Encrenca grupal
Aniversário da Wolves — K. e A galera toda
Definitivamente estava atrasado. Havia passado por poucas e boas com Leina recentemente enquanto nos aventurávamos por Sinnoh e acabei até conseguindo alguns amigos extras, que por ora resolvi deixá-los descansando em suas Pokébolas. Mas, além disso, havia passado por mais uma missão e eu estava de volta em Goldenrod procurando aquela mafia de Rockets que havia entrado em contato com eles anteriormente, logo antes de vir para Mauville resolver outras pendências. Com informações novas, mas sem muito sucesso, estava com os punhos completamente machucados e, portanto, usando um belo par de luvas. Diferentemente das minhas luvas normais, essas eram completas e, juntando com o terno e gravata que estava usando, numa tentativa pífia de parecer alguém decente, talvez eu estivesse parecendo mais um mordomo... Um bem desajeitado.
A gravata estava torta, o terno levemente amarrotado e as luvas acabei pegando da pior cor possível se a ideia era esconder ferimentos: brancas. Então haviam algumas manchas vermelhas nelas que eu havia não reparado. Resumindo, um mulambo de terno. Acontece, né? Faltei nas aulas de moda. Mas achei que tava arrasando, então foi assim que cheguei na festinha. Ao meu lado, apenas Nanna, a Combusken e Peach, a (ainda) Vibrava. Eram as duas que dava pra trazer pra um ambiente como esse sem causar algum nível de caos. Não tô querendo ser expulso da sociedade logo na primeira festinha.
Os primeiros passos salão a dentro foram dando aquela checada de segurança no ambiente. Onde estão as principais saídas e onde estão as menos evidentes, saídas de emergência, extintores de incêndio, presença de sprinklers, tudo me preocupando com não só minha segurança mas de todos os presentes. Apesar que... Com Pokémon, as coisas são diferentes. Um simples Pokémon de água pode acabar com um início de incêndio se descoberto rápido. Mesmo com isso em mente e também considerando que deve haver uma staff de segurança no local, é algo que simplesmente não consigo evitar mais de fazer. Já se tornou de fábrica.
Depois disso, passava um olhar pelos companheiros. Diversos rostos, a grande maioria eu nunca havia visto, mas lá estava um rosto que eu jamais poderia esquecer. E o rosto estava acompanhado de um belo vestido, o que me deixou - sem perceber - olhando por mais tempo do que deveria. Até parei de andar. Se não fosse Peach mordendo meu cabelo e pousando em minha cabeça, eu nem sei quanto tempo teria ficado ali. Falando com a dracônica, dei um sorriso embaraçado. — Eu tô secando demais, né? Cê tá certa... — E, então, um suspiro. Queria algo alcoólico pra beber mas, ao mesmo tempo, perder o controle de minhas ações nunca é uma boa ideia, então iria me abster da sensação. Não sou mais um garoto rebelde qualquer...
Então um pequeno masqueico aparece na minha frente, dando um alô. A princípio ele me cumprimenta primeiro. Com um sorriso, apenas o cumprimento de volta. — E aí carinha. Curtindo a festa? Como estão as coisas? — Oferecia o punho pra dar um soquinho em seu punho como um cumprimento que tô mais acostumado mas vi que a símia - só agora eu havia reparado que era fêmea - oferecia a mão pra dar um aperto normal e mais formal. Decidi não contrariar muito. Na verdade, estou numa vibe mais de gala hoje. Então decidi até mesmo fazer uma mesura com a pequena, não sabendo exatamente se ela gostaria disso ou não. Peguei em sua mão por baixo e a levantei gentilmente e me abaixei um pouco. — É um prazer... Apesar de eu não saber seu nome. Sou K!
Imediatamente a Combusken dá uns passos a frente e, timidamente, também tenta cumprimentar a Monferno. Mas, na hora que o aperto de mãos ia acontecer, ela acaba se afastando. Dessa vez eu não ia deixar passar. — Vamos, Nanna, não precisa ser tímida. Só tem amigos aqui. Vamos, quero que a cumprimente direito. — Já estava passando um pouco dos limites a timidez da galinha e eu precisava corrigir isso. Na verdade, já me incomoda a um tempo que ela aparenta ter uma péssima auto estima... Isso precisa mudar. Um pouco a contragosto, Nanna aperta a mão da Monferno e a visitante sorria, depois ia cumprimentar outras pessoas. Deixou Peach de lado por estar alta demais, em minha cabeça. E a Vibrava também não demonstrou muito interesse em cumprimentar. Olhei para a Combusken e sorri, fazendo um pequeno afago em sua cabeça. — Viu, não foi tão ruim assim. A gente precisa ser cauteloso com as pessoas mas não é em todo lugar que há perigo, ok? Vamos cumprimentar a galera.
Depois disso, a Combusken sorriu e pareceu entender um pouco. Então continuamos caminhando. Eu agora tinha duas opções: Ir atrás de um rosto familiar ou tentar conhecer gente nova. Nesse caso, apenas fiz questão de cumprimentar Leina com um aceno e um sorriso, apenas pra que ela soubesse que também estou por ali e que a percebi, mas então seguia para onde o grosso dos convidados estavam reunidos. Eu não sabia exatamente onde era pros novatos ficarem, mas decidi que ir onde tinha mais pessoas parecia uma boa ideia. Esperava não estar errado.
De um jeito levemente mais despojado, com a mão em um dos bolsos da calça e a outra erguida em aceno para a galera, diria com um sorriso. — E aê. Como é que cês tão, pessoal? Acho que não tem muitos que me conhecem, então... É um prazer! Podem me chamar de K! — Dizia para eles, com a pronúncia da letra em inglês, como "Kei".
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Tropa dos lobos :
By Leandrin o mais quente