Stay focused, no wonder - frigid princess

15h05min
"Sol oculto entre muitas nuvens . 8ºC"

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Talvez aquela tarde de brincadeiras, conversas, até rolou álbum de família mostrando que Avery nunca teve uma fase feia na vida, despertou em Kiki o seu espírito mais infantil. Não no sentido pejorativo, no sentido de estar em um lugar seguro e de confiança. A menina, ao perceber que teria contato com a bola de pena que era Delibird, pulou para fora do tapete felpudo, deixando Alfred boquiaberto e confuso. O mordomo até olhou em direção ao mestre Jackson, mas este apenas sorria ao ver a menina tão entregue aos comportamentos mais naturais, situação que nunca ocorre com as peguetes do doutor.

Kiki saia da casa quentinha com a tigela de comida para Delibird. Avery meio que assentia, mas justificava que o psyduck era dele, presente da mamãe quando ele fez 15 anos. A menina saia da casa, onde Woobie decidia ficar. A morcega ia pra bem perto da lareira, não era doida de sair dali por nada, principalmente para aquela área mais fria. Fora do casarão, o frio era a principal característica que diferenciava o exterior do interior. Até um vento forte era congelante naquela altura. Kiki só olhou para o alto da porta, onde um gancho de madeira era o local onde prendia Delibird ali.

Vamos lá! A primeira coisa que Delibird fez foi olhar para a menina com um olhar confuso. “Quem é essa doida?”, deveria ter pensado o Pokémon. Mas a “doida” tava trazendo comida, o que era de fato uma justificativa plausível para merecer um pouco a confiança da menina. Avery já tinha dito que era um Pokémon bem arisco, embora Alfred insistisse em alimentá-lo. Não era só a sua pelagem que era super volumosa, mas o seu bico reluzia mesmo com a carência de luz que tinha no Ice Path. Todos aqueles nutrientes que ele absorvia ia também para aquela parte do corpo, fazendo o bico ficar mais forte, fino e bem perigoso.

Bem, de qualquer forma, após uns segundos de estranhamento, a ave pulou para o solo, levantando um pouco de neve, fazendo um leve barulho, dando a impressão de que aquele pinguim era forte e suas pernas mais ainda, por descer mais de 3 metros de porta até o solo. Se bem que era um solo de neve....

Mas diante disso, o Pokémon ficou ali, olhando para a menina e a comida. Avery se preocupou. Ergueu-se do sofá, enquanto viu o pinguim encarando a menina. Psyduck nem estava se importando com aquele encontro doido, só queria comida. Woobie, calor. Jackson, se segurava para poder confiar nas habilidades de Nakeisha. E aí, o que ela faria? – não ria.

15h05min
"Sol oculto entre muitas nuvens . 8ºC"

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O olhar de Delibird migrava da tigela para a estranha. Tinha duas orbes fixas naquele material, sabia que era gostoso e tinha tudo para poder comer. Mas se sentia ainda acuado. Não um acuado de medo, mas de precaução mesmo. Kiki, com toda a sua experiencia, que é muita, começou a se aproximar do Pokémon Ice com grande serenidade, enquanto tentava o primeiro contato. Verbal, com som. Delibird via a comida, inclinava a sua cabeça para o lado, para analisar o que servia, e assim começou! Com várias bicadas seguidas, Delibird comia a ração, a fruta, sachê e tudo, em uma velocidade desenfreada de abrir e fechar o bico. Foi em uma dessas que o bico atingia a mão dela.

Os primeiros segundos pareceram que a fibra nervosa da dor não funcionou. Kiki sentiu a mão ficar úmida e depois que veio a dor, a tigela caiu no chão, espalhado a comida, junto a algumas gotas rubras que se destacavam no branco da neve. Avery, ao ver que algo de errado não estava certo, correu para a porta, enquanto Kiki sentia uma dor lancinante em sua mão direita, fazendo com que ela puxasse a mão direto para cima, apertando com a mão livre a fim de que pudesse melhorar a dor. E de certo ponto melhorava, mas não findava.

Delibird assustava. Dessa vez sim, ele assustou! Bateu suas asas e de modo bem desengonçado pegava voo para subir até a haste na porta. Sabia que tinha feito merda, mas não sabia o que fazer depois. Afinal, é um Pokémon! Mas Kiki, de alguma forma, entre a dor na mão, a comida no chão e o Pokémon voando percebeu o olhar lacrimejado da ave, arrependida pela sua gula. Avery já surgia com um pano para estacar o sangue. - Eita, vem cá...- uma voz culpada, protetiva, cheio de cuidado. Fazia uma careta fofa, que com certeza combinava com o olhar meticuloso e claro. - Você tá bem? Iiiih, eu acho que vai precisar de um ponto.... Na verdade, uns 5...- ainda bem que ele era cirurgião plástico e conduzia Kiki para dentro da casa. O frio até que anestesiava a dor, mas o sangue ainda não foi estancado. Kiki via os olhos de “desculpas” de Delibird....

15h05min
"Sol oculto entre muitas nuvens . 8ºC"

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Alfred assentia sobre a comida. Avery mantinha com o pano ao redor da mão de Kiki e fazia questão de segurá-la, mantendo-se bem próximo da morena. O pinguim lacrimejava os seus olhos diante do ocorrido. Não dava para saber o que sentia, mas com certeza não estava confortável com o que fez. Talvez por arisco queiram dizer... estrambelhado? Foi nisso que pensei. Mesmo assim, ela precisava cuidar disso. E que bom que Avery não era só um rostinho muito bonito. Ele era extremamente competente e bom no que fazia.

Kiki subia as escadas com a ajuda de Avery. Não que ela precisasse. Não era nada que levaria a moça a uma morte precoce, mas o médico queria ficar por perto. Passou a mão na cintura dela, enquanto a outra segurava o pano ensanguentado e direcionava a menina para o andar superior, mais precisamente no quarto dele. Era um quarto grande, em tons de cinza, com uma cama com um edredom super caro de cor chumbo, que caia pelas laterais daquela king size. Avery abria seu mega guarda-roupa e tirava uma mala branca, deixando perto do tapete, ao lado da cama, sentando-se e conduzindo Kiki a sentar também.

Aquela malinha era um tesouro raro. Ali dentro havia tanta coisa, tanta coisa que não se sabia se era um hospital ambulante: kits de sutura, analgésico, antibióticos e antiinflamatórios, em comprimido, venoso, ou seja lá o que for. Tinha equipo, soro, vitaminas, algo que seria encontrado só em hospitais ou sobre uma demanda bem diferente da que vende em farmácias. Sentado ali no chão, Avery começava o seu trabalho de limpar a ferida, que já não sangrava tanto quanto no inicio, mas ainda estava ativo, lavava com soro e o líquido caia em uma cuba de alumínio, ele era muito cuidadoso, preciso. Passou alguns segundos só analisando a ferida, para fazer uma sutura intra dérmica em poucos minutos.

A anestesia nem doeu tanto, já que Kiki já sentia a dor. Um pequeno ardor, com formigamento, a agulha deslizou com facilidade e em breve ele fechava, ficando nada mais que uma linha que seria uma fina cicatriz futura e pontos só nas extremidades. - Pra não te dá muito ponto eu fiz essa daqui. Daqui 10 dias a gente tira.- a gente não, daqui 10 dias minha garota estará em outra rota e com outro narrador - Mas não vai perder a mão. - brincou em um sorriso atrativo, enquanto limpava a mão dela com gaze, já no fim do procedimento.

Ambos sentados no chão ao lado da cama, com uma proximidade condizente, olhos se cruzando rapidamente, com um sorriso branco e olhos verdes. Jackson encarou os orbes de Kiki, depois os lábios, superlindos, desviando parcialmente depois, tentando esconder um sorriso e uma passada de língua nos lábios, bem superficial, mais como se tivesse os hidratando. Engoliu em seco. Kiki sentia o cheiro do perfume do homem, gostaria de saber qual era, era intenso e suave ao mesmo tempo, uma mistura de sensações, mas que dava vontade de ficar cheirando o cangote dele por mais tempo. Mais uma vez ele encarava a menina, enquanto suas mãos limpavam a mão da morena. E dava aquele sorriso. Aquele maldito sorriso!

15h05min
"Sol oculto entre muitas nuvens . 8ºC"

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A relação médico-paciente era quebrada ali. Jackson passou vários meses conversando com a Kiki, mensagens regulares, algumas rápidas, outras duravam horas. Ele conheceu uma mulher valente em Saffron, linda, charmosa e cheia de convicção, que não se deixava levar pelos luxos da sociedade em que ele vivia. Agora, ele estava de frente com ela. Uma mulher gostosa pra cacete, com uma pele tão macia, mas tão macia, que era mais sedutora do que qualquer coisa. Ah, aquele quadril! Kiki tinha boas curvas, harmoniosas, deixava qualquer plástico encantado com a simetria. Até a assimetria da menina era harmoniosa.

Foi neste instante, neste lapso em que Kiki quis responder aos primeiros sinais dele, que foi ai que não teve jeito. Jackson automaticamente virou o rosto, fazendo seus lábios tocarei os lábios da menina. Possivelmente os olhos dela já estavam fechado e a morena só sentiu a mão passando debaixo de sua cabeleira caracolada (eu acho que tá solta e caracolada hoje) e puxando sua nuca para perto de si. O rapaz aumentava a intensidade e o ritmo, não como alguém que vai esbaforido, mas alguém que sabe perfeitamente o que estava fazendo. Sua língua dançava com a de Kiki, em um ritmo conduzido pelo cirurgião, que não era nem tão lento, nem tão rápido. Eu gosto, cheiroso e cheia de carícias.

A mão nem doía mais, quando Jackson puxava Kiki para o seu corpo, fazendo com que as pernas da morena envolvessem o tronco do rapaz, abraçando-o automaticamente a cintura do moreno, fazendo com que nem frio sentisse mais, e que tivesse o máximo de contato entre os corpo. Nesta posição, Kiki ficava levemente mais alta que o nosso médico. Abrindo os seus olhos levemente, ela poderia encarar os seus olhos verdes refletindo o rosto dela e seus cachos, enquanto o sorriso extremamente branco a recebia com uma certa ansiedade. Aquela ansiedade do “até que enfim”.

A partir daqui, vocês sabem o que aconteceu. Se Kiki permitisse, o próximo passo seria a cama. Ou poderia ser ali no tapete felpudo mesmo. O calor que subiu agora não estava descrito na natureza fria de Ice Path.

07h05min
"Sol oculto entre muitas nuvens . -11ºC"

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E que tarde-noite-manhã. Ice Path era sempre cinzento, fazendo com que a luminosidade fosse precária. Além disso, o dia era maior que a noite, então não sabia mesmo direito sobre passagem de tempo. Mas acreditem, Avery sempre foi bonito, então ele começou sua vida sexual bem cedo, o que lhe ofereceu muita habilidade nos auge de seus 29 anos. E sim, não foi só uma vez e em um só lugar. Mas com certeza, no primeiro banho quente, com ele ali dentro, foi bem diferenciado para Kiki. De anatomia ele entendia slow

Acho que depois da quinta vez, e terceiro banho, agora os dois não tinham força para mais nada. E com certeza, saíram para roubar algumas frutas com leite condensado, o que quase se transformou em uma sexta vez, mas ai ninguém aguentava mais e vamos de uma “noite” boa e bem agradável, com a morena de pele super sedosa e hidratada deitada sobre o peitoral largo do médico, que exausto ficava cochichando algum assunto engraçado pra ela. Coisas da vida, algo profundo às vezes, alguma palhaçada.

Dormiram. E dormiram bem.

Toctoc

Pesadamente e agora com frio de novo, embora estivesse com dois cobertores de pele de Stantler sobre a cama, com um homem quente do seu lado, Kiki despertava levemente ao ouvir o barulho na grande janela do seu quarto

Toctoc

O dia continuava estranho. Aquela cena de cinzento com se sabe lá o quê. A morena se erguia da cama e via o pinguim vermelho na janela, batendo lá com seu bico, com a intensão de chamar a atenção. Pera! Ele estava assistindo tudo :Clown: Deve ter sido um show em tanto slow