mas muita coisa não faz sentido naquela cidade. A porta metálica se fecha, e o mecanismo começa sua subida.

Aos poucos, o som alucinante do andar térreo vai ficando para trás, e um silêncio estranho e incômodo impera. Logo o elevador chegou até o nono andar e a porta novamente se abriu. Diante de Kyouko, a cena que se abre é nova, extremamente desconfortante e desconhecida para a ninja.

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Era somente um grande andar aberto com divisórias em compensado. Pequenos nichos abertos limitados apenas por um tipo de lona transparente eram alojados nos cantos, e grandes cabos de força cruzavam o andar de ponta a ponta. Aparentemente não havia presença humana naquele andar, mas ele não estava desabitado. Dentro dos nichos de lona, grandes maquinários operam algo ainda desconhecido pela ninja, extraindo algo de vários Pokémon. Um Weezing extremamente debilitado parecia estar nas últimas. Um grande pokémon róseo flutuante, cercado por uma névoa roxa, mal conseguia se manter respirando dentro de uma redoma. Um Vileplume pálido, aparentando estar dias sem ver a luz do sol, olhava para o alto, desiludido. Todo o conteúdo extraído destes e vários outros Pokémon era recolhido e depositado em grandes galões metálicos. Nos cômodos cercados por compensados estilo empresarial, era possível ver grandes caixas com aquele mesmo cristal azulado que a ninja viu nas mãos do morinbundo dentro do banheiro.

Atravessando todo o andar e tomando a direita havia um pequeno corredor que dava para uma porta. Além desta, lances de escada que subiam para o próximo andar. Assim que Kyouko chegar até esse lance de escadas, ela ouvirá uma nova música, dessa vez bem mais agradável, mais suave, mais tolerável.      




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