Ficha - Kayporah

Descrição física: Uma moça de aspecto pálido, um truque de maquiagem que aprendeu ainda garotinha com sua mãe. Longos cabelos pretos sem nenhum cacho formado, partido bem no centro da cabeça. Os delineados nunca passam despercebidos, sempre carrega uma boa caneta delineadora para renovar seus traços que vão de simples e limpos para grotescos e artísticos.

Apesar de parecer gótica, nem sempre usa roupa preta. Gosta de variar seu visual de acordo com o dia, clima, humor. De qualquer forma, é mais vista com vestidos modelados e seu velho scarpin preto enquanto caminha pela noite. Durante o dia prefere uma bota tratorada, meia arrastão, minissaia em estilo colegial e uma blusa estampada.

Não possui nenhuma tatuagem, mas as vezes tira um tempo para desenhar pelo corpo.


Personalidade: É intimidadora e sensual, mas não deixa que qualquer pessoa entre na sua vida. Pessoas poderiam jurar que ouviam um saxofone tocar em suas cabeças conforme ela passava, tamanha a aura noturna que ela carrega consigo.

Apesar de parecer bruta, é bem amorosa com aqueles que a conhecem bem, especialmente com os Pokémon, sua única companhia. É misteriosa e fala em enigmas enquanto trabalha.


Biografia: Kayporah nasceu em Lavender Town há muitos anos atrás. Filha de uma famosa cartomante local, aprendeu rapidamente a arte de prever do futuro. E foi lá, ainda criança, que começou a enxergar e conversar com os mortos. A família toda era médium, mas nenhum deles era da mesma forma de Kayporah. Escutava vozes, pedidos de socorro, e certa vez até viu uma criança sem olhos nas órbitas abraçada a uma mulher chorosa diante de um túmulo.

As outras crianças reagiram muito mal quando souberam dessa noticia. Sua colega de escola era uma aberração, não era o suficiente para ser chamada de humana. E então a trancaram na torre de Lavender logo após o escurecer, de forma a punir todos os dons que havia recebido.

Desesperada, Kayporah caminhou pelos túmulos pedindo ajuda, até cair de joelhos e adormecer. Acordou com uma lambida tímida, uma pequena bola roxa flutuava diante de seus olhos. Não conseguia saber se era real, uma miragem, ou se estava vendo coisas, mas a partir da segunda lambida, percebeu que aquela criatura estava lá. Era um Pokémon, Gastly, que a olhava sem entender o motivo de estar jogada em um dos túmulos. A jovem lhe contou sua história enquanto caminhava para a porta do local. Ao chegar lá, Gastly se chocou diversas vezes contra a porta até abri-la e finalmente libertar a garota de suas lamentações. Eram amigos agora. Mais do que garota e pokémon pudessem imaginar. E ao ser convidado, o fantasma aceitou de bom grado acompanhar a menina até em casa.

A tortura daquele dia não tinha acabado. Ao chegar em casa, Kayporah logo percebeu o que havia de errado, a casa ardia em chamas tão altas quanto um Onix. Ela gritou pela mãe que não a respondeu, gritou por ajuda e seus vizinhos nada fizeram, tentou entrar em casa, porém foi impedida por Gastly.

Tudo que restava era sentar e ver aquilo que conhecia queimar até o pó. E queimou até o amanhecer, liberando uma densa fumaça preta que seria vista no céu por dias. Ela tentou entrar na casa, mas era perigoso demais. Deu a volta nos jardins só pra ver que todas as amadas plantas da mãe estavam mortas, algumas secas e outras nem existiam mais. Nos fundos, a portinhola estava aberta em direção a floresta, algumas pegadas ainda podiam ser vistas, junto a uma caixinha com cartas de Tarô, sua única lembrança física da mãe. Seguiu aquelas pegadas até a floresta e passou dias procurando a mãe, até ter certeza que estava em um outro lugar. E decidiu continuar indo em todas as cidades, todas as florestas e cavernas, até se reencontrar com a sua querida mãe. Ela estava viva, disso tinha certeza, mas nunca mais se reencontraram.

Sobreviveu todos esses anos do que a natureza lhe oferecia, do que podia tomar de outras pessoas, e graças a companhia de seu fiel amigo Gastly.