ABYSSAL ZONE DUNGEON #02

ALPHA SAPHIRE SQUAD — Matthew Monclar & Raissa Bolt.

Ver que confam em nós é sempre bom... e importante quando se tem 14 anos e é uma adolescente baixinha que todos dão menos idade do que realmente tem... eu e Jayna passávamos pela estreita passagem que mal nos cabia e de lá eu começava a ajudar na busca por uma fenda (ou alg com mesma função) maior... e melhor do que dois pares de olhos procurando, só dois pares de olhos em locais diferentes! os sons cardíacos ainda ecoavam... e algo me dizia que deveria estar preocupada em não sabe do que se tratava... era lento... talvez um coração de um tamanho maior que o nosso... sei que tamanho importa quando se trata de frequência

-Beleza, vu pro outro lado pra ver se consigo achar mais fácil uma passagem maior

mas bem um aceno e la a eu... sei que meu parceir não curte muito a idéia de nos separarmos, então tentei me concentrar na tarefa de encontrar um meio para ele passar sem destruir a embarcação....

Quando Raissa passou para o outro lado, a maior surpresa foi ver que o sonar ressoou por completo. A partir de agora, todas as áreas captavam as ondas frequentes do coração, sem parar por um instantes. Todas as áreas apontavam para uma mesma origem: ao profundo além e ao norte.

É um pouco engraçado tentar se localizar no mar usando como referência uma bússola. Na terra, você raramente tem a opção de descer (cavar) ou subir (voar), mas no mar, mergulhar e emergir são atitudes comuns, tornando a necessidade de uma referência tridimensional.

E sua referência era sempre - e continuaria sendo - o sonar.

Nas suas costas, Mathew procurava uma brecha para entrar. Como eu disse, não seria fácil, mas ao sacar que o que estava bloqueando as ondas-sonoras era o barco, Raissa podia também sacar que, onde outrora ela captou sinal, era onde havia brechas. A maior brecha (e captada desde o começo do mergulho) ficava na extrema direita, então poderia indicar para que Mathew fosse para lá.

Ou não, né?! Vai que vocês tem outro plano melhor. Se optarem por apenas investigar para lá e para cá, uma hora vocês iriam conseguir achar um buraco. A conexão dos gêmeos funcionava bem, enquanto o walktalk já não era tão bom assim. Doideira esse lance de ondas, né?!

Ao passar pela brecha, mais surpresas... o barco estava empatando o sonar também.... e seguindo a lógica concentrava minhas búscas na área onde tinha captado o sinal mais forte quando estava do outro lado... na extrema direita da embarcação...

Nem me peça pra usar termos náuticos como bombordo e estibordo que eu não vou saber, mas uma coisa eu sei.... eu estava animada e me sentindo muito esperta com aquela dedução... torcia que se mostrasse mais do que isso... mas enquanto não se mostrasse correto, deixaria Mattew buscando em outras áreas... afinal, achava melhor manter a eficiência, para o caso de minha teoria se mostrar incorreta....

A parte boa era que nossos corpos teriam bastante tempo para se ambientar ás profundidades cada vez maiores as quais o sonar nos apontava...

ALPHA SAPHIRE SQUAD — Matthew Monclar & Raissa Bolt.

OFF: Se forem fazer att de moveset, usar item, equipar item, o próximo post é o momento para fazer. Depois dele, começa o quebra pau
OFF²: Levando em consideração que ficaria impossível fazer o Kyogre se essa regra fosse mantida, a regra "Caso um player da dupla tenha todos os mons em campo nocauteados o Kyogre vence" foi revogada. Conta agora todos os pokémons da box de um dos players. Vocês podem jogar na próxima rodada caso todos os mons de vocês forem nocauteados em uma rodada. É importante lembrar que não é possível batalhar apenas um de vocês e sempre será necessário ter ao menos um mon dos dois no código de batalha. Além disso, vocês só tem 5 pokémons utilizáveis, porque estão sendo carregados por um deles.



Com a passagem de Mathew, a coisa pareceu ficar muito mais simples. Sim, por incrível que pareça, tudo ficou mais simples. A descida interminável ficou menos turbulenta, não havia pokémons impedindo a passagem e muito menos outros navios. Não havia som algum, apenas um sonar que entonava para X direção. O seguiriam ao infinito e além.

A sensação de pouco ar não foi possível sentir. Isso é um pouco engraçado, pois peixes e outros pokémons tendem a respirar o 0² diluído na água e, a medida que você afunda, você diminui o contato com a atmosfera e, por consequência, reduz a quantidade de moléculas ali. Ainda assim, o efeito não era sentido porque parecia ser aquilo que Mathew outrora falou: o Scuba Gear usava o poder dos pokémons de água para gerir uma eletrólise da água, fazendo com que se transformassem em gás hidrogênio e gás oxigênio.

Só que os pokémons dos dois protagonistas sentiam essa falta... ah como sentiam.

Claro, ainda conseguiam viver bem ali por baixo, usar seus poderes e talz, mas um pequeno mal-estar tomava conta deles. Se descessem muito mais, talvez não conseguissem prosseguir.

Não eram todos, visto que Eelektross e Dhelmise seriam pokémons acostumados com ambientes extremamente hostis. Salvo eles, todos começariam a se incomodar se fossem tirados da esfera.

Por outro lado, a pressão da coluna d'água sobre a cabeça de Mathew e Rayssa começava a pesar. A pressão no ouvido podia ser sentida e o ato nú e cru de "ouvir" começou a ficar mais complicado. A cabeça começava a doer, nadar para cima era cada vez mais difícil e ali ele poderia se lembrar de algo que, no mundo terrestre, a gente esquece: água tem peso.

Seus ossos doiam, mas seus músculos resistiam. Já no ápice possível para um ser humano sobreviver, um grito foi ouvido...

Quer dizer, um rugido.

E no meio do campo-de-visão, uma luz azulada pobre e fraca flutuava numa mesma órbita, um pouquinho distante deles, mas não mais ao fundo; apenas mais ao norte. O sonar apontava para lá, além de começar a captar uma frequência cardíaca mais alta e mais rápida do que antes. A medida que se aproximassem, começariam a "sentir" o tremelique da água em ressonância com o coração do monstro-do-oceano.

ALPHA SAPHIRE SQUAD — Matthew Monclar & Raissa Bolt.

o peso de onde estávamos, do que estávamos prestes a enfrentar finalmente se abateu sobre nós... embora todo o caminho fosse reto e desimpedido... acho que só o fato de estarmos nos aproximando de uma lenda já tinha seus efeitos! e eu pelo menos conseguia sentir muito bem, mas não tinha vindo despreparada, nem só! então reunia minha coragem e confiança e com um aceno de cabeça indicando que estava pronta para o último passo daquela expedição, eu seguia afrente e desbravava o que parecia ser os últimos passos até chegarmos a nosso destino de fato

-Como nunca estive...

Acrescentava, para reassegurar meu colega

OFF: Vamo q vamo

Apesar de preparados e juntos, o medo consumia Matthew bem mais do que Rayssa: provavelmente por ele ser mais "pé-no-chão". O que pode tranquilizar-los é que, se outrora estiveram ali e saíram vivos, porque hoje não?! Quer dizer... estiveram ali?! Há poucos indícios que aquilo não foi um sonho distante e hoje vieram aqui comprovar se houve ou não realidade nos fatos.

Nenhum (repito, nenhum) dos pokémons encontrados outrora apareceu para dar-lhes visitas. Há poucas, ou nenhuma, testemunha no que diz respeito aos pokémons hipnotizados, mas dessa vez - e só dessa - tinham um colar de comprovação.

Em falar em colar... Quando vocês chegaram nesta altura-do-campeonato, viram uma luz azulada constante mais ao fundo. Perseguir com cautela foi a melhor escolha de vocês, pois segundos após as primeiras aproximações, o colar de vocês brilhou. Em resposta, as frequências cardíacas ficaram mais rápidas e mais intensas, podendo ser sentido pelo movimento das ondas do fundo-do-mar.

Agora, mais perto e mais luminoso, era possível entender qual era a figura que se projetava no fundo da retina dos nossos protagonistas. Se rememorassem bem, veriam que era um Blue Orb.


Depois disso, tudo aconteceu rápido demais.

Nada audível, mas tudo era possível sentir pela força do impacto.

O sonar, que antes ressoava com menor eficiência, voltou a reconhecer as frequências cardíacas do pokémon a frente. A diferença grotesca era que, apesar da frequência ter se tornado "normal", a amplitude da onda aumentou. Primeiro fora só um pouco, logo em seguida, duplicou. O poder daquilo que a aumentou arrastou matéria, fazendo nossos dois pequeninos (comparados ao que iriam ver) e seus Laturnzinhos fossem arremessados em direção ao fundo.

Ali, Mathew começou a sentir uma tonteira e uma dor no corpo insuportável. Rayssa, como foi jogada um pouco mais para cima, resistiu. Os dois gêmeos tiveram que fazer um esforço árduo para "subir" um pouco.

Até que uma segunda onda-de-poder empurrou-os mais para baixo. O sonar indicou que a frequência duplicou mais uma vez e foram os gêmeos que seguraram nossos dois... eles e, é claro, Fera, nosso escolta.

O pokémon fez o trabalho árduo de localizar, nadar e agarrar seu treinador, evitando que ele caísse mais. Rayssa era a mais "sortuda", sendo quase sempre impulsionada em linha reta, quase nunca ao fundo.

Vendo que o poder de sua "transformação" não foi suficiente para matá-los, o ser-vivo que lhes orienta deu um rugido (desta vez bastante audível), que falhou a comunicação-eletrônica de Mathew e Rayssa. Tal som ativou suas bio-fótons e revelou o formato - e depois o dorso, o torso e o rosto - do que estava ali.


Um Kygre brilhante e enorme. Após o rugido, seu rosto deu um singelo sorriso, como se dissesse "bem vindos de volta, moleques".

Kyogre estava a nossa frente, Storm (Lanturn) prontamente se posicionava para a batalha, e eu buscava as esferas da cavalaria... Liberando também Unagui (Eelektross) e Tesla (Rotom-Wash) a expressão do lendário a nossa frente deixava claro que ele não iria aliviar, bem verdade que ele era um ser lendário, a própria encarnação dos oceanos... mas isso não iria nos parar....

-Unagui! Hone Claws seguid de Toxic; Storm! Eerie Impulse seguido de Screech; Tesla! Ligth screen seguido de Eerie Impulse!