[DUNGEON] - AS PALE AS A GHOST

Tifiret terminava o combate com mais um Close Combat e, pelo menos por agora, eu sentia um alívio de alguma forma, como se aquele peso e desespero de antes sumisse completamente ao ver o Mimikyu ser nocauteado e mais uma onda de espíritos serem libertados do interior do monstrinho. Imediatamente após o final da batalha me aproximei de Tifiret para lhe aplicar dois Potion e lhe dar uma Oran Berry para que se pudesse recuperar dos danos.

A névoa que cobria todo o local também desaparecia com os fantasmas e revelava uma série de outras tumbas que acompanhavam as maiores, nas lápides estavam descritos os nomes e espécies de pokémon assim como um adequado eleogio. Seriam... Os pokémon e seus donos? De alguma forma, conseguia parar para prestar algum respeito àquelas pessoas e seus pokémon através de alguns momentos de silêncio.

Contudo, uma delas se destacou quando pequeno  Cubone pulou do meu colo e foi diretamente na direção de uma das lápides. A lápide de Agatha, uma Marowak. Bem... A associação era óbvia... Marowak era a mãe daquele Cubone que agora sem desfazia em lágrimas na frente do túmulo. Pobrezinho... O que será que lhe tinha acontecido....

Me ajoelhei por trás do terrestre e fiz algumas carícias ao longo das costas do pequenino. Não tinha como interromper agora, então, apenas lhe deixaria viver o momento, lhe dando apoio quando precisasse. Os meus pokémon também conseguiam perceber um pouco do que se estava passando e ficavam em silêncio também.

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O choro de Cubone era carregado de muitos sentimentos. Era tristeza, cansaço e, sobretudo, saudades! O pequeno Pokémon ground era consolado por Shion, que nem o conhecia, mas tinha empatia suficiente para prestar homenagem aos mortos. Cubone não se segurou e agarrou a perna do rapaz, molhando um pouco com suas lágrimas, mas deixando escapar para fora um choro permissivo. Ele precisava daquele momento. Até Lopunny desfazia sua mega evolução, outra vez, quando saiu do modo de combate e sentiu que tudo estava calmo. Eles estavam em uma tumba, ok! Mas não sentiam ameaçados.

Cubone não tinha como agradecer, exceto por um monto de pedrinhas que ele guardava em seu crânio. Eram coisas que ele achava no meio do solo, uma bala e uma pedra branca translúcida. Quando Shion tocou, uma sensação de poder. A pedra losangular branca adquiria uma tonalidade roxa, carregada... Era um Z Crystal na realidade!!! Mais um pouco da energia estava no ar e Shion estava convicto que tinha uma sensibilidade aflorada. Mais lágrimas caiam do cubone, no solo.

Bem, também sentiu um arrepio na espinha! De arrepio o rapaz entendia. Afinal, desde que cedo, quando os zumbis ou fantasmas surgiam, ele sentia. Tal arrepio foi o suficiente para manter o estado do rapaz em alerta. Do túmulo de Agatha, a Marowak, saia fagulhas de luz azuis, intensificando em intensidade e de dentro o espírito de uma Marowak atravessava a terra. Shion sentia! Sentia algo. Dessa vez, não soube descrever. Não era algo bom, mas também não era algo ruim, mas os seus sentidos paranormais sentiam um incomodo, por não saber diferenciar, naquele momento, o bem do mau.

O espírito da Pokémon Marowak atravessava o véu da realidade. A mamãe Marowak abria os seus braços e Cubone, chocado, não sabia o que dizer ou pensar. Acho que ele nunca pensou que esta oportunidade surgiria para ele...

Cubone se sentia aconchegado e protegido connosco e decidia agradecer o carinho e proteção com alguns cristias raros que havia achado no seu dia a dia. Aceitei de bom grado, mas mais surpreso fiquei quando reparei que um deles se tratava de um Z-Crystal que se coloria assim que pegava nele, bem, mais tarde tenho de ver de que tipo é em concreto.

Aaah... De alguma forma, eu nunca posso dizer que estou realmente tranquilo neste local... Eu me sentia diferente desde que o ritual, como se tivesse uma maior aptidão para o sobrenatural... Seria esse o poder de que o tal ser disse que me deu? Só pode ser isso né?!

Então... Mais um súbito arrepio seguido de fagulhas azuladas que saiam do túmulo da Marowak que iam aumentando de intensidade até que a própria Marowak saia de debaixo da terra, não o seu corpo como antes sairam os zumbis, mas sim o seu... Espírito? Alma? Eu nem sei explicar muito bem mas, mais uma vez, uma sensação desconcertante enchia o meu corpo. Não sei dizer se bom ou mau ou neutro, eu realmente não conseguia ler ou sentir nada daquele espírito.

A progenitora abria os braços para receber a sua cria, mesmo no pós morte. Obviamente... Cubone não queria outra coisa e... Como poderia eu impedir aquilo? Por mais que tivesse alguma desconfiança ou incerteza os meus braços apenas aliviriaram a pressão em volta do terrestre e o liberava para que fosse até sua mãe. Eu... Nem posso dizer que tinha uma reação... Era tudo tão inexplicável... Eu estava preplexo assistindo àquele espírito se manifestar e adquirir uma forma física. Como? O que raios é este lugar...?

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E Shion estava certo. Como ele poderia impedir o bebê de rever sua mãe depois de tanto tempo? Em sua frente não teria muito problema, mas o sentimento era bem estranho. Não era maligno, como do Inominável, mas não era de paz e bondade. Embora naquela tumba, raramente ele sentiu isso. Foi quando Cubone se moveu pra sua mãe que os sentimentos impregnados naquele solo se tornaram mais claro.

Como em uma câmera lenta, Shion e seus Pokémon vinham o pequeno correndo. Como em câmera lenta, Shion viu o solo emitir uma luz avermelhada, circundando em círculos e em linhas, formando algo aos poucos, deixando Marowak no centro. Como em câmera lenta, cada pulo de Cubone para tentar chegar em sua progenitora já morta, Shion via a sensação de neutralidade ser substituída por um medo, agonia aceleração. Como em câmera lenta, ele sentiu um enjoo, engoliu em seco, elevou a mão instintivamente na boca do seu estomago, sentindo seu diafragma lutar contra algo dentro de si. Como em câmera lenta, ele sentiu de novo o Ser Inominado avançar entre as tumbas e ir até a fonte espiritual daquele lugar. Marowak emitia um brilho vermelho em seus olhos, seu osso em sua mão, embora espiritual, era uma estaca de osso. Quando Cubone abraçou sua “mãe”, o círculo de luz vermelha se concluía


Tal como iniciou a aventura com uma perseguição, agora ali estava o demônio em posso do corpo de Cubone. Em um movimento rápido, Shion sentiu seu corpo e de seus Pokémon se paralisarem. Lopunny berrou em agonia, como se quisesse fugir daquela paralisia e agarrar o pequeno Cubone. O osso penetrava nas costas do bebê cubone, atravessando até o outro lado, enquanto Marowak salivava. Uma explosão de luz vermelha surgia, formando um pilar de luz macabra que envolvia o corpo de Cubone, o espírito de Marowak e, agora, o Inominável, em seu sorriso macabro, tenso e diabólico.

Tão longo quanto Marowak perfurava e a vida de Cubone se ia, também se viu o corpo de Marowak se solidificar, como se agora, mesmo sem corpo, ele adquirisse carne e sangue, absorvendo o pouco de sangue que aquele pequeno ser tinha. Pior foi ver aquela criatura crescer. Ele se expandia de vez e já triplicava de tamanho. Mais uma vez, e tocava o teto da câmara subterrânea. Terceira vez, e agora perfurava a terra do cemitério, que deixava aquele monte de barro cair sobre a cabeça de Shion. Mais uma vez, ele alcançava o terreno do cemitério, provocando a queda do teto da câmara, dando mais espaço para ele. Lopunny emitira uma luz de sua mega stone, procurando energia para agarrar seu treinador e o tirar da zona de perigo de desmoronamento. Frosmoth captava parte da energia e balançava suas asas em fortes ventos gélidos que protegiam a trupe de serem soterrados. Goomy se moveu pra algum lugar. Nada de importante. Ali estava o Inominável, em corpo e sangue...

Não! Não! Não! Rapidamente todo o ambiente mudava e eu me sentia tão culpado... Porque o soltei?! Porquê!? Por mais que eu não conseguisse reagir a nada do que acontecia à minha volta por alguma força maior, assistir a cada segundo daquela cena era extremamente doloroso, eu sabia que algo de muito mau estava prestes para acontecer. O meu coração voltava  a bater a mil, o meu estômago se remexia e me quase me fazia vomitar, da minha testa o suór se formou em segundos de tão doente que eu me sentia com tudo aquilo. Ele chama a isto de poderes? Isto mais parece uma maldição!

Cada pulo de Cubone me deixava mais e mais ansioso! Por favor pare! Não vá! Não! Eu não tinha como impedir aquilo... E então... Ele a abraçou e de afundou nos seus braços. E... Pior ainda... Ele... Estava de volta... O Inominável... Eu claramente conseguia senti-lo aproximar-se e indo na direção dos dois. Loppunny também percebeu o que se estava a passar, o seu berro mostrava todo o seu desespero, toda a nossa incapacidade em fazer algo para parar aquilo.

O ser tomava controlo do espírito da Marowak, ele agora estava sob posse do pequeno Cubone e não se levou mais tempo a fazer o que sempre quis... Em um único movimento... O terrestre era penetrado de  um lado ao outro com o osso de sua própria mãe e logo uma luz invadia todo o local e a progenitora agora tomava uma forma física e absorvia toda a essência da vida de Cubone para então crescer e crescer e crescer e crescer! Toda a câmara, toda a tumba começava a desmoronar à medida que aquele ser crescia mais e mais e mais ao ponto de chegar literalmente à altura do prórpio cemitério à superfície.

Felizmente, meus monstrinhos foram rápidos em agir e garantir que nos mantinhamos em segurança e evitavamos ser atingidos pelos escombros.

As minha emoções passavam rapidamente do medo e culpa ao ódio... Como ele pôde?! Porquê? Como conseguem ser tão cruel a este ponto? Apoderar-se do espírito de alguém que já havia partido e ainda o usar para assassinar a sua própria cria! Eu... Não vou deixar todos os meus esforços até agora serem em vão! Eu vou fazê-lo pagar! Eu vou garantir que nunca mais sequer possa imaginar algo similar no futuro!

- Galera! Se preparem! A gente vai com tudo! Leliel! Dumah! Venham para fora também! - exclamei ao chamar mais dois monstrinhos para o exterior - Tifiret,  mais uma vez, vamos mega evoluir e avançar com duplo Close Combat! - ordenei dando início ao processo de metamorfose, o meu olhar mais determinado que nunca - Leliel, duplo Scald! Dumah, duplo Dark Pulse! Elyon, use seu Helping Hand e continue prestando apoio a Tifiret! Goomy, use Protect e depois Thunderbolt! Avancem! Não vamos permitir que essa criatura espalhe qualquer terror! - a minha voz claramente mostrav ao quão frustrado e enervado eu estava, eu vou fazê-lo arrepender-se.

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Vingança! Shion não queria só justiça, mas vingar a pobre alma sacrificada pelo ser sobrenatural. Não era o tamanho daquela assombração que assustava o rapaz, mas o fato de algo tão poderoso estar a solta em Lavender, e, depois, no mundo. Gilatina já provou que seres desta magnitude poderiam devastar o mundo Pokémon, várias vezes, repetidamente, em um looping infinito. Salvo por Tiferet, Shion conseguia sair debaixo dos escombros de terra, corpos e odor fétido. MissingNo estava a solta! Inominável, sei lá.

Os céus estavam vermelhos, uma energia densa saia da terra também. Um poder sobrenatural penetrava o mundo dos vivos através do mundo dos mortos. Alguns ossos se mexiam. Algumas tumbar começaram a serem esmurradas. Os caixões mais velhos se partiam, e um exercito de mortos vivos logo estaria de pé. Shion e suas irmãs eram invocadas para combater o mau, e não ajuda-lo. A mega evolução já estava batida, não vamos descrever isso.

Os Pokémon circundavam o Inominável em uma tentativa passageira de deté-lo. Claro que a priori ele ignorava. Até receber um chute bem dado nas costas por Tiferet, que o fazia virar de frente para uma das irmãs mais poderosas. Seu osso agitava no solo, cavando uma vala e varrendo os Pokémon de SHion. Felizmente, Goomy  se protegia dentro de sua esfera de energia, enquanto os outros Pokémon disparavam vários golpes ao mesmo tempo. Jato de água pressurizado, corrente de energia negra, um pouco de bater de asas. Era uma batalha desesperada, até o osso de Marowak gigante ficar totalmente negro e bater o solo.

Nisso já se viu, né? Uma energia negra lançava todos para o ar, fazendo até Shion ser lançado para dentro de uma cova. O desespero de ser enterrado vivo batia, sobretudo quando uma energia vermelha cobria o corpo do Inominável. Ele estava bem protegido ali embaixo e sue movimento seguinte começava a rachar o solo do cemitério, fazendo a tumba dos Sandersons ser soterrada aos poucos. EPA! Shion ainda estava ali dentro. O desespero da “irmã” chegou ao coração de Lopuny, que deixou suas companheiras lutando contra o Inominável, indo até ali resgatar o jovem de dentro da tumba.

O mausoléu afundava um pouco mais. Sua entrada não seria mais a mesma, até porque, no subsolo estava totalmente imerso em muita terra, deslizamento e corpos. Por falar em corpos, um zumbi saia de debaixo do solo agarrando Shion, mas um chute de Lopunny, totalmente coberta de terra, desfazia esta mão macabra. A Pokémon saltava mas uma vez, escalando o corpo sólido da assombração, deferindo golpes a onde for, fazendo o titã dá um passo para trás. Mega Evolução provava mais uma vez o seu valor e poder. Mas não por muito tempo! Em um mortal para voltar para o solo, enquanto Gothitele a recebia com seus poderes psíquico e Milotic disparava mais um Scald, tudo tremeu!

Earthquake era um dos movimentos mais conhecidos neste mundo Pokémon e o impacto dele parecia tão forte quanto a tentativa anterior de soterrar Shion com aquele movimento poderoso. O rapaz caia no chão, assim como os seus Pokémon. Goomy era desinflado ali mesmo, assim como Lopunny sofria com impacto do golpe que mudava totalmente a paisagem do cemitério. Era algo em um nível surreal de poder e impacto. Mas não deteve ninguém! Frosmoth voava para resgatar o corpo do pequeno Pokémon nocauteado, enquanto Lopunny soltava um grito de Mulher Maravilha reunindo forças para bata, saltando com punhos serrados contra o inominável... Por um momento, Shion pensou ter visto o corpo de Cubone, morto, dentro do corpo quase translúcido de Marowak gigante, controlado pelo Inominável... Era como se o pedaço de carne estivesse sendo sugado ao máximo para poder dar forma ao poder do submundo...


Campo: cemitério Pokémon sob o céu de sangue.

A batalha tomava proporções enormes, cada movimento do espírito trazia destruição... Todo o chão tremia sempre que este atacava... De início, o ser parecia ignorar os meus monstrinhos, contudo, rapidamente percebeu que não o poderia fazer quando Tifiret aplicava um potente primeiro ataque que ele não poderia continuar a ingorar. Sim, vai ter de passar por mim primeiro antes de fazer o que quer que seja.

E parece que ele não ficou muito contente com isso, já que, em algum momento acabava por me colocar como o alvo dos seus ataques. Um momento... Que poderia ser traumático até algum ponto... Se não fosse pela incrível velocidade e poder de Tifiret, talvez eu fosse obrigado a encontrar o meu local de repouso ali mesmo naquele cemitério. Contudo, assim que a coelha me agarrar o meu coração parecia se soltar de algumas amarras, mas logo logo eu era relembrado com o que estava a lidar quando mais um morto vivo tentava me agarrar.

Eu precisava de acabar com aquela batalha rapidamente ou as coisas iam ficar cada vez piores com mais e mais e mais mortos vivos ascendendo até à superfície, apesar de que, estes mesmos também deviam acabar vítimas de alguns dos ataques de MissignNo. O cenário era sem dúvida de terror, parecia mesmo retirando de algum filme ou animação, mas eram os meus monstrinhos que me faziam manter o foco e determinação, a forma como todas mantinham o foco na batalha e faizm frente àquele era sem dúvida admirável e até motivadora até algum grau. Talvez... O facto de serem todas fêmeas e perceberem o facto de que uma pequena cria foi usada para atingir aquele feito as levava a não desistirem até que conseguissem derrotá-lo.

Goomy havia perecido, obviamente, sempre que isto acontece acabo por me culpar um pouco e logo procurei uma oportunidade para pegar o mesmo no colo e lhe aplicar um Potion me certificando que não haveria nenhum golpe extremamente grave.

- Certo... Você vai ficar bem pequenina. - sussurrei ao abraçar a mesma nos meus braços e então tornando a olhar pelo campo de batalha completamente destruído pelos golpes e movimentos do adversário - Você está acabado! Espero que agonize e sofra pelo resto da sua existência em qualquer que seja o plano que viva pelos atos que cometeu! - gritei enquanto os olhos da criatura - Ataquem todas juntas! Repitam os mesmos golpes! - passei então a dar a ordem me levantando com meus cabelos ao vento devido a todas aquelas ondas de energia que constantemente se faziam sentir - Mostrem-lhe toda a vossa força! Vocês conseguem!

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Não era a toa que o mundo estava passando por mudanças. O céu avermelhado. MIssing No em forma de Marowak. A crueldade com Cubone. O pequeno ground dentro do corpo quase que 100% sólido do espírito. Aquele demônio sofreria o poder das irmãs! Esta geração iria honrar a geração passada de três irmãs bruxas que prendiam espíritos. O poder de Lopunny era intensificado. A luz da Key Stone de Shion emitia fortes ondas de poder, em que o demônio não poderia deter. No alto, as nuvens avermelhadas pareciam não sustentar mais. Marowak, em uma forma de deter o golpe de suas oponentes, erguia seu osso. O corpo de Tiferet recebia aquela luz multi-colorida. Como um bastão gigante, o espírito golpeava a pequena coelha-lutadora, que com um murro baita de frente.

Primeiro, foram ondas de energia que se espalhavam em campo, que já não era mais tão seguro. Várias rachaduras no solo cediam e começavam a cair, fazendo com que Shion, com Goomy em seus braços, corresse com sua capa esvoaçante para longe. Com o impacto das ondas de choque, Lopunny ficava alguns segundos suspensa no ar, emitido uma aura graças a Psychic que a mantinha mais reforçada. O bastão de cálcio que Marowak Gigante portava começava a rachar, emitindo uma luz roxa das fendas que se formavam. Milotic aproveitava o momento e jogava aquele jato de água bem pressurizada, que cortava a barriga do espírito, até o alto de seu ombro esquerdo, fazendo também escapar o brilho roxo de seu risco. Gothitele disparava seu Dark Pulse sobre o crânio, rachando de igual forma e emitindo aquele brilho singelo de poder sendo escapado.

Quando Tiferet retornou ao solo, o grande corpanzil estava instável. Marowak parecia não aguentar o próprio peso e aquela energia começava a escapar. A Pokémon não gritava, mas o espírito macabro sobre sua cabeça emitia um berro singular. Grave, aterrorizante. A impressão que dava era que o demônio iria atacar todos e matar com tudo. Mas na verdade, ele não conseguia mais deter a energia dentro de si. Era possível ver seu corpo ficando mais translúcido e o corpo minúsculo de Cubone no centro. A última visão de Shion, que tinha Goomy nos braços, foi ver o Pokémon bebê se encolher, seu corpo enrijecer e formar uma esfera de energia roxa. O resto foi uma explosão de energia, formando ondas que seriam sentidas e, talvez vistas, na cidade toda.

Tudo escuro. Tudo sem visão. Shion estava inconsciente e não sabe o que aconteceu depois de sentir o seu corpo sendo lançado para trás pela energia dissipada. Mas ele pode jurar que viu o céu vermelho se tornar negro como tipicamente é. Repleto de estrelas sobre a campina do cemitério, parcialmente destruído. Sabe aqueles sentimentos de premonição que o rapaz sempre sentiu esta aventura toda? Pois bem! Sumiu de vez, como se ele voltasse a ser um garoto comum, que não tinha mais este sexto sentido avantajado. Inclusive, não sentiu nada quando viu a silhueta de alguém em contraste com a lua, mas que de longe o assistia. Poderia ser a morte... Mas Shion sabia que apenas uma silhueta igual a esta fora vista hoje...



Campo: cemitério Pokémon sob o céu de sangue.

Exp das bruxas escreveu:

EXP

- Lopunny recebeu 2376 EXP por vitória contra o Boss no Cemitério Pokémon
> Lopunny permaneceu no Lv. 39 [4507/7008]

- Gothitelle recebeu 2376 EXP por vitória contra o Boss no Cemitério Pokémon
> Gothitelle permaneceu no Lv. 36 [2735/5412]

- Milotic recebeu 2376 EXP por vitória contra o Boss no Cemitério Pokémon
> Milotic permaneceu no Lv. 32 [2692/3834]

- Frosmoth recebeu 2376 EXP por vitória contra o Boss no Cemitério Pokémon
> Fromoth foi para o Lv. 37 [1641/5899]
> Frosmoth recebeu +2 pontos de felicidade [108]

- Goomy recebeu 2971 EXP por vitória contra o Boss no Cemitério Pokémon
> Goomy foi para o Lv. 34 [1548/4555]
> Goomy recebeu +3 pontos de felicidade [52]

- Recebeu 01 Gold Bottle Cap por vencer boss no Cemitério Pokémon [01]

Tii. Um barulho agudo e irritante. Tii. Um ardor no braço esquerdo. Para quem conhece bem o som do monitor cardíaco, é menos irritante do que o som da bomba de infusão quando emperra e não quer rodar o líquido. Shioon abria os olhos em um leito em um hospital de Lavender, onde a UTI havia recebido o seu corpo trazido por um responsável há 3 dias. Por estar inconsciente, alguns cortes no corpo, não sabendo se foi trauma ou só uma convulsão, prosseguiram para a intubação, até as imagens da tomografia revelarem um cérebro em um bom estado. Não vamos dizer da parte psiquiátrica, isso, ninguém tá bom.

A sedação foi desligada, o ventilador mecânico foi desmamado por um fisioterapeuta muito bom. Shion sentia ainda dor em suas cordas vocais pelo tubo que ficou ali por algumas horas (mais de um dia), provocando uma rouquidão que passaria com os dias. Seus rins sofreram alguns danos no primeiro dia, mas nada que uma vigorosa hidratação não mantivesse o rapaz melhor. Não fora um traumatismo muito grave, concluíram os neurologistas. Na verdade, ninguém queria assumir o que causou o coma no rapaz. Mas olha que sorte, Shion acordou bem no horário da visita.

Ao lado, alguns familiares iam até o leito com avental descartável e luvas para poder acompanhar os internados. Devo dizer que a maioria se mantinha intubado e em uso de medicamentos de alto valor na medicina por conta de diferentes doenças, traumas ou outras condições. Ora, quem o vinha visitar o rapaz, não era ninguém mais e ninguém menos do que Zé Coveiro, com seu sobrepeso, cabelos loiros. Apesar de estar de avental, como todos os outros, não renunciou ao seu velho chapéu antigo. - Uai, você acordou mesmo. Os médicos disseram que você teria alta quando acordasse. - dizia em um sorriso amarelado de satisfação. Zé Coveiro tinha encontrado Shion desacordado e levou ele para o hospital. - Seus Pokémon estão bem, mas devo dizer que a sua cueiona tá sem comer direito. E olha que eu comprei uma ração boa pra ela, mas ela se recusa a dar mais do que duas mordidonas. Guardei seus itens na bolsa, não mexi em nada. - dizia com humildade e se referia também ao Life orb e ao Ovo Misterioso que brotou do solo, DO NADA, perto de Shion. Ele descobriria mais tarde. - Também tentei entrar contato com sua família... Eles estavam preocupados quando souberam, tão vindo até de jato particilar pra a cidade... - foi uma tentativa inocente dele de chamar a família de Shion, sem saber do passado, mas era bom o menino se recuperar logo, pois em breve mamãe e papai iriam reencontrar seu menino buchudo depois de muitos anos!

E em mais um esforço conjunto, as pokémon se lançaram ao ataque sobre o titã que começava a demonstrar os primeiros sinais de fragilidade, pouco a pouco pequenas rachaduras se iam formando ao longo do seu osso e corpo e, rapidamente, começaram a ficar maiores e maiores, deixando escapar um monte de energia que estaria armazenada no seu interior e que, provavelmente, fora o que causara o processo de Dynamax.

Logo logo todo o corpo da Marowak estava coberto por rachaduras o que levou a uma imensa descarga de energia por todo o ambiente, causando até mesmo instabilidade no solo e me forçando a mover-me para tentar chegar a algum local mais seguro enquanto as três se focavam em terminar com aquele ser.

Em mais um grito tenebroso, a minha espinha tornara a sentir um calafrio já que termia o pior, contudo, MissingNo não tinha mais chances, a situação estava fora do seu controlo, apesar de possuir grande poder, e toda a energia começava a esvaziar-se de dentro de Marowak, o espírito desta começava a desaparecer e pude ver a imagem de Cubone com mais clareza no seu interior.

Mas, subitamente, uma explosão de energia me empurrava vários metros e me levavam à inconsciência, por mais que lutasse para me manter acordado apenas via os céus voltarem ao normal, o pequeno Goomy em meu peito preocupado com o meu estado e, no fim, de novo aquela figura negra surgia. Será que estava aqui para me ajudar?

Foi o som de alguma máquina que me levou a despertar, um som relativamente conhecido, seja de outras experiências mas também de ver e ouvir na televisão. Um hospital... Percebi isso com clareza ao abrir os olhos e ver outras pessoas também em camas com uma série de equipamentos que os mantinham cá. Eu mesmo tinha alguns desses equipamentos atarrachados a mim, felizmente, assim que perceberam que despertei trataram de me ajudar e retirar os que iam deixando de ser desnecessários tendo em conta o meu estado de saúde.

Desconforto... É... Por mais que tivessem tentado me deixar confortável eu só sentia desconforto... Bem... Uma pessoa não vai para um hospital com a expectativa de ter uma experiência de hotel né, afinal, eu estive em coma... Isso é tão... Assustador! Felizmente, não foram muitos dias e as consequências não foram muito graves, parece que até mesmo poderia ter alta ainda hoje. Bem... Parece que sai com bastante sorte desta daqui. Acho que... Talvez esta tenha sido demais para tentar ir sozinho...

Foi então uma pessoa que eu realmente não esperava me vir ver no hospital apareceu, o Coveiro do cemitério. Parece que ele que me achou e me ajudou a receber socorro após tudo o que aconteceu naquela noite e andava cuidando até dos meus monstrinhos enquanto eu recuperava no hospital.

- Muito obrigado... Eu não sei o que teria acontecido se não fosse a sua ajuda. - agradeci ao homem enquanto usava do comando da cama para erguer a cabeceira, de forma a conseguir olhar para ele - Bem... Ela deve estar mesmo muito preocupada. Ela ainda não se dá muito bem com outros humanos, sabe. Ainda está aprendendo que nem todos são maus. Tenho a certeza que ela melhorará assim que me vir. Muito obrigado por tomar conta deles! - parece que acabei por ter muito a que agradecer ao coveiro - A minha família? Hm... Se depender deles eu acho que nem são os meus pais que me vêem ver e sim algum secretário ou empregada lá de casa. - murmurei para mim mesmo olhando para o exterior do hospital através da janela - Bem... Seja como for eu não quero vê-los enquanto estou aqui deitado na cama de um hospital. Deixa eu chamar um enfermeiro ou assim para saber quando posso sair. - comentei levantando a mão para o primeiro profissional que vi e pedir as informações que pretendia ou que chamasse alguém que mas podia dar, eu não ia deixar que aqueles dois me vissem em uma posição de fraqueza, não mais.

Rapidamente fiz um sumário de tudo o que tinha acontecido naquela noite na minha cabeça... Não havia muita explicação para tudo aquilo, era tudo tão sinistro e macabro que custava a acreditar que tinha acontecido realmente. Parecia realmente ter saído de um filme ou videojogo, mas foi então me ocorreu:

- Zé... Você... Viu o que aconteceu naquela noite? Você sabia o que estava acontecendo ali? - decidi questionar a pessoa que mais passa tempo no cemitério sobre os acontecimentos, talvez ele tivesse alguma explicação - Já agora... Você, por acaso, não viu nenhum Cubone no meio dos escombros? Um bem pequenino, literalmente um bebé! - eu quero acreditar que o mesmo tenha sobrevivido ou talvez não queira aceitar que ele realmente se foi. Um ser tão pequenino e inocente...

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12h30min
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Sobretudo, Shion estava bem. Fraco, devo dizer. Parecia ter uma fraqueza muscular, sobretudo se ele quisesse correr pelas rotas. Não que precisasse, ele era rico. Mas no momento, o rapaz teria que redobrar o seu gasto com transportes, porque demoraria alguns poucos dias ainda para poder voltar a ficar com força total. Diante de seu salvador, Zé Coveiro tratou de explicar pouca coisa. Na noite em que o caos e a magia cruzaram a vida de Shion, Zé coveiro simplesmente não viu... nada! Foi para sua casinha ali naquele terreno, ligou sua lareira, sentiu mais frio que o normal e ai começou o caos. Céu vermelho, pokémon gigantes, mas que ele não ousou se aproximar, então, não identificou.

Na cidade foi o mesmo: vários Pokémon de rua DYnamaxizaram e ganharam vários metros de altura. Graças a Joy, Jenny e um grupo de treinadores, ninguém se machucou. Mas a atenção de todos estavam espalhadas. Coube a Zé Coveiro ver o terremoto no cemitério para poder calcular os danos na propriedade. Cubone? O rapaz não viu nada. Apenas viu os itens de Shion espalhados no solo e foi ali que ele recolheu tudo (life orb e ovo misterioso junto).

Após um dia de exame clínico e laboratorial, Shion parecia melhor, tão bem clinicamente que não necessitaria de tratamento intensivo. Fora remanejado para a enfermaria e em seguida sairia dali. Se os pais deles foram? Shion conseguiu evitar sua mãe ou qualquer secretariado que eles tenham mandado. Ao assinar sua alta médica, ali estava o nome do responsável por ele, durante o internamento: José Matias Sanderson, o nosso Zé Coveiro.